GOLPISMO ELEITORAL
Por THEODIANO BASTOS Embora seja seu intento, Bolsonaro não logrará êxito em
dar o golpe. Prevendo sua derrota nas urnas, ele planeja tumultuar o pleito e
dar o golpe para permanecer no poder contando com a ajuda das Forças Armadas.
"As Forças Armadas devem
permanecer quietinhas em seu canto" Joaquim Barbosa, que
andava sumido, reapareceu no Twitter para disparar um alerta sobre o risco de
golpe militar.
“Convido
as pessoas com um mínimo de conhecimento da trágica história política
brasileira a um exame sereno e lúcido da frase do ministro da Defesa, um
general que faz parte do grupo de auxiliares do primeiro escalão do Presidente
da República.
Disse
o general Paulo Sergio Nogueira:‘As Forças Armadas estavam quietinhas em seu
canto e foram convidadas pelo TSE…’.
Ora, general, as Forças Armadas devem
permanecer quietinhas em seu canto, pois não há espaço para elas na direção do
processo eleitoral brasileiro. Ponto.
Insistir
nessa agenda de pressão desabrida e cínica sobre a Justiça Eleitoral, em clara
atitude de vassalagem em relação a Bolsonaro, que é candidato à reeleição, é
sinalizar ao mundo que o Brasil caminha paulatinamente rumo a um golpe de
Estado. Pense nisso, general.
Um
aspecto importantíssimo, que singulariza o Brasil no concerto das democracias,
reside precisamente no seguinte: temos um ramo da Justiça, independente,
concebido precisamente para subtrair o processo eleitoral ao controle dos
políticos. E dos militares de casaca, claro.”Quem está quietinho em seu canto é o TSE, e parece
que vai continuar assim.
Nos EUA, Fachin reconhece que eleição
tem risco de golpe 'Poderemos ter um episódio ainda mais agravado do que 6 de
janeiro daqui do Capitólio', disse o presidente do TSE.
O presidente
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, respondeu nesta
segunda-feira (13) ao ofício enviado na sexta (10) a ele pelo ministro da
Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, no qual cobrou uma “discussão técnica”
das sugestões apresentadas pelas Forças Armadas, em março, para aumentar a
transparência e a segurança do sistema eletrônico de votação.
Edson Fachin
agradeceu pelas “contribuições”, reafirmou que as entidades fiscalizadoras
(como as Forças Armadas, OAB, Ministério Público, Polícia Federal) poderão
participar de todas as fases de auditoria dos softwares e equipamentos,
listando, em seguida, os próximos eventos, programados pelo próprio TSE, da
fiscalização, que incluem a compilação dos códigos da urna eletrônica,
cerimônias de preparação e verificação dos sistemas instalados, etc.
O presidente
do TSE, no entanto, não respondeu a pedidos mais específicos feitos pelo
ministro da Defesa. “Renovo, no ensejo, os nossos respeitosos cumprimentos a
Vossa Excelência, igualmente expressando nossa elevada consideração às Forças
Armadas e a todas as instituições do Estado democrático de Direito no Brasil”,
diz a parte final da resposta de Fachin, de três páginas.
No ofício de
sexta, Paulo Sérgio Nogueira escreveu a Fachin que ainda haveria tempo para
implementar ao menos três “propostas” feitas pelas Forças Armadas em março:
ativar a biometria nas urnas que passarão pelo teste de integridade no dia das
eleições; realizar o teste público de segurança no último modelo da urna, de
2020; e ainda “tornar efetiva” a fiscalização de todas as fases do processo por
partidos políticos.
Também Joaquim
Barbosa vê vassalagem de militares sobre golpismo eleitoral de Bolsonaro
Leia mais em:
https://oantagonista.uol.com.br//despertador/as-forcas-armadas-devem-permanecer-quietinhas-em-seu-canto/?utm_campaign=QUI_MANHA&utm_content=link-805674&utm_medium=email&utm_source=oa-emailhttps://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/fachin-responde-ao-ministro-da-defesa-sobre-votacao-eletronica-veja-o-que-ele-disse/
E https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/07/joaquim-barbosa-ve-vassalagem-de-militares-sobre-golpismo-eleitoral-de-bolsonaro.shtml