quarta-feira, 9 de novembro de 2022

LULA TERÁ INIMIGOS E NÃO OPOSIÇÃO

 BOLSONARO JÁ É CANDIDATO EM 26

 Por THEODIANO BASTOS

Com Bolsonaro já lançado como candidato em 26, Lula não terá paz para governar. Terá pela frente não uma oposição mas inimigos, conforme diz Elio Gaspari: Lula terá inimigos e não uma oposição em seu novo mandato

Valdemar anuncia que Bolsonaro será o candidato do PL à Presidência em 2026

Em coletiva com a imprensa, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, disse não reconhecer o resultado das eleições e confirmou Bolsonaro como presidente de honra do partido  e candidato à Presidência em 2026.

Bolsonaro 'some' e se mantém recluso no Alvorada desde derrota nas urnas, por certo trama algo como Donald Trump fez nos Estados Unidos. 

Malu Gaspar: Por que o mundo político está em alerta com o relatório das Forças Armadas sobre as eleições

Ao que tudo indica, teremos uma transição conturbada, mas Alckmin continua com seu trabalho de coordenar a transição. Lara Resende e Persio Ariada, autores do plano LARIDA que resultou no Real,   aceitaram fazer parte da equipe econômica

SAIBA MAIS EM: Valdemar anuncia que Bolsonaro será o candidato do PL à Presidência em 2026 (correiobraziliense.com.br) E https://oglobo.globo.com/opiniao/elio-gaspari/coluna/2022/11/uma-oposicao-perigosa.ghtml

domingo, 6 de novembro de 2022

NEM-NEM, 11 MILHÕES NÃO ESTUDAM NEM TRABALHAM


 Brasil é o segundo país com maior proporção de jovens "nem-nem"

População entre 18 e 24 anos que não estuda, nem trabalha corresponde a 36% da faixa etária no Brasil. Problema é considerado estrutural

O desemprego e a falta de motivação entre os jovens é um problema estrutural, por isso os desafios geracionais em relação ao mercado de trabalho são difíceis de serem transpassados. O Brasil é o segundo país na esfera da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a maior proporção de jovens, de idade entre 18 e 24 anos, que não conseguem nem emprego e nem continuar os estudos — os chamados "nem-nem" —, ficando atrás apenas da África do Sul. Nessa faixa etária, 36% da população de jovens brasileiros está sem ocupação.

De acordo com ela são, em média, 11 milhões de jovens que se encaixam nessa descrição. A maioria são mulheres e estão entre os mais pobres, com renda de até R$ 400 por família. "Entre aqueles que estão sem estudar e sem trabalhar temos os que ainda procuram, mas a maioria já está de fora por estarem desengajados e desmotivados. A maior parte desses jovens têm baixa escolaridade, são pobres, negros e são mulheres, responsáveis por tarefas domésticas e com filhos. Esses devem ser a maior preocupação", ressalta.

Planos e sonhos

Ana Clara Ribeiro Vieira, 23 anos, ainda sonha em conquistar um diploma de graduação. A jovem engravidou e se casou logo que terminou o ensino médio. Hoje, com dois filhos, um de cinco e outro de dois anos, é dona de casa, mas ainda sonha em fazer um curso superior e trabalhar fora. "Os filhos acabaram vindo primeiro, mas eu ainda quero fazer uma faculdade. Por enquanto ainda está difícil, porque os meninos dependem de mim. Meu sonho era fazer odontologia. Sei que não é fácil, que é um curso caro, mas mesmo que eu não consiga, pretendo ter alguma formação", diz.

A pandemia acabou impondo mais obstáculos aos que tiveram prejuízos educacionais — jovens que iriam se formar ou começar no mercado de trabalho durante este período. A crise sanitária aumentou a evasão escolar, além de ter pressionado os índices de desemprego. Um exemplo desses milhares de jovens que aguardam uma oportunidade de retornar ao mercado de trabalho é Úrsula Barbosa, 24 anos.

