domingo, 10 de novembro de 2013

BRASIL: NÚMEROS DA ECONOMIA




BANCO DO BRASIL, PETROBRAS E O DÉFICIT FISCAL

Petrobrás apura ágio de 1.600% da Odebrecht

Sabrina Valle, O Estado de S. Paulo (17/11/13)
“O contrato firmado em 2010 entre a Petrobrás e o grupo Odebrecht, para prestação de serviços em dez países, incluiu itens com preços inflados que, em alguns casos, ultrapassavam a marca de 1.000%.
Auditoria interna da petroleira comparou os preços acordados no contrato com médias de preços em cada país. O resultado mostrou que na Bolívia, por exemplo, os itens estavam entre 9% e 1.654% mais caros; no Chile, entre 14% e 598%; na Argentina o sobrepreço médio foi de 95%.
Documentos da petroleira, obtidos com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, mostram também que no contrato (PAC SMS) houve inclusão indevida de impostos na formação de preços nos Estados Unidos, Chile e Argentina, elevando o valor dos serviços em US$ 15 milhões.”
 “A economia brasileira claudica e os pessimistas de plantão já apelam para previsões catastróficas sobre a evolução dos indicadores. Acredito que a recuperação de um crescimento mais efetivo é possível, dependendo da determinação do governo. O salário e o emprego continuam registrando bons índices e isso significa que apesar do vendaval que afeta as contas públicas, a população ainda não sente os seus efeitos negativos no dia-a-dia.” http://oglobo.globo.com/pais/noblat/ 



E ainda sobre a PETROBRAS, diz Cláudio Humberto em sua coluna no Diário do Poder:
“É bom lembrar  A Petrobras perdeu 42% do seu valor no período em que Dilma Rousseff presidiu o seu conselho de administração.
Elo mais fraco Mais de 60 mil trabalhadores atenderam a convocação de Lula e aplicaram seu FGTS em ações da Petrobras. Perderam 50% do valor.
Um pesadelo Símbolo da “prosperidade” no governo Lula, a Petrobras virou pesadelo petista, após a política que segurou os reajustes e debilitou a estatal."
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 "É nítida, porém, a preocupação que assola corações e mentes  da área econômica. Nesse cenário, é compreensível a ansiedade por recolher dinheiro onde for possível para pagar as contas. Daí, decisões como o leilão de privatização do pré-sal de Libra, que rendeu de imediato R$ 15 bilhões, embora criticado pelos sindicatos e até por um ex-presidente da empresa por não atender aos interesses estratégicos do Brasil. 

Na mesma linha está a ampliação da participação do capital privado estrangeiro no Banco do Brasil, que vem crescendo desde 2006, quando era de 5,6% e foi elevada para 12,5%. Em 2009 passou para 20% e agora sofreu nova elevação chegando a 30%. Tal iniciativa provoca questionamentos, mas também ajuda a oferecer uma face mais amigável ao investidor estrangeiro.

Ao mesmo tempo, chega a R$ 70 bilhões por ano o prejuízo econômico com a corrupção. O problema é agravado ainda quando consideramos a política do BNDES de oferecer empréstimos bilionários com juros subsidiados (do seu, do meu, do nosso dinheiro) a grupos econômicos de grande porte, com retorno nulo ou duvidoso.  De tudo isso, podemos tirar lições sobre  prioridades de governo, desperdício de dinheiro público e voluntarismo na condução da economia.“
*Pedro Simon é senador pelo PMDB/RS Fonte: Jornal do Brasil http://www.jb.com.br (08/11/13)

