segunda-feira, 9 de maio de 2016

O GOLPE FOI TRAMADO NA AGU: SENADO IGNORA PRESIDENTE INTERINO DA CÂMARA: IMPEACHMENT SEGUE



ANULAÇÃO FOI ESCRITA POR JEC                                        O Antagonista 09.05.16  
A Veja.como publicou que "Waldir Maranhão foi visto na manhã desta segunda-feira na sede da Advocacia-Geral da União. Antes de decidir anular a sessão plenária que aprovou o impeachment e autorizou o Senado a processar e julgar a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, ele não pediu auxílio à consultoria legislativa da Câmara - a Secretaria Geral da Mesa Diretora também não tinha conhecimento dos termos da decisão, divulgada à imprensa por meio de nota".
A informação do site da revista complementa a nossa apuração: a anulação do processo de impeachment na Câmara foi escrita por José Eduardo Cardozo e equipe. É uma indecência.

Maranhão tramou golpe com JEC

O Antagonista soube que Waldir Maranhão esteve reunido com José Eduardo Cardozo, ontem à noite, até 1h da manhã. O golpe foi tramado com o AGU.


JOGADA DESESPERADA: Presidente interino da Câmara anula votação do Impeachment

Renan decide ignorar Maranhão e seguir com impeachment

“Presidente do Senado classificou o ato do presidente interino da Câmara como 'ilegal' a líderes partidários

Por: Laryssa Borges, de Brasília09/05/2016



O presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), chega para se reunir com líderes partidários para definir o rito do impeachment na casa - 09/05/2016(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse na tarde desta segunda-feira a senadores que participaram da reunião de emergência convocada por ele que dará prosseguimento ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, ignorando a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA).
A avaliação de Renan, conforme relatos dos parlamentares presentes ao encontro, é de que o ato de Maranhão foi "ilegal" e "intempestivo". Ele disse ainda aos senadores que a Câmara não poderia tomar a decisão de anular a sessão em que 367 deputados deram aval ao prosseguimento do processo de impeachment para o Senado quase 30 dias após a votação da admissibilidade - muito menos quando o Senado está prestes a deliberar sobre o tema. "O presidente do Senado disse que é uma decisão contra a qual não caberia recurso quase 30 dias depois. Isso deveria ter sido analisado 48 horas após a sessão", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ao deixar a reunião emergencial.
Na reunião de líderes, PT e PCdoB fizeram apelos para que a decisão de Waldir Maranhão fosse cumprida, mas Renan não cedeu. Com isso, a leitura do parecer da comissão especial que, na última sexta-feira, deu aval para o seguimento do processo contra Dilma será feita ainda hoje, abrindo prazo de 48 horas para que o plenário do Senado julgue se abre processo contra a petista - decisão que, se tomada, afasta a presidente do cargo por 180 dias.”
Álvaro Dias diz que Senado deve votar normalmente o processo de impeachment
"Essa é uma manobra de quem quer jogar contra a sociedade brasileira que deseja mudança no país", disse o senador
O senador Álvaro Dias (PV-PR) defendeu que o Senado Federal vote normalmente o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, independente da decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) de declarar nula a votação da casa.

"Essa é uma manobra de quem quer jogar contra a sociedade brasileira que deseja mudança no país. E essa mudança começa com o impeachment da presidente". Para Dias, caso haja algum recurso ao Supremo Tribunal Federal, isso deve acontecer após a decisão do Senado para não atrasar o processo. "Essa é uma novela que não acaba", desabafa ele.

                                


Bancada do PP vota na terça expulsão de Maranhão

Por: Vera Magalhães, veja,  09/05/2016 às 16:07
Ciro Nogueira: expulsão de Maranhão
Terminou há pouco uma reunião entre o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o líder do partido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB).

