sábado, 5 de outubro de 2024

NO PANAMÁ PARA ENSINAR O USO DA NEUROREABILITAÇÃO EM PACIENTES COM AVC CRÔNICO

 

 O Neurocientista TEODIANO BASTOS FILHO, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica

Professor dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica / Biotecnologia: Linhas de Pesquisa em Engenharia Biomédica, Processamento de Sinais / Robótica, Controle e Automação / Bioinformática 

Bolsista de Produtividade em Pesquisa 1C do CNPq

Membro do Comitê Permanente de Internacionalização (Secretaria de Relações Internacionais) Vitória/ES, Brasil

Demostra a técnica de neurorreabilitação para pacientes que sofrem com AVC crônico. Levou os equipame3ntos para ensinar o uso na técnica de neurorreabilitação para mitigar os danos nos pacientes com AVC crônico na Sociedade Panamenha de Engenharia Biomédica, na Cidade do Panamá, onde ficará por 20 dias. 

Na Universidad Latinoamericana do Panamá serão instalados os equipamentos  para as aulas práticas.

A Universidade Latino-Americana do Panamá é uma instituição privada de ensino superior fundada em 1972. É considerada uma das instituições de ensino mais prestigiadas do Panamá. Tem 13.500 alunos, 105 programas e 5 sedes

Desde 2009, a Associação Panamenha de Engenharia Biomédica (APIB) foi criada como uma associação profissional que agrupa e representa a Engenharia Biomédica. É privada, sem fins lucrativos e sem filiação política ou religiosa, e tem personalidade jurídica própria e independente. seus associados e plena capacidade para atuar na administração e alienação de seu patrimônio e no cumprimento de seus fins.

 Atualmente é constituída por associados biomédicos ativos a nível nacional, que tem como principal objetivo continuar a promover e promover a Engenharia Biomédica no nosso país.

Com sede na UFRJ Rio de Janeiro, foi fundada a Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica (SBEB).

Dados da Federação Mundial do AVC indicam que 13,7 milhões de pessoas sofrem Acidente Vascular Cerebral (AVC) a cada ano. As sequelas que permanecem podem alterar o quadro clínico para um AVC crônico. Nesse contexto, os pesquisadores do Laboratório de Robótica e Tecnologia Assistiva (LRTA) da Ufes desenvolveram uma técnica que usa a imaginação e dispositivos robóticos para ajudar os pacientes a recuperar seus movimentos.

O estudo utiliza sensores eletrônicos que, acoplados à cabeça do paciente, coletam sinais cerebrais gerados pelo ato de imaginar determinado movimento (eletroencefalograma). Os sinais captados induzem o movimento aos membros afetados pelo AVC por meio de um suporte robótico (exoesqueleto). Ao repetir muitas vezes essa atividade de imaginar o movimento e ter sua reprodução através do exoesqueleto, o cérebro então consegue encontrar caminhos alternativos que façam esse membro voltar a se mover.

O professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Biotecnologia da Ufes e orientador da pesquisa, Teodiano Bastos Filho, explica que em geral o AVC danifica uma área do cérebro responsável por funções motoras. A ideia consiste em estimular o cérebro a buscar outra área cerebral para voltar a controlar os movimentos. Para estimular a imaginação, a pesquisa conta com estímulos visuais proporcionados por um sistema de realidade virtual 2D. A tal modelo de tratamento se atribui o nome de neurorreabilitação.

“O diferencial da terapia é o uso da imaginação do movimento para recuperá-lo. Antes de um movimento ser executado, a mente humana o imagina. No caso das pessoas que sofreram AVC, essa imaginação ocorre normalmente, mas o membro é incapaz de realizar o comando. O que a gente faz para prender a atenção da pessoa de forma muito efetiva é, por exemplo, exibir na tela do computador alguém pegando um copo e bebendo água”, detalha o professor.

