terça-feira, 8 de abril de 2025
segunda-feira, 7 de abril de 2025
Tarifaço de Trump faz mercado dos EUA perder US$ 7,4 trilhões em dois dias
Por THEODIANO BASTOS
Desde o anúncio de tarifas na quarta-feira, os
índices Dow Jones, Nasdaq e S&P caíram 9%, 11% e 15%, respectivamente
As bolsas americanas perderam 6,2 trilhões
de dólares desde o dia 02 de abril, quando o presidente Donald Trump
assinou a ordem executiva que impôs tarifas recíprocas de, pelo menos, 10%
sobre as importações dos demais países – incluindo o Brasil, cujas mercadorias
foram taxadas em 10%.
As bolsas de valores dos Estados Unidos perderam,
somadas, o equivalente a 7,4 trilhões de dólares apenas nos últimos dois dias,
desde o “Dia da Libertação” de Donald Trump: o nome dado pelo presidente para o
anúncio do seu aguardado pacote global de tarifas que fez na quarta-feira 2.
Desde a posse de Trump, em 20 de janeiro, as ações norte-americanas viram sumir
9,8 trilhões de seu valor de mercado...
Ricaços perdem meio trilhão de
dólares com “sangria” nas bolsas – um escapa: Buffett
Escalada de
guerra comercial dos EUA desencadeia queda global e prejuízos históricos a
megainvestidores, principalmente aos mais ligados a Trump
Segundo o Bloomberg Billionaires Index, os 500
indivíduos mais ricos do mundo perderam um total de US$ 536 bilhões apenas nos
dois primeiros dias após o anúncio — a maior perda em dois dias já registrada
pelo índice, ainda antes das perdas
acelerarem nesta segunda-feira (7/4).
'Tarifaço'
de Trump causa risco de recessão mundial, alerta professor
Lucas Ferraz, professor da FGV, em comentário realizado na edição de estreia do
Mercado Aberto desta segunda-feira (7), no Canal UOL
O grande risco que todos acabam correndo
é de termos uma recessão mundial. E isso vai depender muito da reação dos
outros países. A China já anunciou uma retaliação, 'tête-à-tête' de 34%, que
foi o imposto anunciado dos Estados Unidos contra as exportações chinesas,
somando-se aos 20% que já havia sido colocado.
A União Europeia também anunciou a
retaliação. É possível que tenhamos desvios de comércio. Então isso tudo vai
depender da escalada dessa guerra-
SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/economia/bolsas-de-wall-street-perdem-us-6-trilhoes-em-dois-dias-apos-tarifaco/ https://economia.uol.com.br/ E https://oglobo.globo.com/economia/financas/noticia/2025/04/04/tarifaco-de-trump-faz-mercados-dos-eua-perder-us-74-trilhoes-em-dois-dias.ghtml
domingo, 6 de abril de 2025
O sistema que impede Veneza de afundar há mais de 1.600 anos
Engenheiros antigos geniais criaram um sistema que mantém Veneza em pé há mais de 1,6 mil anos, usando madeira
Anna Bressanin:
Todos os moradores locais sabem que Veneza, na
Itália, é uma floresta de cabeça
para baixo.
A cidade completou 1.604 anos no dia 25 de março. Ela
foi construída sobre as fundações de milhões de estacas curtas de
madeira, socadas
contra o solo com a ponta para baixo.
As árvores são lariços, carvalhos, amieiros,
pinheiros, abetos e elmos, com altura que varia de 3,5
metros até menos de 1 metro. Elas sustentam os palácios de pedra e altos
campanários há séculos, formando uma verdadeira maravilha da engenharia, que
equilibra as forças da física e da natureza.
Na maioria das estruturas modernas, concreto
reforçado e aço fazem o mesmo trabalho que esta floresta invertida mantém há
séculos. Mas, apesar da sua força, poucas fundações atuais poderão durar tanto
quanto as de Veneza.
"Estacas de concreto ou aço são projetadas hoje em dia [com garantia para durar] 50 anos", afirma o professor de geomecânica e engenharia de geossistemas Alexander Puzrin, do Instituto Federal de Tecnologia (ETH) de Zurique, na Suíça.
