ELEIÇÃO PRESIDENCIAL DE 2014: COMO VENCER O POPULISMO
O Blog do Ricardo Noblat – O Globo (11/04/13), traz um
interessante texto de Murillo Aragão intitulado Dilma e o Nordeste:
“O Nordeste, região
com mais de 38 milhões de eleitores, tem sido fundamental para o projeto de
poder iniciado por Lula em 2002, e seguido pela presidente Dilma Rousseff, por
conta do maciço apoio dado pelos nordestinos ao chamado “lulismo”.
Nas eleições presidenciais
daquele ano, o então candidato Lula obteve 46% dos votos válidos no primeiro
turno nessa região; no segundo turno, ampliou sua votação para 59%. Na disputa
presidencial de 2006, quando buscava a reeleição, o apoio ao então presidente
foi ainda maior no Nordeste. No primeiro turno, ele obteve 67% dos votos
válidos; no segundo, o percentual atingiu 74%.
Na sucessão de 2010,
quando a candidata foi Dilma Rousseff, tendo Lula como seu grande cabo
eleitoral, o apoio dos nordestinos continuou elevado. Na verdade, o Nordeste
foi a região que mais votos lhe deu. Dilma obteve 61% dos votos válidos no
primeiro turno e aumentou esse percentual para 63% no segundo.
Hoje, os percentuais
da presidente Dilma no Nordeste permanecem altos. Segundo pesquisa Datafolha
realizada no final de maio, ela é aprovada por 68% dos nordestinos. Nas
simulações de intenção de voto para a disputa presidencial de 2014, o
percentual vai a 64%.
Pensando na
manutenção desse considerável apoio do Nordeste, a presidente anunciou, na semana
passada, um pacote de R$ 9 bilhões para ajudar a região a combater a seca. Do
total de recursos anunciados, 17% se referem à prorrogação dos programas
Garantia Safra e Bolsa Família.
Vale destacar que a
presidente tem dado uma atenção especial ao Nordeste. Segundo o jornal Folha de
S.Paulo, este ano Dilma concentrou na região 56% de suas viagens. Somente na
semana passada, ela esteve em Fortaleza (CE) e Salvador (BA).
Ao que tudo indica, política e
eleitoralmente, não é o PSDB nem o senador tucano Aécio Neves (MG) que
preocupam o Palácio do Planalto, e sim o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos (PSB) por conta de sua influência na região.”
O destaque é nosso.
O
DESENCANTO TOMA CONTA DE AMIGOS
“Pessoal,
recebi o anexo de um amigo e o estou repassando porque acredito no que nele foi
colocado e participo da indignação que estas comparações provocam em nós,
brasileiros de boa fé e de boa conduta.
E me pergunto, até quando nós, em princípio honestos e inteligentes, pessoas de bem, iremos aceitar que estes calhordas continuem no poder.
E pergunto mais, o que cada um de nós está fazendo para retirar esta máfia de onde está?
Vejam o que Rui Barbosa escreveu ... e é mostrado em um destes slides.
Será que não existem pessoas melhores para dirigir esta nação? Será que somos tão ruins assim? Eles são "os bons" e nós somos os "bobos"? Será que somos somente os bobos pagadores de impostos, que geram uma riquesa imensa e que é dilapidada pela corrupção que grassa neste nosso querido pais? Só para isto é que servimos?
Sim, nestes 191 anos de pais independente, que iremos celebrar no próximo 7 de setembro, o que temos sido?
Súditos gentis de uma cora que não conseguiu sobreviver 70 anos e que, pelo que Rui Barbosa e outros colocavam, era corrupta, e então num momento historicamente importante foi deposta ... mas, infelizmente substituída por uma República onde a mesma corrupção rapidamente se espalhou ... e que continua dominante até os dias de hoje.
Sim, temos sido um povo que vive, trabalha e ganha o pão, e junto com isto sustenta um poder político corrupto ha quase 200 anos. E será que dá para colocar um fim nisto?
Será que queremos colocar um fim nisto, ou tão apenas gostaríamos de estar lá, sendo um beneficiário destas roubalheiras todas?
Quem de nós já votou ou assinou petições da AVAAZ?
Quem de nós já fez alguma doação em dinheiro para apoiar a AVAAZ ?
