terça-feira, 19 de dezembro de 2017

TRIBUNAL DIGITAL



TRIBUNAL DIGITAL                                Theodiano Bastos

Polarização das redes sociais faz sociedade viver estado de 'incivilidade', diz historiador


Em São Paulo, Niall Ferguson afirma que Facebook e Twitter devem influenciar eleições no Brasil.

Uma das supostas vítimas de assédio sexual informa que fulano botou a mão no seu joelho 15 anos atrás, outra disse que sofreu assédio em 1986, isto é, há 31 anos e tem um caso de outra “vítima” que disse ter sofrido assédio há 35 anos e outra denuncia que sofreu assédio há 38 anos... E desta forma muitas vidas são destruídas sem que sejam julgadas pela Justiça.

Diógenes Ferreira Alves, Recife, PE: J.R.GUZZO “Na sua crônica “Terra de Bravos” de VEJA 22/11/17, o colunista desmistifica as falsas vítimas que provavelmente ofereceram seu corpo em troca de fama, e só agora, em condições bastante cômodas, vêm a público contar esse fato”   
Já Roberto Ferreira, Serra, ES, sobre J.R. GUZZO, diz: “...Quando é para iniciar a escalada social, vale tudo, até “submeter-se” a um “tarado”. Hoje, milionárias e famosas se travestem de vítimas...São pessoas realmente doentes.  

William Waack, 7 horas depois de aparecer num vídeo dizendo em tom de brincadeira que “é coisa de preto”. é afastado do Jornal Globo. “É lamentável uma carreira tão rica ser jogada no lixo por comentário infantil”

'Evito as redes sociais pela mesma razão que evito as drogas', diz o criador da realidade virtual   
 
Em 28/11/17 Jaron Lanier que é uma das vozes mais respeitadas do mundo tecnológico, mas rejeita a cultura do Vale do Silício e compara redes sociais a drogas.

Jaron Lanier é uma das vozes mais respeitadas do mundo tecnológico. Um visionário, ele ajudou a criar nosso futuro digital e cunhou o termo realidade virtual, nos idos dos anos 1980. Além de ser um filósofo da internet, Lanier é um músico clássico, que tem uma coleção de mais de mil instrumentos. 

A despeito do visual alternativo - com longos dreads nos cabelos que lembram o estilo rastafari - e de se comportar como um hippie, Lanier nunca usou drogas. Nem quando era amigo de Timothy Leary, o pioneiro do alucinógeno sintético LSD. Leary o chamava de "grupo de controle", por sua rejeição a químicos. 

Lanier é autor de vários livros sobre o impacto da tecnologia nos indivíduos e no comportamento coletivo. Neste mês, lançou The Dawn of the New Eveything ("O Despertar de Todas as Novas Coisas", em tradução livre). 

O título se refere ao momento em que o autor colocou, pela primeira vez, um desses capacetes que nos levam ao mundo da realidade virtual - momento que descreve como "transformador" e como a "abertura de um novo plano de experiência". 

Ele foi um dos primeiros a desenvolver produtos voltados à realidade virtual, no final dos anos 1980 e início dos anos 1990.
Mas, embora seja um dos protagonistas da história do Vale do Silício, é um crítico dos valores propagados por empresas como o Facebook e o Google, além de dizer que evita as redes sociais. 

"Evito as redes pela mesma razão que evito as drogas - sinto que podem me fazer mal," diz.
 
Lanier manifesta preocupação com o efeito "psicológico" do Facebook sobre os jovens, especialmente na formação da personalidades dos adolescentes e na construção de relacionamentos.
"As pessoas mais velhas, que já têm vários amigos e perderam contato com eles, podem usar o Facebook para se reconectar com uma vida já vivida. Mas se você é um adolescente e está construindo relacionamentos pelo Facebook, você precisa fazer a sua vida funcionar de acordo com as categorias que o Facebook impõe. Você precisa estar num relacionamento ou solteiro, tem que clicar numa das alternativas apresentadas", explica. 

