sábado, 29 de outubro de 2016

DELAÇÃO DO FIM DO MUNDO: Sergio Moro faz votos de que “o Brasil sobreviva"



DELAÇÃO DO FIM DO MUNDO NA Lava Jato
As revelações de setenta executivos da Odebrecht prometem implodir o mundo político — e até o juiz Sergio Moro faz votos de que “o Brasil sobreviva”

“VEJA desta semana mostra as dimensões superlativas e o potencial explosivo da delação premiada de 75 executivos da empreiteira Odebrecht, incluindo seu ex-presidente Marcelo Odebrecht. Distribuído em mais de 300 anexos – 300 novas histórias sobre a corrupção no Brasil –, o acordo a ser assinado com o Ministério Público envolve os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o atual, Michel Temer, tucanos de alta plumagem, como José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, peemedebistas fortemente ligados a Temer, como o senador Romero Jucá e o ministro Geddel Vieira Lima, e os dois principais nomes do PMDB no Rio de Janeiro: o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral.
As revelações na delação da empreiteira, que faturou 125 bilhões de reais em 2015 e reuniu 400 advogados para costurar o acordo, levam procuradores da força-tarefa da Lava Jato a constatar que “se os executivos comprovarem tudo o que dizem, a política será definida como a.O. e d.O. — antes e depois da Odebrecht”. O sempre comedido juiz federal Sergio Moro também dá dimensão da turbulência que se aproxima ao comentar: “Espero que o Brasil sobreviva”.                               Fonte: http://veja.abril.com.br/brasil/lava-jato-a-delacao-do-fim-do-mundo/ 30/10/16



Odebrecht movimentou US$ 211 milhões na Suíça para pagar propinas, dizem investigadores, Revista Época:

“Tribunal Federal do país europeu usou delações premiadas da Operação Lava Jato para fundamentar suspeita. No alvo, estão executivos da empreiteira, da Petrobras e políticos
Alvo da Operação Lava Jato, a Odebrecht movimentou pelo menos US$ 211,6 milhões em contas secretas na Suíça para favorecer executivos da empreiteira, ex-diretores da Petrobras e políticos brasileiros. É o que apontam documentos do Tribunal Federal do país europeu. A informação foi divulgada neste sábado (29) pelo jornal O Estado de S. Paulo.
>> Em prisão domiciliar, ex-executivo da Odebrecht quer sair no domingo para votar
"Existe a suspeita de que esses pagamentos sejam propinas", diz um dos quatro despachos da Justiça suíça que embasaram a decisão de trazer ao Brasil mais de 2 mil páginas de extratos bancários da Odebrecht. As movimentações financeiras foram realizadas entre 2008 e 2014. Os relatórios suíços não citam a identidade dos envolvidos e foram feitos com base em informações de delações premiadas da Lava Jato.
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Entre agosto de 2012 e junho de 2014, por exemplo, os relatórios dizem que US$ 96 milhões teriam sido distribuídos a quatro ex-diretores da petroleira brasileira. Para justificar os pagamentos, foram firmados contratos fictícios, dizem os despachos. Em troca das propinas, eram garantidos contratos para a Odebrecht em obras da Petrobras.
Empresa Odebrecht, em São Paulo (Foto: Bruno Cotrim / Frame / Ag. O Globo)
O próximo passo dos investigadores suíços é identificar os destinários do recursos, bem como a origem ilícita dos recursos. Para tentar descobrir a fonte do dinheiro, a nova onda de delações de executivos da Odebrecht no Brasil é considerada uma etapa "fundamental".
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Em fase de finalização, a delação da Odebrecht deve trazer para o centro do escândalo de corrupção o engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, ele será apontado como elo entre a empreiteira e recursos destinados a ela para políticos do PSDB.
Souza foi direto da Dersa, concessionária paulista de rodovias, em governos tucanos. Ele ficou conhecido na campanha de 2010, quando Dilma Rousseff o citou em um debate com José Serra. A ex-presidente mencionou reportagens que apontavam Souza como um dos tesoureiros informais do partidos.
Com os novos acordos de delação no Brasil, uma nova fase na colaboração entre o país e a Suíça deve ser lançada. Um dos entraves, no entanto, é o anúncio de que o procurador que cuidava do caso da Odebrecht na Suíça, Stefan Lenz, deixará o cargo em dezembro.
A empreiteira não se pronunciou sobre as suspeitas. O Ministério Público suíço disse que também não comentaria o andamento do processo”. Fonte: http://epoca.globo.com/ 29/10/16


Lava Jato estilhaça a galeria de presidenciáveis

Por Josias de Souza, 29/10/2016
“A Lava Jato já derreteu a presidência de Dilma e o PT. Levou para a cadeia gente graúda, oligarcas políticos e empresariais. Aos pouquinhos, passo a posso, a operação vai aproximando a faxina de toda a galeria de presidenciáveis da República. Há moribundos em excesso no noticiário. E a lista não para de crescer. Denunciado como beneficiário de repasses ilegais de R$ 23 milhões em 2010, o tucano José Serra junta-se, no vale dos delatados, ao correligionário Aécio Neves e a Lula.
Movimentação de policiais federais em frente à casa do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. A Polícia Federal faz nesta terça-feira (15), por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), uma operação de busca e apreensão na casa de Cunha. O deputado é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro pela Procuradoria-Geral da República nas investigações da Operação Lava Jato
A última eleição presidencial ocorreu em 2014, ano em que a Lava Jato começou. Dilma foi reeleita, Aécio virou o principal líder da oposição e Lula representava o sonho de continuidade do PT. Hoje, o PSDB de Aécio é força auxiliar do governo do PMDB de Michel Temer, apinhado de alvos da Lava Jato. E o PT de Lula é uma espécie de abracadabra para a caverna de Ali Babá.
Impossível saber quem chegará vivo a 2018. Aécio é protagonista de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal.    
Lula, réu três vezes, é uma prisão esperando para acontecer. Serra, que fazia pose de alternativa, é outra biografia sub judice. Geraldo Alckmin é uma interrogação aguardando na fila pela divulgação do anexo da delação da Odebrecht que trata dos governadores. A única certeza no momento é que 2018 não é mais o que já foi. Por sorte, ainda não há no Brasil um Donald Trump. Mas quem pode garantir que não surgirá um demagogo amalucado?”