sábado, 13 de outubro de 2018

O BRASIL NUMA ENCRUZILHADA


BRASIL, O POVO ESTÁ MANIPULADO
Por Luiz Cláudio Sobreira (*)

"Nunca achei que fosse presenciar um momento tão turbulento. Sobretudo, nunca me ocorreu que pessoas tão inteligentes, tão instruídas, pudessem defender ideias tão flácidas. Nunca pensei que pudessem se dobrar, com tanta maleabilidade, às manobras infaustas da mídia. Ingenuamente, não achava possível que o ser humano fosse tão manipulável. A razão curva-se à emoção com muita facilidade, e mesmo as mentes supostamente pensantes fracassam na análise lógica acerca da veracidade das informações que são passadas e repassadas automaticamente.

Texto alt automático indisponível.publicado por Josias de Souza em sua página. 
Fomos nos encolhendo para caber em caixas: esquerda e direita. E perdemos o discernimento de coisas antes mais importantes do que essa simples categorização.
Digo isso porque apesar de me parecer mais que óbvio que um partido que institucionalizou o crime e a corrupção como forma de governo não deveria voltar ocupar o cargo de chefe do executivo, essa lógica foi subvertida!
Prova maior de que se trata de uma maniqueísta lavagem cerebral, é que embora poucos consigam defender o PT per se, ainda há muitos que justificam o voto no 13 em razão dos defeitos do adversário. Tal conduta só pode ser explicada (justificada, jamais!) em razão do sensacionalismo, da manipulação pérfida do senso de proporção de prioridades.
Embora Jair Bolsonaro tenha, sim, dado declarações de caráter discriminatório, tal fato JAMAIS, numa sociedade não manipulada, poderia ser considerado pior que o desvio indiscriminado de verbas públicas (dentre vários outros crimes).
Digo isso porque embora ambos sejam problemas que merecem, sim, nossa atenção, um deles afeta a sociedade indiscriminadamente. Somos uma nação, não um apanhado de grupos.
A apropriação inescrupulosa das verbas públicas é adubo para a proliferação de nossas maiores mazelas. Quanto maior a pobreza e carência de serviços básicos, maior é o adoecimento da sociedade.
O Brasil fertilizado pelo PT em mais de uma década, é o que morre nas portas de hospitais sem atendimento digno. Que dorme em fila pra conseguir um lugar para filho em uma escola pública mambembe, que mais deseduca que ensina. Que pega 4 conduções por dia, e já chega suado tendo matado 10 leões só pra começar a trabalhar. Que chora porque o filho entrou para o crime. Que chora porque a vida já vale muito pouco diante de tanta desgraça.
Foi justamente vendo o enaltecimento e a desmoralização do Nordeste diante do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais que me dei conta do quão adoecida está nossa sociedade. O estado é terminal.
O Nordeste não tem culpa de votar no PT, mas também não deve ser alçado à posição de herói da resistência.
Quando se tem pouca (ou nenhuma) comida no prato; quando educação é um sonho distante; quando morre gente como se fosse bicho; vota-se em quem maquiavelicamente se fantasiou de salvador. Quem critica isso, perdeu a humanidade. Tá certo que nós, do alto de nossas confortáveis condições, não temos noção do que é ver um filho amadurecendo rápido demais, porque assim a vida impõe. Não temos ideia do que é ter filho que escuta “hoje não tem comida, não” sem fazer manha, porque já não é a primeira vez que lida com isso. Não sabemos o que é lidar diuturnamente com a falta total de expectativa de uma vida digna. Mas temos a obrigação de ter o mínimo de empatia.