Movimentos complexos

Outra inovação é o trabalho com movimentos complexos visando a um alto grau de melhora dos pacientes. Esses movimentos são justamente aqueles presentes na vida diária, como o ato de se alimentar. Ao explorar a imaginação desses movimentos mais complexos, observou-se melhora ainda mais rápida no processo de reabilitação.

“Na literatura já há muitos estudos sobre a imagética motora simples, o movimento da mão simples, mas com esses movimentos não se exige tanto. Então, na pesquisa a pessoa tem que imaginar alcançar um copo com a mão, agarrá-lo e levá-lo até a boca, simulando que bebe alguma coisa e depois retornar o copo e a mão para as posições iniciais”, declara o estudante e pesquisador Cristian Mendez, orientado pelo professor Teodiano Bastos Filho.

Metodologia e resultados

O Prof. Teodiano Filho pondera que a técnica de eletroencefalografia (EEG) com eletrodos para captar sinais elétricos do cérebro já é conhecida e usada pelos neurologistas para diagnosticar a epilepsia, por exemplo. Mas frisa que o diferencial da pesquisa é o uso do EEG para identificar a imaginação motora, sendo que o grupo de pesquisa obteve uma taxa de acerto na detecção desses sinais da ordem de 97%. Esse resultado promove as condições necessárias para o funcionamento da neuroplasticidade, capacidade do sistema nervoso central de se adaptar às novas circunstâncias.

Ainda utilizando os sinais cerebrais provindos da imaginação, o professor atua em outra pesquisa voltada à neurorreabilitação do movimento dos membros inferiores. Ele explica que, em certos casos, há até a aplicação de toxina botulínica (botox) no membro afetado, pois, devido ao AVC crônico, o membro acaba ficando rígido, não permitindo que o exoesqueleto realize o movimento induzido.

“A aplicação do botox então diminui a rigidez muscular (espasticidade), relaxando os músculos, e a pessoa consegue, por exemplo, abrir uma mão ou mover uma perna com a ajuda robótica (exoesqueleto). São resultados muito significativos, porque os pacientes pós-AVC, ao serem levados ao Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), em Vila Velha, na fase aguda, levam de dois a três meses para demonstrar alguma melhora. Com nossos pacientes, esse tempo foi reduzido para duas a três semanas”, frisa o professor.

Texto: Ghenis Carlos (bolsista) Edição: Sueli de Freitas com colaboração de THEODIANO BASTOS

FONTES: https://www.ufes.br/conteudo/pesquisa-propoe-tecnica-de-neurorreabilitacao-para-pacientes-que-sofrem-com-avc-cronico https://www.apibiomedica.com/historia-apib E https://teodianobastoslab.net/

 

 

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

PAÍSES MAIS INTELIGENTES DO MUNDO




PAÍSES MAIS INTELIGENTES DO MUNDO

Por THEODIANO BASTOS

O nível de QI (Quociente de Inteligência) é frequentemente usado como uma medida para avaliar as capacidades cognitivas de uma população. Alguns países se destacam globalmente por apresentar médias de QI mais elevadas, refletindo investimentos em educação, cultura e outros fatores que influenciam o desenvolvimento intelectual. A Ásia domina o topo da lista, com países como Japão, Taiwan e Singapura ocupando as três primeiras posições. A fonte é esta lista, que compila dados entre 2010 e 2019.

O Japão lidera o ranking com uma média de 106,48, seguido de perto por Taiwan (106,47) e Singapura (105,89). Esses países são conhecidos por seus sistemas educacionais rigorosos e cultura de valorização do conhecimento. Hong Kong e China completam o top 5, destacando a supremacia asiática nesta métrica. Fora da Ásia, a Europa também se destaca com nações como Bielorrússia, Finlândia e Liechtenstein, que apresentam médias de QI acima de 101.

