Plenário da Câmara ‘enterra’ voto impresso em derrota de Bolsonaro
O governo precisaria de 308 votos e só conseguiu 229.
‘Linha-dura
não é maioria’, avalia o historiador José Murilo de Carvalho
Plenário da Câmara ‘enterra’ voto impresso em derrota de Bolsonaro
O governo precisaria de 308 votos e só conseguiu 229.
'Triste espetáculo de subserviência e anacronismo', diz general sobre micareta militar
Crítico
do governo Bolsonaro, Francisco Mamede de Brito Filho disse que comandantes
militares foram convertidos em 'artistas de circo' de forma 'ultrajante'
O general da reserva Francisco Mamede de Brito Filho —que chegou a ser chefe de gabinete do Inep no governo Jair Bolsonaro e, hoje, é severo crítico do presidente— não usou meios-termos para descrever a patética micareta militar desta terça-feira, 10.
“Com
todo o respeito devido aos artistas de circo e teatro mambembe, o que vimos foi
a ultrajante transmutação de comandantes militares em profissionais do gênero
para oferecer um triste espetáculo de subserviência e anacronismo”, postou o general Brito no Twitter —em outras
palavras, chamando o espetáculo de hoje de palhaçada. https://www.oantagonista.com/brasil/triste-espetaculo-de-subserviencia-e-anacronismo-diz-general-sobre-micareta-militar/
Imagens de tanques na Esplanada devem ter forte representação política e histórica
No dia em que a Câmara votará em plenário a PEC do
voto impresso, um comboio de blindados militares passará pelo Congresso e
seguirá para a Praça dos Três Poderes. Iniciativa inédita é vista no
Legislativo como uma tentativa de intimidação
No dia em que a Câmara votará a
proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso — amplamente defendido
pelo governo —, um comboio de blindados militares passará pelo
Congresso a caminho do Palácio do Planalto. As tropas integram a
Operação Formosa, realizada todos os anos pela Marinha, mas que nunca incluiu a
Praça dos Três Poderes no trajeto até a cidade goiana.
Outro fato inédito é a participação do
Exército e da Aeronáutica, além de a coordenação ficar sob a responsabilidade
do Ministério da Defesa. A decisão é vista como uma tentativa de
intimidação do Parlamento e provocou críticas de congressistas e ações na
Justiça.
No anúncio sobre a passagem pela
Esplanada dos Ministérios, a Marinha justificou que a intenção é entregar
convite ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Defesa, Braga Netto, para
participarem da cerimônia de abertura do evento no Entorno do DF, marcada para
o próximo dia 16.
No Judiciário e no Congresso, a ação é
vista como uma tentativa de pressionar os deputados, tendo em vista o cenário
de forte rejeição à PEC. Prevendo derrota na Câmara, o governo estaria fazendo
uma demonstração de suposta lealdade política das Forças Armadas à escalada
autoritária de Bolsonaro.
Com 2.500 militares envolvidos na
Operação Formosa, os blindados partiram do Rio de Janeiro, e a expectativa é de
que o comboio chegue ao centro de Brasília por volta das 8h. A ação causou
surpresa até mesmo a integrantes do alto escalão do Exército, que dizem não
terem sido informados com antecedência do evento. Fontes militares consultadas
pelo Correio, sob a condição de anonimato, afirmam que a ordem para seguir até
o Planalto, passando em frente ao Supremo
Tribunal Federal (STF) e ao Congresso, partiu do Ministério da Defesa.
Ameaça
A presença de blindados no centro do poder é mais um capítulo em torno de
polêmicas provocadas pelo alinhamento de militares com o governo. As imagens da
Esplanada com tanques devem ter forte representação política e histórica. A
cena é incomum e preocupa o Legislativo.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) chamou
o desfile de intimidação e disse que se trata de ação inconstitucional.
“Tanques na rua, exatamente no dia da votação da PEC do voto impresso, passou
do simbolismo à intimidação real, clara, indevida, inconstitucional. Se
acontecer, só cabe à Câmara dos Deputados rejeitar a PEC, em resposta clara e
objetiva de que vivemos numa democracia e que assim permaneceremos”, declarou.
Já o senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP) vê ensaio de golpe. “Colocar tanques na rua não é demonstração de
força e, sim, de covardia. Os tanques não são seus, pertencem à nação. Quer
tentar golpe, senhor Jair Bolsonaro? É o crime que falta para lhe colocarmos na
cadeia”, frisou.
