sábado, 5 de novembro de 2016

R$ 32 MIL DE SALÁRIO COMO CHEFE DA XEROX



                CÂMARA DOS DEPUTADOS
Servidor recebe salário de R$ 32 mil como ‘chefe da xerox’ – Alan Alex
16 de fevereiro de 2016 0 ShareShare Tweet
 
Em artigo publicado na última segunda-feira falava sobre a incoerência do serviço público no Brasil, que contrata, através de concursos, funcionários para todos os cargos. Pois bem, nos últimos dias vem circulando pelos grupos de Whatsapp cópia do contracheque do “chefe de serviços de reprodução e digitalização de documentos oficiais”, da Câmara dos Deputados, ou traduzindo ao bom e velho português, “chefe da xerox”, cujo salário bruto é de R$ 32.806,31 e ele recebe líquido R$ 22.783,72.
Ele é servidor efetivo da Câmara dos Deputados desde 1998 e ao longo desse período, é claro, acumulou aquele monte de penduricalhos salariais que só o Brasil tem. Esse felizardo, vai se aposentar daqui a pouco tempo e deverá ganhar bem mais que um operador de máquinas pesadas, que tenha trabalhado o mesmo período no setor privado. Com uma diferença, o operador de máquinas pesadas fez um curso que o qualificou para tal função. Trabalhou duro nas mais adversas condições. Mas os defensores do “concurso” irão dizer, “quem mandou não estudar e fazer um [su_frame align=”right”] estudar e fazer um [su_frame align=”right”] [/su_frame]concurso?”.
Pois é essa mentalidade que nos mantém na condição de um país de terceiro mundo, que não consegue se recuperar economicamente e está com a previdência quebrada. Não sou contra o ingresso por concurso, pelo contrário, sou contra o concurso para quadros que não exigem qualificação, tais como operador de xerox, auxiliar de serviços gerais, auxiliar técnico, enfim, essas funções que podem ser executadas por qualquer um sem grandes habilidades. Basta saber ler e escrever.

CA esclarece salário de R$ 23 mil de “funcionário que tira xerox” na Câmara

8 de março de 2016 Dyelle Menezes
Está circulando na internet uma imagem com o salário mensal de R$ 22,8 mil do “funcionário que tira xerox na Câmara dos Deputados”. O Contas Abertas recebeu diversas mensagens para esclarecer a informação.
Pelo portal de transparência da Casa é possível verificar que o servidor recebe mesmo um salário mensal de cerca de R$ 23 mil. No entanto, a função dele não é de “tirar xerox”, mas de chefiar o Serviço de Reprodução e Digitalização de Documentos Oficiais.
O servidor em questão é Raimundo Barboza Saraiva e está lotado no Departamento de Comissões. No cargo ele é responsável pela gestão, digitalização e reprodução de documentos ostensivos e sigilosos, em meio físicos e digitais, provenientes das comissões e de diversos órgãos administrativos da Câmara dos Deputados.
De acordo com a Câmara, o servidor gerencia as atividades do parque gráfico da unidade, tendo sob sua chefia uma equipe de 10 pessoas, entre servidores efetivos, terceirizados e estagiários.
Outra atividade de Saraiva é participar da fiscalização de contrato de prestação de serviços em sua área e de grupo de trabalho formado para implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da instituição.
A Casa ainda informou que o servidor tem formação acadêmica com dois cursos de graduação e dois de pós-graduação.
“Trata-se, portanto, de um servidor de carreira qualificado, cuja remuneração é compatível com suas responsabilidades e com as funções que desempenha na Câmara dos Deputados, onde ingressou em 1998, por meio de concurso público”, explica a Casa.
Apesar da compatibilidade entre salário e função destacada pela Câmara, na área financeira, por exemplo, o salário do chefe do setor corresponderia ao salário de vice-presidente de Mercado de Capitais (Renda Fixa / Variável) ou de Fusões e Aquisições que varia mensalmente entre R$ 16 mil e R$ 25 mil. O salário também se aproxima do de Diretor de empresa de Tecnologia da Informação de grande porte que varia de R$ 20 mil a R$ 27 mil mensais. Os números foram retirados da Tabela de Salários da Revista Exame.
A discussão sobre o valor dos salários no Legislativo, assim como no Judiciário e Executivo, é importante no momento em que o ajuste fiscal atinge quase todas as despesas públicas.
Corte de salários economizaria R$ 10 bilhões
Em plena crise econômica, os governos federal, estadual e municipal gastam um montante bilionário com pagamentos de servidores que recebem acima do teto constitucional. Estimativas de fontes do Ministério da Fazenda e do Congresso apontam que, caso a lei fosse cumprida, a economia aos cofres públicos chegaria a quase R$ 10 bilhões por ano, considerando todas as esferas de governo.
A cifra é similar à que o governo pretende conseguir em 2016 com a recriação da CPMF. Cálculos do governo federal, que consideram apenas o total que a União economizaria, são bem menores, de R$ 1 bilhão anual.
Ignorando a Constituição, alguns servidores ganham acima dos R$ 33,7 mil, salário do presidente do Supremo Tribunal Federal, que serve de referência para a definição do teto. Somente no Superior Tribunal de Justiça, o setor responsável pelos pagamentos confirma que ao menos cinco servidores aposentados receberam, entre janeiro e dezembro de 2015, valores líquidos superiores a R$ 100 mil.                                     Fonte: http://www.contasabertas.com.br/ 05/11/16