Albert Einstein tinha um QI entre 160 e 180

  • Japão, com 106,48
  • Taiwan, com 106,47
  • Singapura, com 105,89
  • Hong Kong, com 105,37
  • China, com 104,1
  • Coreia do Sul, com 102,35
  • Bielorrússia, com 101,6
  • Finlândia, com 101,2
  • Liechtenstein, com 101,07
  • Coreia do Sul 101
  • Alemanha, com 100,74 
  • Coreia do Norte 100
  • Israel 92
  • Rússia 96
  • Estados Unidos 97
  • Reino Unido 99
  • Canadá 99,52
  • Coreia do Norte 100
  • Suécia 98
  • França, 96
  • Índia 81

        O Brasil, por sua vez, tem um QI médio de 87. 

SAIBA MAIS EM: - https://www.jorn.com.br/rankings-top/paises-com-maior-e-com-menor-qi-do-mundo/#google_vignette - https://www.google.com/search?sca_esv=4997d9601951f80e&sca_upv=1&sxsrf=ADLYWIIiQyuE0La0VVflISaHlCxSD8S9PA:1727862452558&q=Ranking+de+QI+no+mundo&sa=X&ved=2ahUKEwjAidKdte-IAxXxLrkGHa7zMqQQ1QJ6BAg_EAE&biw=1366&bih=607&dpr=1 E https://www.dadosmundiais.com/qi-por-pais.php


terça-feira, 1 de outubro de 2024

PÉROLAS DESPERDIÇADAS, O BRASIL TEM DE MAIS DE 2,6 MILHÕES DE SUPERDOTADOS

 

Por THEODIANO BASTOS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 5% da população mundial tem algum tipo de superdotação ou alta habilidade. No entanto, o número de pessoas superdotadas no Brasil é subnotificado, pois a contagem se restringe ao ambiente escolar.

Dia Mundial da Superdotação: Brasil ultrapassa 2,6 mil pessoas superinteligentes, diz pesquisa

Data é celebrada nesta quinta-feira (10); São Paulo lidera ranking de estados com maior número de superdotados, DF aparece na 5ª posição. Conheça cinco sinais de superinteligência.

'Superdotação não é só inteligência': entenda o que são altas habilidades e quais as dificuldades enfrentadas por quem tem a condição

Especialistas e famílias de crianças superdotadas relatam despreparo e incompreensão do sistema educacional. No DF, alunos com altas habilidades são atendidos nas 'Salas de Recursos'; Secretaria de Educação diz que 'tem envidado todos os esforços possíveis' para suprir demanda. 
Nesta quinta-feira (10), é comemorado o Dia Mundial da Superdotação. No Brasil, há 2.621 pessoas superinteligentes identificadas em território nacional e mais outros 31 no exterior.

O estado de São Paulo lidera o ranking de estados com maior número de superdotados, com 1.226 brasileiros. Em seguida estão Rio de Janeiro, com 298 pessoas, Minas Gerais, com 209, e Paraná, com 193. O Distrito Federal aparece na 5ª posição, com 177 

O QI médio no Brasil é 83, a Mensa Brasil, não informa na relação abaixo, mas a Alemanha tem um QI média de 100, Os Estados Unidos, 98, França 98 e Canadá 97

1 Singapura

                                   108

2

Hong Kong

108

3

Taiwan

106

4

Coreia do Sul

106

5

Japão

105

6

China

104

7

Suiça

102

8

Países Baixos

102

9

Coreia do Norte

102

10

Macau

101

Os dados são Associação Mensa Brasil, entidade que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais. De acordo com a entidade, há cinco sinais de superinteligência:

1.  🧠 Raciocínio rápido para resolver problemas;

2.  🧠 Boa memória de longo prazo: capta as informações e as recupera com facilidade quando necessário (lembra-se de nomes ou rostos de pessoas que não vê há muito tempo, datas históricas, imagens e números etc);

3.  🧠 Boa memória operacional: capta e processa diferentes tipos de informações ao mesmo tempo;

4.  🧠 Consegue diferenciar sons e visualizar detalhes em imagens com muita facilidade;

5.  🧠 Rápida curva de aprendizado: habilidades avançadas para a sua idade cronológica (crianças que aprendem a ler aos 3 anos ou antes ou que conseguem compor uma música sem nunca ter estudado para isso, por exemplo).