Impeachment

Vice-presidente do PSB chama Maranhão de ‘serviçal’ de Cardozo

Líder do PMDB defende ‘interdição’ de Maranhão

Deputados articulam para derrubar Maranhão

O líder vai convocar uma reunião da bancada da Câmara para esta terça-feira, às 10h. Na ocasião será votada uma moção de parte dos deputados propondo a expulsão do presidente em exercício da Casa, Waldir Maranhão (MA), da legenda.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/ 09/05/16

domingo, 8 de maio de 2016

ASCENSÃO E QUEDA DO PETISMO,



ASCENSÃO E QUEDA DO PETISMO, por Percival Puggina

As razões do impeachment da presidente e do inferno astral do partido devem ser buscadas em sua compulsão à construção de versões, ao tratamento desonesto dos fatos e da  história, aos sofismas, às inversões de responsabilidade e à incapacidade de se corrigir. Em uma só palavra: à mentira ou falsidade em suas muitas formas. O crime de responsabilidade não aconteceria fora desse quadro, digamos assim, clínico.
Detalhando um pouco mais. Para alcançar a vitória em 2014 foi preciso, confessadamente, "fazer o diabo" e ele foi feito. Foi necessário escandalizar a todos com prévia proclamação sobre o quanto seriam "capazes de fazer para ganhar". E fizeram. A imperiosa determinação de vencer a qualquer custo implicava, entre outras ações e omissões, esconder a realidade fiscal e manter elevado o gasto público sem autorização legislativa. Tudo com olho na urna e um silenciador na consciência de quem ainda dispusesse de uma. Por isso, o crime de responsabilidade que dá causa ao impeachment tem, ele mesmo, origem num mal maior - a relação hostil com a verdade e com a realidade. É por ela que, nestes dias, fingem indignação e simulam ironias em atlético e aeróbico esforço para sovar um pouco mais a velha estratégia: construir versões, torcer os fatos, inverter responsabilidades, evadir-se das próprias culpas, perseverar na incorreção.
Note-se: houve outros crimes de responsabilidade praticados pela presidente - crimes que prosseguiram, em cascata, desde antes de o processo haver começado a tramitar. Sobre todos eles, o tempo e a Justiça ainda haverão de falar. Alguns estão gravados e nós ouvimos.
 E SE FOSSE NO SEU CONDOMÍNIO?
Veio de um amigo a mais clara explicação sobre o crime de responsabilidade praticado pela presidente Dilma. Perguntou-me ele: "Num condomínio, pode o síndico usar recursos do Fundo de Reserva sem autorização da assembléia?". E em seguida: "Se o síndico faz isso, o que lhe acontece?". As respostas são óbvias. Não pode o síndico agir assim por conta própria. E se o fizer, cai-lhe a casa em cima, entra em desgraça, é destituído da função. Ora, se tal conduta tem gravidade num condomínio, imagine-se quando falamos de um país e de seu orçamento!
 UM PESO E UMA MEDIDA
O Procurador Geral da República descarregou um caminhão de candidatos à investigação no colo do STF. Sobrou para ambos os lados do espectro político. Pouco depois, por unanimidade, o Supremo mandou Eduardo Cunha tirar férias. Ninguém foi às ruas protestar, ninguém esbravejou, ninguém saiu por aí a cuspir nos demais. A nação celebra todo gesto de limpeza, todo ato de Justiça, toda contribuição ao saneamento moral das instituições. Essa diferença em relação aos paladinos do indefensável, que chamam bandidos de heróis, só não vê quem não quer. Por isso, não imagine o vice-presidente que a inclemência institucional e popular em relação à organização criminosa que está sendo afastada do poder o beneficie além dos precisos termos da Constituição, que o fazem primeiro da linha sucessória. Tão logo assuma, estará sendo pessoalmente julgado por sua conduta e pelas escolhas que fizer. Os bons brasileiros têm um só peso e uma só medida.

 Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

sábado, 7 de maio de 2016

O INSTITUTO DO “CHEFE”



Odebrecht teria comprado nova sede do Instituto Lula, aponta laudo da PF

Negociaram imóvel Marcelo Odebrecht, Bumlai e advogado de Lula, diz PF.
Imóvel na Vila Clementino está avaliado em R$ 12 milhões, segundo laudo.