Os edifícios de Veneza sustentam-se sobre estacas de
madeira cravadas no solo por meio de um processo chamado fundação por
fricção. Esse método consiste em fixar as estacas no solo por atrito, sem
atingir o leito rochoso.
Para tentar conter as inundações, foi criado um
projeto chamado Mose. Trata-se de um conjunto de mais de 70 barreiras
instaladas no fundo do mar e que circundam a cidade, cada uma pesando 200
toneladas.
FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c62jddelw0ko https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=lDvP7OHUJRo
FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c62jddelw0ko E https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=lDvP7OHUJRo - https://www.google.com/search?q=veneza+como+os+predios+se+sustentam+sobre+estacas&oq=veneza+como+os+predios+se+sustentam+sobre+estacas&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIHCAEQIRigAdIBCTIwODE0ajBqN6gCALACAA&sourceid=chrome&ie=UTF-8
sábado, 5 de abril de 2025
ADOLESCENTE, O PERIGO NVISIVEL DAS REDES SOCIAIS
Por THEODIANO BASTOS
Um estudo da
Universidade de Oxford, publicado em 2024, revelou que adolescentes que passam
mais de três horas por dia nas redes têm 60% mais chances de desenvolver
depressão
Como acompanhar o que os filhos fazem nas
redes sociais? Especialistas dão dicas
Minissérie 'Adolescência' acentuou preocupação dos
pais com o conteúdo que os menores consomem online
Nos últimos anos, as redes sociais — a face mais
onipresente e insidiosa da tecnologia no cotidiano dos jovens — passaram de
entretenimento inofensivo a influenciadoras silenciosas do comportamento
adolescente. A série “Adolescência”, da Netflix, acende um alerta importante
sobre esse impacto: a cultura digital está reconfigurando a formação emocional
e psicológica de uma geração inteira. E escancara um problema que governos e
big techs preferem ignorar: o ambiente online, sem mediação ou regulação, pode
ser profundamente nocivo para crianças e adolescentes.
Como mãe de
dois adolescentes, assisti à série com um nó na garganta. A trama, que envolve
um garoto de 13 anos acusado de um assassinato brutal — potencialmente
influenciado por ideologias misóginas encontradas na internet —, reflete o
pesadelo moderno que muitas famílias enfrentam. O acesso irrestrito a conteúdos
tóxicos, a normalização da violência e a construção de comunidades extremistas
nos cantos escuros da internet não são mais possibilidades distópicas. São
realidades cotidianas.
A adolescência hackeada
A adolescência já é, por natureza, uma fase de
intensa transformação: física, emocional e social. O cérebro ainda está em
formação, a identidade busca se afirmar e o pertencimento a grupos se torna
vital. Justamente nesse momento de extrema maleabilidade, operam algoritmos
desenhados para capturar atenção e manipular comportamento — muitas vezes sem
qualquer critério de segurança.
A velocidade com que novas redes sociais, jogos e aplicativos surgem torna árdua para os responsáveis a tarefa de monitorar o que os adolescentes estão vendo e escrevendo quando estão com o celular em mãos. E há de se admitir: na maioria das vezes, os pequenos têm muito mais domínio das ferramentas digitais, criando uma certa barreira entre os adultos. Os perigos das telas vão desde cyberbullyi...
SAIBA MAIS EM: https://forbes.com.br/forbes-tech/2025/04/adolescencia-o-perigo-invisivel-das-redes-sociais-para-os-jovens/ E https://veja.abril.com.br/comportamento/como-acompanhar-o-que-os-filhos-fazem-nas-redes-sociais-especialistas-dao-dicas/
quinta-feira, 3 de abril de 2025
TARIFAÇO DE TRUMP NÃO TEM METODOLOGIA E IMPÕE TARIFAS A ILHAS HABITADAS POR PINGUINS
Por THEODIANO BASTOS
“DIA DA RUÍNA”: Tarifas irracionais de Trunp causarão estragos na economia global, publica o Estadão. Ucrânia 10% e Rússia 0. Pode uma barbaridade dessa?