O Ministério da Educação (MEC) tem ações para atender alunos com altas habilidades ou superdotação: O MEC disponibiliza um material gratuito com orientações para professores e famílias, elaborado por especialistas no assunto. A LDB prevê a criação de um cadastro nacional de alunos com altas habilidades ou superdotação, para fomentar políticas públicas de desenvolvimento das suas potencialidades. 

O MEC se comprometeu a romper com a invisibilidade histórica desse público nas políticas de educação. 

O MEC também tem a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que enfatiza a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. 

A escola deve trabalhar as potencialidades dos alunos com altas habilidades ou superdotação, para que não percam o interesse em apresentar seus talentos. Para isso, é necessário identificar os alunos, o que exige planejamento, observação e estrutura. 

Para identificar se uma criança tem altas habilidades ou superdotação, é possível procurar um psicólogo especializado em avaliação psicológica infantil. 

Alunos com altas habilidades/ superdotação - MEC

É tarefa da escola trabalhar tais potencialidades para que não haja perda de interesse da criança em continuar a apresentar seus t...

A atuação do MEC/SEESP na implantação da política de educação especial tem se baseado na identificação de oportunidades, no estímulo às iniciativas, na geração de alternativas e no apoio aos sistemas de ensino que encaminham para o melhor atendimento educacional do aluno com altas habilidades/superdotação.
Altas habilidade/superdotação: encorajando potenciais

http://portal.mec.gov.br › seesp › pdf › altashab1

SAIBA MAIS EM: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2023/08/10/dia-mundial-da- https://pt.wwiqtest.com/?gad_source=1&gclid=Cj0KCQjwu- 63BhC9ARIsAMMTLXTSoLAxqEqEA6NC2hz8reH9sNBz3IfWxMQYzwX_1ZtuIGs1DmhEliUaAk4bEALw_wcB E superdotacao-brasil-ultrapassa-26-mil-pessoas-superinteligentes-diz-pesquisa.ghtml

INCONSCIENTE E MENTE, MISTÉRIOS DO CÉREBRO




 Por THEODIANO BASTOS

O inconsciente é a maior parte que constitui o aparelho psíquico, nele estão contidas as nossas lembranças e memórias que não estão ao alcance da consciência. Os processos mentais que surgem do inconsciente emergem sem a nossa percepção consciente da realidade.

Na psicanálise, uma metáfora que é utilizada para ilustrar a definição do inconsciente é a imagem do iceberg. A parte visível do iceberg, que revela apenas uma pequena parte de sua dimensão, seria o consciente. A parte do iceberg que se encontra submersa na água seria o inconsciente.

Por meio dessa analogia, podemos entender que o consciente é uma pequena parte que temos acesso pela realidade, enquanto o inconsciente é a parte insondável, que está depositada nas profundezas da mente.

Tudo aquilo que é apreensível com mais facilidade está visível, mas é apenas uma pequena parte da totalidade da mente humana. Esse é o plano do consciente. Para entender mais a respeito da definição da consciência, acesse o artigo sobre o que é o consciente na psicanálise.

Aquilo que não está nitidamente acessível a nossa compreensão e compõe um conjunto de processos psíquicos misteriosos está no plano do inconsciente. Por isso, ele é representado pela parte submersa do iceberg. Trata-se de tudo aquilo que é mais profundo e não está acessível ao campo da consciência.

É no inconsciente que estão os nossos atos falhos, desejos, memórias reprimidas e sentimentos que foram renegados da consciência por serem dolorosos demais e difíceis de se ter acesso por meio da razão.

A definição de inconsciente na psicanálise pode variar de acordo com a visão da linha de cada psicanalista. Para a psicanálise freudiana, o inconsciente é uma parte da mente que não está acessível para a consciência.

Trata-se de um depósito de conteúdos que se encontram fora da consciência. Segundo a perspectiva freudiana, o inconsciente atua como um repressor de conteúdos que são impedidos de ter acesso ao plano do consciente.

JÁ A MENTE, O QUE É?

A psicologia é o estudo científico da mente e do comportamento. 