Cenário econômico

Conforme o estudo da OCDE, a proporção de jovens "nem-nem" brasileiros é mais que o dobro da média dos países-membros da organização, da qual o Brasil almeja fazer parte. O documento avaliou a situação de ensino superior e de emprego dos 38 países-membros. Também foram analisados os dados da Argentina, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita e África do Sul. Das 45 nações avaliadas, o Brasil também é o segundo com o maior percentual de jovens por mais tempo na condição "nem-nem". Dos que estão sem emprego e sem trabalhar no país, 5,1% se encontram nesse contexto há mais de um ano.

Políticas públicas

Segundo a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Enid Rocha, um lapso temporal no currículo, correspondente ao tempo fora do mercado, pode gerar consequências difíceis de recuperar. "Tivemos uma crise perversa da pandemia que se juntou a um problema estrutural do mercado de trabalho para os jovens", diz. Este período, de acordo com Rocha, resulta em uma marca permanente na trajetória de vida laboral.

"Esses jovens da geração da pandemia, que ficaram um tempo sem acumular capital humano, quando voltam vão competir com outra geração posterior que não tem essa marca. Dificilmente se recupera a trajetória de um jovem que ficou sem experiência de trabalho. Se nada for feito eles sempre terão salários menores e uma inserção mais precária ao mercado de trabalho", avalia.                                                                  SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2022/11/5049770-brasil-e-o-segundo-pais-com-maior-proporcao-de-jovens-nem-nem.html

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

A DITADURA DO JUDICIÁRIO ELEGEU LULA

Por J.R. Guzzo

Após uma eleição sem precedentes na história desse país, com o TSE na função de elemento mais importante do processo, em vez de ser apenas o seu organizador, o ex-presidente Lula foi declarado vencedor pelas autoridades, com cerca de 1% de vantagem; aparentemente a maioria do eleitorado achou que a melhor solução para os problemas do Brasil, neste momento, é colocar na presidência da República um político condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. É a primeira vez que uma coisa dessas acontece. É, também, a primeira vez que o alto judiciário deu a si próprio, sem autorização do Congresso ou de qualquer lei em vigor no país, poderes de exceção para mandar do começo ao fim o processo eleitoral. É a primeira vez, enfim, que o TSE tem um candidato – no caso, o candidato que ganhou, justamente ele.

A questão não é definir se Lula, ou Bolsonaro, são bons ou maus para o Brasil, se a eleição foi justa ou se os brasileiros tomaram a decisão mais certa. Eleição não é um concurso para escolher o melhor, nem uma questão de justiça ou um teste de inteligência. Trata-se, exclusivamente, de um sistema para a população adulta dizer quem deve governar o país. Mas aí é que está o problema central com as eleições presidenciais de 2022 – quem tem de escolher é o eleitorado, e não o TSE. Não foi o que aconteceu. Antes mesmo da campanha começar, o complexo STF-TSE decidiu que cabia a ele nomear quem era o melhor para o país; está fazendo isso, na verdade, desde o primeiro dia do atual governo. O presidente Jair Bolsonaro, no seu entender, não poderia ser reeleito, em nenhuma hipótese; isso seria a destruição da “democracia”, e não se pode permitir que a democracia seja destruída, não é mesmo? Para salvar a “democracia”, então, os ministros se sentiram autorizados a violar a Constituição, as leis brasileiras e os direitos dos cidadãos. É esta a história das eleições que acabam de ser decididas. Lula foi eleito, num ambiente de ditadura – uma ditadura do judiciário.

É a primeira vez, enfim, que o TSE tem um candidato – no caso, o candidato que ganhou, justamente ele.