Mantega vê 'inferno astral' na área fiscal

VALDO CRUZ
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
“Em conversa com interlocutores, o ministro Guido Mantega (Fazenda) reconheceu que o governo está vivendo seu "inferno astral" na área fiscal e que, neste ano, o superavit primário (economia do governo para pagar juros da dívida) "não será o dos nossos sonhos".
A avaliação reservada do ministro difere da difundida publicamente pelo governo por admitir que "este ano está sendo difícil" na área.
O ministro discorda, porém, de avaliações alarmistas sobre o quadro fiscal brasileiro e comentou que, mesmo sendo este um momento ruim, o superavit primário será o "suficiente para manter a estabilidade das contas públicas e da economia".
O setor público registrou deficit primário (arrecadação do governo menos os gastos, exceto juros da dívida) recorde em setembro. Nos nove primeiros meses de 2013, seu superavit foi de apenas R$ 44,9 bilhões (1,28% do PIB), bem abaixo da meta de R$ 111 bilhões (2,3% do PIB).                                                    Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado (08/11/13)
Cresce a desconfiança dos números da economia estão sendo manipulados pelo governo, inclusive no que diz respeito aos índices de desemprego, pois estariam incluindo como empregados os que recebem o Bolsa Família.
“Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME/IBGE) mostram que a taxa média de desemprego entre maio e julho deste ano foi de 5,8%, contra 5,7% no mesmo período do ano passado. No entanto, essa piora é muito mais aprofundada entre os jovens de 15 a 24 anos.
A taxa média de desemprego para esse grupo foi de praticamente 15% entre maio e julho de 2013, contra 13,7% para o mesmo período de 2012, com um aumento de 1,3 ponto percentual. Os adultos (25-49 anos) apresentaram a mesma taxa média de 4,7% e aqueles acima de 50 anos tiveram um leve aumento de 0,3 ponto percentual (2,4% em 2013 contra 2,1% em 2012). Assim, é possível afirmar que a piora do mercado de trabalho nos últimos meses ocorreu entre os jovens.
Os jovens apresentam uma taxa de rotatividade mais elevada do que os adultos. Isto significa que, em geral, são admitidos e desligados das empresas com maior frequência. Há algumas explicações para esse fenômeno.
Por um lado, os jovens estão no início de suas carreiras e, por isso, buscam novas oportunidades e desafios com maior frequência. Por outro, por serem menos experientes e com menor nível educacional — por estarem ainda se educando — são em geral os primeiros a serem desligados no caso de redução da atividade econômica.
Além disso, com os custos trabalhistas elevados devido à rigidez dos encargos e à alta da renda real do trabalho, as empresas ajustam em cima dos jovens porque são o grupo menos custoso em termos de multa contratual e no qual as relações trabalhistas podem ser mais flexíveis — devido à possibilidade do contrato de menor aprendiz.
Caso a economia não apresente sinais de melhora, dois cenários podem decorrer do aumento já registrado do desemprego entre os jovens. No primeiro, a atual deterioração fica restrita a essa faixa etária, com mais demissões de jovens, ou postergação de contratações. Caso este quadro se confirme, é preciso pensar em políticas de mercado de trabalho que sejam mais eficazes para elevar a estabilidade do jovem no emprego, sem onerar as empresas.
O segundo cenário, ainda mais preocupante, é aquele em que a piora do emprego para os jovens é um indicador antecedente de uma deterioração mais generalizada entre as diversas faixas etárias. Nem sempre o desemprego dos jovens significa um primeiro passo para uma piora mais geral, mas aquela faixa etária sempre sofre um impacto maior no desaquecimento no mercado de trabalho. Os próximos meses devem indicar qual dos dois cenários acima vai prevalecer.”
 Rodrigo Leandro de Moura é pesquisador da FGV/Ibre.



domingo, 3 de novembro de 2013

BRASIL: 50 MIL HOMICIDIOS EM 2012



País teve 50 mil mortes em 2012, maior número em 5 anos
Estados do Norte e Nordeste lideram ranking de homicídios; crimes contra o patrimônio preocupam e encarceramento avança
03 de novembro de 2013
BRUNO PAES MANSO - O Estado de S.Paulo

"Se os números da economia formal brasileira mostram sinais de desaceleração, o submundo do crime permanece pujante. É o que mostram os dados da criminalidade enviados pelas Secretarias de Segurança das 27 unidades da federação para o Anuário Estatístico do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). No ano passado, os homicídios no Brasil cresceram 7,6% em relação a 2011.

Os dados completos do Anuário, encomendados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vão ser apresentados na terça-feira. O Estado obteve com exclusividade os números dos crimes e da situação do sistema carcerário.
O total de assassinatos é o maior da série histórica desde 2008. Houve 50.108 casos no Brasil em 2012, incluindo homicídios dolosos (47.136), assaltos seguidos de morte (1.810) e lesão corporal seguida de morte (1.162). O País registrou taxa de 25,8 homicídios por 100 mil habitantes. E São Paulo puxou o índice para cima (veja ao lado).