A mente é o conjunto de faculdades que são responsáveis pelos fenômenos mentais, como a sensação, o pensamento, a imaginação, a memória e a vontade. A mente também pode ser definida como a qualidade de um sujeito vivo que responde espontaneamente ao seu ambiente.

A mente funciona quando se tem sensações, se entende o que se sente e se pensa sobre o que se sente. Ela ajuda a acumular informações que o cérebro processa para tornar a vida possível. 

A mente pode ser dividida em três partes: consciente, inconsciente e subconsciente:

  • Consciente: É a parte do pensamento que as pessoas estão cientes e que pode ser alterada.
  • Inconsciente: Organiza as informações no cérebro, como um grande cômodo com gavetas cheias de dados.
  • Subconsciente: Detecta padrões e percebe que uma situação já aconteceu antes. 

SAIBA MAIS EM: https://www.youtube.com/watch?v=jW-sFuBwEAo - https://www.ecycle.com.br/mente/ E https://ibrapsi.com.br/a-psicanalise-e-o-inconsciente/


segunda-feira, 30 de setembro de 2024

AVC CRÔNICO A NEUROREABILITAÇÃO DÁ ESPERANÇA DE MELHHORAS


 

Pesquisa propõe técnica de neurorreabilitação para pacientes que sofrem com AVC crônico

Dados da Federação Mundial do AVC indicam que 13,7 milhões de pessoas sofrem Acidente Vascular Cerebral (AVC) a cada ano. As sequelas que permanecem podem alterar o quadro clínico para um AVC crônico. Nesse contexto, os pesquisadores do Laboratório de Robótica e Tecnologia Assistiva (LRTA) da Ufes desenvolveram uma técnica que usa a imaginação e dispositivos robóticos para ajudar os pacientes a recuperar seus movimentos.

O estudo utiliza sensores eletrônicos que, acoplados à cabeça do paciente, coletam sinais cerebrais gerados pelo ato de imaginar determinado movimento (eletroencefalograma). Os sinais captados induzem o movimento aos membros afetados pelo AVC por meio de um suporte robótico (exoesqueleto). Ao repetir muitas vezes essa atividade de imaginar o movimento e ter sua reprodução através do exoesqueleto, o cérebro então consegue encontrar caminhos alternativos que façam esse membro voltar a se mover.

O professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Biotecnologia da Ufes e orientador da pesquisa, Teodiano Bastos Filho, explica que em geral o AVC danifica uma área do cérebro responsável por funções motoras. A ideia consiste em estimular o cérebro a buscar outra área cerebral para voltar a controlar os movimentos. Para estimular a imaginação, a pesquisa conta com estímulos visuais proporcionados por um sistema de realidade virtual 2D. A tal modelo de tratamento se atribui o nome de neurorreabilitação.

“O diferencial da terapia é o uso da imaginação do movimento para recuperá-lo. Antes de um movimento ser executado, a mente humana o imagina. No caso das pessoas que sofreram AVC, essa imaginação ocorre normalmente, mas o membro é incapaz de realizar o comando. O que a gente faz para prender a atenção da pessoa de forma muito efetiva é, por exemplo, exibir na tela do computador alguém pegando um copo e bebendo água”, detalha o professor.

Movimentos complexos

Outra inovação é o trabalho com movimentos complexos visando a um alto grau de melhora dos pacientes. Esses movimentos são justamente aqueles presentes na vida diária, como o ato de se alimentar. Ao explorar a imaginação desses movimentos mais complexos, observou-se melhora ainda mais rápida no processo de reabilitação.

“Na literatura já há muitos estudos sobre a imagética motora simples, o movimento da mão simples, mas com esses movimentos não se exige tanto. Então, na pesquisa a pessoa tem que imaginar alcançar um copo com a mão, agarrá-lo e levá-lo até a boca, simulando que bebe alguma coisa e depois retornar o copo e a mão para as posições iniciais”, declara o estudante e pesquisador Cristian Mendez, orientado pelo professor Bastos.

