EUROPA:
GUERRAS E PAZ
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“mas se a maioria dos
homens têm sido cordeiros, por que a vida do homem é tão diferente da do
cordeiro?
A sua história foi
escrita com sangue; é uma história de violência contínua, na qual quase
invariavelmente a força foi usada para vergar-lhe a vontade...
... Foi Hitler
sozinho que exterminou milhões de judeus? Foi Stalin sozinho que exterminou
milhões de inimigos políticos?
Esses homens não
estavam sós; tinham milhares de homens que
matavam para eles, torturavam para eles, e faziam isso não só de bom grado como
até com prazer”, diz o psicanalista e escritor Erich Fromm
“Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada.
Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras." Albert Einstein
Esse pensamento
aflora ao visitar o Velho Continente – veja neste blog o texto “EUROPA: O que vi nas cidades visitadas”, quando
viajei de ônibus de Berlim a Roma e assim conheci boa parte da Europa, em
excursão pela CVC/EUROPAMUNDO.
De 1914 a 1918 a
Alemanha liderou a 1ª Guerra Mundial, foi derrotada, mas provocou pelo menos 10
milhões de mortos e 30 milhões entre feridos, mutilados e desaparecidos. Com
essa guerra desapareceram os impérios Austro- Húngaro e Otomano, devastação terrível na Europa, e toda uma geração
da faixa etária produtiva e promissora foi praticamente dizimadas.
Derrotada, a Alemanha teve de
assinar o Tratado de Versalhes (1919) foi um
tratado de paz assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial. Após seis meses de negociações,
em Paris, o
tratado foi assinado como uma continuação do armistício de
Novembro de 1918, emCompiègne, que
tinha posto um fim aos confrontos.
O principal ponto do tratado
determinava que a Alemanha aceitasse
todas as responsabilidades por causar a guerra e que, sob os termos dos artigos 231-247,
fizesse reparações a um certo número de nações da Tríplice Entente.
Os termos impostos à Alemanha
incluíam a perda de uma parte de seu território para um número de nações
fronteiriças, de todas as colônias sobre os oceanos e sobre o continente
africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indenização pelos prejuízos causados
durante a guerra. A República de Weimar também aceitou reconhecer a
independência da Áustria. O ministro alemão do exterior, Hermann
Müller, assinou o tratado em 28 de
Junho de1919. O tratado foi ratificado pela Liga das Nações em 10 de
Janeiro de 1920. Na Alemanha o tratado
causou choque e humilhação na população, o que contribuiu para a queda da
República de Weimar em 1933 e a ascensão do Nazismo.
No tratado foi criada uma
comissão para determinar a dimensão precisa das reparações que a Alemanha tinha
de pagar. Em 1921, este
valor foi oficialmente fixado em 33 milhões de dólares. Os encargos a comportar
com este pagamento são frequentemente citados como a principal causa do fim da
República de Weimar e a subida ao poder de Adolf
Hitler, o que inevitavelmente levou à eclosão da Segunda Guerra Mundial apenas 20 anos depois da assinatura do
Tratado de Versalhes. Fonte:
Google/Wikipédia,
Tempos difíceis, por Paulo Guedes
Paulo Guedes, O Globo (13/08/13)“Sob a pressão de uma carnificina sem fim, dois impérios — o austro-húngaro e o otomano — se dissolvem completamente, o kaiser alemão perde seu trono e o czar da Rússia e sua família inteira são executados. Mesmo os vitoriosos se tornam perdedores: a Inglaterra e a França contam mais de dois milhões de homens mortos e terminam a guerra com enormes dívidas. A magnitude da tragédia foi muito além do imaginável, em dimensões jamais experimentadas pelos europeus: mais de 35% dos alemães entre 19 e 22 anos e metade de todos os franceses entre 20 e 32 anos foram mortos na I Guerra Mundial”, o grande choque que deveria trazer “O fim de todas as guerras” (2011), como relata Adam Hochschild.
“A grande guerra foi uma monstruosa aberração cultural, o resultado de um incontrolável e imprudente impulso dos europeus de se tornarem uma sociedade guerreira. Podemos ver Clausewitz como o ideólogo desse cataclísmico episódio”, diagnostica John Keegan, em “Uma história da guerra” (1994).
“Dois milhões de alemães não podem ter caído em vão. Nós não perdoaremos, nós exigimos vingança”, fulminava Adolf Hitler menos de quatro anos após o fim da guerra.
A derrota deflagrou uma sequência de eventos desastrosos sobre a Alemanha. As reparações de guerra e perdas territoriais pelo Tratado de Versalhes, uma hiperinflação, a violência política, os impactos da Grande Depressão e a ascensão dos nazistas.
“O III Reich chegou ao poder em 1933 sobre as ruínas da República de Weimar, primeira e malsucedida tentativa de regime democrático na Alemanha. A guerra radicalizou a política, com revolucionários comunistas à esquerda e bandos armados como Os Capacetes de Aço e As Brigadas Livres à direita. A democracia alemã, improvisada na esteira da derrota militar, jamais teve a chance de se estabelecer sobre fundamentos estáveis”, registra Richard Evans, em “O III Reich no poder” (2005), segunda obra de sua monumental trilogia.
Com o espírito de Bismarck, com Parsifal e Sigfried de Wagner, com a guerra total de Clausewitz, com o ressentimento por Versalhes, com o homem superior de Nietzsche e sob o comando do Führer, a Alemanha dominaria a Europa. Aqueles foram tempos terríveis. Com a morte das ideologias, para a supremacia econômica dos alemães teria bastado criar o euro.
