TRÊS LIVROS DETONAM O MITO LULA
Theodiano Bastos
Lula
surfa na onda de sua imagem construída desde o final da década de 70, quando
“gênios” maquiavélicos, liderados por Golbery do Couto e Silva, agiram nos
bastidores e movimentaram o sistema de poder para dar toda ajuda a criar um
partido com ideologia de esquerda, formado por intelectuais e metalúrgicos, com
o objetivo de neutralizar qualquer outra força de oposição ao regime que
defendesse um projeto nacional soberano.
Este texto está no blog O PERISCÓPIO:
theodianobastos.blogspot.com.br
MAS VEJAM OS CONTEÚDOS DE TRÊS LIVROS
QUE SEGUEM:
Lula, codinome “o barba” era informante
do DOPS de São PauloO ex-secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior lançou ontem o livro Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado, no qual ataca Luiz Inácio Lula da Silva e acusa o partido do ex-presidente, o PT, de utilizar a máquina do governo federal para montar dossiês contra adversários. Tuma Júnior, que é delegado, foi secretário do Ministério entre 2007 e 2010, durante o segundo mandato de Lula na Presidência da República. Na época, foi demitido por suspeitas de envolvimento com a chamada máfia chinesa. Parte do conteúdo do livro foi revelada na edição da semana passada da revista Veja.
Em uma das acusações mais polêmicas feitas
no livro lançado ontem, o delegado afirma que Lula foi informante da
ditadura. Segundo escreveu Tuma Júnior, o então líder sindical repassava
dados sobre greves sob o codinome de "Barba" ao Departamento de
Ordem Política e Social (Dops), onde atuava seu pai, Romeu Tuma. O petista
ficou preso em 1980 por 30 dias no Dops, após greves no ABC.... https://www.livrariacultura.com.br/
Lula tentou estuprar companheiro de
cela
No livro O
FILHO DO BRASIL de
Cesar Benjamim revela: ...“Na mesa, estávamos eu, o americano ao meu lado,
Lula e o publicitário Paulo de Tarso em frente e, nas cabeceiras, Espinoza
(segurança de Lula) e outro publicitário brasileiro que trabalhava conosco,
cujo nome também esqueci. Lula puxou conversa: “Você esteve preso, não é
Cesinha?” “Estive.” “Quanto tempo?” “Alguns anos…”, desconversei (raramente
falo nesse assunto). Lula continuou: “Eu não aguentaria. Não vivo sem
boceta”.Para comprovar essa afirmação, passou a narrar com fluência como havia tentado subjugar outro preso nos 30 dias em que ficara detido. Chamava-o de “menino do MEP”, em referência a uma organização de esquerda que já deixou de existir. Ficara surpreso com a resistência do “menino”, que frustrara a investida com cotoveladas e socos”. Até hoje João Batista dos Santos – o menino do MEP – não desmentiu o episódio e Lula até hoje não processou o César Benjamin por calúnia e difamação. Por quê?
Como se
vê, o homem é bem diferente do mito.”, conclui
César Benjamin foi coordenador da campanha de Lula nas eleições presidenciais de 1989, quando Lula foi derrotado por Collor.Militante do movimento estudantil secundarista em 1968, passa à clandestinidade depois da decretação do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro desse ano. Junta-se, então, à luta armada contra o regime militar, ligando-se ao MR-8. Preso em meados de 1971, aos 17 anos, sofre tortura em interrogatórios [2] . Em consequência, perde a audição (unilateral). É expulso do país no final de 1976, exilando-se na Suécia.Volta ao país, após a Lei da Anistia de 1979. Retoma a atividade política, sendo um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Fotes: https://veja.abril.com.br/blog/., https://www1.folha.uol.com.br e revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca |
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LULA SECRETO de Mário Garnero, “tido como testa de ferro do
Barão Rothschild no Brasil.
“Um dos grandes mistérios da
história politica brasileira é compreender por que, afinal, os próceres do
regime militar deixaram um jovem e desconhecido metalúrgico Luís Inácio da
Silva, sem origem partidária e sem referência, sem grandes articulações, de
repente se transformar em grande líder. Lula tem estrela? Sorte? É um
predestinado? Ou teria sido construído, meticulosamente, nos arquivos secretos
da ditadura? Fala-se inclusive, entre os militares da repressão, que Lula seria
invenção do general Golbery do Couto e Silva, em armação com o empresário Mario
Garnero. Será? Esta última possibilidade, a de haver um “Lula Secreto”, sempre
foi aventada, mas nunca provada.
Recebi tempos atrás (de Alfredo
Pereira dos Santos) cópia do capitulo de um livro de autoria do próprio Mário
Garnero, “JOGO DURO”, relatando sua relação com Lula nos anos 70. O livro, já
esgotado, foi editado pela Best Seller em 1988. O depoimento em questão vai da
página 130 à 135. “Alguém já estranhou o fato do Lula jamais ter contestado o
que o Garnero disse no livro nem tê-lo processado?”, indaga Alfredo Pereira
Santos, autor da digitalização do trecho. Seria essa recusa decorrente da
afirmação do próprio Garnero, segundo a qual…
“Longe de mim querer acusá-lo de
ser o Cabo Anselmo do ABC, mesmo porque, ao contrário do que ocorre com o
próprio Lula, eu só acuso com as devidas provas. Só me reservo o direito de
achar estranho” (…) “Lula foi a peça sindical na estratégia de distensão
tramada pelo Golbery – o que não sei dizer é se Lula sabia ou não sabia que
estava desempenhando esse papel”, escreve ainda Garnero.
Foi em 2002 que Garnero entrou em
ação e ofereceu seus serviços para aproximar o PT e os banqueiros
internacionais. Uma resposta ao tal “lulometro”, um índice de desconfiança do
capital estrangeiro com a possível eleição de Lula a presidência.
