domingo, 27 de setembro de 2015

DILMA MENTIU PARA SE ELEGER E MENTE PARA GOVERNAR




DILMA MENTIU PARA SE ELEGER E MENTE PARA GOVERNAR                                                                                                                           por Ricardo Noblat
A presidente que mentiu muito para se reeleger ao garantir que tudo estava bem no Brasil, e agora mente para não ser deposta ao dizer que preserva os gastos com programas sociais do governo.
O Brasil já ia mal quando ela pedia votos – e Dilma sabia disso, tanto que anunciou por antecipação a saída do seu ministro da Fazenda Guido Mantega.
Agora, por mais que negue, cortou R$ 25 bilhões em gasto social no Orçamento da União de 2016 se comparado com o Orçamento da União de 2015.
Foi o que apurou o jornal O Estado de S. Paulo com base em números oficiais do Ministério do Planejamento.
A tesourada atingiu o PAC, Minha Casa Minha Vida, Pronatec e até mesmo a construção de creches, unidades básicas de saúde e cisternas. Só poupou o Bolsa Família.
O governo esconde o tamanho dos cortes por razões mais do que compreensíveis. Só faltava ele admitir que mente ao afirmar que os programas sociais ficarão incólumes.
O PT faz de conta que desconhece o tamanho dos cortes porque seria politicamente impossível para ele continuar apoiando um governo que contraria sua pregação.
O tamanho do corte corresponde a 74% do superávit primário – economia para o pagamento dos juros da dívida – prometido pela União em 2016: R$ 34,44 bilhões.
Para o economista Mansueto Almeida, “o governo tem vergonha de mostrar que está cortando em programas considerados ‘vacas sagradas’. Por isso, fica a impressão ao Congresso e ao mercado que o corte tem sido tímido”.
Mesmo com os cortes, Mansueto está convencido de que o orçamento engessado inviabilizará o cumprimento da meta estipulada para o ano que vem.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

PT É A CLEPTOCRACIA NO PODER, diz Gilmar Mendes



Gilmar Mendes acusa PT de cleptocracia
Ministro do Supremo Tribunal Federal recomenda ao partido do governo que ‘faça um combate à corrupção, varra a roubalheira que instalou no País’
Por Fausto Macedo e Julia Affonso, ESTADÃO
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e vice-presidente do TSE, sugeriu ao PT nesta sexta-feira, 18/09/15, que ‘faça um combate à corrupção, varra a roubalheira que ele instalou no País’. Ao ser indagado se tem medo do PT, que o ameaça processar por seu voto durante julgamento do STF – que por oito votos a três barrou as doações de empresas nas eleições -, o ministro disse. “Seria bom que eles processassem todas essas estruturas que eles montaram.”
As declarações do ministro foram dadas após ele participar de uma mesa de debate do Grupo de Estudos Tributários da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo Gilmar Mendes, ‘na verdade o que se instalou no País nesses últimos anos está sendo revelado na Operação Lava Jato é um modelo de governança corrupta, algo que merece o nome claro de cleptocracia, isso que se instalou’.
“Isso está evidente, veja o que fizeram com a Petrobrás, veja o valor da Petrobrás hoje, por isso que se defende com tanta força as estatais. Não é por conta de dizer que as estatais pertencem ao povo brasileiro. Porque pertencem a eles. Eles tinham se tornado donos da Petrobrás. Esse era o método de governança.”
Na avaliação do ministro, ‘infelizmente, para eles, e felizmente para o Brasil, deu errado’. Gilmar Mendes atribui ao PT a crise que abala o País. “Estamos nesse caos por conta desse método de governança corrupta. Temos hoje como método de governança um modelo cleptocrata.”
O ministro aponta enriquecimentos ilícitos de petistas. Citou a compra de obras de arte caríssimas, como descobriu a Lava Jato e fez uma comparação. “Veja, não roubam para o partido, não roubam só para o partido, é o que está se revelando, roubam para comprar quadros. Isso lembra o encerramento do regime alemão quando se descobriu que os quadros do partido tinham quadros, tinham dinheiro no exterior, é o que estamos vivendo aqui.”                                              Fonte: http://politica.estadao.com.br (18/09/15)


**************************************************************

Para Gilmar Mendes, PT “tinha plano perfeito” para “se eternizar no poder”