(minha resposta é sim para as duas perguntas acima).
E o que mais temos de opção ? Rezar? (e todas as suas variações) Se isto adiantasse, acho que sendo tão fervorosamente crente como é o brasileiro, já teríamos resolvido isto.
Pegar armas? Não, isto penso que que não é o que devemos fazer em hipótese alguma, ou seja, macular o nosso chão com sangue ... não, isto não.
Então, sair da cômoda posição de critico e engajar-se na política, para podermos oferecer opções aos eleitores e, dentro das normas da própria sociedade, reestruturá-la.
Ah, mas ai entram todos os contras ... todos os entraves, todos os conluios, etc ... E, então, se for assim, só nos resta sentar e chorar. Pense! Qual a sua posição? E diga isto para você mesmo. Que é o que eu estou fazendo agora.
E me pergunto, até quando nós, em princípio honestos e inteligentes, pessoas de bem, iremos aceitar que estes calhordas continuem no poder.
E pergunto mais, o que cada um de nós está fazendo para retirar esta máfia de onde está?
Vejam o que Rui Barbosa escreveu ... e é mostrado em um destes slides.
Será que não existem pessoas melhores para dirigir esta nação? Será que somos tão ruins assim? Eles são "os bons" e nós somos os "bobos"? Será que somos somente os bobos pagadores de impostos, que geram uma riquesa imensa e que é dilapidada pela corrupção que grassa neste nosso querido pais? Só para isto é que servimos?
Sim, nestes 191 anos de pais independente, que iremos celebrar no próximo 7 de setembro, o que temos sido?
Súditos gentis de uma cora que não conseguiu sobreviver 70 anos e que, pelo que Rui Barbosa e outros colocavam, era corrupta, e então num momento historicamente importante foi deposta ... mas, infelizmente substituída por uma República onde a mesma corrupção rapidamente se espalhou ... e que continua dominante até os dias de hoje.
Sim, temos sido um povo que vive, trabalha e ganha o pão, e junto com isto sustenta um poder político corrupto ha quase 200 anos. E será que dá para colocar um fim nisto?
Será que queremos colocar um fim nisto, ou tão apenas gostaríamos de estar lá, sendo um beneficiário destas roubalheiras todas?
Quem de nós já votou ou assinou petições da AVAAZ?
Quem de nós já fez alguma doação em dinheiro para apoiar a AVAAZ ?
(minha resposta é sim para as duas perguntas acima).
E o que mais temos de opção ? Rezar? (e todas as suas variações) Se isto adiantasse, acho que sendo tão fervorosamente crente como é o brasileiro, já teríamos resolvido isto.
Pegar armas? Não, isto penso que que não é o que devemos fazer em hipótese alguma, ou seja, macular o nosso chão com sangue ... não, isto não.
Então, sair da cômoda posição de critico e engajar-se na política, para podermos oferecer opções aos eleitores e, dentro das normas da própria sociedade, reestruturá-la.
Ah, mas ai entram todos os contras ... todos os entraves, todos os conluios, etc ... E, então, se for assim, só nos resta sentar e chorar. Pense! Qual a sua posição? E diga isto para você mesmo. Que é o que eu estou fazendo agora.
Fraterno
abraço. Roberto Massucci
Meus
bons amigos,
peço
desculpas por minha infindável correria (quase circular)... admiro sempre o
entusiasmo do Theo (Theodiano Bastos) ... sua determinação em agir - sua
resiliência frente à sucessão de fracassos... mentiras... não desanime,
Theo, não desanime por nós...
Também
Roberto está um bom esteio de força- de revolta ativa...
eu
como o Rubens... estou levando um enorme tempo a lamber ferimentos... mas eles
aumentam e infeccionam mais rápido que meu poder de assimilar... é bom saber
que há gente como voces no Brasil. Certamente nós todos estaremos mais fortes,
se e quando essa avalanche de desgraças e descrenças der algum sinal de não
estar aumentando tanto... Um grande abraço,
Zenita
Guenther (14/04/13)
Amiga
Zenita:
O
gosto amargo de fel há muito subsituiu em mim o sabor de mel que, na juventude,
afagava a expectativa de uma nação que Stefan Zweig apontava como
"país do futuro". O suicidio do romancista não foi certamente pela
desesperança, mas foi premonitório. O "futuro" por ele sonhado, ao
contrário, foi um retorno à Idade Media
onde
ardem as fogueiras que queimam as nossas esperanças.
