O BRASIL que o papa Francisco
visitou é considerado o maior país católico do mundo, mas está em plena
convulsão social, de cujas conseqüências ainda são imprevisíveis; mas é também
um dos mais violentos do mundo, conforme comprovam os dados que seguem:
BRASIL, CAMPEÃO MUNDIAL DE
HOMICÍDIOS
Segundo
levantamento feito pela ONU, o Brasil é o segundo pais mais estressado do mundo. O povo está inquieto e agressivo. Não há paz
nas ruas; é uma exasperação assustadora; mata-se por qualquer motivo, seja por
assassinatos ou no trânsito.
Pelo relatório, os países com as mais altas
taxas de homicídios, entre eles o Brasil, estão nas Américas Central e do Sul e
na África. Honduras aparece em primeiro lugar no ranking com uma taxa de 82,1
assassinatos por grupo de 100 mil. Em segundo lugar vem El Salvador, com uma
taxa de 66 mortes por 100 mil. Entre os primeiros nesta lista estão ainda Jamaica
(52,1), Venezuela (49) e Guatemala (41). Na América do Sul, a taxa do Brasil
(22,7) é mais alta que a da Guiana (18,4), do Equador (18,2) e até do Paraguai
(11,5). O Iraque, por exemplo, aparece com apenas 608 mortes em 2008 e índice de apenas 2 mortes por 100 mil habitantes, segundo dados da OMS.
Em números absolutos, no entanto, o Brasil, com a maior população do continente, amarga o primeiro lugar no ranking não só da América do Sul, mas do mundo inteiro. Foram 43.909 pessoas mortas intencionalmente em um ano, enquanto na Colômbia foram 15.459, e, na Venezuela, 13.985.
O Brasil é o país quinto país mais populoso do mundo, atrás de China, Índia, EUA e Indonésia. O segundo com mais homicídios em um ano, de acordo com o estudo, foi a Índia, com 40.752 mortes em 2009. A população indiana, no entanto, é mais de cinco vezes maior que a do Brasil.
Baseando-se em dados do DataSUS, do Ministro da Saúde, tida como a fonte mais confiável, consta-se que em 2008, por exemplo, 85.270 brasileiros perderam a vida de forma violenta: (48.610 foram assassinadas e 36.666 perderam a vida no trânsito, em 2008 e 92% são homens.
Em 2003, 50.980
homicídios; 2004, 48.374; 2005, 47.458;
2006, 49.145 e em 2007, 47.707 homicídios.
Em 5 anos de guerra
no Vietnã, morreram 57 mil americanos e na guerra do Iraque, apenas 3 399
soldados aliados (a maioria americanos, morreram no conflito, enquanto
isso no Brasil... Para 80% dos brasileiros consultados a violência está
fora de controle e ninguém confia nas
polícias etc.
Cresce vertiginosamente
a frota de carros blindados, casas com cercas elétricas e sofisticados sistemas
eletrônicos, condomínios fechados e nem mesmo nas pequenas cidades do
interior vive-se em paz
É a "tragédia
anunciada" da segurança pública brasileira: 50 vezes mais mortos que na
Faixa de Gaza . "Aproximadamente 50 mil homicídios ocorrem a cada ano no
Brasil", sublinha a Human Rights Watch. número pode ser comparado ao de
países em guerra, segundo o jornal. Angola demorou 27 anos para chegar a um
milhão de mortes, mas estava oficialmente em guerra civil. A estatística é de
um estudioso da violência, o economista Daniel Cerqueira, do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que quer alertar para a "A questão
social não seria unicamente responsável se a gente tivesse um sistema
coercitivo que funcionasse. Temos um sistema de segurança pública falido. A
violência é como um barco à deriva desses problemas sociais,
socioeconômicos", diz.
HOMICÍDIOS E MORTES NO TRÃNSITO: Tragédia Nacional
Mais
de 61 000 mortes no trânsito em 2012. Só no ano passado, foram 352 000
inválidos permanentes por conta de acidentes
O DPVAT teve de pagar 508.000 indenizações em 2012
O Observatório Nacional de Segurança Viária divulgou, na
última quarta-feira, dados de acidentes de trânsito do ano passado. Das 508 000
indenizações do DPVAT, 352 000 foram para vítimas que ficaram inválidas
permanentemente. E um número estarrecedor: houve 61 000 mortes no trânsito.