Ministro do STF diz que país segue “modelo de governança corrupta”

por , 18/09/2015 19:52
SÃO PAULO - O Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira que o PT tinha "um plano perfeito" para se "eternizar no poder", mas que a Operação Lava-Jato "estragou tudo".
- A Lava-Jato estragou tudo. Evidente que a Lava-Jato não estava nos planos, porque o plano era perfeito, mas não combinaram com os russos.
O ministro participou em São Paulo de um seminário na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao lado do presidente da entidade, Paulo Skaf (PMDB).
Para ele, que votou contra o fim do financiamento privado de campanha, o PT é contra esse modelo porque, com o dinheiro desviado da Petrobras, "tem dinheiro para disputar a eleição até 2038" e "deixariam uns caraminguás para os demais partidos".
- Era uma forma fácil de se eternizar no poder. Pelas contas do novo orçamento da Petrobras, R$ 6,8 bilhões foram destinados à propina. Se um terço disso foi para o partido, eles têm algo em torno de R$ 2 bilhões em caixa. Era fácil disputar eleição com isso.
Para o magistrado, o esquema revelado pela Operação Lava-Jato mostrou que o país segue "um modelo de governança corrupta", uma "cleptocracia", que significa um Estado governado por ladrões.
- Na verdade, o que se instalou no país nesses últimos anos e está sendo revelado na Lava-Jato é um modelo de governança corrupta, algo que merece um nome claro de cleptocracia. Veja o que fizeram com a Petrobras. Eles tinham se tornado donos da Petrobras. Infelizmente para eles, e felizmente para o Brasil, deu errado.
Gilmar acabou derrotado, já que o STF aprovou o fim da doação privada de campanha por 8 votos a 3, na votação que terminou nesta quinta-feira.
Fonte: http://oglobo.globo.com/ 18/09/15


 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

EM BUSCA DE UMA SAÍDA



EM BUSCA DE UMA SAÍDA
por Zuenir Ventura .

Vejo com simpatia uma fórmula para tirar o país dessa confusão que propõe não ‘nós contra eles’, mas o diálogo, uma convergência em torno de alguns pontos em comum
Para muitos — inclusive aliados do governo e sem falar na voz das ruas —, a saída para a presidente Dilma resolver a crise é a sua própria saída do governo, por iniciativa pessoal ou por impeachment, uma solução que tem um precedente muito lembrado, contra o qual, porém, além do risco do que viria depois, há o argumento de que Collor se apresentava com uma pesada carga de acusações e denúncias, enquanto a presidente Dilma não tem nada que a comprometa moralmente. Até os adversários, Fernando Henrique à frente, reconhecem sua honestidade. Por isso é que faz sentido a sugestão feita pelo petista Tarso Genro no programa “Preto no Branco”, de Jorge Bastos Moreno, domingo no Canal Brasil. Ele teme que a presidente não termine o mandato, e uma forma de impedir isso seria mudar a política econômica e evitar que o ajuste caísse “sobre as costas dos mais pobres”. Para ele, a solução da crise exige a participação dos ex-presidentes e até que já está “passando da hora de FH e Lula sentarem para discutir o país”.
Sem pertencer à OPA (Ordem dos Petistas Arrependidos, que conta com um time de membros ilustres), esse ex-prefeito de Porto Alegre, ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça de Lula, não teme criticar os desvios do seu partido, e o faz publicamente. Por ocasião do mensalão, disse que o PT chegara ao “fim de um ciclo”. E agora incluiu no mesmo elogio um adversário, ao afirmar que os dois brasileiros que citou, o líder dos petistas e o dos tucanos, “talvez sejam os mais importantes dos últimos tempos”.
Como pessoalmente gosto dos citados, já que não hierarquizo as pessoas nem política nem ideologicamente, e como sou contra o impeachment e a favor da conciliação, vejo com simpatia uma fórmula para tirar o país dessa confusão que propõe não “nós contra eles”, mas o diálogo, uma convergência em torno de alguns pontos em comum. Sei que vou ser chamado de ingênuo, porque o PSDB, segundo a repórter Daniela Lima, já está discutindo internamente que papel o partido desempenhará no caso de Michel Temer assumir no lugar de Dilma. Os tucanos acham que terão que participar de um acordo para dar sustentação ao eventual governo. A condição seria ele se comprometer em não disputar a reeleição.
Nesse caso, se eu for chamado de ingênuo, estou em boa companhia, a do experiente Tarso Genro, que ainda busca uma saída para a crise, quando a oposição já se prepara para receber Temer.
Fonte: http://oglobo.globo.com/