Ridicularizada por impor tarifas comerciais a ilhas
congeladas habitadas em grande parte por pinguins, a fórmula de Donald Trump
para calcular essas taxas tem um lado sério: ela também está atingindo mais
duramente algumas das nações mais pobres do mundo.
A matemática é simples: pegue o déficit comercial de
mercadorias dos EUA com um país, divida-o pelas exportações desse país para os
EUA e transforme-o em um valor percentual; em seguida, corte esse valor pela
metade para produzir a tarifa “recíproca” dos EUA, com um piso de 10%.
Foi assim que o território vulcânico australiano da
Ilha Heard e as Ilhas McDonald, na Antártida, acabaram com uma tarifa de 10%. E
ainda pode-se dizer que os pinguins se deram bem.
Mas Madagascar — uma das nações mais pobres do mundo,
com um Produto Interno Bruto (PIB) per capita de pouco mais de US$ 500 –, por
outro lado, enfrenta uma tarifa de 47% sobre os modestos US$ 733 milhões de
exportações de baunilha, metais e vestuário que fez com os EUA no ano passado.
Saint Pierre e Miquelon, Lesoto 50%, Camboja
49% e por aí vai
“Presumivelmente, ninguém está comprando Teslas lá”,
disse John Denton, chefe da Câmara de Comércio Internacional (ICC), à Reuters,
em uma referência irônica à improbabilidade de Madagascar conseguir aplacar
Trump comprando produtos norte-americanos sofisticados.
Madagascar não está sozinho. A rispidez da fórmula
aplicada a economias que não podem se dar ao luxo de importar muito dos EUA
inevitavelmente leva a uma alta taxa recíproca: 50% para Lesoto, no sul da
África, 49% para o Camboja, no sudeste da Ásia.
“Os maiores perdedores são a África e o Sudeste
Asiático”, disse Denton, acrescentando que a medida “corre o risco de
prejudicar ainda mais as perspectivas de desenvolvimento de países que já
enfrentam uma piora nos termos de comércio”.
Economistas de todo o mundo, no entanto,
apressaram-se em apontar que os termos se cancelavam de tal forma que poderiam
ser reduzidos a um simples quociente entre o déficit do comércio de mercadorias
e as exportações do comércio de mercadorias.
“Não há realmente nenhuma metodologia”, disse Mary
Lovely, membro sênior do Peterson Institute. “É como descobrir que você tem
câncer e descobrir que a medicação é baseada no seu peso dividido pela sua
idade. A palavra ‘recíproco’ é profundamente enganosa.”
Robert Kahn, diretor administrativo de macroeconomia
global da consultoria Eurasia Group, concordou que o anúncio produziu “muitos
desses números sem sentido que não são relevantes”.
“Isso envia um sinal (…) de que estamos nos afastando
de nossos relacionamentos e alianças com eles e é uma ducha de água fria para
muitos de nossos aliados tradicionais”, disse ele à Reuters.
SAIBA MAIS EM: https://istoe.com.br/tarifaco-de-trump-nao-tem-metodologia-e-pune-mais-paises-pobres/
- https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/tarifaco-veja-a-lista-de-paises-taxados-por-trump/
E https://www.estadao.com.br/economia/the-economist-dia-da-ruina-tarifas-irracionais-trump/
quarta-feira, 2 de abril de 2025
TRUMP ANUNCIA O TARIFAÇO
Por THEODIANO BASTOS
O presidente Donald Trump, anunciou nesta
quarta-feira (2/4), que os Estados Unidos irá introduzir "tarifas
recíprocas" aos países que fazem comércio com os americanos.
Pacote
de Trump terá um efeito geopolítico de rearranjo econômico China, Japão e Coreia do Sul já falam em atuação conjunta, superando
problemas políticos históricos
No anúncio, o presidente disse que vai impor tarifas
de 10% sobre os produtos brasileiros, o mesmo que o Brasil cobra dos
americanos, segundo Trump.
Ainda não está claro como isso será aplicado na gama
de bens brasileiros exportados aos EUA.
Entre os principais produtos exportados pelo Brasil
aos Estados Unidos em 2024 estão petróleo, ferro e aço, aeronaves, café, carne
bovina e açúcar, conforme levantamento da XP Investimentos, com base em dados
do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
"Isso quer dizer que, o que fazem conosco,
faremos como eles", disse Trump.