Como comparação, algumas doenças, como a tuberculose, precisaria de 13 anos para acumular esse número de vítimas fatais. A hepatite levaria 28 anos; a dengue, 45 e a famosa gripe H1N1, 527 anos.
“O Observatório nasceu a partir da indignação com esses números e com a proposta de mudar essa realidade, que gera alto custo para a sociedade”, afirma João Ramalho, presidente da entidade. Por isso, ele realiza estudos e pesquisas para tomar decisões que possam reduzir acidentes de trânsito, além de disseminar conhecimento que levem à mudança nas atitudes e decisões públicas para um trânsito mais seguro.
Um dos pontos apresentados pelo Observatório foi a falta de qualidade e até mesmo a ausência de sinalização nas vias e rodovias do país. Um labirinto escuro foi montado na feira Brazil Road Expo para que os visitantes pudessem perceber como a sinalização adequada previne acidentes. Com uma lanterna, os visitantes podiam circular pelo labirinto e perceber como algumas indicações, como lombadas, são importantes. Depois era possível fazer o caminho de volta. Com placas visíveis e indicações nos locais necessários, não houve surpresas.
Como comparação, algumas doenças, como a tuberculose, precisaria de 13 anos para acumular esse número de vítimas fatais. A hepatite levaria 28 anos; a dengue, 45 e a famosa gripe H1N1, 527 anos.
“O Observatório nasceu a partir da indignação com esses números e com a proposta de mudar essa realidade, que gera alto custo para a sociedade”, afirma João Ramalho, presidente da entidade. Por isso, ele realiza estudos e pesquisas para tomar decisões que possam reduzir acidentes de trânsito, além de disseminar conhecimento que levem à mudança nas atitudes e decisões públicas para um trânsito mais seguro.
Um dos pontos apresentados pelo Observatório foi a falta de qualidade e até mesmo a ausência de sinalização nas vias e rodovias do país. Um labirinto escuro foi montado na feira Brazil Road Expo para que os visitantes pudessem perceber como a sinalização adequada previne acidentes. Com uma lanterna, os visitantes podiam circular pelo labirinto e perceber como algumas indicações, como lombadas, são importantes. Depois era possível fazer o caminho de volta. Com placas visíveis e indicações nos locais necessários, não houve surpresas.
Acerca desses números, o
especialista em direito de seguros Antonio Penteado Mendonça comentou em artigo
publicado recentemente no Estado de S. Paulo:
“Se as indenizações pagas
representassem o total das mortes no trânsito, teríamos praticamente 150 mortes
por dia, ou 6,25 mortes por hora. Além disso, teríamos diariamente 596 pessoas
inválidas, ou quase 25 vítimas por hora. Só que a realidade é pior porque nem
todos reclamam o seguro. São números apavorantes, em primeiro lugar pela
constatação de que o trânsito brasileiro é um dos principais assassinos do
País. Em segundo, porque ele é mais cruel ainda, ao deixar inválidas 107 mil pessoas
a cada seis meses. E, em terceiro, mas não menos importante, porque o custo
social desse quadro é muito mais caro do que o total das indenizações pagas
pelo DPVAT.”
Segundo o especialista, se o
trânsito não for encarado como prioridade e receber investimentos, entre eles
em educação, os brasileiros continuarão sendo vítimas dos veículos e de seus
motoristas.”
Em 2010 (não existe ainda
estatísticas atualizadas) 40.989
morreram no trânsito.Em 2008, foram 38.273
Assim,
na década 2000/2010, o número de mortes nas vias públicas passou de 28.995 para
40.989, o que representa um incremento de 41,4% em 10 anos. As taxas,
considerando o aumento da população,também cresceram 25,8%.
Nesta
última década,não só os números,mas também a estrutura, a composição desses
acidentes, mudaram. Nos registros do SIM,se o número de mortes de pedestres
caiu, todas as restantes categorias aumentaram, mas, de forma trágica,
destacam-se os motociclistas, cuja mortalidade aumentou 244% nessa última
década.
Desta
forma, se na década passada eram largamente preponderantes as mortes de
pedestres, em 2010, as mortes de motociclistas ultrapassaram as das restantes
categorias,representando praticamente 1/3 das mortes no trânsito. E a tendência
é a de continuar crescendo. Fonte: http://www.mapadaviolencia.org.br/