A Gazeta do Povo esteve sob censura, assim como outros órgãos de imprensa. É absolutamente ilegal: em que lei está escrito que o TSE pode exercer poderes de censor? Não pode; ninguém pode. Também não pode manter aberto um inquérito criminal perpétuo para perseguir quem o ministro Alexandre de Moraes decreta que é inimigo da “democracia”. Não pode decidir quase o tempo todo a favor de um candidato, e quase o tempo todo contra o outro. Não pode definir o que é “falso” e o que é “verdade” - e nem proibir a divulgação de fatos verdadeiros contra o candidato da sua preferência, com a alegação de eles levam “a conclusões erradas”. Não pode impedir que as pessoas se manifestem, sem cometer crime algum, pelas redes sociais. Que raio de “eleição livre” é essa, quando a polícia pode invadir a sua casa às 6 horas da manhã por que o ministro Moraes, com base numa notícia de jornal, decidiu perseguir empresários que apoiam o presidente da República? Qual é a liberdade de expressão de uma campanha eleitoral em que é proibido mostrar imagens de eventos notoriamente públicos, como foram as manifestações em favor do presidente no dia Sete de Setembro – ou um vídeo em que um ex-ministro do próprio STF explica, juridicamente, por que Lula não foi absolvido de crime nenhum na justiça brasileira?

Todos esses fatos, e mais dezenas de outros, foram empurrados para debaixo do tapete, sempre com a mesma desculpa cívica – OK, a lei pode não ter sido respeitada nesses casos, mas não se pode ficar falando em lei etc. etc. etc. quando “a democracia” está em jogo – e para a dupla STF-TSE, mais as forças que estão a seu lado, ameaça à democracia é a possibilidade do candidato adversário ganhar a eleição. Nesse caso, a “democracia” tem de ficar acima de qualquer outra consideração; sim, estamos violando a lei e tirando do eleitorado o direito soberano de decidir quem vai presidir o Brasil, mas isso é para o ”bem”, o interesse de “todos” e a felicidade geral da nação. Nunca sai nada de bom desse tipo de coisa.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/a-ditadura-do-judiciario-elegeu-lula/?utm_source=salesforce&utm_medium=email&utm_campaign=colunistas_20221101&utm_content=20221101

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

96 MILHÕES NÃO VOTARAM EM LULA


Por
Cláudio Dantas

Vice-presidente e agora senador, Mourão reclama da falta de reação ante a “manobra jurídica” que soltou Lula e diz que “agora querem que as Forças Armadas deem um golpe”

Questionado por O Antagonista sobre os protestos de bolsonaristas em todo o país, Hamilton Mourão fala em “sentimento de frustração”, critica a falta de reação da militância à anulação das condenações de Lula e defende a divulgação de um manifesto “dizendo que temos força para bloquear a pauta puramente esquerdista” no Congresso.

“O problema surgiu quando aceitamos passivamente a escandalosa manobra jurídica que, sob um argumento pífio e decorridos 5 anos, anulou os processos e consequentes condenações do Lula.”

Segundo ele, “agora querem que as Forças Armadas deem um golpe e coloquem o País numa situação difícil perante a comunidade internacional”.

“Está na hora de lançar um manifesto explicando isso e dizendo que temos força para bloquear as pautas puramente esquerdistas, além de termos total capacidade de retornarmos muito mais fortes em 26. Precisamos viver para lutar no dia seguinte. Como dizia Churchill, na derrota temos que ter altivez e sermos desafiadores.” https://oantagonista.uol.com.br/brasil/mourao-se-diz-preocupado-96-milhoes-nao-votaram-em-lula/?utm_campaign=QUA_TARDE&utm_content=link-859910&utm_medium=email&utm_source=oa-email

 

A DEMOCRACIA PASSOU NO TESTE

 Por THEODIANO BASTOS

Até o pronunciamento de Bolsonaro na tarde do dia 1 de novembro, as redes sociais foram inundadas com notícias assustadoras. Vídeos e mais vídeos davam conta de tanques da marinha na Praça dos três poderes de Brasília até Guerra Civil até dezembro... Até a do dia 2 de novembro ainda havia manifestações contra a vitória de Lula em 17 estados. o fato é que o pior já passou e se caminha para a normalidade.

