quarta-feira, 15 de maio de 2019

BOLSONARO TRABALHA CONTRA SEU PRÓPRIO GOVERNO


BOLSONARO É UM PRESIDENTE INÁBIL
por Theodiano Bastos                                                                         
Lembremos que Jair Bolsonaro se elegeu presidente com 57.797.847 votos (55,13% do total), porém
Fernando Haddad teve 47.040.906 votos (44,87%).


A abstenções foi de 31.371.704 (21,3%), Brancos: 2.486.593 (2,1%) e Nulos: 8.608.105 (7,4%) e ninguém sabe o que pensa todo esse eleitorado...

Mas Bolsonaro deve lembrar-se que chegou ao segundo turno com os votos contra o quando teve 49.276.897 votos (46,03%) dos votos válidos e os 8.520.650 que se somaram no segundo turno para elegê-lo presidente vieram dos que votaram contra o PT.  


Antes de tudo lembremos que o atual governo, que tem quatro meses, não é responsável pela atual situação que o Brasil atravessa.
 
Crise institucional em gestação                                                                                      O
“Estamos assistindo, já há algum tempo, a um embate entre o Congresso e o governo Bolsonaro potencialmente gerador de crise institucional”, diz Merval Pereira.

“O governo vem sofrendo seguidas derrotas parlamentares, e não parece equipado para essa disputa. Há um clima de desconfiança mútua difícil de ser desanuviado”.

Jair Bolsonaro, segundo Ruy Castro, sabe o que está fazendo: “Bolsonaro parece trabalhar contra si próprio, ao deixar que o Congresso derrube seus decretos, o Judiciário lhe faça cara feia e os militares se magoem com os insultos que recebem. Mas só parece. O que ele quer é que todos saiam da sua frente para que, dizendo-se incompreendido, possa governar com os filhos e ‘com o povo’, através das redes sociais.

“Não sou obrigado a ir nas loucuras de um governo que está passando por momento de insanidade”

Fausto Pinato, do PP, disse para a Veja que o governo passa por um momento de insanidade:
“Não sou empregado do governo. Ajudei a eleger esse governo, como muitos aqui da comissão, e temos o dever de corrigir as loucuras e os impropérios e erros do governo. Quem elegeu Bolsonaro não foi só Olavo de Carvalho, não. Muitos aqui, inclusive eu (…).
A estratégia desse governo é desmoralizar esse parlamento?! O ministro da Casa Civil diz que atende deputado. Atende onde? Atende onde? Saiu daqui e não atende deputado. É só a panela. Minha paciência esgotou. Não sou empregado dele e não sou obrigado a ir nas loucuras de um governo que está passando por momento de insanidade”.
 
Em fevereiro, Cláudio Dantas compartilhou no Twitter que, de uma forma nonsense, o governo Bolsonaro fazia oposição a si próprio. Foi a deixa para um seguidor pontuar que surgia ali o conceito de “autocrise”.
Marcelo Ramos, presidente da comissão especial da reforma da Previdência, escreveu há pouco no Twitter o que havia nos dito na segunda-feira..

“Os debates da Reforma vão sendo contaminados por crises criadas pelo próprio governo.”
O polêmico decreto do porte de arma
Como se desejasse tumultuar o Congresso às véspera de votar a reforma da Previdência, lança o decreto do porte de arma deu início a um debate sobre constitucionalidade. Para entender a polêmica:

Quando o governo Bolsonaro o prometeu, o decreto sobre porte de arma parecia algo menor, que atenderia necessidades dos frequentadores de clubes de tiro e caça. Mas também adiantava algum barulho, já que implicaria na quebra do monopólio da Taurus.

Os últimos detalhes foram discutidos no QG do Exército em meio a uma crise institucional envolvendo militares e Olavo de Carvalho. Ao assiná-lo, Jair Bolsonaro dizia ter ido “no limite da lei“.
 
Olavo de Carvalho, ideólogo do clã Bolsonaro, é o artífice da revolução conservadora: palavrões, baixarias e grosserias é o pivô da crise do governo com os militares. “Há coisas que nunca esperei ver, mas estou vendo. A pior delas foi altos oficiais militares, acossados por afirmações minhas que não conseguem contestar, irem buscar proteção escondendo-se por trás de um doente preso a uma cadeira de rodas (se referindo ao ex-comandante do Exército) . Nem Lula seria capaz de tamanha baixaria”, conclui. 