"Isso de se conformar a um modelo digital limita as pessoas, limita sua habilidade de se inventar, de criar categorias que melhor se ajustem a você mesmo."

Ele também critica a forma como Facebook, Google, Twitter e outros sites utilizam os dados de usuários.
"Existem dois tipos de informações: dados a que todas as pessoas têm acesso e dados a que as pessoas não têm acesso. O segundo tipo é que é valioso, porque esses dados são usados para vender acesso a você. Vão para terceiros, para propaganda. E o problema é que você não sabe das suas próprias informações mais."

Image caption O novo livro dele é um misto de autobiografia com a história do surgimento da realidade virtual
Busca por um mundo alternativo? 

Lanier entrou pela primeira vez em contato com a ideia de realidade virtual na década de 1980. A empresa dele, a VPL, criada em 1985, foi pioneira em "capacetes com tela", desenvolvidos para mostrar mundos gerados por computadores que enganam o cérebro.
Desde o primeiro momento, Lanier reconheceu que a realidade virtual teria duas "faces"- uma com "potencial para o belo" e outra "vulnerável ao horripilante". Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/

REDES SOCIAIS VICIAM COMO DROGA



'Evito as redes sociais pela mesma razão que evito as drogas', diz o criador da realidade virtual

Jaron Lanier é uma das vozes mais respeitadas do mundo tecnológico. Um visionário, ele ajudou a criar nosso futuro digital e cunhou o termo realidade virtual, nos idos dos anos 1980. Além de ser um filósofo da internet, Lanier é um músico clássico, que tem uma coleção de mais de mil instrumentos. 

A despeito do visual alternativo - com longos dreads nos cabelos que lembram o estilo rastafari - e de se comportar como um hippie, Lanier nunca usou drogas. Nem quando era amigo de Timothy Leary, o pioneiro do alucinógeno sintético LSD. Leary o chamava de "grupo de controle", por sua rejeição a químicos. 

Lanier é autor de vários livros sobre o impacto da tecnologia nos indivíduos e no comportamento coletivo. Neste mês, lançou The Dawn of the New Eveything ("O Despertar de Todas as Novas Coisas", em tradução livre). 

O título se refere ao momento em que o autor colocou, pela primeira vez, um desses capacetes que nos levam ao mundo da realidade virtual - momento que descreve como "transformador" e como a "abertura de um novo plano de experiência". 

Ele foi um dos primeiros a desenvolver produtos voltados à realidade virtual, no final dos anos 1980 e início dos anos 1990.
Mas, embora seja um dos protagonistas da história do Vale do Silício, é um crítico dos valores propagados por empresas como o Facebook e o Google, além de dizer que evita as redes sociais.
"Evito as redes pela mesma razão que evito as drogas - sinto que podem me fazer mal," diz. 

Lanier manifesta preocupação com o efeito "psicológico" do Facebook sobre os jovens, especialmente na formação da personalidades dos adolescentes e na construção de relacionamentos.
"As pessoas mais velhas, que já têm vários amigos e perderam contato com eles, podem usar o Facebook para se reconectar com uma vida já vivida. Mas se você é um adolescente e está construindo relacionamentos pelo Facebook, você precisa fazer a sua vida funcionar de acordo com as categorias que o Facebook impõe. Você precisa estar num relacionamento ou solteiro, tem que clicar numa das alternativas apresentadas", explica. 

"Isso de se conformar a um modelo digital limita as pessoas, limita sua habilidade de se inventar, de criar categorias que melhor se ajustem a você mesmo."

Ele também critica a forma como Facebook, Google, Twitter e outros sites utilizam os dados de usuários.