Ayres
Brito, em memorável sessão do STF, disse que a "esperança é Deus dentro de
nós".
E
quando esse sentimento se esvai até parece que Deus o acompanha.
Digo-lhe,
Zenita, e digo ao seu amigo Roberto Massucci, que esse
mesmo sentimento de impotência que você apontou me tornou um homem
sem perspectiva e sem fé que nem chorar posso mais.
Tiririca, o palhaço que os paulistas elegeram deputado,
confidenciou que o Congresso Brasileiro tirou-lhe a capacidade de rir. O destaque é
nosso.
Rubens
Pontes
Roberto:
meu
caro... sinto-me muito mal, envergonhada, humilhada por viver nesse momento
nesse país...
onde nada
indica qualquer mudança...
o
cinismo da continuidade impudente dos fatos aumenta a senção de impotência,
solidão, desespero - onde não há futuro - pois futuro se constrói no presente-
e o presente é essa vergonhosa pilha de mentira... merda... mau cheiro...náusea
... e lá se vai espalhando uma certa dessensibilização tão dolorida que
as piadinhas, como as forcas de outrora, fazem rir a alguns... berrar a
outros... e chorar a muitos...
eu
me vejo sempre na ala que chora...
Oi, amiga Zenita e todos do grupo:
"Covarde não é o que apanha, mas o que
corre", dizia Shakespeare.
E eu nunca desisto de lutar.
E eu nunca desisto de lutar.
Ponho fé no Aécio Neves e na sua capacidade
de articulação para vencer em 2014. Como também o Eduardo Campos para dividir
os votos no Nordeste.
Vou ajudá-los com as poucas armas que tenho.
Vou ajudá-los com as poucas armas que tenho.
Theodiano Bastos
O importante
nessa história, aponta Roberto Freire, é a existência de alternativa no
horizonte. "Alguém que possa derrotar eleitoralmente o que está aí, que
recupere o respeito pelas instituições e possa enfrentar a crise
econômica."
Theodiano
Diz
Dora Kramer (19/03/13):
“O
importante nessa história, aponta Roberto Freire, é a existência de alternativa
no horizonte. "Alguém que possa
derrotar eleitoralmente o que está aí, que recupere o respeito pelas
instituições e possa enfrentar a crise econômica."
RIO
- O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) atacou na tarde desta
sexta-feira, no Rio, o ex-presidente Lula (PT). Para FH, o petista está
inaugurando o novo cargo de "presidente adjunto", já que Lula,
segundo o tucano, tem aparecido muito em eventos políticos e atuado como
principal articulador de decisões do governo Dilma Rousseff.
"Ele enfrentou Lula e venceu. No Rio Grande do Sul também conseguimos romper com a hegemonia do PT na capital. (Também em Salvador, Manaus e Feira de Santana) Esse grupo não é invencível e, para vencê-lo, não é preponderante que haja a encarnação do oposicionismo, mas capacidade de vencer mediante um projeto que faça o Brasil avançar."
O empresariado, notadamente o setor produtivo, tem dado reiteradas demonstrações de cansaço com o atual modelo, na opinião de Freire. A busca por uma opção não estaria, portanto, restrita ao mundo político-partidário.
Freire vê semelhanças com o período pré-edição da Carta aos Brasileiros, com a qual o PT se comprometeu com o bom senso na área econômica, quando a sociedade buscou outros nomes antes de se concentrar em Lula: Roseana Sarney e Ciro Gomes, por exemplo, que chegaram a liderar as pesquisas no primeiro semestre de 2002.
Se o "alguém" será Pedro, Paulo ou João - ou mesmo todos os nomes de quem se fala, incluindo Serra e Marina Silva, na percepção de Roberto Freire não é uma questão para ser resolvida agora nem administrada pela lógica da disputa no campo que pretende se apresentar como contraponto ao PT.
"Do ponto de vista tático podem disputar todos os candidatos. Haverá segundo turno e nesse grupo não há a tendência de repetir o gesto de neutralidade de Marina em 2010."
Mas Eduardo Campos, sendo oriundo da arena governista, pode ficar com Dilma, não? Na visão de Freire, ao contrário: "Se ele se traz como proposta de um projeto alternativo, não poderá retroceder".