Metodologia e resultados

Metodologia e resultados

O Prof. Teodiano Bastos Filho pondera que a técnica de eletroencefalografia (EEG) com eletrodos para captar sinais elétricos do cérebro já é conhecida e usada pelos neurologistas para diagnosticar a epilepsia, por exemplo. Mas frisa que o diferencial da pesquisa é o uso do EEG para identificar a imaginação motora, sendo que o grupo de pesquisa obteve uma taxa de acerto na detecção desses sinais da ordem de 97%. Esse resultado promove as condições necessárias para o funcionamento da neuroplasticidade, capacidade do sistema nervoso central de se adaptar às novas circunstâncias.

Ainda utilizando os sinais cerebrais provindos da imaginação, o professor atua em outra pesquisa voltada à neurorreabilitação do movimento dos membros inferiores. Ele explica que, em certos casos, há até a aplicação de toxina botulínica (botox) no membro afetado, pois, devido ao AVC crônico, o membro acaba ficando rígido, não permitindo que o exoesqueleto realize o movimento induzido.

“A aplicação do botox então diminui a rigidez muscular (espasticidade), relaxando os músculos, e a pessoa consegue, por exemplo, abrir uma mão ou mover uma perna com a ajuda robótica (exoesqueleto). São resultados muito significativos, porque os pacientes pós-AVC, ao serem levados ao Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), em Vila Velha, na fase aguda, levam de dois a três meses para demonstrar alguma melhora. Com nossos pacientes, esse tempo foi reduzido para duas a três semanas”, frisa o professor.

Texto: Ghenis Carlos (bolsista) Edição: Sueli de Freitas

FONTE: https://www.ufes.br/conteudo/pesquisa-propoe-tecnica-de-neurorreabilitacao-para-pacientes-que-sofrem-com-avc-cronico

 

domingo, 29 de setembro de 2024

QUAL A DIFERENÇA ENTRE UM PSICOPATA E UM SOCIOPATA?



                      Por THEODIANO BASTOS

Acredita-se que a psicopatia tenha bases genéticas, biológicas e psicológicas que colocam alguém em maior risco de violar os direitos de outras pessoas. Mas a sociopatia é menos claramente definida e seus comportamentos antissociais são o produto de um ambiente social.

Artigos sobre pessoas que não se comportam bem e como identificá-las são comuns. Você não precisa jogar no Google ou rolar a tela por muito tempo para encontrar manchetes como "7 sinais de que seu chefe é um psicopata" ou "Como evitar o sociopata ao lado".

Você verá frequentemente os termos psicopata e sociopata usados ​​de forma intercambiável. Isso se aplica talvez ao personagem fictício com mal comportamento mais famoso de todos Hannibal Lecter, o serial killer canibal de O Silêncio dos Inocentes.

No livro em que o filme é baseado, Lecter é descrito como um "sociopata puro". Mas no filme ele é descrito como um "psicopata puro". Psiquiatras o diagnosticaram com algo totalmente diferente.

Então, qual é a diferença entre um psicopata e um sociopata?

Como veremos, esses termos foram usados ​​em diferentes momentos da história e se relacionam a alguns conceitos que se sobrepõem.

O que é um psicopata?

A psicopatia é mencionada na literatura psiquiátrica desde os anos 1800. Mas a última edição do Diagnostic Statistical Manual of Mental Disorders (conhecido coloquialmente como DSM) não a lista como um transtorno clínico reconhecido.

Desde a década de 1950, os rótulos mudaram e termos como "distúrbio de personalidade sociopática" foram substituídos por transtorno de personalidade antissocial, que é o que usamos hoje.

A sociopatia, que hoje em dia chamamos de transtorno de personalidade antissocial, e a psicopatia têm sido associadas a uma ampla gama de causas de desenvolvimento, biológicas e psicológicas

Alguém com transtorno de personalidade antissocial tem um desrespeito persistente pelos direitos dos outros.