Essa baixaria atinge o ex-comandante do  Exército Brasileiro, o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 66, que está numa cadeira de rodas, com dilemas de acessibilidade, precisa de apoio para atividades e pensa todos os dias até quando irá conseguir resistir ao poder da doença degenerativa grave que o acomete

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, sofre de esclerose lateral amiotrófica. Em estado avançado, a doença degenerativa o impede de cumprir integralmente sua missão à frente do Exército. É uma doença sem cura e cruel. E o presidente não deu uma palavra defendendo o general Villas Boas.
A continuar assim, Bolsonaro corre o risco de não terminar o mandato.



domingo, 12 de maio de 2019

O PT FALIU A VARIG


O PT FALIU A VARIG
À MINGUA O comandante da Varig, Paulo Antony, luta há 13 anos para receber as indenizações trabalhistas. 

Crédito: Divulgação
A Varig, que era a maior empresa de aviação do Brasil, quebrou em 2006. E o PT de Lula, que estava no poder nessa época, foi o grande responsável pela sua falência. Quem afirma isso é Paulo Antony, comandante da Varig por mais de 20 anos e que até hoje luta na Justiça para ter seus direitos trabalhistas pagos. Antony lembra que a empresa começou a ter problemas em 2002, quando os petistas procuraram o então presidente da companhia, Ozires Silva, para que contribuísse para a campanha de Lula à presidente. Ozires deu um sonoro não. Depois disso, o então presidente do PT, José Dirceu, disse que se o PT fosse eleito, a Varig passaria a pão e água. E foi isso o que aconteceu.

Boicote
Com uma dívida de R$ 8 bilhões, o governo vetou socorro do BNDES, enquanto concedia generosos empréstimos para Cuba e Venezuela. Além disso, Dirceu obrigou a Infraero a espremer a Varig e proibiu que a BR Distribuidora a dar crédito para a companhia abastecer suas aeronaves. A prioridade era ajudar a TAM e a GOL, de amigos petistas.
Desemprego
O advogado Roberto Teixeira, amigo de Lula, também ajudou a quebrar a empresa. Na crise, foi vendida por US$ 24 milhões para o grupo do chinês Larchan e, com a ajuda de Teixeira, revendida meses depois à GOL por US$ 275 milhões. Teixeira ganhou US$ 5 milhões. Pior: 15 mil trabalhadores ficaram na rua, segundo o advogado Mellilo Diniz.
Fonte: ISTOÉ 12/05/19- AddThis Sharing Buttons - Share to Facebook
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sábado, 11 de maio de 2019

PORNOGRAFIA: JOVENS QUESTIONAM CONSUMO


Quem são os jovens que criticam a indústria pornográfica 
Geração que cresceu com livre acesso à pornografia agora questiona o seu consumo
Nascido na era da internet, o paulistano Jefferson sempre teve fácil acesso à pornografia. Embora não se considerasse viciado, assistia a material explícito pelo menos cinco vezes por semana em sites de compartilhamento de vídeos. O hábito se manteve constante até 2016, quando entrou em contato com outro tipo de conteúdo nas redes sociais. Na página “Anti Pornografia” , que tem 32 mil curtidas no Facebook, descobriu estudos sobre os danos causados pelo pornô à saúde mental e foi alertado sobre os abusos sofridos pelas atrizes dessas produções. O suficiente para que esse promotor de vendas de 23 anos, que prefere não revelar seu sobrenome, excluísse completamente a pornografia da sua vida.  — Somos uma geração educada sexualmente através do pornô, em especial os homens — diz ele. — Talvez por causa de estudos mais recentes, só agora está surgindo uma maior conscientização sobre os problemas desse consumo. https://oglobo.globo.com/
 
O movimento anti-pornografia está crescendo. O público está apenas a recuperar o atraso.

Utah aprovou uma resolução declarando a pornografia como uma “crise de saúde pública”, um passo que chocou a consciência pública. No entanto, o movimento para enfrentar os danos da pornografia — e mais importante, a pesquisa sobre o assunto — vem crescendo constantemente e ganhando impulso há anos.
Ao contrário da década de 1960, quando os protestos sobre a pornografia baseavam-se principalmente em motivos morais, a ciência e a pesquisa tornaram-se fundamentais para o diálogo nacional sobre os efeitos do uso da pornografia — de fato, cada sentença na resolução de Utah contém citações para pesquisa revisada por pares.

Esta mudança resultou em parte devido ao rápido aumento de danos após o advento da Internet. Antes da Internet, a maioria da pornografia só era acessível se você caminhasse para o “lado errado da cidade” e se furtivamente você fosse em uma loja de pornografia. Agora, a única barreira entre você e milhões de vídeos pornográficos gratuitos é o clique de um mouse. Como resultado, as gerações em ascensão experimentaram uma investida sem precedentes de pornografia hardcore, não só através de pesquisas intencionais, mas também através de uma exposição acidental de pop-ups e vídeos “recomendados” online. Essas experiências se manifestaram em inúmeros danos neurológicos, fisiológicos e sociológicos, que estão sendo reconhecidos por indivíduos de diversos contextos políticos e filosóficos e que exigem uma abordagem de saúde pública.

