sexta-feira, 16 de março de 2018

CASO MARIELLE






O assassinato de Marielle tem tido grande repercussão e cobranças, mas os assassinatos no RJ têm 80% das investigações inconclusas 2 anos após mortes

Quatro em cada cinco apurações relativas a homicídios cometidos em 2015 seguem em aberto na Polícia Civil. Dados são do Instituto de Segurança Pública (ISP).
Os números em aberto dizem respeito à letalidade violenta: 78,56% das investigações não foram concluídas; enquanto 20,8% foram. Em compensação, apenas 0,64% são consideradas encerradas sem êxito. Por Gabriel Barreira, G1 Rio, 05/07/2017
 

Diz O GLOBO:  VEREADORA ASSASSINADA MIRELLE FRANCO:                                                                       

Mulher, negra, favelada, bissexual, pensadora: Marielle era muitas


Polícia Civil investiga envolvimento de milícia


Presos por extorsão e porte ilegal de arma, PMs tinham munição do mesmo calibre que matou vereadora e seu motorista

Marielle não foi eleita pelas favelas
 
Diz O ANTAGONISTA de 16.03.18
Um mapeamento de O Antagonista sobre os votos que Marielle Franco obteve em 2016 revela que a vereadora do PSOL, executada há dois dias, não foi eleita pelas favelas.
Cerca de 20 mil votos, quase metade dos 46 mil votos que elegeram a socióloga, saíram dos bairros nobres da Zona Sul carioca e da Barra da Tijuca, Zona Oeste.
Enquanto na Rocinha ela teve apenas 22 votos, no Leblon foram 1.027. Marielle colheu mais 1.900 votos em Laranjeiras e outros 2.742 votos em Copacabana.
Na também famosa Cidade de Deus, foram apenas 89 votos. Já na Freguesia, área de classe média alta de Jacarepaguá, a política do PSOL foi a escolha de 707 eleitores.
Na Grande Tijuca, Marielle teve um ótimo desempenho: 6.500 votos.
No Complexo da Maré, suposta base eleitoral da vereadora, foram apenas 50 votos.
Se incluirmos Ramos e Bonsucesso, esse número sobe para 2.196 votos – resultado distante do obtido entre o eleitorado de melhor poder aquisitivo.

Hipótese de Marielle ter sido morta por traficantes não saiu do radar
Autoridades policiais do Rio de Janeiro, claro, trabalham com a hipótese de Marielle Franco e seu motorista terem sido mortos por milicianos.
Mas a possibilidade de os assassinos serem traficantes não saiu do radar, soube O Antagonista.

“A cidade cada vez mais quer a intervenção”
Miro Teixeira disse a O Antagonista que “tudo indica que quem matou Marielle Franco foi a milícia” — o que, na opinião dele, mostra ter sido acertada a decisão do governo federal de intervir na segunda pública do estado do Rio de Janeiro.
“A cidade cada vez mais quer a intervenção. Estou vendo algumas pessoas se manifestando contra a intervenção. Ora, o assassinato da Marielle é a demonstração mais dramática da necessidade dessa ação.”
Fonte: https://www.oantagonista.com/ 16/03/18



Munição foi roubada da PF, diz Jungmann


Raul Jungmann disse hoje que a munição usada para matar Marielle Franco e Anderson Gomes foi roubada da Polícia Federal há muitos anos, informa O Globo.
Segundo o ministro da Segurança Pública, um dos roubos aconteceu nos Correios da Paraíba e outro foi cometido por um escrivão na Superintendência da PF do Rio, que já responde a inquérito pelo crime.
Jungmann acrescentou que a PF já abriu mais de 50 inquéritos ao longo dos anos em razão da munição desviada –e citou como um dos casos mais rumorosos a chacina em Osasco, em que 23 pessoas foram mortas com balas do mesmo lote.