Isso inclui quebrar a lei, mentir repetidamente, comportamento impulsivo, entrar em brigas, desconsiderar a segurança, comportamentos irresponsáveis ​​e indiferença às consequências de suas ações.

Para aumentar a confusão, a seção no DSM sobre transtorno de personalidade antissocial menciona traços de psicopatia (e sociopatia). Em outras palavras, de acordo com o DSM, os traços são parte do transtorno de personalidade antissocial, mas não são transtornos mentais em si.

A primeira descrição formal de traços de psicopatia foi feita pelo psiquiatra americano Hervey Cleckley, em seu livro The Mask of Sanity, de 1941.

Ele baseou sua descrição em observações clínicas de nove pacientes do sexo masculino em um hospital psiquiátrico. Ele identificou várias características-chave, incluindo charme superficial, falta de confiabilidade e falta de remorso ou vergonha.

O psicólogo canadense e professor Robert Hare refinou essas características enfatizando características interpessoais, emocionais e de estilo de vida, além dos comportamentos antissociais listados no DSM.

Quando reunimos todas essas vertentes de evidências, podemos dizer que um psicopata manipula os outros, mostra charme superficial, é grandioso e é persistentemente enganoso. Traços emocionais incluem falta de emoção e empatia, indiferença ao sofrimento dos outros e não aceitar responsabilidade por como seu comportamento afeta os outros.

Finalmente, um psicopata fica entediado facilmente, se aproveita dos outros, não tem objetivos e é persistentemente irresponsável em suas ações.

E um sociopata?

O termo sociopata apareceu pela primeira vez na década de 1930 e foi atribuído ao psicólogo americano George Partridge. Ele enfatizou as consequências sociais do comportamento que comumente viola os direitos dos outros.

Acadêmicos e clínicos frequentemente usavam os termos sociopata e psicopata de forma intercambiável. Mas alguns preferiam o termo sociopata porque diziam que o público às vezes confundia a palavra psicopata com psicose.

“Distúrbio de personalidade sociopática” foi o termo usado na primeira edição do DSM em 1952. E se alinhava a visões predominantes na época, de que os comportamentos antissociais eram em grande parte o produto do ambiente social e que os comportamentos só eram julgados como desviantes se quebrassem regras sociais, legais e/ou culturais.

Algumas dessas primeiras descrições de sociopatia estão mais alinhadas com o que hoje chamamos de transtorno de personalidade antissocial. Outras estão relacionadas a características emocionais semelhantes à definição de psicopata de Cleckley, de 1941.

Em resumo, pessoas diferentes tinham ideias distintas sobre sociopatia e, mesmo hoje, a sociopatia é menos bem definida do que a psicopatia. Portanto, não há uma definição única de sociopatia, ainda hoje. Mas, em geral, os comportamentos antissociais que a caracterizam podem ser semelhantes aos que vemos na psicopatia.

Ao longo das décadas, o termo sociopatia caiu em desuso. A partir do final dos anos 60, os psiquiatras passaram a usar o termo transtorno de personalidade antissocial.

Nato ou adquirido?

Tanto a "sociopatia" (o que agora chamamos de transtorno de personalidade antissocial) quanto a psicopatia têm sido associadas a uma ampla gama de causas de desenvolvimento, biológicas e psicológicas.

Por exemplo, pessoas com traços psicopáticos têm certas diferenças cerebrais, especialmente em regiões associadas a emoções, inibição de comportamento e resolução de problemas. Elas também parecem ter diferenças relacionadas ao sistema nervoso, incluindo uma frequência cardíaca reduzida.

A sociopatia e seus comportamentos antissociais são, no entanto, um produto do ambiente social de alguém e tende a ocorrer na família. Esses comportamentos têm sido associados a abuso físico e conflito parental.

