Por THEODIANO BASTOS
Entrevista a VEJA: ‘São sucessivos abusos’, diz
Eduardo Bolsonaro sobre Moraes
Deputado
afirma que ministro pratica jogo de cartas marcadas contra seu pai e fala pela
primeira vez de forma explícita em concorrer ao Planalto
"Se for missão de meu pai eu aceito"
Em meio a mais uma crise institucional que envolve o
Supremo Tribunal Federal e a base de apoio ao ex-presidente, que é o réu
principal do julgamento em curso por tentativa de golpe, um dos personagens centrais
do embate, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), resolveu partir para o
ataque. Alvo de investigação da Procuradoria-Geral da República por suposta
articulação de sanções internacionais por suposta articulação de sanções
internacionais contra o ministro Alexandre de Moraes, o parlamentar deu uma
entrevista exclusiva a VEJA em Dallas, nos Estados Unidos, onde tem vivido os
últimos meses — longe do Congresso Nacional, mas no centro de articulações
políticas e diplomáticas que acendem alertas em Brasília.
A entrevista, que aconteceu num escritório de
advocacia de um amigo do deputado, ocorre num momento de ebulição.
A tensão entre bolsonaristas e o STF atingiu um novo
patamar após a revelação de que o filho do ex-presidente tem atuado, nos
bastidores, para que o governo Donald Trump adote sanções formais contra
Moraes, incluindo restrições de entrada nos Estados Unidos e bloqueio de
movimentações financeiras do escritório de sua mulher, Viviane. Na última
quarta-feira, 28, tomou forma um ato nessa direção: o secretário de Estado dos
Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou uma nova política de visto que tem como
alvo estrangeiros que censuram americanos, mas sem citar Moraes. Há alguns
dias, no entanto, Rubio havia dito durante audiência na Câmara americana que o
ministro poderia ser alvo de sanções.
Durante a conversa com a reportagem de VEJA, Eduardo
não apenas defendeu sua atuação como legítima, como também dobrou a aposta:
disse que Alexandre de Moraes se comporta como “um tirano”, que há pers... que
há perseguição política em curso no Brasil e que as instituições precisam de
uma “descontaminação”. Foi além: sugeriu que sua saída do Brasil se deu por
razões de segurança pessoal e de liberdade e de liberdade política, uma
justificativa que, para os críticos, escancara a desconfiança cada vez mais
aberta do clã Bolsonaro em relação às instituições brasileiras.
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