Os Estados do Norte e Nordeste seguem liderando o ranking de homicídios no Brasil. Alagoas, com 61,8 casos por 100 mil habitantes, apesar de estar no primeiro lugar no ranking, registrou redução de 14%. Pará subiu para a segunda colocação, com 44 por 100 mil, seguido por Ceará (42,5), Bahia (40,7) e Sergipe (40).
"O padrão de homicídios no Brasil é muito alto, assim como os outros crimes. Isso mostra como não conseguimos enfrentar o problema da criminalidade urbana. Mostra a necessidade urgente de reformas nas polícias, para melhorar as investigações e o policiamento ostensivo. É um assunto que precisa ser enfrentado com coragem ou o Brasil não vai conseguir reverter esse quadro", afirma o sociólogo Renato Sérgio de Lima, do FBSP.

Patrimônio. Os registros de crimes contra o patrimônio também são preocupantes. Os dados do anuário não permitem uma comparação com 2011. Mas, no ano passado, foram 566.793 casos de roubos, em que os ladrões levaram carros, atacaram bancos, cargas de caminhões, pedestres e casas. Em todo o território nacional, considerando só as ocorrências registradas nas delegacias, foram 1.574 casos de roubo por dia. 

Mesmo no Norte e Nordeste há problemas de crimes contra o patrimônio. Amazonas desponta com 737 roubos de carros por 100 mil habitantes. Bahia fica em segundo lugar, com 435 por 100 mil.
A guerra contra os traficantes também revela a dimensão do comércio de entorpecentes. No ano passado, o Brasil registrou 122.921 ocorrências de tráfico, crescimento de 19% em relação ao ano anterior. Os estudiosos explicam que a apreensão de drogas mostra, sobretudo, a atuação policial no combate ao crime. A maioria dos casos foi registrada nos Estados de São Paulo (41.115) e Minas (24.272).

Encarceramento. As lacunas no sistema de segurança nacional, no entanto, ficam evidentes ao se comparar a situação brasileira com a de outros países do mundo. Ao mesmo tempo em que encarcera demais, não parece conseguir diminuir as taxas de criminalidade. Segundo os dados do Anuário, o Brasil tem atualmente 515.482 presos, o que o coloca em quarto lugar no ranking daqueles com maior população prisional do mundo. Fica atrás apenas de Estados Unidos (2.239.751), China (1.640.000) e Rússia (681.600).

Por outro lado, o Brasil fica em 7.º lugar entre os países mais violentos. As mais de 50 mil mortes por homicídios são duas vezes mais do que a média de baixas em um ano de guerra entre Rússia e Chechênia, por exemplo."

ESTUPROS AUMENTAM MAIS QUE HOMICÍDIOS 

Ainda segundo o 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado preliminarmente nesta segunda-feira pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em todo o Brasil foram registrados 50,6 mil casos. Trata-se de 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes, contra 22,1 em 2011.
O estudo mostra que o total de casos de estupro superou o total de casos de homicídios dolosos, que, em 2012, registrou 47,1 mil.
Fonte: http://www.estadao.com.br/

ROSEMARY NORONHA BLINDADA POR LULA



ROSEMARY NORONHA              BLINDADA POR LULA



Acusada de tráfico de influência, corrupção e formação de quadrilha, a ex-chefe do escritório paulista da Presidência, Rosemary Noronha, amiga íntima de Lula, continua com processo sob segredo de Justiça. Diário do Poder, 28/08/17



Para a defesa de Rose foram contratados os seguintes escritórios: Vilardi Advogados, de Celso Sanchez Vilardi; Medina Osório Advogados, de Fábio Medina Osório; Tojal, Teixeira Ferreira, Serrano & Renault Advogados Associados, de Sérgio Renault e Bueno de Aguiar, Wendel & Advogados Associados, de Luiz Bueno de Aguiar.

Entre os clientes desses escritórios estão: Credit Suisse, Febraban, Banco Santander, Vale, Companhia Brasileira de Alumínio, Santos Brasil, Abílio Diniz, Eike Batista, Camargo Correa...e agora Rosemary Noronha.