FONTES: https://www.psicologosberrini.com.br/blog/psicopatia-e-sociopatia/ E https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx2yngjdvdlo


sábado, 28 de setembro de 2024

O SONHO É A ESTRADA REAL QUE LEVA AO INCONSCIENTE DISSE FREUD

 


Por THEODIANO BASTOS

Sonho e Psicanálise

Procurar entender o significado dos sonhos nos ajuda a conhecermo-nos melhor. E quando nos conhecemos melhor, temos a oportunidade de viver uma vida mais tranquila. Não é a toa que um dos livros mais importantes e conhecidos de Sigmund Freud tenha sido a Interpretação dos Sonhos, que causou polêmica ao ser lançado em 1900. Neste livro dos sonhos, o pai da psicanálise define o conteúdo do sonho como a realização de um desejo. Para Freud, o enredo do sonho teria um sentido explícito, manifesto, e que importaria menos, e outro mais simbólico, ligado ao desejo de quem sonha, menos explicito, latente, e cujo significado importa muito para a terapia de quem sonha. Simplificando, o sonho seria, portanto, um ótimo material para o indivíduo entender seus desejos, e resolver suas questões. Mas o livro de Sigmund Freud não se trata de um dicionário de sonhos, mas sim uma obra complexa sobre o campo da psicanálise.

Interpretação Lúdica dos Sonhos

Além da psicanálise, a interpretação dos sonhos também faz parte da cultura popular, onde os significados foram desenvolvidos de uma maneira mais lúdica, sem pretensões científicas. E são exatamente estas interpretações que surgiram ao longo do tempo, e foram se incorporando as crenças populares, que procuramos reunir neste espaço para ajudar nossos leitores a interpretar seus sonhos.

Dicas para Lembrar dos Sonhos

Todos sonham. Às vezes as narrativas parecem literatura fantástica, em outros momentos assemelham-se mais com a realidade. Mas nem todo mundo se lembra sobre as narrativas quando acorda. Outros lembram quando despertam, mas esquecem-se logo depois. Pensando nisso, nós elencamos algumas dicas abaixo que vão facilitar a vida de quem busca interpretar os sonhos do dia:

É isso que acontece quando gênios lembram dos seus sonhos mais loucos

Confira lista com as maiores descobertas científicas feitas por mentes geniais que


O físico dinamarquês Niels Bohr propôs o seu modelo atômico em 1913, com base em ideias quânticas de Max Planck e no modelo planetário de Ernest Rutherford. O modelo de Bohr foi o primeiro a utilizar conceitos da mecânica quântica para explicar o átomo, e marcou a separação das teorias clássicas. Uma noite Albert Einstein sonhou que estava pilotando um trenó que descia a toda velocidade um morro repleto de neve. O trenó estava tão rápido que atingiu a velocidade da luz, fazendo com que todas as cores se unissem em uma só. Seu interesse pela velocidade da luz, dizem, teria começado ali. Existem outros relatos ligando descobertas de Einstein a sonhos que ele teve, alguns ainda em sua adolescência. O físico tinha a habilidade de lembrar dos sonhos e destrinchar aquelas cenas aparentemente insondáveis em desdobramentos não só coerentes como de uma perspicácia embasbacante, como quando ele sonhou que estava em uma fazenda cheia de vacas. O fazendeiro, que estava do lado de lá de uma dessas cercas elétricas, ligou a corrente, fazendo com que as vacas pulassem todas de uma vez. Mas esse foi o ponto de vista de Einstein. Para o fazendeiro, elas pularam uma de cada vez, como uma espécie de “ola”. Em vez de contar essa história maluca para alguém no café da manhã, o futuro físico entendeu que naquele sonho estava o princípio da relatividade.

Até que em uma manhã de 1869 Dmitri acordou com o mistério solucionado. “Em um sonho eu vi uma tabela em que todos os elementos se encaixavam. Ao acordar, imediatamente escrevi aquilo em um pedaço de papel”, ele declarou mais tarde. Pronto, a tabela periódica estava ali. O mais incrível é que a tabela descrita por Dmitri continha espaços em branco para os elementos que ainda seriam descobertos pelo homem.

SAIBA MAIS EM: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/11/e-isso-que-acontece-quando-genios-lembram-dos-seus-sonhos-mais-loucos.html E https://www.sonhos.com.br/busca.phtml