Por sua vez, o senador Alessandro
Vieira (Cidadania-SE) questionou os gastos de verba pública envolvidos no
desfile, que foi avisado com um dia de antecedência. “Pedi à Justiça que impeça
o gasto de recursos públicos em uma exibição vazia de poderio militar. As
Forças Armadas, instituições de Estado, não precisam disso. Os brasileiros,
sofrendo com as consequências da pandemia, também não. O Brasil não é um
brinquedo na mão de lunáticos”, destacou pelas redes sociais.
Vieira protocolou a ação popular na Justiça Federal da 1ª Região.
A deputada Tabata Amaral (sem
partido-SP) também é signatária do processo. “Está claro que Bolsonaro quer
intimidar o Congresso na sessão que vai decidir sobre o voto impresso. É
inadmissível esse comportamento do presidente”, escreveu a parlamentar nas
redes sociais.
Opinião semelhante foi expressada pela deputada
Perpétua Almeida (PCdoB-AC). “Há homens fracos e frouxos que usam da força para
mostrar poder. Bolsonaro é desses. Em baixa nas pesquisas, traz veículos de
artilharia e combate, usados em treinamentos militares, para a Esplanada.
Mais uma vez, usa as instituições militares para
impulsionar seu projeto anarquista de poder”, escreveu nas redes sociais. “É um
necessário exercício da Marinha, mas que Bolsonaro transforma num espetáculo
político, quando o traz pra Esplanada, com a clara intenção de aumentar
especulações. Bolsonaro vive de especulações e sobrevive de tensões políticas.”
Após a repercussão, a Marinha emitiu nota
negando pressão pelo voto impresso. “Cabe destacar que essa entrega simbólica
foi planejada antes da agenda para a votação da PEC 135/2019 no plenário da
Câmara dos Deputados, não possuindo relação com a mesma, ou qualquer outro ato
em curso nos Poderes da República”, diz um trecho do comunicado. FONTES: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/08/4942746--imagens-de-tanques-na-esplanada-devem-ter-forte-representacao-politica-e-historica.html
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,tanques-na-rua,70003805857
Tantas Jair Bolsonaro fez que acabou se expondo ao risco de tornar-se inelegível
Jair Bolsonaro não será moderado por ninguém. Não foi pelos militares,
não será pelo Centrão. É um imoderado por
natureza
O destino é um moleque travesso. Já
pregou muitas peças ao Brasil e agora pode pegar de jeito o presidente da
República, que repetidas vezes ameaça o Brasil de não ter eleições em 2022 se
não for feita a sua vontade de acoplar papel às urnas eletrônicas. Tantas Jair
Bolsonaro fez que acabou se expondo ao risco de tornar-se inelegível.
A depender do desenrolar do inquérito
do Tribunal Superior Eleitoral, pode não haver eleição mesmo, mas para ele. Já
o direito — no nosso país transmutado em dever pelo voto obrigatório — do
eleitorado está garantido. Primeiro, porque isso não depende da vontade do
presidente. Segundo, porque assim dita a Constituição. Terceiro, porque não há
condições objetivas de se impedir a realização do pleito.
Por fim, mas não menos importante, há
um obstáculo intransponível: a quantidade de gente que vive de votos. São 513
deputados, 81 senadores, 27 governadores, 1 059
deputados estaduais, 5 568 prefeitos e 57 000 vereadores.
Isso sem contar os candidatos a
presidente, os respectivos vices, considerando só os beneficiários diretos,
pois existe um enorme contingente de brasileiros envolvidos no processo de
votação, fiscalização e apuração, todos integrantes do universo de quase 150
milhões de eleitores do país.
Como se vê, uma parada indigesta a
ser enfrentada pelo chefe do governo e seu cercadinho amigo. Jair Bolsonaro não
será moderado por ninguém. Não foi pelos militares, não será pelo Centrão. É um
imoderado por natureza. Ocorre que as circunstâncias o obrigaram a fazer
inflexão em direção à política e, se com os militares há sempre o fantasma do
golpe, com os políticos o caso é diferente.
Eles não gostam de manobras radicais
que solapem as liberdades por completo, notadamente a de votar, pois é do voto
que vivem. Em ditaduras, políticos são meros coadjuvantes. Nas democracias
estão no comando. Sob estreita vigilância da sociedade, o que não lhes assegura
controle absoluto, mas o papel da política em regimes de liberdade é de
protagonista. Às vezes para o mal, mas no conceito do estado de direito, para o
bem.