“O balanço indicava que às 16h desta terça-feira (1º), antes do discurso, havia ao menos 240 bloqueios (totais ou parciais) em rodovias federais do país.                                                                 

Já às 19h — depois do discurso de Bolsonaro, que ocorreu às 16h37 — o número de ocorrências foi para 198.”

IDA AO STF                                                                                                                         O encontro, que não estava na agenda oficial do Planalto.             A ministros do STF, Bolsonaro diz que eleição ‘acabou’

Presidente participou de breve reunião com ministros do Supremo após seu primeiro pronunciamento reconhecendo o resultado das eleições. Declarações devem desmobilizar movimento de caminhoneiros

O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a expressão “acabou” ao se referir ao processo eleitoral em que foi vencido por Luiz Inácio Lula da Silva no domingo (30). A informação sobre o reconhecimento de Bolsonaro do resultado das urnas foi dada pelo ministro Edson Fachin, após visita do presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta terça-feira (1º). “Ele (Bolsonaro) usou o verbo acabar no passado. Ele disse ‘acabou’. Portanto, olhar para frente”, disse Fachin à reportagem da GloboNews.                                                                                      SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/brasil/pontos-de-bloqueio-nas-estradas-caem-de-267-para-190-segundo-prf/ -  https://www.cnnbrasil.com.br/politica/prf-registra-233-bloqueios-em-rodovias-do-brasil/ - https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/11/5048868-apos-bolsonaro-se-pronunciar-mundo-politico-agora-encara-transicao.html E https://www.estadao.com.br/politica/feriado-comeca-com-mais-de-160-bloqueios-em-rodovias-de-17-estados-do-pais-sc-concentra-maioria/

terça-feira, 1 de novembro de 2022

BOLSONARO QUEBRA SILÊNCIO, NÃO CITA LULA E CONDENA BLOQUEIOS


Por THEODIANO BASTOS

44 horas após o resultado oficial do segundo turno, em 30 de outubro, Bolsonaro se pronunciou e só o fez no final da tarde do dia 1º de novembro, após forte pressão de seus ministros e aliados. 

Essa demora resultou na ação de pequenos grupos de caminhoneiros bloqueasse as principais rodovia federais em todo o país afetando o abastecimento de alimentos, combustíveis, operações dos aeroportos, oxigênio para os hospitais, passageiros retidos nos ônibus sem água e alimentos. Mesmo após o pronunciamento do presidente os bloqueios continuavam.   

Falou em “Deus, Pátria, Família e Liberdade”.                                 "Deus, Pátria e Família" entrou na política do Brasil no manifesto divulgado 90 anos atrás pelo autor Plínio Salgado ao lançar o integralismo, movimento de extrema direita antecessor de discursos ultraconservadores da atual política nacional.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou pela primeira vez após a derrota nas urnas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições do último domingo (30/10). Após deixar a imprensa esperando por mais de uma hora, em um discurso de dois minutos e meio, Bolsonaro agradeceu aos eleitores, condenou os bloqueios nas rodovias, mas não citou em nenhum momento Lula.

Confira a íntegra: 

"Quero começar agradecendo aos 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral.

As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e licenciamento do direito de ir e vir..

A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade.

Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais.

Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.

É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde-amarela da nossa bandeira.  

Logo após, Ciro Nogueira reconhece a vitória de Lula e anuncia que a transição começará no dia 03, tendo Alckmin como coordenador indicado por Lula.           
Logo após o pronunciamento, Bolsonaro se dirigiu ao STF para um encontro com os ministros e disse que a eleição é coisa do passado.                                                                                      SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/11/5048702-bolsonaro-se-pronuncia-pela-primeira-vez-apos-vitoria-de-lula.html