"Existem dois tipos de informações: dados a que todas as pessoas têm acesso e dados a que as pessoas não têm acesso. O segundo tipo é que é valioso, porque esses dados são usados para vender acesso a você. Vão para terceiros, para propaganda. E o problema é que você não sabe das suas próprias informações mais."                                                  Fonte: http://www.bbc.com/portuguese 28/11/17


REDES SOCIAIS DILACERAM A SOCIEDADE



“As redes sociais estão dilacerando a sociedade”, diz um ex-executivo do Facebook

Chamath Palihapitiya lamenta ter participado da criação de ferramentas que destroem o tecido social

Um ex-alto executivo do Facebook fez um mea culpa por sua contribuição para o desenvolvimento de ferramentas que, em sua opinião, “estão dilacerando o tecido social”. Chamath Palihapitiya, que trabalhou na empresa de Mark Zuckerberg de 2007 a 2011, da qual chegou a ser vice-presidente de crescimento de usuários, acredita que “os ciclos de retroalimentação de curto prazo impulsionados pela dopamina que criamos estão destruindo o funcionamento da sociedade. Sem discursos civis, sem cooperação, com desinformação, com falsidade”.
 
Palihapitiya fez essas declarações sobre o vício em redes sociais e seus efeitos em um fórum da Escola de Negócios de Stanford no dia 10 de novembro, mas o site de tecnologia The Verge as publicou na segunda-feira e, através dele, jornais como o The Guardian. Palihapitiya — que trabalhou para aumentar o número de pessoas que usam as redes sociais — recomendou ao público presente no fórum que tomasse um “descanso” no uso delas.
 
Esclareceu que não falava apenas dos Estados Unidos e das campanhas de intoxicação russas no Facebook. “É um problema global, está corroendo as bases fundamentais de como as pessoas se comportam consigo mesmas e com as outras”, enfatizou, acrescentando que sente “uma grande culpa” por ter trabalhado no Facebook. Falou sobre como as interações humanas estão sendo limitadas a corações e polegares para cima e como as redes sociais levaram a uma grave falta de “discurso civil”, à desinformação e à falsidade.


Na palestra, Palihapitiya — agora fundador e CEO da Social Capital, com a qual financia empresas de setores como saúde e educação — declarou ser uma espécie de objetor de consciência do uso de redes sociais e anunciou que quer usar o dinheiro que ganhou no Facebook para fazer o bem no mundo. “Não posso controlar [o Facebook], mas posso controlar minha decisão, que é não usar essa merda. Também posso controlar as decisões dos meus filhos, que não podem usar essa merda”, disse, esclarecendo que não saiu completamente das redes sociais, mas que tenta usá-las o mínimo possível.
 
O ex-vice-presidente do Facebook alertou que os comportamentos das pessoas estão sendo programados sem que elas percebam. “Agora você tem que decidir o quanto vai renunciar”, acrescentou. Palihapitiya fez referência ao que aconteceu no estado indiano de Jharkhand em maio, quando mensagens falsas de WhatsApp sobre a presença de supostos sequestradores de crianças acabaram com o linchamento de sete pessoas inocentes. “Estamos enfrentando isso”, criticou Palihapitiya, acrescentando que esse caso “levado ao extremo” implica que criminosos “podem manipular grandes grupos de pessoas para que façam o que eles querem”.

Mas Palihapitiya não criticou apenas os efeitos das redes na maneira pela qual a sociedade funciona, mas todo o sistema de funcionamento de Silicon Valley. Segundo ele, os investidores injetam dinheiro em “empresas estúpidas, inúteis e idiotas”, em vez de abordar problemas reais como mudança climática e doenças curáveis.
 
As críticas de Palihapitiya às redes se juntam às do primeiro presidente do Facebook, Sean Parker, que criticou a forma como a empresa “explora uma vulnerabilidade da psicologia humana” criando um “ciclo de retroalimentação de validação social”. Além disso, um ex-gerente de produto da empresa, Antonio García-Martínez, acusou o Facebook de mentir sobre sua capacidade de influenciar as pessoas em função dos dados que coleta sobre elas e escreveu um livro, Chaos Monkeys, sobre seu trabalho na empresa. No último ano vem crescendo a preocupação com o poder do Facebook, seu papel nas eleições norte-americanas e sua capacidade de amplificar notícias falsas.                                  Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2017