Garnero até articulou uma viagem
de José Dirceu aos Estados Unidos que incluiu desde palestras para investidores
no banco Morgan Stanley até visitas a gabinetes de altos funcionários em plena
Casa Branca.
Eis a transcrição de seu livro de
1988:
“Eu me vi obrigado, no final do
ano passado, a enviar um bilhetinho pessoal a um velho conhecido, dos tempos
das jornadas sindicais do ABC. Esse meu conhecido tinha ido a um programa de
tevê e, de passagem, fez comentários a meu respeito e sobre o Brasilinvest que
não correspondem à verdade e não fazem jus à sua inteligência.
Sentei e escrevi: “Lula…” Achei que
tinha suficiente intimidade para chamá-lo assim, embora, no envelope, dirigido
ao Congresso Nacional, em Brasília, eu tenha endereçado, solenemente: “A Sua
Excelência, Sr. Luiz Ignácio Lula da Silva”. Espero que o portador o tenha
reconhecido, por trás daquelas barbas.
No bilhete, tentei recordar ao
constituinte mais votado de São Paulo duas ou três coisas do passado, que dizem
respeito ao mais ativo líder metalúrgico de São Bernardo: ele próprio, o Lula.
Não sei como o nobre parlamentar, investido de novas preocupações, anda de
memória. Não custa, portanto, lembrar-lhe. É uma preocupação justificável, pois
o grande líder da esquerda brasileira costuma se esquecer, por exemplo, de que
esteve recebendo lições de sindicalismo da Johns
Hopkins University, nos Estados Unidos, ali por
1972, 1973, como vim a saber lá, um dia. Na universidade americana até hoje
todos se lembram de um certo Lula com enorme carinho.
Além dos fatos que passarei a
narrar, sinto-me no direito de externar minha estranheza quanto à facilidade
com que se procedeu à ascensão irresistível de Lula, nos anos 70, época em que
outros adversários do governo, às vezes muito mais inofensivos, foram tratados
com impiedade. Lula, não – foi em frente, progrediu. Longe de mim querer
acusá-lo de ser o Cabo Anselmo do ABC, mesmo porque, ao contrário do que ocorre
com o próprio Lula, eu só acuso com as devidas provas. Só me reservo o direito
de achar estranho.
Lembro-me do primeiro Lula, lá
por 1976, sendo apresentado por seu patrão Paulo Villares ao Werner Jessen, da
Mercedes-Benz, e, de repente, eis que aparece o tal Lula à frente da primeira
greve que houve na indústria automobilística durante o regime militar, ele que
até então era apenas o amigo do Paulo Villares, seu patrão. Recordo-me de a
imprensa cobrir Lula de elogios, estimulando-o, num momento em que a distensão
apenas começava, e de um episódio que é capaz de deixar qualquer um, mesmo os
desatentos, com um pé atrás.
Foi em 1978, início do mês de
maio. Os metalúrgicos tinham cruzado os braços, a indústria automobilística
estava parada e nós, em Brasília, em nome da Anfavea , conversando com o
governo sobre o que fazer. Era manhã de domingo e estive com o ministro Mário
Henrique Simonsen. Ele estivera com o presidente Geisel, que recomendou
moderação: tentar negociar com os grevistas, sem alarido. Imagine: era um passo
que nenhum governo militar jamais dera, o da negociação com operários em greve.
Geisel devia ter alguma coisa a mais na cabeça. Ele e, tenho certeza, o
ministro Golbery.
Simonsen apenas comentou, de
passagem, que Geisel tinha recomendado que Lula não falasse naquela noite na
televisão, como estava programado. Ele era o convidado do programa Vox Populi,
que ia ao ar na TV Cultura-o canal semi-oficial do governo de São Paulo. Seria
uma situação melindrosa. “Nem ele, nem ninguém mais que fale em greve”, ordenou
Geisel.
Saí de Brasília naquela manhã
mesmo, reconfortado pela notícia de que ao governo interessava negociar. Desci
no Rio com as malas e me preparei para embarcar naquela noite para uma longa
viagem de negócios que começava nos Estados Unidos e terminava no Japão. Saí de
Brasília também com a informação de que Lula não ia ao ar naquela noite.
Mas foi, e, no auge da
conflagração grevista, disse o que queria dizer, numa televisão sustentada pelo
governo estadual. Fiquei sabendo da surpreendente reviravolta da história num
telefonema que dei dos Estados Unidos, no dia seguinte. Senti, ali, o dedo do
general Golbery. Mais tarde, tive condições de reconstituir melhor o episódio e
apurei que Lula só foi ao ar naquele domingo porque no vai-não-vai que precedeu
o programa, até uma hora e meia antes do horário, prevaleceu a opinião de
Golbery, que achava importante, por alguma razão, que Lula aparecesse no vídeo.
O general Dilermando Monteiro, comandante do II Exército, aceitou a
argumentação, e o governador Paulo Egydio Martins, instrumentado pelo Planalto,
deu o nihil obstat final ao Vox Populi.
Lula foi a peça sindical na
estratégia de distensão tramada pelo Golbery – o que não sei dizer é se Lula
sabia ou não sabia que estava desempenhando esse papel. Só isso pode explicar
que, naquele mesmo ano, o governo Geisel tenha cassado o deputado Alencar
Furtado, que falou uma ou outra besteira, e uns políticos inofensivos de
Santos, e tenha poupado o Lula, que levantava a massa em São Bernardo. É
provável que, no ABC, o governo quisesse experimentar, de fato, a distensão.
Lula fez a sua parte. Fontes: (http://internacionalpress.wordpress.com). https://www.facebook.com/, https://homemculto.com/