J.R. Guzzo: “Na ditadura de hoje nenhuma decisão do ministro Alexandre de Moraes e dos oito colegas que seguem a ele no STF está sujeita a qualquer tipo de recurso – só se pode recorrer a eles mesmos, o que obviamente não adianta nada.
A Constituição Federal e as leis brasileiras em vigor, quaisquer que
sejam, são violadas diariamente pelos ministros do STF; as liberdades públicas
e os direitos civis dos cidadãos foram eliminadas. Deixou de funcionar, para
efeitos práticos, qualquer sistema de controle aos atos do STF; e sem controle
de ninguém, os nove ministros que mandam no tribunal estão governando o Brasil
de hoje através de um inquérito policial, de ordens pessoais e decretos sem
nenhum fundamento legal. O último episódio, numa série que está aí há quatro
anos, é o bloqueio das contas bancárias de 43 empresas de transporte, por ordem
do ministro Moraes. Não há legalidade alguma nessa decisão – é pura e simples
violência.
Na ditadura de hoje nenhuma decisão do ministro Alexandre de Moraes e
dos oito colegas que seguem a ele no STF está sujeita a qualquer tipo de
recurso”
Cláudio
Humberto, Diário do Poder: Senado engaveta 62 pedidos de impeachment
de ministros do STF
Somente desde o ano de 2019, o Senado acumula em
suas gavetas bolorentas 62 pedidos de impeachment contra ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF). São pouco mais de três anos. O líder absoluto
nesse ranking não é uma surpresa: ministro Alexandre de Moraes. Ele é alvo de
29 pedidos de impeachment, impetrados por vários brasileiros, que vão de
cidadãos comuns e senadores até o presidente da República.
Alexandre
Moraes tem quase o triplo dos 13 pedidos de impeachment de Luís Roberto
Barroso, que está na vice-liderança desse triste ranking.
Rodrigo
Pacheco já mantém 28 pedidos de impeachment “sob análise”, à exceção daquele
apresentado por Jair Bolsonaro contra Moraes, arquivado sem demora.
Logo
atrás vem Dias Toffoli, é o terceiro ministro com mais pedidos de
impeachment, onze no total. Quase todos durante seu período na presidência do
STF.
Foram
arquivados 35 pedidos de impeachment contra ministros do STF , sendo 34 na
gestão de Davi Alcolumbre na presidência do Senado.
Lasier defende impeachment do ministro Alexandre de Moraes
“O senador Lasier Martins (Podemos-RS) voltou a
pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes, por “reiterados abusos expressos em crimes de
responsabilidade”. Em pronunciamento nesta terça-feira (25), o parlamentar
referiu-se à Petição 13/2022, protocolada por ele e baseada na Lei 13.869, de 2019, que dispõe sobre o abuso de
autoridade, como instrumento para solicitar ao Senado que cumpra seu papel de
julgar ministros do STF.
— Sua série de crimes de responsabilidade é
grande e poderíamos rememorar aqui vários dos seus atos abusivos, todos bem
conhecidos da sociedade brasileira. Um dos mais alarmantes motivos desta atual
representação se refere à violação do princípio constitucional do livre
pensamento e da livre expressão, praticado contra oito importantes empresários
brasileiros, que, em caráter privado, por WhatsApp, dialogavam sobre os riscos
da eleição de um candidato à Presidência da República — argumentou.
Lasier frisou, ainda, que o ministro Alexandre
Moraes, no comando da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também
tomou decisões monocráticas de censura contra órgãos de imprensa e canais de
comunicação, como a Rádio Jovem Pan, o canal Brasil Paralelo e o jornal Gazeta
do Povo.
Para piorar, lamentou o senador, Alexandre de
Moraes "lidera atualmente um ato de ampliação dos poderes" do TSE
para a adoção de medidas contrárias à livre manifestação do pensamento,
"atropelando as prerrogativas do Ministério Público". Essa
iniciativa motivou Lasier Martins a propor decreto
legislativo "para sustar a aberração".
— Em conclusão, Alexandre de Moraes, de arbitrário
exercício na mais alta Corte do país, precisa ser contido. Caso contrário,
continuará suas tropelias e atropelamentos da Constituição Federal — afirmou.”
SAIBA
MAIS EM: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/como-nos-tempos-do-ai-5-as-instituicoes-brasileiras-pararam-de-funcionar/
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