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

ENEM: 8,6 MILHÕES INSEGUROS E 191 PREJUDICADOS PELO PCdoB




O objetivo dos pequenos grupos que invadiram as escolas e colocaram correntes e cadeados impedindo que alunos, professores e administradores da unidades entrassem nos estabelecimentos.

 “querem gerar insegurança e tumultuar um exame que afeta a vida de 8,6 milhões de estudantes e seus familiares” informou o MEC em nota. 

“As invasões de escolas não são protestos de alunos”, mas de entidades aparelhadas pelo PCdoB há décadas, tipo UNE e Ubes, omissas no petrolão. E ativas contra o impeachment e contra o governo Temer.” Denuncia Cláudio Humberto em seu Diário do Poder. 

O movimento é contra a proposta de Emenda à Constituição, PEC 241 que estabelece teto para os gastos públicos e a Medida Provisória 746 que define mudanças no ensino médio, sejam retomadas.
Segundo reportagem do jornal A TRIBUNA de 03/11/16, no Espírito Santo das 62 escolas ocupadas, 41 escolas estaduais seriam locais de prova do Enem e receberiam 20 mil alunos e deixaram 59.957 alunos sem aulas.     
Julgando ação civil pública, o juiz Thiago Vargas Cardoso, determinou a desocupação das escolas em 24 horas e se isso não for cumprido, seus pais poderão pagar multa que vai de três a 20 salários mínimos (de R$ 2.640, a R$ 17.600).
Também a Justiça Federal no ES determinou a desocupação do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) e a sentença foi cumprida e desocuparam o IFES de Vitória. A multa pelo descumprimento da sentença era de R$ 1 mil por dia, para cada manifestante ou pais de menores ocupantes.

 Mendonça Filho: ‘Politizar o Enem foi desrespeitoso com milhões de jovens’


