quarta-feira, 24 de julho de 2019

A INTELIGÊNCIA ESTÁ NA DIFERENÇA



A INTELIGÊNCIA ESTÁ NA DIFERENÇA

Fernando Grostein Andrade (*)
 
“Dentro da lógica rapidíssima dos atuais 280 caracteres, das ferramentas de inteligência artificial que promovem posts polêmicos, além de notícias falsas, não há mesmo espaço para contradição, ambiguidade ou profundidade. O resultado é a perda da capacidade cognitiva coletiva da sociedade - afeita apenas a brigar, a erguer muros sem argumentos que os sustentem. 

O mundo mudou , mas o binômio direita e esquerda criado na Revolução Francesa, aliado à dinâmica das redes, continua esterilizando o pensamento multidimensional e gerando pensamentos iguais, em série – sem rosto. Está cada vez mais difícil diferenciar os robôs da internet dos robôs da vida real.

Muita gente ouve um “vá pra Cuba ou “fascista quando ousa quebrar a simplificação do absolutismo totalitário. A turma de Bolsonaro transformou qualquer crença no desenvolvimento econômico numa negação dos direitos civilizatórios conquistados no pós-guerra. A turma da esquerda também vai nessa toada. Ser de direita é sinônimo de ser bolsonarista, e ser de esquerda é ser petista – e quem não se encaixa nesse rótulos não tem vez.”   https://veja.abril.com.br/
 
(*) Fernando Grostein Andrade, 38 anos, é um cineasta, produtor, roteirista e diretor de fotografia. É conhecido pelos documentários Coração Vagabundo, com Caetano Veloso, e Quebrando o Tabu, com Fernando Henrique Cardoso, Bill Clinton e Jimmy Carter que discutem alternativas para a falha guerra as drogas. Este mesmo documentário foi posteriormente adaptado para audiências da Europa e Estados Unidos pelo produtor Richard Branson, que foi narrado por Morgan Freeman, denominado Breaking the Taboo. Fernando também é conhecido por seu excelente trabalho em publicidade, filmando mais de 100 campanhas para clientes como Coca-Cola, Mitsubishi Motors, Pfizer e Nestlé. Em 2009 fundou a Spray Filmes, localizada no bairro do Jardins, que produz filmes publicitários, documentários e filmes para entretenimento. Além disso, foi incubadora da empresa NWB, que gere grandes canais de internet, incluindo o maior canal de futebol do Facebook no Brasil, Desimpedidos. Recentemente Fernando dirigiu alguns dos episódios da série Carcereiros, em uma co-produção entre Spray Filmes, Globo e a produtora Gullane, que ganhou o MIPDrama Screenings 2017. Paralelo a série, o diretor também trabalha no documentário Vida de Carcereiro, que serviu de pesquisa e aprofundamento para o desenvolvimento da série. Abe, seu mais novo filme com Noah Schnapp e Seu Jorge no elenco, foi selecionado para o festival de Sundance de 2019. https://pt.wikipedia.org/
 

terça-feira, 23 de julho de 2019

JAIR CHOCA MESMO


Bolsonaro não é Obama, ele é Rambo!            Por Luciano Guimarães

JAIR CHOCA MESMO!

"Se você está chocado com a falta de refinamento de Jair Bolsonaro, melhor já ir se acostumando. Temos ainda três anos e dez meses de mandato pela frente e ele NÃO vai mudar. Jair Bolsonaro é sem meias palavras, sem polidez, fala o que pensa, não mede as palavras, é rude, grosso, tosco,  estabanado, grosseiro. E exatamente por isso foi eleito.
O jeito de Jair Bolsonaro não é surpresa para ninguém. Ou já se esqueceram dos embates com Bonner e Renata no Jornal Nacional, com Miriam Leitão na GloboNews, ou com Maria do Rosário ou Jean Wyllys no Congresso Nacional? Esse é Jair Bolsonaro...” www.adrianoroberto.blog.br/   18/03/19

BOLSONARismO: 20 ANOS NO PODER IDEOLOGIA E SECTARISMO


BOLSONARismO: 20 ANOS NO PODER
IDEOLOGIA E SECTARISMO
por Theodiano Bastos

A eleição presidencial de 2018, foi decidida pela ideologia e o sectarismo, pois os candidatos moderados foram fragorosamente derrotados no primeiro turno pelas seitas de Bolsonaro e de Lula; os fanáticos de Bolsonaro e os fanáticos de Lula e venceu Jair Messias Bolsonaro.

