quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

TUTELA MILITAR, RISCO EM CASO DE CRISE



HÁ GENERAIS em excesso no governo — e qual seria o número ideal de generais no governo? A média das administrações de Sarney para cá? A média mundial? O que é pior: general A, B ou C ou os ministros Geddel, Palocci ou Erenice? Questiona J.R. Guzzo em Veja edição 2.618 pág. 98


42 militares no governo

O general do Exército João Carlos Jesus Corrêa é o novo presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).



Além dos sete ministros egressos das Forças Armadas, o governo do presidente Jair Bolsonaro tem ampliado a presença de militares no segundo e terceiro escalões. Levantamento do GLOBO com base no diários oficiais e nos sites dos ministérios aponta um total de 41 cargos já ocupados, incluindo os ministros. São posições-chave de diferentes setores, a começar pela Defesa, mas passam também pelas áreas de infraestrutura, radiodifusão e esporte. 

No segundo escalão, pelo menos 15 deles estão no cargo de secretário e alguns podem substituir titulares em pastas como Defesa, Cidadania e Segurança. A pasta com mais militares é a do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo general Augusto Heleno. No total, são 16 cargos. Há pelo menos três generais, seis coronéis, um tenente-coronel, dois majores, dois capitães, um brigadeiro e um contra-almirante.
A reportagem procurou a Secretaria de Comunicação da Presidência e o Ministério da Defesa para saber a razão da ocupação dos cargos por militares, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição. (colaborou Tiago Aguiar) https://oglobo.globo.com/ 20/01/19
 
Já o Congresso em Foco contou 32 militares no governo.
“São sete ministros, vinte secretários ou chefes de gabinete (espalhados por dez pastas) e três em cargos de comando em estatais – Itaipu, Funai e a Petrobras, que tem um militar à frente do Conselho de Administração -, além do vice-presidente Hamilton Mourão e do general Otávio Santana do Rêgo Barros, que já atua como porta-voz do governo.”

O ex-ministro da Defesa Joaquim Silva e Luna foi indicado, na última quinta-feira (17), para assumir a presidência da Itaipu Binacional. General da Reserva do Exército, Silva e Luna é mais um militar presente entre o primeiro e o segundo escalões do governo federal, que já têm, juntos, mais de 30 integrantes saídos das Forças Armadas.      
                                                                                                               
Tendo o Gal. Hamilton Mourão (Antônio Hamilton Martins Mourão) como vice residente, para o bem ou para o mal, Bolsonaro tem em seu governo mais militares que os generais - presidentes do regime militar 
 
O Ex comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, passou a integrar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência.

O general da reserva Franklimberg de Freitas é indicado para chefiar a Funai.
O ex-comandante da Marinha almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras.
O almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, anunciado hoje (30) para o futuro comando do Ministério de Minas e Energia, é o sétimo nome militar para equipe ministerial do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro. Até agora, 20 ministros já foram definidos por Bolsonaro. O próximo governo deverá ter 22 ministérios, sete a menos em relação aos atuais.


Bento Albuquerque é o único da Marinha. O Exército será representado por três generais: Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que assumirá como ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Fernando Azevedo e Silva, na Defesa; e Carlos Alberto Santos Cruz, que vai ser secretário de Governo.

O almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior é o sexto nome de militar a compor o ministério de Jair Bolsonaro - Ministério da Defesa/Divulgação 

A Aeronáutica será representada pelo tenente-coronel Marcos Pontes, indicado para o Ministério de Ciência e Tecnologia. Oficial da reserva, ficou conhecido por ter sido o primeiro astronauta brasileiro, enviado para o espaço, em 2006, em uma parceria do governo brasileiro com a Nasa, a agência espacial norte-americana.




Formação militar 

Para o Ministério da Infraestrutura, foi confirmado Tarcísio Gomes de Freitas. Ele iniciou a carreira no Exército, mas acabou ingressando, por concurso, no quadro de auditores da Controladoria-Geral da União (CGU). É formado em engenharia civil pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e atuou como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão de Paz no Haiti. Gomes Freitas comandará os setores de transporte aéreo, terrestre e aquaviário, além dos projetos de melhoria da logística do país. Ele é ex-diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura Transporte (Dnit).
Há ainda o atual ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, que já foi capitão do Exército, e permanecerá no cargo no futuro governo.

Comandos

O general Fernando Azevedo e Silva, que assumirá a Defesa, anunciou no último dia 21, os nomes dos próximos comandantes das Forças Armadas.

O novo comandante do Exército será o general de Exército Edson Leal Pujol; o chefe da Marinha será o almirante de esquadra Ilques Barbosa Júnior (atual chefe do Estado-Maior da Armada) e o da Aeronáutica, o tenente brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez.
Gal. Otávio Santana do Rêgo Barros, Porta – Voz.
Bolsonaro manteve a tradição das Forças Armadas de escolher os oficiais mais antigos da ativa em suas forças.                                            Fontes: https://congressoemfoco.uol.com.br/http://agenciabrasil.ebc.com.br/, Istoé, O Globo e Estadão

Um comentário:

  1. Rubens Pontes: Muitas interrogações. Algumas inquietações. O voto colocado nas urnas pela maioria dos brasileiros expressa desejo de mudança. A pergunta que não quer calar: que mudança?

    ResponderExcluir