O ministro Mendonça Filho (Educação) declara-se convencido de que o movimento de ocupação de escolas por estudantes tem contornos partidários. “É evidente que setores ligados ao PT, ao PCdoB e ao PSOL estão instrumentalizando essa mobilização junto com os sindicatos”, disse Mendonça ao blog. “Imaginaram que colocariam em cheque o Enem, algo que vai muito além de qualquer governo. Politizar o Enem foi desrespeitoso com milhões de jovens. Desrespeitaram o sonho da juventude de ter acesso à universidade. Isso é um absurdo.”
As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocorrerão neste sábado (5) e no domingo (6). Entretanto, graças à ocupação das escolas, 191 mil dos 8,6 milhões de alunos inscritos terão de fazer as provas no mês que vem, nos dias 3 e 4 de dezembro. “Nós fixamos um prazo. Dissemos que esperaríamos pela desocupação até as 23 horas e 59 minutos do dia 31 de outubro. Imaginaram que o governo fosse adiar esse prazo. Mas estávamos decididos. Ponto final. Acabou o prazo.”
Nesta quarta-feira, o procurador da República Oscar Costa Filho protocolou na 8ª Vara Federal do Ceará uma ação em que pede a suspensão das provas marcadas para este final de semana. Sustenta que a realização do Enem em datas diferentes viola o princípio da isonomia, já que os alunos terão de fazer redações sobre temas distintos. O ministro afirma que o argumento do procurador é “improcedente.” Por quê? “As provas do Enem têm uma equivalência.”
Mendonça Filho acrescentou: “Ninguém está reinventando a roda. Nós já fazemos duas provas por ano —uma geral e outra para o sistema carcerário. A diferença é que neste ano faremos três provas. O que também não é inédito. No ano passado, em função de enchentes ocorridas em determinadas localidades, foi necessário realizar três provas.” O ministro afirmou que não vai polemizar com o procurador cearense: “Quem vai cuidar disso é a AGU (Advocacia-Geral da União). Estamos confiantes de que não haverá problemas.”
Para o ministro, a estratégia adotada pelo governo para lidar com a encrenca das ocupações de escolas revelou-se “correta”. Foi definida há mais de duas semanas, numa conversa de Mendonça Filho com Michel Temer. “Eu disse ao presidente que não podíamos adotar nenhuma saída que significasse o uso da força. Não me oponho a que o Estado utilize a força quando necessário, mas jamais colocando em risco a integridade física de jovens estudantes.”
“Preferimos adotamos a estratégia da prova em dias diferentes”, prosseguiu Mendonça Filho. “Chegamos a ter mais de mil escolas ocupadas. Reduzimos para 300 —sem nenhum esforço repressivo, só na base do convencimento e na pressão da própria opinião pública. Imagine o que ocorreria se o Ministério da Educação resolvesse bancar uma operação repressiva em 20 Estados, nos 300 espaços públicos que ainda estão ocupados. Seria um desastre, uma grande confusão, com o risco enorme de termos um banho de sangue.”
O repórter quis saber a opinião do ministro sobre o modo como as autoridades estão lidando com a desocupação nos Estados. “Eu não serei um censor crítico de autoridades judiciais e do Ministério Público. Cada um atua de acordo com a lei e a Constituição. É o que espero como cidadão.”
Em proposta intermediada pelo presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), os partidos que se opõem à reforma do ensino médio sugeriram a Mendonça Filho que o governo desistisse da medida provisória que enviou ao Congresso e tratasse da matéria por meio de projeto de lei. O ministro não topou.
“Estou certo de que a reforma do ensino médio reúne os pressupostos constitucionais para figurar numa medida provisória: urgência e relevância. Qualquer matéria relacionada à área educacional é relevante. E a urgência da reforma está estampada no desempenho precário dos alunos.''
Mendonça afirmou que a medida provisória não inibe o debate. A comissão especial que analisa a reforma, composta de senadores e deputados, marcou audiências públicas para ouvir 53 pessoas. “São pessoas do mais variado espectro ideológico —educadores, acadêmicos. Será um debate bem amplo.
O próprio ministro, que é deputado federal licenciado, eleito pelo DEM de Pernambuco, se ofereceu ao correligionário Rodrigo Maia para comparecer ao plenário da Câmara. “Eu me disponho a passar o dia discutindo o assunto com os deputados numa comissão geral”, disse.
O titular da pasta da Educação disse respeitar a opinião de todos. “PT, PCdoB e PSOL têm toda a liberdade para atuar politicamente, desde que elevem o debate. O que não parece razoável é usar entidades sindicais como escudo para instrumentalizar estudantes e transformar o debate num ringue de quinta categoria. A grande maioria anseia pelo respeito à autonomia dos jovens, currículo menos exaustivo e mais espaço para que o estudante defina sua trilha de formação a partir da sua vocação e da sua vontade pessoal. Esse é o debate.”
De resto, o ministro disse respeitar também “o direito democrático dos estudantes de protestar, desde que o exercício do protesto não fira o direito que a maioria dos estudantes tem de estudar. Isso sem mencionar o direito constitucional mais elementar de ir e vir.” Mendonça Filho concluiu: “De minha parte, continuarei me valendo da arma de que disponho: o convencimento. Vejo que as críticas à PEC 241 [que institui o teto dos gastos públicos federais] e à reforma do ensino médio são inconsistentes. Todos estão convidados a participar do debate.”