Bom proveito. Seja qual for o caminho dos partidos aliados ao governo em relação à reeleição de Dilma, uma decisão está se consolidando entre eles: entrega dos cargos não estará em cogitação tão cedo.
Chegaram à conclusão de que a devolução dos espaços só serve para que sejam redistribuídos ao PT que, na posse deles, os usa como instrumentos não apenas contra os que se transformam em adversários, mas também contra os que continuam aliados no plano federal e optam pelo chamado "palanque duplo" no âmbito regional.”
“Durante estes 10 anos, o PT está exaurindo a herança bendita de Fernando Henrique - disse ele.
Aécio afirmou que o partido encara com “complacência” casos de corrupção interna, sem mencionar o mensalão.
- Não falta quem chegue a defender a prática de ilegalidade sob a ótica de que os fins justificam os meios. Ele completou:
- O PT afronta a consciência ética e a transforma em um componente menor da política.
O senador tucano criticou a economia e disse que o país “parou”.
- Todas as vezes em que o PT teve de optar entre o Brasil e o PT, ficou com o PT – disse o senador. - A presidente Dilma Rousseff chega a metade do mandato longe de cumprir promessas de campanha (…). A incapacidade de gestão se adensou, e a verdade é que o Brasil parou. Os pilares da economia estão em rápida deterioração, colocando em risco avanços que o país levou anos para implementar, como a estabilidade da moeda.
Entre os pontos listados pelo senador tucano estão a desaceleração do crescimento do PIB no ano passado; paralisia de ações de infraestrutura; queda no crescimento da indústria brasileira, com desaceleração de criação de postos de trabalho; inflação acima do centro da meta definida pelo Banco Central; perda de credibilidade do país com “malabarismos fiscais e contábeis”; queda no valor da Petrobras e estatais; insuficiência na produção de combustíveis; risco de apagão; redução do poder dos estados e municípios.
Comemorar o quê?
O que será
mesmo que o PT tem a comemorar nesses 10 anos de governo? Caso essa turma tenha
espírito masoquista, aí sim, tem muito o que festejar. Vejamos então: temos um
dos mais baixos IDH; temos uma das piores malha viária do mundo; temos os
combustíveis de preços elevadíssimos, embora produzamos tanto petróleo; temos
uma carga de impostos mais escorchante do mundo; baixo nível educacional; baixo
nível de emprego; piores salários; o maior número de corruptos por m² do mundo;
uma burocracia que é um verdadeiro balaio de gatos; um PIB vergonhoso; além do
famoso e conhecido custo Brasil, que tanto contribui para atravancar nosso
desenvolvimento, sem esquecer que esse governo petista levou a nossa monumental
Petrobras ao estado de pré-falência. Esses são os fatos mais relevantes que me
veio à memória no momento. Devem existir vários outros. Restou o Programa Bolsa
Família, que é a menina dos olhos da dona Dilma, mas que na verdade é um
sistema cruel de tirar de quem trabalha e paga impostos para sustentar quem não
trabalha, fomentando a criação de uma verdadeira casta de desocupados e
vagabundos.”ELEIÇÃO PRESIDENCIAL DE 2014
Isso, é claro, não implica que não possamos ter várias candidaturas, vindas de muitos partidos. Em 1994, foram oito; em 1998, doze. Na primeira eleição vencida pelo PT, seis candidatos disputaram. Na segunda, oito. Em 2010, passaram a nove.
Em todas essas eleições, tivemos nomes que saíram “consagrados” das urnas, saudados como fenômenos por conseguir desempenho considerado surpreendente.
Em 1994, o fato novo foi o pitoresco Enéas Carneiro, com seus quase 7,5% dos votos válidos. Em 1998, foi Ciro Gomes, que beirou 11%. Na seguinte, Garotinho quase obtém 18%. Em 2006, Heloisa Helena chegou a 8%. Na mais recente, Marina Silva arremeteu no final e ultrapassou 19%.
Ou
seja: mesmo em uma eleição tão sui generis quanto a primeira de Fernando
Henrique, costuma aparecer alguém para atrapalhar a bipolaridade. No máximo,
porém, como Garotinho ou Marina, se aproximam dos 20%.”