2ª GUERRA MUNDIAL
25 anos depois, de
1939 a 1945, novamente a Alemanha iniciava a 2ª Guerra Mundial, tendo como
aliados a Itália de Mussolini, a Áustria, Hungria, Tchecoeslováquia e o Japão, e
novamente foi derrotada, mas provocou a morte de 60 milhões de pessoas
(somente a Rússia perdeu 22 milhões) e uma quantidade incalculável de feridos,
mutilados e desaparecidos. Foi a maior carnificina que a história conheceu até
hoje. Dessa guerra resultaram o fim das colônias do Reino Unido, França que
existiam em muitos continentes, e a consolidação dos Estados Unidos da América,
como a maior potência que o mundo já viu até hoje, uma hegemonia militar,
financeira, cultural e tecnológica.
A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a1945,
envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo todas as grandes
potências –
organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100
milhões demilitares mobilizados. Em estado de "guerra
total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade
econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção
entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques
contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas
nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, resultando entre 50 a mais de 70 milhões
de mortes.
Geralmente considera-se o ponto
inicial da guerra como sendo a invasão da Polônia pela Alemanha
Nazista em 1 de
setembro de 1939 e subseqüentes declarações de guerra contra a Alemanha pela França e pela maioria dos países do Império Britânico e da Commonwealth. Alguns
países já estavam em guerra nesta época, como Etiópia e Reino de Itália na Segunda Guerra Ítalo-Etíope e China e Japão na Segunda Guerra Sino-Japonesa.2 Muitos
dos que não se envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em
resposta a eventos como a invasão da União Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra as forças dos Estados
Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e em colônias ultramarítimas britânicas, que resultou em
declarações de guerra contra o Japão pelos Estados Unidos, Países
Baixos e o Commonwealth
Britânico.
A guerra terminou com a vitória
dos Aliados em 1945, alterando significativamente o alinhamento político e a
estrutura social mundial. Enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) era estabelecida para estimular a
cooperação global e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados
Unidos emergiam
como superpotências rivais, preparando o terreno para uma Guerra
Fria que se
estenderia pelos próximos quarenta e seis anos. Nesse ínterim, a aceitação do
princípio de autodeterminação acelerou
movimentos de descolonização na Ásia e na África,
enquanto a Europa
ocidental dava
início a um movimento de recuperação econômica e integração política.
Rendição incondicional
Assinada pelo Chefe de Operações do Alto-Comando da
Wehrmacht, General Alfred Jodl , acompanhado pelo Major Wihelm Oxenius e pelo
Almirante Hans-Georg von Friedeburg, mostra o momento em que os alemães
assinaram os termos de rendição incondicional aos aliados no QG de Rheims, na
França, dando fim à Segunda Guerra Mundial.
Esse momento histórico, que pôs um fim aos 6 anos de
sangrentos conflitos na Europa, completou 68 anos. Apesar de a Alemanha ter
assinado vários termos de rendição em 1945, foi esse retratado acima,
exatamente no dia 7 de maio, que formalizou a entrega das Forças Nazistas de
Adolf Hitler, pouco depois de o Fürher cometer suicídio durante a
Batalha de Berlin, em 30 de abril.
Ao concordar com a
rendição incondicional, os alemães abriram mão de qualquer garantia, inclusive
das descritas pelas leis do direito internacional. Depois da assinatura dos
termos, que ocorreu às 2:41 da madrugada do dia 7 de maio de 1945, as
atividades e operações do exército alemão cessaram às 23:01 do dia seguinte.
A data ficou
conhecida como “VE Day”, de Victory in Europe Day (ou Dia da Vitória na Europa, em
tradução livre), e deu início a grandes celebrações na Europa e nos EUA, mas
que foram especialmente grandiosas no Reino Unido, onde mais de 1 milhão de
pessoas invadiram as ruas de Londres para festejar. Fonte: Google/Wikipédia,
Hoje, graças a
diplomacia, a Alemanha e França são aliados e são as principais potências da
União Européia, usam até a mesma moeda,
o Euro, envolvendo atualmente 27 países da Europa e fazem parte da OTAN, força
militar que também envolve os Estados Unidos da América.
UNIÃO EUROPEIA: OBJETIVOS
A UE (União Europeia) é um bloco econômico,
político e social de 27 países europeus que participam de um projeto de
integração política e econômica..Os países integrantes são: Alemanha,
Áustria, Bélgica, Bulgária.
Chipre, Dinamarca, Eslováquia,
Eslovênia, Espanha,
Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália,
Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia,
Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia.
Macedônia, Cróacia e Turquia encontram-se em fase de negociação. Estes países
são politicamente democráticos, com um Estado de direito em vigor.
Promover a unidade política e econômica da Europa; -
Melhorar as condições de vida e de trabalho dos cidadãos europeus; - Melhorar
as condições de livre comércio entre os países membros;- Reduzir as
desigualdades sociais e econômicas entre as regiões; - Fomentar o
desenvolvimento econômico dos países em fase de crescimento; Proporcionar um
ambiente de paz, harmonia e equilíbrio na Europa.
Com
o propósito de unificação monetária e facilitação do comércio entre os países
membros, a União Europeia adotou uma única moeda. A partir de janeiro de 2002,
os países membros (exceção da Grã-Bretanha) adotaram o euro para livre
circulação na chamada Zona do Euro, que envolve 17 países.