Imagem do Google Street View que está no laudo da PF sobre imóvel que a Odebrech teria comprado para nova sede do Instituto Lula (Foto: Reprodução/Google Street View)Imagem que está no laudo da PF de imóvel que a Odebrecht teria comprado para nova sede do Instituto Lula (Foto: Reprodução/Google Street View)
Um laudo da Polícia Federal (PF) que faz parte da Operação Lava Jato aponta “fortes indícios” de que a construtora Odebrecht comprou um imóvel avaliado em R$ 12,3 milhões para ser a nova sede do Instituto Lula em São Paulo. A informação foi publicada nesta sexta (6) pelo jornal "Valor Econômico".
Segundo o documento, participaram diretamente da negociação do imóvel Roberto Teixeira, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, e o pecuarista José Carlos Bumlai – os dois últimos presos na Lava Jato.
“Os peritos também observaram que o terreno foi objeto de negociação para atender interesses do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que foi identificada em sua residência comunicação com tratativas para compra da propriedade, mediadas por Roberto Teixeira e tendo como promitente comprador José Carlos Bumlai”, diz o documento da PF.
O Instituto Lula informou em nota que sua "única sede" funciona no bairro Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo. "Não existe nenhuma 'nova sede', como bem sabe a imprensa que acompanha o Instituto Lula", diz a nota. A Odebrecht não quis se manifestar.
 O ex-presidente é investigado por suspeita de participar do esquema de corrupção na Petrobras. Nesta terça-feira (3), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou denúncia contra Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF)   
Indícios
O laudo tem 25 páginas e data de 8 de abril. O documento diz que durante as buscas na casa do ex-presidente Lula realizadas na 24ª fase da Lava Jato, em março deste ano, foram encontrados contratos e plantas do imóvel, situado no número 178 da Rua Dr. Haberbeck Brandão, na Vila Clementino, também na Zona Sul.

Segundo o documento, foi encontrada na residência de Lula um contrato de opção de compra do imóvel assinado por Roberto Teixeira, onde consta como como outorgante a empresa Asa Agência Sul Americana de Publicidade e Administração, e como outorgado José Carlos Bumlai, representado no contrato por Teixeira. O valor do contrato, com data de 5 de março de 2010, é de R$ 6 milhões.
Nas buscas no sítio em Atibaia (SP), frequentado pela família de Lula, foi encontrada uma pasta rosa endereçada à ex-primeira-dama Marisa Letícia com um projeto de reforma de imóvel no mesmo endereço da Vila Clementino.
As plantas referem-se à construção de um prédio institucional com “capacidade para atender às necessidades de manutenção de um acervo arquivístico, bibliográfico e museológico, bem como auditório para palestras ou eventuais encontros”.
E-mails
O laudo da PF também mostra uma sequência de e-mails na qual Marcelo Odebrecht pergunta a Branislav Kontic como “mandar uma atualização sobre o novo prédio para o Chefe”.  Em outra troca de e-mails, Marcelo diz a Kontic que pode “mandar alguém em BSB [Brasília] entregar para ele material impresso”.

“[...] Vc tem que imprimir em BSB e entregar em um envelope lacrado para o deputado”, orienta Marcelo Odebrecht. No laudo, a polícia não especifica quem é o deputado citado, mas salienta que Kontic foi assessor do ex-ministro Antonio Palocci quando ele era deputado federal. A PF afirma no laudo que não foi possível identificar quem seria “Chefe”.
O documento da PF também cita outro e-mail de 2010 em que Marcelo responde ao “Chefe”, que demonstra preocupação sobre “eventuais riscos de aquisição” do “Prédio do Instituto”. (veja na imagem abaixo)
E-mail com resposta de Marcelo Odebrecht para 'Chefe' sobre 'Prédio do Instituto' (Foto: Reprodução/Polícia Federal)E-mail que está no laudo da PF sobre imóvel comprado pela Odebrecht (Foto: Reprodução/Polícia Federal)
Os peritos apontam que “Marcelo” provavelmente é Marcelo Odebrecht e que RT pode ser Roberto Teixeira.
“Segundo é expresso por Marcelo Odebrecht, em suas comunicações eletrônicas, o imóvel seria destinado à construção do Prédio do Instituto. Ademais, nota-se que o valor de R$ 12,3 milhões para aquisição do imóvel (constante dos emails das negociações imobiliárias entre fevereiro e junho de 2010), é compatível com o valor registrado de R$ 12,4 milhões anotados em favor do Prédio (IL), nas planilhas apreendidas com o funcionário da Odebrecht, Fernando Migliaccio da Silva”, diz o laudo.
“Por fim, salienta-se a preocupação de Marcelo Odebrecht para que o processo de
aquisição do imóvel para construção de um Instituto seja submetido à apreciação de pessoa
localizada em Brasília, denominada por ‘Chefe’”, continua o documento da PF.

