CÂMARA DOS DEPUTADOS
Servidor recebe salário de
R$ 32 mil como ‘chefe da xerox’ – Alan Alex
16 de fevereiro de
2016 0 ShareShare
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Em artigo publicado na última segunda-feira falava sobre a
incoerência do serviço público no Brasil, que contrata, através de concursos,
funcionários para todos os cargos. Pois bem, nos últimos dias vem circulando
pelos grupos de Whatsapp cópia do contracheque do “chefe de serviços de
reprodução e digitalização de documentos oficiais”, da Câmara dos Deputados, ou
traduzindo ao bom e velho português, “chefe da xerox”, cujo salário bruto é de
R$ 32.806,31 e ele recebe líquido R$ 22.783,72.
Ele é
servidor efetivo da Câmara dos Deputados desde 1998 e ao longo desse período, é
claro, acumulou aquele monte de penduricalhos salariais que só o Brasil tem.
Esse felizardo, vai se aposentar daqui a pouco tempo e deverá ganhar bem mais
que um operador de máquinas pesadas, que tenha trabalhado o mesmo período no
setor privado. Com uma diferença, o operador de máquinas pesadas fez um curso
que o qualificou para tal função. Trabalhou duro nas mais adversas condições.
Mas os defensores do “concurso” irão dizer, “quem mandou não estudar e fazer um
[su_frame align=”right”] estudar e fazer um [su_frame align=”right”]
[/su_frame]concurso?”.
Pois é essa mentalidade que nos
mantém na condição de um país de terceiro mundo, que não consegue se recuperar
economicamente e está com a previdência quebrada. Não sou contra o ingresso por
concurso, pelo contrário, sou contra o concurso para quadros que não exigem
qualificação, tais como operador de xerox, auxiliar de serviços gerais,
auxiliar técnico, enfim, essas funções que podem ser executadas por qualquer um
sem grandes habilidades. Basta saber ler e escrever.
Fonte: https://painelpolitico.com/ 05/11/16
CA esclarece salário de R$ 23 mil de “funcionário que tira xerox” na Câmara
8 de março de 2016
Dyelle Menezes
Está circulando na internet uma imagem com o salário mensal de R$ 22,8 mil
do “funcionário que tira xerox na Câmara dos Deputados”. O Contas Abertas
recebeu diversas mensagens para esclarecer a informação.Pelo portal de transparência da Casa é possível verificar que o servidor recebe mesmo um salário mensal de cerca de R$ 23 mil. No entanto, a função dele não é de “tirar xerox”, mas de chefiar o Serviço de Reprodução e Digitalização de Documentos Oficiais.
O servidor em questão é Raimundo Barboza Saraiva e está lotado no Departamento de Comissões. No cargo ele é responsável pela gestão, digitalização e reprodução de documentos ostensivos e sigilosos, em meio físicos e digitais, provenientes das comissões e de diversos órgãos administrativos da Câmara dos Deputados.
De acordo com a Câmara, o servidor gerencia as atividades do parque gráfico da unidade, tendo sob sua chefia uma equipe de 10 pessoas, entre servidores efetivos, terceirizados e estagiários.
Outra atividade de Saraiva é participar da fiscalização de contrato de prestação de serviços em sua área e de grupo de trabalho formado para implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da instituição.
A Casa ainda informou que o servidor tem formação acadêmica com dois cursos de graduação e dois de pós-graduação.
“Trata-se, portanto, de um servidor de carreira qualificado, cuja remuneração é compatível com suas responsabilidades e com as funções que desempenha na Câmara dos Deputados, onde ingressou em 1998, por meio de concurso público”, explica a Casa.
Apesar da compatibilidade entre salário e função destacada pela Câmara, na área financeira, por exemplo, o salário do chefe do setor corresponderia ao salário de vice-presidente de Mercado de Capitais (Renda Fixa / Variável) ou de Fusões e Aquisições que varia mensalmente entre R$ 16 mil e R$ 25 mil. O salário também se aproxima do de Diretor de empresa de Tecnologia da Informação de grande porte que varia de R$ 20 mil a R$ 27 mil mensais. Os números foram retirados da Tabela de Salários da Revista Exame.
A discussão sobre o valor dos salários no Legislativo, assim como no Judiciário e Executivo, é importante no momento em que o ajuste fiscal atinge quase todas as despesas públicas.
Corte de salários economizaria R$ 10 bilhões
Em plena crise econômica, os governos federal, estadual e municipal gastam um montante bilionário com pagamentos de servidores que recebem acima do teto constitucional. Estimativas de fontes do Ministério da Fazenda e do Congresso apontam que, caso a lei fosse cumprida, a economia aos cofres públicos chegaria a quase R$ 10 bilhões por ano, considerando todas as esferas de governo.
A cifra é similar à que o governo pretende conseguir em 2016 com a recriação da CPMF. Cálculos do governo federal, que consideram apenas o total que a União economizaria, são bem menores, de R$ 1 bilhão anual.
Ignorando a Constituição, alguns servidores ganham acima dos R$ 33,7 mil, salário do presidente do Supremo Tribunal Federal, que serve de referência para a definição do teto. Somente no Superior Tribunal de Justiça, o setor responsável pelos pagamentos confirma que ao menos cinco servidores aposentados receberam, entre janeiro e dezembro de 2015, valores líquidos superiores a R$ 100 mil. Fonte: http://www.contasabertas.com.br/ 05/11/16