Na era do iPhone e acesso quase universal à Internet, os modelos sexuais de adultos e adolescentes estão sendo moldados pela pornografia. Uma pesquisa nacionalmente representativa de 2015 descobriu que 27 % dos millennials mais velhos relataram ter visto a pornografia antes da puberdade. Esta é uma tendência alarmante, uma vez que numerosos estudos mostram que as crianças são especialmente vulneráveis à maioria dos transtornos de uso compulsivo.
Desde 2011, houve pelo menos 24 estudos que revelaram que a pornografia impactou negativamente o cérebro — o que de fato ele pode ser fisicamente alterado pela pornografia. Além disso, uma análise de 22 estudos de sete países concluiu que o uso porno está significativamente associado a atitudes favoráveis ​​à agressão sexual e ao envolvimento em atos reais de agressão sexual tanto em homens quanto em mulheres. Para quem acredita no mito de que o uso da pornografia contribuiu para o chamado declínio nacional dos estupros, pense novamente. Na realidade, algumas pesquisas mostram que os departamentos de polícia tiveram uma diminuição significativamente dos estupros relatados, a fim de criar a ilusão de reduções no crime. Longe de reduzir a violência sexual, o uso de pornografia alimenta uma cultura de aceitação de estupro, como mostra a ligação com a maior probabilidade de utilização de coerções físicas pelos usuários pornográficos e de se engajar em comportamentos de assédio sexual .

Embora a resolução de Utah não seja vinculativa, ela serve como uma declaração de intenção e como um quadro para futuras decisões políticas, como potencialmente garantindo que bibliotecas públicas e escolas tenham filtros de Internet. É também uma ferramenta educacional para aumentar a conscientização local sobre os danos causados ​​pela pornografia, para que os indivíduos e as famílias possam estar melhor equipados para tomar medidas preventivas. Este é um avanço significativo para as políticas estatais em matéria de pornografia, embora ainda haja muito espaço para cobrir. No futuro, a aplicação das leis de obscenidade existentes (que proíbem a venda e distribuição de pornografia hardcore), bem como o financiamento estatal para programas compulsivos de recuperação de uso pornô e pesquisas adicionais sobre temas como a disfunção erétil induzida por pornografia e o link de pornografia para aumento da demanda por tráfico sexual,seriam marcadores de um sucesso irresistível no movimento contra a pornografia.

A abordagem de saúde pública para a pornografia é multidisciplinar — profissionais médicos, psicólogos, autoridades policiais e muito mais começaram a falar sobre as formas como a pornografia prejudica e como ela está ligada a outras formas de exploração sexual — e, portanto, tem potencial para criar mudanças substanciais não apenas nas políticas governamentais, mas também nos profissionais de saúde, nas instituições educacionais e na cultura em geral. Porque o movimento para enfrentar os danos da pornografia é multifacetado, os esforços de advocacia política estão criando mudanças no setor privado e público.

O Centro Nacional de Exploração Sexual trabalha para mudar as políticas corporativas e organizacionais que facilitam a exploração sexual (incluindo a pornografia) através da sua Lista anual Dirty Dozen , que desde 2013 nomeou 12 infratores convencionais. Como resultado, quatro grandes hotéis no último ano deixaram de vender pornografia on-demand em todo o mundo, o Google deixou de vincular anúncios a sites pornográficos e o Departamento de Defesa parou de vender pornografia nas bases do Exército e da Força Aérea. À medida que as instituições tradicionais se deslocam para se distanciar da pornografia, apesar da atração de lucros potenciais, uma mudança cultural começa.

À medida que as pessoas tomam consciência dos danos causados ​​à saúde pública e à sociedade, a pornografia está preparada para seguir a tendência do tabaco na consciência pública. Na década de 1950, o tabagismo era generalizado, e alguns médicos e “especialistas” até alegaram que era saudável. Agora, o mesmo tipo de “especialistas” defende pornógrafos de grandes empresas, em vez de reconhecer os danos da vida real experimentados por seus amigos e vizinhos. Embora a opinião pública sobre a pornografia esteja atualmente em fluxo, o volume de pesquisas e testemunhos pessoais sobre suas forças destrutivas continua a crescer, e o movimento para enfrentar a crise de saúde pública da pornografia apenas começou.
Por Haley Halverson, para o The Washington Post. Você pode ler o texto em inglês aqui. Tradução livre por Yatahaze. https://medium.com/
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