Compra e venda
Os peritos analisaram os registros de compra e venda do imóvel na Vila Clementino. Até 2011, ele pertenceu à Asa, quando foi registrada venda para a DAG Construtora no valor de R$ 6.875.686, 27.
Um segundo registro mostra que o imóvel foi vendida da DAG para a Odebrecht em 2012, apesar do registro só ter sido feito em 2014. “Constam dois valores registrados na
matrícula, um de R$ 7,2 milhões relativo a um compromisso de compra e venda e outro de R$ 15 milhões relativo a uma cessão”, diz o laudo da PF.

Com área de 5.255,08 m², o imóvel está atualmente em nome da empresa Mix Empreendimentos e Participações, que o comprou da Odebrecht em 2014 pelo valor de R$ 12.602.230,16. As reformas do imóvel estão protocoladas na prefeitura em nome da Mix. O projeto é diferente do encontrado na pasta rosa do sítio em Atibaia.
Ao Valor, Bumlai negou qualquer intermediação de assuntos do Instituto Lula. Roberto Teixeira disse que não podia se pronunciar porque não havia tido acesso ao material da PF. Branislav Kontic disse desconhecer por completo o assunto. Fonte: http://g1.globo.com/

quarta-feira, 4 de maio de 2016

FIM MELANCÓLICO DO LULOPETISMO, O PROJETO CRIMINOSO DE PODER



LULOPETISMO: O PROJETO CRIMINOSO DE PODER, TEM FIM MELANCÓLICO
Janot pede ao STF autorização para investigar Dilma, Lula e Cardozo
Procurador questiona nomeação de Lula para ministro, que STF suspendeu.
Em notas, ministro Cardozo (AGU) e Instituto Lula criticaram pedido.
Mariana Oliveira e Renan Ramalho Da TV Globo e do G1, em Brasília, 03/05/16
“O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de abertura de inquérito para investigar a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, por suposta obstrução à Justiça, em tentativa de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
O pedido, sigiloso, será analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. O sigilo é motivado pelo fato de que o pedido tem como base gravações de conversas telefônicas entre Dilma e Lula, inicialmente divulgadas pelo juiz federal Sérgio Moro e cujo segredo foi decretado posteriormente pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo.

Ministro e Lula contestam
Por meio de nota (leia a íntegra ao final desta reportagem), o ministro José Eduardo Cardozo, que falou também em nome da presidente Dilma Rousseff, afirmou que as denúncias do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que fundamentaram o pedido, são "absolutamente levianas e mentirosas".
A nota também critica o vazamento de um inquérito sigiloso "antes mesmo que quaisquer investigações pudessem ser feitas em relação às inverdades contidas na delação premiada do senador".
O Instituto Lula divulgou nota (leia a íntegra ao final desta reportagem) na qual afirma: "Só existe um crime evidente neste episódio: a gravação clandestina e divulgação ilegal de um telefonema da presidenta da República".
Motivos do pedido
No pedido de abertura de inquérito, Janot menciona a nomeação do ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) no ano passado; e também a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ministro da Casa Civil neste ano.
Em delação premiada, o senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) e seu ex-chefe de gabinete Diogo Ferreira disseramque Marcelo Navarro foi nomeado para o STJ sob o compromisso de conceder liberdade a donos de empreiteiras presos na Operação Lava Jato, o que ele nega.
A nomeação de Lula passou a ser analisada a partir de uma gravação autorizada e divulgada pelo juiz Sérgio Moro de uma conversa com Dilma na véspera da posse. No diálogo, a presidente diz que enviaria a Lula um “termo de posse”, para ser usado só “em caso de necessidade”.
Investigadores suspeitam que o documento foi enviado às pressas, junto com a nomeação em edição extra do “Diário Oficial da União”, para evitar uma eventual prisão do ex-presidente pelo juiz Sérgio Moro. Essa suposta manobra é interpretada pelo procurador como crime de obstrução da Justiça.”
Fonte: http://g1.globo.com 03/05/16