As tarifas passam a valer a partir da 0h de
quinta-feira (3/4), disse Trump.
O presidente também confirmou o início da cobrança de
uma tarifa
de 25% sobre todos os carros estrangeiros, uma taxa que deve afetar
principalmente o México.
Ele repetiu que esta quarta é "Dia da Libertação
da América" e afirmou que as tarifas visam corrigir o que considera um
comércio "injusto" com outros países — um argumento apoiado por
algumas indústrias dos EUA.
Estavam na Casa Branca durante o anúncio
trabalhadores da indústria siderúrgica e automotiva.
O presidente disse no anúncio que nações
"ficaram ricas às custas" dos EUA, por cobrarem mais taxas do que os
americanos cobram deles
"Por décadas, nosso país tem sido roubado e
explorado por outros países, próximos e distantes, amigos e inimigos",
declarou Trump, elencando efeitos nas indústrias de carro e siderúrgica.
"Roubaram nossos empregos", disse Trump,
prometendo que as vagas de trabalho voltaram ao país.
Trump já havia anunciado o aumento de impostos sobre
importações da China, Canadá e México, além de tarifas sobre aço e alumínio
— que tiveram impacto na
indústria brasileira.
Impostos mais altos
sobre carros também devem entrar em vigor esta semana.
SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/trump-confirma-tarifa-reciproca-de-10-para-o-brasil/ - https://www.bbc.com/portuguese/articles/cpq7dnyjj3vo
E https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/04/02/hoje-e-o-dia-da-libertacao-diz-trump-ao-iniciar-discurso-de-anuncio-de-tarifas-reciprocas.ghtml
LULA É DESAPROVADO POR 56%
Por THEODIANO BASTOS
As pesquisas ds
institutos de pesquisas Ipec,
Ipespe, Datafolha e Quaest desta semana mostram a desaprovação do governo
Lula. No Quaest a Desaprovação do
governo Lula sobe sete pontos e chega a 56%
O Quaest, por exemplo, mostra a
desaprovação do governo Lula sobe mesmo depois de anúncio de medidas positivas
O
aumento na desaprovação do governo Lula, retratado
na pesquisa Quaest desta quarta-feira (2/4), mostra um sinal de que a
população está mais insatisfeita do que o imaginado.
O resultado negativo vem em um período em
que o Executivo fez todo um esforço de comunicação: o presidente Lula passou a
falar mais e novas medidas foram lançadas oficialmente, como a isenção
do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e o crédito
consignado do trabalhador.
Segundo interlocutores do presidente, é
preciso modular o discurso presidencial. O resultado preocupa a equipe do
petista, porque a população diz que a economia está pior, mesmo que continue
crescendo.
O preço dos alimentos, por exemplo, segue
como uma queixa forte do eleitorado. Além disso, há mais pessimismo na
busca de uma vaga de trabalho em um período em que o desemprego
está baixo.
"Tudo isso reflete um mal-estar da
população com o presidente e com o governo, vai além dos problemas diários
enfrentados pela população. Mostra um sentimento de insatisfação com o
desempenho do presidente da República, que precisa ser revertido com mudança no
tom do discurso e intensificando a agenda positiva", analisa um
interlocutor do presidente Lula dentro do Congresso Nacional.
O trabalho realizado pelo governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é desaprovado por mais
da metade dos brasileiros, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada
nesta quarta-feira (2).
O levantamento mostra que 56% desaprovam
a terceira administração do petista, enquanto 41% aprovam. Não sabem
ou não responderam são 3%.
Ministros
de Lula admitem que reprovação em alta preocupa e culpam preço dos alimentos
SAIBA MAIS EM: https://g1.globo.com/politica/blog/valdo-cruz/post/2025/04/02/quest-desaprovacao-do-governo-lula-sobe-mesmo-depois-de-anuncio-de-medidas-positivas.ghtml
E https://www.cnnbrasil.com.br/politica/quaest-desaprovacao-do-governo-lula-sobe-sete-pontos-e-chega-a-56/