quinta-feira, 4 de agosto de 2022

BOLSONARO EM ROTA DE COLISÃO COM A SOCIEDADE CIVIL

 

(crédito: Maurenilson Freire)

Ataques do presidente às urnas eletrônicas, ao TSE e ao Supremo, principalmente depois do encontro com diplomatas estrangeiros, despertaram inédita reação da sociedade civil.

Fracassaram os esforços da cúpula da Fiesp, que articula o manifesto dos empresários em defesa da democracia e das urnas eletrônicas, para que todos os candidatos à Presidência assinassem o documento, numa espécie de pacto de respeito mútuo ao resultado das eleições. Ontem, o Palácio do Planalto anunciou que Jair Bolsonaro não subscreverá o documento, assinado por entidades empresariais e federações sindicais de trabalhadores, e cancelou a ida do presidente da República ao lançamento do documento, no dia 11 de agosto, na sede da Fiesp. Também foi cancelado o jantar com empresários que estava programado.

A ida de Bolsonaro à Fiesp fora antecipada para 11 de agosto a pedido do Palácio do Planalto. Para evitar mais constrangimentos, o recolhimento de assinaturas de apoio ao manifesto da federação ficou restrito às entidades empresariais e sindicatos de trabalhadores, para que as assinaturas dos candidatos dos presidentes fossem recolhidas antes de as pessoas físicas aderirem o documento. Ocorre que Bolsonaro não digeriu as manifestações em defesa da urna eletrônica, da Justiça Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal (STF), e torpedeou as iniciativas.

Na terça-feira, Bolsonaro atacou o documento da Fiesp, que considerou uma "carta política". Chamou de "cara de pau" e "sem caráter" os empresários que assinassem o documento, o que provocou o cancelamento do jantar que estava marcado com eles. Também houve muita discussão entre os que já haviam aderido ao manifesto, se os empresários deveriam assinar ou não o documento como pessoa física. O texto em nenhum momento cita o presidente da República. Os candidatos Felipe D'Ávila (Novo), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), que já estiveram na Fiesp, subscreveram o documento.

Sociedade civil

O episódio tende a aprofundar o confronto de Bolsonaro com a sociedade civil, a praticamente dois meses das eleições. Em termos gerais, esse é um espaço de organização e representação que não se confunde com o Estado, a família nem o mercado, que são os ambientes específicos e mais homogêneos onde Bolsonaro atua intensamente. A sociedade civil engloba instituições de caridade, grupos de autoajuda, associações profissionais, religiosas, sindicatos, entidades empresárias, movimentos sociais etc. É um universo complexo que, no Brasil, ganhou autonomia durante o regime militar, protagonizando movimentos de resistência em defesa da democracia e dos direitos humanos.

Os ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas, à Justiça Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente depois de seu encontro com diplomatas estrangeiros para levantar suspeitas sobre a segurança das urnas eletrônicas, despertaram forte e inédita reação da sociedade civil. A defesa das urnas eletrônicas até então estava sendo feita pelos ministros do Supremo, pela grande mídia e pela oposição. Esses ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro, reconhecido internacionalmente por sua segurança e eficiência, funcionaram como um catalisador dessa reação.

Congresso

Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na abertura da sessão do Plenário, reiterou sua confiança no sistema eleitoral. Disse que as urnas eletrônicas são motivo de "orgulho nacional". Segundo ele, nestes 26 anos de uso no Brasil, trouxeram transparência, confiabilidade e velocidade na apuração do resultado das eleições. "Elas têm-se constituído em ferramenta poderosa contra vícios eleitorais muito frequentes na época do voto em papel. Representam, portanto, um verdadeiro aperfeiçoamento institucional", enfatizou.

A fala de Pacheco coincidiu como a ida de militares do Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (STF) para conferir a segurança dos códigos-fonte das urnas eletrônicas, um trabalho que poderia ter sido feito nos últimos 10 meses. O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, vem reproduzindo à frente da pasta a narrativa de Bolsonaro sobre a segurança das urnas eletrônicas. Na verdade, a postura de Bolsonaro sinaliza temor de perecer nas eleições e suas intenções golpistas, o que acaba fortalecendo a oposição. https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/08/5026760-analise-jair-bolsonaro-esta-em-rota-de-colisao-com-a-fiesp.html

 

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

O BRASIL PRECISA DE UNIÃO E PAZ PARA RESOLVER SEUS PROBLEMAS

 

Por THEODIANO BASTOS

Vença Lula ou Bolsonaro o clima de ódio continuará com o Brasil dividido em “ENTRE O NÓS E ELES”.

Há expectativa de que esta chapa Simone Tebet/Mara Gabrill, traraga UNIÃO,  ESPERANÇA E PAZ para que o Brasil possa resolver seus graves problemas.  