O esquema que está sendo montado com a prevalência dos militares, vai durar pelo menos 20 anos; quem viver, verá.  

O sectarismo, seja religioso ou político, é um dos piores males da humanidade: por denotar zelo ou apego exagerado a um ponto de vista; visão estreita, intolerante ou intransigente, que obscurece a razão e impede a autocrítica

“Odeio ideologia, sobretudo quando faz com que uma pessoa tente forçar a realidade a caber em sua visão” Karl Ove Knausgard

Este texto está no blog O PERISCÓPIO: theodianobastos.blogspot.com/ 

“Pensar sectariamente é fácil, pois reproduz exatamente o não pensar, o não reflexivo, a segurança imperfeita das redomas. Na política, o agir e o pensar sectário acabam fomentando o ódio, a xenofobia e a não política. É um problema vivenciado em todos os campos que acaba contribuindo para a desconstrução dos espaços de diálogo democrático.
É exatamente por isto que o pensar sectário não transforma o mundo, não permite uma real evolução social. Ao contrário, isola até mesmo potenciais teorias críticas ao abrir espaço para a reprodução de práticas e hábitos conservadores. As barreiras que são levantadas afastam o mais perigoso de todos os adversários do sectário, que o direito de pensar. Em universos dominados por leituras sectárias, aceitar a crítica ou a contribuição externa acaba derrubando hierarquias, modelos, formatos, falso inimigos, destitui poderes, rompe-se com o paraíso dominado pelos modelos de pensamentos preguiçosos.
Se no mundo concreto os maiores exemplos, mas não os únicos, de modos sectários de pensamento e organização são derivados do campo conservador, quando levamos este problema para o universo intelectual, a maior vítima sempre é a teoria crítica. Vejamos o nefasto impacto da escola soviética sobre o marxismo. Durante muito tempo foi impossível analisar o mundo com óculos diferentes dos utilizados brilhantemente por Karl Marx no século XIX. As formas de alienação do trabalho se modificaram ao longo dos anos, mas muitos pensadores ainda continuaram classificando apenas o operário fabril como proletário, isto em pleno século XXI.
Para alguns sectários, até os avanços construídos pela Escola de Frankfurt ou por Foucault eram vistos como perigosos. O feminismo, por exemplo, apesar da sua relevância e contribuição para uma efetiva mudança social, ainda é visto por muitos teóricos formados em paradigmas do passado, como um tema de segundo plano. Afinal de contas, dizem eles, o mais importante é a ruptura com o domínio do capital, pouco importando a discriminação de gênero diariamente executada contra as mulheres. O que dizer, então, das questões ambientais, do racismo, da homofobia e de outros tantos problemas sociais transversais? Até mesmo a tolerância religiosa volta ao plano quando confrontamos dogmas sociais do pensar sectário.
Portanto, se queremos realmente ver a sociedade evoluir, precisamos lutar contra o dogmatismo sectário, caso contrário, viveremos eternamente em uma sociedade que anda em círculos. https://sustentabilidadeedemocracia.wordpress.com/2017/07/08
O lulopetismo e bolsonarismo são na verdade seitas e não de partidos políticos, por isso seus seguidores são tão sectários, intolerantes, intransigentes, partidários ferrenhos, prosélitos, dotados de estreito espírito de seita.  

A cegueira é tamanha que um líder tosco, que faz a apologia da ignorância “Não precisei estudar mais que o quarto ano primário para ser presidente”,
seja reverenciado até pelas elites das universidades públicas, mesmo preso por . E que até hoje não contestou a grave acusação de Romeu Tuna Jr, em livro, que o acusa de ter sido informante da ditadura através do DOPS de São Paulo, com o codinome de “Barba”, entre outras graves acusações.