“Ela já foi indiciada por formação de quadrilha, tráfico de influência, corrupção passiva, e também acabou processada pelo próprio governo, após sindicância da Casa Civil rastrear indícios nas suas traficâncias”, informa a reportagem de VEJA de 11/09/13. Informa ainda a reportagem

Foi uma mãe o Processo Administrativo Disciplinar da Controladoria Geral da União (CGU) sobre malfeitorias atribuídas a Rosemary Nóvoa de Noronha (“Rose”), amiga íntima do ex-presidente Lula. Na oitiva, “secreta” porque a opinião pública nem tomou conhecimento, Rose não respondeu a nenhuma das 114 perguntas. E, para pegar leve com Rose, a CGU nem precisou ouvir 9 das testemunhas arroladas por ela.
A CGU chefiada pelo petista Jorge Hage pediu apenas a demissão de Rose, mas os crimes a ela atribuídos preveem prisão de até 25 anos.
Testemunhas de Rose que a CGU não incomodou: o ministro Gilberto Carvalho e ex-ministros Erenice Guerra, Carlos Gabas e José Viegas.
Entre as testemunhas de defesa de Rose estavam Beto Vasconcelos, da área jurídica da Casa Civil, e até Lúcio Reiner, tradutor de Lula.                           http://www.diariodopoder.com.br/coluna Cláudio Humberto (01/11/13)

Lula não abandonou Rose e participa pessoalmente da defesa jurídica da ex-segunda-primeira-dama

 “Novidades sobre o caso de Rosemary Noronha, a namorada de Lula, que comandava o escritório da Presidência da República em São Paulo e com ele visitou 32 países num período de apenas três anos (sempre na ausência da primeira-dama Marisa Léticia).
Apanhada em flagrante na Operação Porto Seguro, Rosemary foi incriminada pela Polícia Federal, mas a privacidade dela e de Lula foi respeitada, sem haver escuta telefônica, com a investigação limitando-se ao controle dos e-mails da assessora presidencial. Motivo: Lula não usa computador, só falava com ela por telefone. Sem escuta telefônica, ele quase não aparece na foto.

Quanto ao enriquecimento ilícito de Rosemary, não é de espantar diante dos milionários casos de corrupção que caracterizam a política brasileira. Nos 20 anos em que manteve o caso amoroso com Lula, ela só conseguiu ter um carro usado e dos dois apartamentos. E o marido tem uma pequena empresa de construção, que não é lá essas coisas.
LULA É FIEL À ROSE
O fato é que Lula não abandonou Rosemary e faz até questão de participar da defesa dela, a cargo de três escritórios de advocacia da pesada. Um deles é chefiado pelo respeitado criminalista Celso Vilardi; o segundo escritório tem como um dos principais sócios o advogado Sérgio Renault, ex-secretário da Reforma do Judiciário, que trabalhava no Ministério da Justiça com Marcio Thomaz Bastos; o terceiro escritório é comandado pelo jurista Fábio Medina Osório, um dos maiores especialistas em improbidade administrativa.
Essas bancas de advocacia estão em situação de alerta esta semana, porque o ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União está prestes a divulgar o resultado da investigação sobre Rosemary, e o Planalto vai fazer novo carnaval na mídia.
LULA COM OS ADVOGADOS
Lula acompanha pessoalmente a defesa da segunda-primeira-dama e chega ao ponto de se reunir com advogados. Num desses encontros, chegou acompanhado por José Dirceu, que é muito amigo de Rosemary.
As despesas são elevadas, porque além de pagar os escritórios de advocacia, é preciso também sustentar a família de Rosemary, porque ela e a filha perderam os empregos públicos que garantiam um faturamento superior a R$ 20 mil mensais. E o marido de Rosemary está tendo muitos problemas para manter a pequena empresa de construção, chamada New Talent.
Quem paga as contas? Este é um dos segredos mais bem guardados do país. Dizem que até mesmo os espiões de Barack Obama ainda não conseguiram saber como o esquema funciona, porque Lula e Dirceu estão operando da mesma forma que o PT usou para pagar o marqueteiro Duda Mendonça – sem nota e sem imposto, por baixo do pano.
Por fim, se a presidente Dilma Rousseff pensa que Lula vai deixar barato essa ofensiva do Planalto contra Rosemary, está totalmente enganada. Lula se considera traído por Dilma, especialmente porque, quando surgiu o escândalo envolvendo em corrupção a então ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, que era muito “ligada” a Dilma Rousseff, digamos assim, ele ainda era presidente e apenas a demitiu, mas tentando poupá-la ao máximo na Comissão de Ética e na Controladoria-Geral da União.”