Fonte: josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br 04/11/16

 

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

MAPA POLÍTICO DO BRASIL MUDA APÓS ELEIÇÕES MUNICIPAIS



MAPA POLÍTICO APÓS ELEIÇÕES


Nenhum presidente teve uma base aliada tão ampla como Temer. Daí esperar-se que as reformas necessárias sejam aprovadas.
“PSDB supera PT e PMDB e vai governar 34,4 milhões de eleitores.

Tucanos vão administrar a partir do ano que vem 803 municípios
Já em número de habitantes, o PSDB governará 48,3 milhões de pessoas; grande derrotado, o PT governará 6 milhões de pessoas (Foto: Reprodução)
O PSDB saiu do segundo turno como o maior vencedor da eleição municipal de 2016, se o critério observado for o número de eleitores que cada partido vai governar. Em seu conjunto, os prefeitos do partido vão administrar cidades que abrigam 23,9% do eleitorado - ou seja, para cada quatro eleitores, um será governado por um tucano.
Em relação à eleição de 2012, a faixa do eleitorado governada por tucanos quase dobrou - era de 13,1%. Já a parcela governada pelo PT, principal antagonista do PSDB, desabou de 19,9% para 2,9%.
A fatia alcançada pelos tucanos é a maior desde 2004, o primeiro ano para o qual o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulga dados de resultado eleitorais digitalizados. O recorde anterior pertencia ao PMDB, que em 2008 venceu em municípios que abrigavam 22,1% do eleitorado da época.
No primeiro turno, o PSDB venceu em 789 cidades, que concentravam 26,8 milhões de eleitores. Na segunda rodada da eleição, foram 14 cidades a mais, com eleitorado de 7,6 milhões, chegando ao total de 34,4 milhões.
A principal causa do salto tucano foi a vitória na cidade de São Paulo, que concentra 26% dos eleitores que serão governados pelo partido. João Dória, novato na política, venceu no primeiro turno com 53,3% dos votos válidos e vai suceder o petista Fernando Haddad a partir de janeiro do ano que vem.
Neste domingo, 30, a maior cidade conquistada por um tucano foi Manaus, onde Artur Virgílio Neto conseguiu se reeleger, com 56% dos votos válidos.
O PMDB teve o segundo melhor desempenho: vai governar 20,5 milhões de eleitores a partir do ano que vem, o equivalente a 14,2% do total. O partido do presidente Michel Temer só ficou à frente do PSDB no quesito número de prefeituras conquistadas: foram 1.037 contra 803.
No segundo turno, candidatos peemedebistas venceram em 9 municípios, que concentram 12% do eleitorado em disputa (cerca de 33 milhões).

PT é o novo PMN

Nas maiores cidades do Brasil, aquelas com mais de 200 mil eleitores, o PSDB elegeu 28 prefeitos.
O PT só elegeu um – em Rio Branco, que tem 240 mil eleitores.
Eles eram 17 em 2012.
O PT despencou para o décimo-quinto lugar entre os partidos com mais prefeitos nas grandes cidades do país.
Perdeu do PHS, mas empatou com o PMN.

                                        Fonte: http://www.oantagonista.com/ 06/11/16


URNAS AFUNDA PT

'O PT, como força política, acabou', afirma sociólogo Chico de Oliveira no Estadão.


Refluxo. A onda antipetista, que já havia se manifestado no primeiro turno, voltou a demonstrar sua força neste domingo, 30. Todos os sete candidatos do PT que haviam conseguido se classificar para a segunda rodada acabaram perdendo.
A derrota petista mais significativa se deu em Santo André, onde Paulo Serra (PSDB) derrotou Carlos Grana (PT), candidato à reeleição, por 78% a 22%.


O PT também amargou derrota significativa em Mauá, outra cidade da região do ABC paulista que integrava o chamado cinturão vermelho, grupo de municípios da região metropolitana que costumava ter maioria de eleitores petistas. O atual prefeito Donisete Braga (PT) foi derrotado por Átila Jacomussi (PSB), por 65% a 35%.

Com os resultados, o PT foi praticamente varrido do chamado clube do segundo turno, o conjunto das 92 cidades que têm 200 mil eleitores ou mais. Nesse conjunto, que abriga 38% do eleitorado do País, o único representante petista a partir do ano que vem será o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, reeleito já no primeiro turno com 55% dos votos válidos. O golpe de misericórdia virá em 2018...

