O líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira (AL),
que esteve com o presidente Jair Bolsonaro no Planalto, adverte para o risco
das “castas” atuando contra a reforma da Previdência para manter seus
privilégios. Ele lembra que denúncias contra o então presidente Michel Temer se
multiplicaram quando se aproximava a votação da sua proposta de reforma, até
inviabilizar a votação. Lira também defende os Estados de fora da PEC da
Previdência: “cada um que faça a própria reforma”.
Na noite do dia 31 de março de 1964, como representante do
Sindicato dos bancários e Securitários, mas já sem mandato, estava na
Prefeitura de Salvador reunido com o então prefeito de Salvador, Virgildásio de
Sena e muitos líderes sindicais. Havia um nervosismo muito grande e vi que o
prefeito portava uma pistola na cintura. E se afastou um tempo e ao voltar,
visivelmente transtornado informou a todos que a Guerra Civil havia começado,
com as tropas de Juiz de Fora se dirigindo para o Rio, comandada pelo general
Mourão Filho quando foi deposto o então presidente João
Goulart e deu início ao Regime Militar no Brasil. Foi
um contragolpe, pois Goulart pretendia implantar um regime de esquerda com a
República Sindical, que o PT também tentou implantas nos 13 anos em que esteve no poder.
Era o
auge na Guerra Fria, tendo os Estados Unidos e o Mundo Ocidental de um lado e a
Rússia - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas do outro lado e os golpes
militares se alastravam pela América Latina depois da implantação do Comunismo
em Cuba com a liderança de Fidel Castro.
A ditadura no Brasil foi bem menos letal, em 21 anos foram 434 mortos e desaparecidos.
A reunião foi interrompida e cheguei em casa transtornado, muito
tenso e com medo. Falei por alto com a esposa, evitando deixá-la preocupada,
pois cuidava de duas filhas, Hosana, com menos de dois anos e Cristiane que
havia nascido em 25/12/63 e estava com apenas três meses. E estava sem emprego
de carteira assinada, vivendo com os poucos recursos como diretor do Boletim
Comercial da Bahia, uma publicação semanal mimeografada, apenas com a capa
impressa, qual mal dava para pagar o aluguel da pequena casinha na Rua Miguel
Calmon, 6, no bairro da Saúde.
Muitos anos depois, em evento político em Nanuque/MG, reencontrei
o Virgildásio e ele ficou atônito quando lhe informei que estava com ele na
Prefeitura de Salvador na noite do dia 31 de março de 1964.
No dia seguinte, 01/04/1964, saí caminhando pelo centro de
Salvador em direção ao Sindicato dos Bancários da Bahia, na ladeira de São
Bento e estava com as portas lacradas. Fui em direção à Praça da Piedade e vi a
sede do Sindicato dos Petroleiros em chama. Mesmo não sendo mais bancário, pois
o banco havia aberto inquérito administrativo por abandono do emprego, sempre
tive todo apoio da diretoria, na época presidido por Raimundo Reis.
Humberto de Alencar Castelo Branco, o primeiro
presidente tinha como vice José Maria Alkmim e era um general
muito preparado e pretendia devolver o poder aos civis, indicando o mineiro
Bilac Pinto, mas teve uma morte em acidente aéreo no Ceará muito
misterioso.
O General
Arthur da Costa e Silvateve como
Vice-presidente: Pedro Aleixo, da Arena. Este governo durou de 1967 a 1969, se caracterizou
pelo avanço do processo de institucionalização da ditadura com o AI- 5. O que
era um regime militar difuso transformou-se numa ditadura que eliminou o que
restava das liberdades públicas e democráticas. Costa e Silva assumiu a
Presidência da República e imediatamente foi intensificando a repressão
policial-militar contra todos os movimentos, grupos e focos de oposição
política. Ao longo de seu mandato, o general acenou com a possibilidade de
retorno à normalidade institucional, ou seja, da volta da democracia. Mas o
presidente justificou a permanência dos militares no poder e a gradual
radicalização. Foi substituído por uma Junta Militar e indicado
O General Emílio
Garrastazu Médici, tendo como vice o Almirante Augusto
Rademaker, foi o período mais tenebroso da ditadura de 64, mas quando ocorreu o
“milagre econômico” com crescimento do PIB em até 11% ao ano, mas com o aumento
da dívida externo.
Indicado por seu antecessor Ernesto
Geisel, concorreu para presidente na eleição de 1978 pelo Aliança Renovadora Nacional (ARENA), na
chapa com Aureliano Chaves para vice-presidente. Os
adversários de Figueiredo eram o General Euler Bentes Monteiro para presidente, com Paulo
Brossard para vice-presidente, ambos do Movimento Democrático Brasileiro
(MDB). Com 355 votos (61,1%) contra 226 dados a Monteiro (38,9%), foi eleito
pelo Colégio eleitoral. Em sua posse, pronunciou a
famosa frase em que dizia que faria "deste país uma democracia". O mandato foi marcado pela continuação da
abertura política iniciada no governo Geisel. Pouco tempo depois de assumir o
cargo, houve uma concessão de anistia "ampla, geral e irrestrita" aos
políticos cassados com base em atos institucionais. Em 1980, extinguiu-se o bipartidarismo
instaurado. A partir deste fato, foi criado o Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB) como sucessor do MDB, e o Partido Democrático Social (PDS) como
sucessor do ARENA, além de outros novos partidos. Figueiredo, assim, virou
filiado ao PDS. A 22 de Setembro de 1981 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada
de Portugal.
Em 1982, engendrou-se uma reforma eleitoral para assegurar à situação maioria
nas eleições de 1982, nas quais se
defrontariam os governistas do PDS e quatro legendas de oposição. Contudo,
durante o seu governo ocorreram vários atentados
terroristas, atribuídos a setores da direita e militares da linha dura.
A gestão ficou marcada pela grave crise econômica que assolou o mundo, com as altas
taxas de juros
internacionais, pelo segundo choque do petróleo em 1979, a disparada
da inflação,
que passou de 45% ao ano para 230% ao longo de seis anos, e com a dívida
externa crescente no Brasil, que, pela primeira vez, rompeu a marca dos 100
bilhões de dólares, o que levou o governo a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI)
em 1982. Neste ano, houve a criação do Estado de Rondônia.
No ano seguinte, iniciaram-se as campanhas das Diretas
Já, que acabaram rejeitadas no Congresso Nacional. Entretanto, o governo
Figueiredo permitiu a eleição presidencial indireta,
que decretaria o fim do Regime Militar. Os seis anos do seu mandato registraram
crescimento de 13,93% do PIB
(média de 2,34%), porém com redução de 0,17% da renda
per capita. Figueiredo assumiu com a inflação
em 40,81% e entregou a 215,27%. Foi sucedido pelo Governo Sarney (1985 -1990) que entregou a
inflação a 1972,91%. Fonte: https://pt.wikipedia.org/