A escolha do nome de Mara Gabrilli para vice foi uma decisão estratégica pois agrega à candidatura de Simone Tebet força em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil, o que dificulta a sua cristianização pelo PSDB paulista.

https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/08/5026482-analise-dobradinha-de-mulheres-na-terceira-via.html

 

DOBRADINHA DE MULHERES NA TERCEIRA VIA

 


A escolha de Gabrilli agrega à candidatura de Simone Tebet força em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil, o que dificulta a sua cristianização pelo PSDB paulista

A chapa Simone Tebet, candidata do MDB à Presidência da República, com Mara Gabrilli (PSDB-SP) como sua vice, é alvissareira. Abre espaço para mais mulheres na política, agora com possibilidades financeiras, porque 30% do fundo eleitoral serão destinados a candidaturas de mulheres pelos partidos, que podem ser punidos se não o fizerem. Entretanto, Simone nem de longe tem as mesmas condições oferecidas à ex-presidente Dilma Rousseff, que se elegeu com apoio do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, no auge de sua popularidade, e se reelegeu em 2014, embora com dificuldades e uma oposição que viria apeá-la do poder, com o impeachment.

Mesmo assim, a sobrevivência da candidatura de Simone Tebet no MDB, um partido dominado por velhos caciques políticos regionais, e a indicação de Gabrilli para vice, pelo PSDB, uma senadora de grande prestígio em São Paulo, são obras de grande engenharia política. Nessa construção, destacaram-se a própria candidata, que não esmoreceu diante dos desafios; o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi, que bancou sua candidatura até o fim; o presidente do PSDB, Bruno Araújo, que retirou do caminho o ex-governador de São Paulo João Doria, abdicando da candidatura própria; e o presidente do Cidadania, o veterano Roberto Freire, que apostou na aliança MDB-PSDB-Cidadania, inclusive removendo a candidatura do senador Alessandro Vieira (SE), então no Cidadania, quando a aliança com o MDB parecia impensável.

A escolha do nome de Mara Gabrilli para vice foi uma decisão estratégica. O PSDB de São Paulo não estava nem aí para Simone Tebet, mais empenhado na reeleição do governador Rodrigo Garcia, que enfrenta dois adversários poderosos: o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o ex-ministro de Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos). A decisão foi tomada na cúpula da aliança, num encontro das duas senadoras com Baleia, Araújo e Freire. Segundo Tebet, a conversa entre as duas colegas de Senado foi decisiva:

"Eu tinha dúvida, Mara, se uma chapa 100% feminina seria aceita. Que bom que as [pesquisas] qualitativas mostraram que homens e mulheres estão prontos para votar nessa chapa. E quando fiz o convite para você, esperando que você fosse dizer 'vou pensar um pouquinho, eu tenho algumas limitações', Mara disse, na sua generosidade, 'Simone, que honra. Como vai ser bom falar para o Brasil da nossa causa e da nossa luta'", relata Tebet. https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/08/5026482-analise-dobradinha-de-mulheres-na-terceira-via.html

 

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

"Humanidade está a um erro de cálculo da aniquilação nuclear"

 

diz secretário-geral da ONU

Existem cerca de 13 mil armas nucleares nos arsenais do mundo, os riscos de proliferação aumentam, e as salvaguardas para prevenir esta escalada se enfraquecem, disse Antonio Guterrez.

O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, disse, nesta segunda-feira (1º/8), que o mundo está “a um erro de cálculo da aniquilação nuclear”.

O secretário falou na abertura da conferência dos 191 países signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

Ele deu a declaração em discurso de abertura da 10ª conferência dos países signatários do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

“Tivemos uma sorte extraordinária até agora. Mas a sorte não é estratégia nem escudo para impedir que as tensões geopolíticas degenerem em conflito nuclear”, disse Guterres.

“Hoje, a humanidade está a um equívoco, a um erro de cálculo da aniquilação nuclear”, acrescentou.

Guerra na Ucrânia: Putin pode apertar o botão nuclear? 

"Ele nunca faria isso" não é uma frase que se aplica a Vladimir Putin, na opinião do correspondente da BBC em Moscou. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/08/01/humanidade-esta-a-um-erro-de-calculo-da-aniquilacao-nuclear-diz-chefe-da-onu.ghtml

domingo, 31 de julho de 2022

O PIOR INIMIGO ESTÁ DENTRO DE NÓS

NOSSOS CONFLITOS INTERIORES

Por THEODIANO BASTOS

EM 1971 LI pela primeira ver o excelente livro de Karen Horney NOSSOS CONFLITOS INTERIORES e agora, 51 anos depois, volto a ler essa obra magnifica.

A autora cita Freud quando adverte para o perigo real dos impulsos de autodestruição, também chama de instinto tanático do Thanatos, nome grego da morte. 

Jung adverte: O PIOR INIMIGO ESTÁ DENTRO DE NÓS “Um homem completo sabe que mesmo seu mais feroz inimigo, não um só, mas um bom número deles, não chega aos pés daquele terrível adversário, ou seja, aquele “outro” que habita em seu seio. Enfim, “O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo”.