Graças à vitória no Rio de Janeiro, com Marcelo Crivella, o PRB ficará na segunda colocação, em número de eleitores governados, no clube do segundo turno, atrás do PSDB e à frente do PMDB.
Pequenos. Partidos nanicos obtiveram um avanço inédito no grupo das 92 maiores cidades do País. Somados, eles venceram em 18 desses municípios, e vão governar 7,4 milhões de eleitores. Os maiores destaques foram as vitórias de Alexandre Kalil (PHS), em Belo Horizonte, e Rafael Greca (PMN).
O avanço dos nanicos consolidou o fenômeno da dispersão partidária, que já havia sido recorde no primeiro turno.
No total, políticos de 31 partidos vão administrar pelo menos uma prefeitura a partir de 2017. Apenas quatro das legendas registradas não venceram em nenhum município. (AE)”                                             Fonte: http://diariodopoder.com.br/ 31/10/16

Tucanos vencem em sete capitais no segundo turno e o PT perde todas as disputas de domingo e despenca do terceiro ara o 10º lugar entre os partidos. O Partido perdeu a eleição em todas cidades de seu reduto histórico e a expectativa para 2018 são as piores possíveis, pois não terá candidato próprio para presidente e poderá ter a bancada no Senado dizimada e sua bancada na Câmara dos Deputados será bem pequena.
Índice de eleitores que não escolheram nenhum dos candidatos ultrapassa votos recebidos por Crivella

Eleição 2016 escancara desgosto do brasileiro com classe política

Número de votos brancos, nulos e abstenções deixa claro que o eleitor se desencantou. No Rio, por exemplo, não-voto superou eleitores de Freixo. VOTOS NULO – Na cidade do Rio de Janeiro, 46,93% dos eleitores não votaram neste segundo turno.  

No Rio de Janeiro, o candidato do Psol, Marcelo Freixo, obteve menos votos do que a soma de brancos, nulos e abstenções: 40,6% ante 46,93%. Em Fortaleza, os eleitores que não optaram por nenhum dos dois candidatos poderiam também ter alterado o resultado da disputa: o atual prefeito, Roberto Cláudio (PDT), foi reeleito com 53,57% dos votos, contra 46,43% do deputado estadual Capitão Wagner (PR) – uma diferença de 90.396 dos votos. Já brancos (26.453) e nulos (83.991) somaram 110.444 votos. Em Cuiabá (MT), o número também chamou atenção: 41,03% dos eleitores não votaram. O quadro se repetiu pelo país, fazendo desta a eleição com número recorde de votos nulos, em branco e abstenções. Em 2016, o eleitor deixou clara como nunca sua insatisfação com a classe política.

Ao todo, 21,55% dos eleitores se abstiveram em todo o país, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma alta de 2 pontos porcentuais em relação a 2012. Em todo o país, 25,8 milhões de eleitores (78,45%) compareceram às urnas, de um total de 32,9 milhões que estavam aptos a votar. Ou seja, cerca de 7 milhões não votaram. Já a somatória de brancos e nulos até as 21h35 chegava a 16,52%. Em seis dos oito municípios do Rio de Janeiro onde houve segundo turno, os votos brancos, nulos e abstenções somaram mais eleitores do que os candidatos vitoriosos. A situação ocorreu na capital e em Niterói, São Gonçalo, Belford Roxo, Duque de Caxias e Petrópolis. As exceções foram Volta Redonda e Nova Iguaçu.
Mais cedo, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes disse que índice enfraquece o processo eleitoral. “Se por um lado ele pode refletir a insatisfação da população contra a classe política, por outro enfraquece e debilita as pessoas que recebem os mandatos, especialmente na hora da tomada de decisão em um momento delicado como o atual”. 

E completou:  “Claro que não quero desprezar o índice de abstenção. Ele é significativo e não é difícil atribuí-lo a um certo desencanto, uma certa relutância de se ver representado no quadro político que aí está. E isto a gente houve até nos discurso dos jovens”.
No primeiro turno, em nove capitais, o número de votos brancos, nulos e de eleitores que não compareceram foi maior do que do candidato que ficou em primeiro lugar. A situação aconteceu nos dois maiores colégios eleitorais do país: São Paulo e Rio de Janeiro.