Mas as últimas pesquisas do Datafolha e do IBOPE informam que caiu de 30% para 7 ou 9% os brasileiros que ainda se declaram seguidores do PT e do lulopetismo, mostrando a decomposição da República Sindical, que será confirmada nas próximas eleições de 2016 e 2018.
O que é ideologia?
“Ideologia é um termo que possui diferentes significados. No senso comum significa ideal, e contém um conjunto de idéias, pensamentos, doutrinas ou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas.
Diversos autores utilizam o termo sob uma concepção crítica, considerando que ideologia pode ser considerado um instrumento de dominação que age por meio de convencimento; persuasão, e não da força física, alienando a consciência humana.
O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy e o conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.
No século XX, varias ideologias se destacaram: ideologia fascista implantada na Itália e Alemanha, principalmente, nas décadas de 1930 e 1940; a ideologia comunista implantada na Rússia e outros países, e visava a implantação de um sistema de igualdade social, ideologia democrática, surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e têm como ideal a participação dos cidadãos na vida política; ideologia capitalista surgiu na Europa e era ligada ao desenvolvimento da burguesia, visava o lucro e o acumulo de riqueza; ideologia conservadora que são idéias ligadas à manutenção dos valores morais e sociais da sociedade; ideologia anarquista, que defende a liberdade e a eliminação do estado e das formas de controle de poder e ideologia nacionalista, que exalta e valorização da cultura do próprio país.
Ideologia na Filosofia
Hegel abordou a ideologia como uma separação da consciência em relação a si própria. Marx utilizou essa concepção hegeliana para diferenciar dois usos diferentes do conceito de ideologia: um que expressa a ideologia como causadora da alienação do homem através da separação da consciência; e outra que contempla a ideologia como uma superestrutura composta por diversas representações que compõem a consciência.
Para Karl Marx, a ideologia mascara a realidade. Os pensadores adeptos dessa escola consideram a ideologia como uma idéia, discurso ou ação que mascara um objeto, mostrando apenas sua aparência e escondendo suas demais qualidades.
Ideologia na Sociologia
A sociologia descreve uma ideologia como uma associação de representações e idéias que um determinado grupo social produz a respeito do seu meio envolvente e da sua função nesse meio.
Existem ideologias políticas, religiosas, econômicas e jurídicas. Uma ideologia se distingue de uma ciência porque não tem como fundamento uma metodologia exata que seja capaz de comprovar essas idéias.
O grupo que defende uma ideologia frequentemente tenta convencer outras pessoas seguirem essa mesma ideologia. Assim, existem confrontos ideológicos e consequentemente ideologias dominantes (hegemônicas) e dominadas (subordinadas)”. Fonte: http://www.significados.com.br/
O que é o sectarismo ou fanatismo?
Segundo o dicionário Aurélio, fanático é aquele que segue cegamente uma doutrina ou partido, o termo não está ligado unicamente a doutrinas políticas ou religiosas, pois tudo aquilo que leva o indivíduo ao exagero é considerado como forma de fanatismo.
Uma pessoa pode ser fanática por amar exageradamente uma pessoa, objeto, time de futebol, etc., o erro mais comum das pessoas é o de designar fanatismo como sendo algo exclusivamente religioso e político. Muitas polêmicas surgem acerca desse tema, tendo em vista que pode gerar situações incômodas. Na maioria vezes o fanatismo pode fazer com que uma pessoa cometa atos insanos em nome de um ideal, de um amor, ou algo do gênero.
O fanático sofre discriminação por apresentar um exagerado interesse em algo que para muitos é insignificante, ou tem um significado mais comedido. As pessoas devem manter-se alertas, pois o fanatismo não se restringe à classe social, cor ou credulidade, todo mundo está sujeito a esse sentimento, é importante ter consciência de que tudo deve ser moderado, tudo em excesso não faz bem.

Fanatismo, Fagner (cantor)

“Minh' alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
pois que tu és já toda minha vida
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história, tantas vezes lida!
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
De uma boca divina, fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,                                       Que tu és como um deus: princípio e fim!...                                      Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é pouco,
diante do que sinto.”