Ele sabota a felicidade como se a pessoa vivesse se boicotando a partir de argumentos negativos vindos do fundo da mente.

NOSSO MAIOR INIMIGO SE ESCONDE NA NOSSA SOMBRA, o lado negativo e sombrio de todos nós.

“Desde pequenos somos educados que o que sempre importará será a prática das boas ações. Mas, demoramos para entender que o bem e o mal são uma dualidade, independente da circunstância e a quem, o que sempre importará será a prática das boas ações; graças a Deus que fomos educados assim. Nossos pais não estavam errados, fizeram o que podiam para nos educar na seara do bem e nós, também, não erramos ao cobrar de nossos filhos, postura descente e caráter nas ações.

Entre o bem e mal e as escolhas que fazemos, está o livre arbítrio, todos temos a chance de escolher. A Terra é nossa sala de aula da expiação e da provação. Apenas confrontando nossas dualidades, nossas fraquezas e vícios, é que saberemos se superaremos ou sucumbiremos, diante de nossas ações.

Sempre será possível ressurgirmos das cinzas, bastará mudar nossos comportamentos; o passado não se apagará, mas, a construção de um futuro melhor será possível, por meio de atos.

“Antes de pedir perdão a alguém, nos perdoemos, não somos nem melhores e nem piores, somos iguais, alunos da grande escola da vida, cada qual com seus erros e acertos, conforme o nível individual de consciência nos permite o entendimento.”

SAIBA MAIS EM: https://ricmais.com.br/literatura/nosso-maior-inimigo-esconde-na-sombra/  

sábado, 30 de julho de 2022

O JOGO AINDA NÃO FOI JOGADO

Por THEODIANO BASTOS

Caro leitor, muita água ainda vai passar por baixo da ponte até o dia 02 de outubro.

Tenho quase 86 anos e já vivenciei muita coisa em política no Brasil.

Ainda faltam 60 dias para o jogo ser jogado. Uma eternidade em política, e muita coisa pode acontecer até lá.

Ainda não acredito, apesar de todas as pesquisas de intenção de votos, que Lula se elegerá já no primeiro turno.

Acho que pode haver uma reviravolta com uma onda feminina em apoio a Simone Tebet. As mulheres decidirão essa eleição, acredito.

Veja o que aconteceu na eleição para governador da Bahia de 1950. Com a eleição de Regis Pacheco (LUIS REGIS PACHECO PEREIRA).

Quinze dias antes das eleições de 3 de outubro de 1950, substituiu o candidato Lauro de Freitas, falecido num desastre de avião, e foi eleito governador da Bahia derrotando o candidato da UDN, Juraci Magalhães. Deixou a Câmara Federal em 31 de janeiro de 1951 e, na mesma data, assumiu o governo baiano.

Vejam o que aconteceu em Minas Gerais. Romeu Zema, em 2018, tinha 1 por cento em julho e 2 em agosto, era o último em Minas e venceu.  SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/politica/brasil-se-mobiliza-para-desarmar-a-bomba-do-7-de-setembro-de-bolsonaro/


sexta-feira, 29 de julho de 2022

AGOSTO, JOGO ELEITORAL COMEÇA PRA VALER


Por THEODIANO BASTOS 

Julho terminou sem mudar o cenário. Estamos a 60 dias da eleição as pesquisas mostram que Bolsonaro será derrotado por Lula. A nova pesquisa mostra o ex-presidente com 47% das intenções de voto, enquanto o atual inquilino do Palácio do Alvorada aparece com 29%. E os candidatos da terceira via continuam patinando e não conseguem reverter a polarização. Ciro Gomes continua com 8% e Simone Tebet com apenas 2% de intenção de voto. As mulheres decepcionam.

A esperança vem do exemplo de Romeu Zema, em 2018. Ele tinha 1 ponto em julho e 2 em agosto, era o último colocado em Minas e venceu a eleição. 

“Candidaturas de Lula e Bolsonaro são ‘duas tragédias”

Postulante à Presidência pelo Novo diz que ambos representam era de atraso para o país e que o Brasil ficará pior com a vitória de qualquer um deles.

“A terceira via tornou-se uma cadeira elétrica. Quem se sentou ali foi fritado. Todos que passaram por lá: Sergio Moro, Eduardo Leite, Mandetta, João Doria, Rodrigo Pacheco”

Entre Lula e Bolsonaro, em um segundo turno, para quem vai seu voto? Eu anularei, como o fiz em 2018. Estou na campanha para combater o populismo e resgatar a democracia, que hoje está em risco. Diz Luiz Felipe D’Ávila

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/paginas-amarelas/luiz-felipe-davila-candidaturas-de-lula-e-bolsonaro-sao-duas-tragedias/ E

https://veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/nova-pesquisa-datafolha-e-um-jato-de-agua-fria-nos-planos-de-bolsonaro/