“O Brasil terá
eleição, mas em 2022 talvez Bolsonaro é quem não tenha condição de concorrer à
reeleição”
Esse é um ponto, mas não o único.
Concorre também para a fragilidade da ofensiva em prol da reconfiguração do
Estado brasileiro à imagem e semelhança de doutrina regressiva, a volatilidade
das pautas. Reivindicações que mudam — nas manifestações de rua, inclusive — ao
sabor de circunstâncias e conveniências. https://veja.abril.com.br/blog/dora-kramer/ironia-do-destino-2/
Um dia após a reação de Luiz Fux aos insultos contra a cúpula do Judiciário, o presidente voltou a xingar o ministro que comanda o TSE
Jair
Bolsonaro chamou o ministro do STF Luís Roberto Barroso de “filho da
puta” nesta sexta-feira (6). Ao
cumprimentar apoiadores em Joinville, em Santa Catarina, o presidente xingou o
ministro mais uma vez. O episódio foi transmitido no Facebook de Bolsonaro,
mas o vídeo foi deletado minutos depois.
“O
filha da puta ainda traz gente (inaudível)… aquele filho da puta do Barroso.”
O presidente já
havia chamado Barroso, por exemplo, de “imbecil” e “idiota”.
Mais cedo, em conversa com empresários,
Bolsonaro mentiu que o presidente do TSE quer que meninas de 12 anos
tenham relações sexuais. O ministro se tornou o principal alvo do presidente
em sua defesa doentia do voto impresso.
Ontem, o presidente do STF, Luiz Fux,
condenou os ataques sistemáticos de Bolsonaro e cancelou uma reunião entre os
chefes dos Poderes. Fux disse que “quando se atinge um dos
integrantes, se atinge a Corte por inteiro”.
A O
Antagonista, Barroso afirmou que não vai responder ao xingamento do
presidente.
Bolsonaro é um desclassificado https://www.oantagonista.com/brasil/bolsonaro-chama-barroso-de-filho-da-puta/
Blog O PERISCÓPIO >
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Estados Unidos, 130 mil
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2,18 mil – França, 2,12 mil - Ucrânia, 1,86 mi – Portuga, 1,4 mi
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China, 538 – Canadá, 520 –
Espanha, 462 – Irlanda, 393
Emirados Árabes Unidos, 362
– Turcomenistão, 329
Malásia, 270
Fux cancela reunião com chefes dos Poderes e rebate ataques de Bolsonaro Presidente do STF diz que 'pressuposto do diálogo entre os Poderes é o respeito mútuo entre as instituições e seus integrantes'
Magistrado destacou que o presidente tem realizado
ataques e propagado inverdades sobre decisões da Corte e o sistema eleitoral
Em um discurso dirigido diretamente ao
presidente Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz
Fux, cancelou uma reunião que estava marcada para ocorrer entre os chefes dos
Três Poderes. O encontro estava sendo organizado pelo próprio magistrado e foi
desmarcado após o chefe do Executivo atacar magistrados do Supremo e o sistema
eleitoral.
Ele disse ter alertado Bolsonaro sobre
os "limites do direito da liberdade de expressão". "O Supremo
informa que está cancelada reunião entre os chefes de Poder, entre eles o
presidente da República", afirmou o magistrado. "Quando se ataca um
integrante desta Corte, se ataca a todos", disse Fux.
O presidente do Supremo destacou que
Bolsonaro divulga informações equivocadas e que não são verdadeiras. Mais cedo,
Jair Bolsonaro afirmou que o ministro Alexandre de Moraes é
"autoritário" e criticou a decisão de incluí-lo no inquérito das fake
news, relatado por Moraes. "A hora dele vai chegar", disse o capitão
da reserva do Exército, se referindo a Moraes.
Bolsonaro acusa o sistema eleitoral de
ter sido fraudado, atacou nas últimas semanas o ministro Luís Roberto Barroso,
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e prometeu "agir fora das
quatro linhas da Constituição", sem destacar o que faria na prática. https://oglobo.globo.com/brasil/diante-de-ataques-de-bolsonaro-ao-stf-fux-cancela-reuniao-entre-chefes-de-poderes-1-25142649
https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/08/4941990-fux-cancela-reuniao-com-chefes-dos-poderes-e-rebate-ataques-de-bolsonaro.html