“Assim como a violência está endurecendo os corações brasileiros, o câncer do ex-presidente Lula reacende um radicalismo insano, agressivo e burro” Diz Eliane Catanhedo.
“De um lado, o exército lulista querendo santificar Lula, como se ele não tivesse cometido erros, como se críticas não fossem legítimas e saudáveis e como se 80% de popularidade não bastassem. De outro, as milícias anti-lulistas enlouqueceram de vez, perderam a decência, a humanidade, a civilidade”.
Lula não é santo nem demônio. Tem uma biografia pujante, carisma, inteligência, o dom da comunicação. (veja nesse blog “ O Fenômeno Lula” Seu governo teve méritos e erros. Não adianta querer esconder nem que o Brasil incluiu milhões de pessoas e ele se tornou um líder de envergadura internacional, nem que ele demonstrou excesso de vaidade e vestiu uma armadura para proteger corruptos conhecidos - muitos investigados pela própria Polícia Federal que ele chefiava.
Mas o que importa, neste momento, é o homem Lula, que teve uma notícia assustadora, passa por um tratamento altamente doloroso e está numa fase de incertezas e, evidentemente, de medos.
Política é política, pessoas são pessoas. Não se pode contaminar com a política uma questão pessoal, de saúde, que exige respeito e solidariedade, no mínimo silêncio. A Lula, voto de melhoras e de muitos e muitos anos de vida.
Lula percorreu todo o arco da malversação do debate da saúde pública. Foi de vítima a denunciante, passou da denúncia à marquetagem oficialista e Melhor para ele.O câncer tem 10% de chances contra Luiz Inácio da Silva, mas 0% contra Lula. Do ponto de vista da opinião pública, a doença tende a reforçar o mito, como o tiro no peito transformou Getúlio Vargas de suspeito em herói - com todas as simplificações que isso implica. Nunca é bom subestimar a empatia do brasileiro por quem está perdendo, mas demonstra garra para virar o jogo.
Nesse cenário de mitificação renovada, quais as consequências da doença de Luiz Inácio para Dilma Rousseff e para o jogo político-eleitoral? Para ensaiar uma resposta, só fazendo suposições. Mas convém calçá-las em fatos.
Mitificação. Há vários nomes para esse exagero de doçura com que o eleitor avaliou o ex-presidente no último período de seu governo, um deles é mitificação: apesar dos ditos e feitos, nada de ruim cola na imagem presidencial. Foi nesse clima que Lula elegeu Dilma.O que desejar a Luiz Inácio (o ser humano)? Sucesso! Saúde! Que ganhe esta batalha. Que vença esta luta. Nesta, estamos juntos.
“Não mudo minha opinião sobre a personagem Lula. Maléfico ao Brasil. Destruiu uma expectativa de mudanças em nome de um poder sem limites. Um mitômano que mente até mesmo para si. Um paranóico que vê em adversários, inimigos. Um político que faz aliança com o capeta em nome de qualquer objetivo. Isto continuarei a afirmar”, conclui JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO no O Estado de São Paulo.
Bom de lábia,Lula, mestre do engodo e obcecado pela própria imagem, aproveitou-se muito bem da alienação de um povo despolitizado, pouco informado e insuficientemente educado, públicos que o governo capturou por meio dos instrumentos de poder: assistencialismo e variadas maneiras de distribuição de recursos públicos a setores específicos e promoveu a despolitização do povo brasileiro. Lula usou muito bem a técnica de comunicação dos pregadores evangélicos, sempre de microfone na mão andando de um lado para o outro, seja nos palanques ou nos palcos. O “gogó” sempre foi o seu forte.
Usou e abusou da propaganda subliminar, isto é, a saturação psicológica inconsciente, usada com imenso sucesso pelo fascismo e anestesiou a nação e promoveu, também, grave retrocesso ético, moral e de compostura. Enfim, Lula dilapidou os valores morais da nação. E, Mestre do engodo, anestesiou o povo. Lula fala para os pobres como se pobre fosse. Ilude os que lhe dão ouvidos. Comete todo e qualquer pecado para manter sua corte e garantir seu trono no reino da terra.Por isso o anúncio de que Lula tem câncer de laringe reavivou num estalar de dedos as reações insanas principalmente pela internet, uma espécie de selva sem lei em que, entre outras coisas, covardes se escondem atrás do anonimato para passarem por leões e onças ameaçadores.
“Se Lula tivesse sido um estadista na presidência, talvez não existisse tanta animosidade contra ele. Em vez de buscar conciliação, fez o contrário. Sempre que pode procurou acirrar os ânimos, jogando ricos contra pobres, norte contra sul, brasileiros de olhos azuis contra os de olhos castanhos, e por aí vai. Coisa de quem não superou seus próprios recalques. Seu partido, visto por ele, claro, era puro, não compactuava com a corrupção, etc. Hoje, os fatos o desmentem com sobra. A doença de Lula não deveria servir para esse tipo de "vendeta", pois todos estamos sujeitos a adoecer, e a compaixão deve pre[vale]cer sempre. Como político Lula me decepcionou enormemente, apenas isso. No entanto, muitas pessoas não vêem as coisas assim. Espero que o Lula que emergirá desta sua luta seja um outro Lula, mais humilde, menos egocêntrico e, se possível, conciliador”, diz Tarcisog na internet.
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os textos: “LULA É UM MITO, UMA ILUSÃO COLETIVA”, “OS LÍDERES MESSIÂNICOS”, “O FENÔMENO LULA” , “LEGADOS DA REPÚBLICA SINDICAL” e “REFORMAS: LULA E FHC FALHARAM”