Perdemos o senso do ridículo quando transformamos a tragédia alheia em frase de efeito, em hashtags, em memes. Direitistas e esquerdistas desse naipe: quanta vergonha eu sinto de vocês!
Infelizmente, essa é só a pontinha do iceberg do que vemos nessas eleições.
Sem nenhum espanto me deparo com a esquerda petista, mais uma vez, se apoderando do monopólio de toda bondade da humanidade, dando “lição de moral” em qualquer um que resista à ideia da perpetuação de sua gestão.
Xingam-nos de fascistas e, do alto de suas soberbas (principalmente moral e intelectual), dão por encerrado o diálogo. Quando muito, afiançam suas (su)posições na falaciosa chance de o Brasil mergulhar em uma ditadura militar, onde principalmente os gays seriam perseguidos.
Não vi nenhuma declaração antidemocrática do candidato da direita. Nenhuma.
Mas vi o PT despudoradamente falar à imprensa que tomaria o poder à força, ressalvando ainda que isso é muito diferente de ganhar uma eleição. Vi esse mesmo partido pregando uma reforma do sistema de justiça, com o cerceamento do poder investigativo do Ministério Público. Assistimos, uns em choque e outros alienada ou apaticamente, ao Partido dos Trabalhadores louvando a ditadura venezuelana e cubana – mais do que isso, transferindo para lá a verba pública brasileira, enquanto a nossa sociedade agonizava sem o básico.
E se a questão para optarem pelo 13 em detrimento do 17, como colocam muitos, é de cunho MORAL, se tem a ver com a máxima “machistas, homofóbicos e fascistas não passarão”, UFA, ENTÃO AINDA HÁ ESPERANÇA, porque Lula, o real candidato às eleições presidenciais, se sai pior que Bolsonaro nesse quesito. Vejamos as declarações desse senhor à imprensa:

“Uma mulher não pode ser submissa ao homem por causa de um prato de comida. Tem que ser submissa porque gosta dele.”
“Veja, eu não tenho preconceito não, o cara a que chamam de homossexual no nosso meio a gente chama de veado, mesmo. Eu sou contra isso (homossexualidade), e não sei se é uma questão psicológica ou o tipo de berço que a pessoa teve. E quem sabe nós sejamos os culpados dessas pessoas serem assim, tem que entender como elas são, e embora eu não concorde com isso acho que têm o direito de existir, o direito de agirem da forma que julguem melhor, mesmo por que minha opinião a culpa é da sociedade e não delas.”
“Feminismo? Eu acho que é coisa de quem não tem o que fazer.”
“O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer.”
“Ela estava dizendo pra mim e para o Guilherme Cassel: “Nossa, como os pobres daqui [do Rio Grande do Sul] são bonitos!”. É verdade, é verdade. Qualquer nordestino que venha para cá, ele vê uma diferença enorme, mesmo em se tratando de pessoas pobres, entre as pessoas do Sul, do Sudeste, com as pessoas do Norte e do Nordeste.”
Repito: TODAS ESSAS FRASES FORAM DITAS POR LULA.
Então, se você pretende votar no PT exclusivamente porque não quer alçar ao cargo de chefe do poder executivo um homem misógino, homofóbico, machista e fascista, e se você acha que Bolsonaro é tudo isso, é obrigado a reconhecer que seu concorrente também o é, em igual medida. E sendo assim, o critério de desempate tem que ser outro.

Se mesmo assim você não se convence e pretende perpetuar a gestão petista, realmente, a divergência entre nós não é política, mas sim moral. Que bom, respiro aliviada.
Nosso cobertor é pequeno. Não é novidade, somos brasileiros. Entre um país inteiro saqueado, e uma parcela (não sem razão) muito ofendida, temos que resolver primeiro o problema da maioria.
A maior parte do arrebatador número de brasileiros que no domingo passado apertou o número 17 e confirmou o voto em Bolsonaro nas urnas, não o fez porque “quer matar viado”, “quer ver pobre se f*der” ou “preto sendo escorraçado”.
Somos seres humanos. Somos plurais. Somos muitos. Não podemos falar, nunca, em nome de todos. Há gente cruel, gente ignorante, gente ruim por dentro, sim. Mas, aviso aos navegantes: Bolsonaro não criou esses seres em laboratórios. Eles já existiam, já circulavam por aí.
“-ah, mas agora eles se sentem livres pra expressar seus ódios”. Ah, tá, entendi. Antes, nesse nosso país organizadíssimo, onde não imperava a impunidade, os preconceituosos se sentiam extremamente constrangidos em destilar seus venenos e cometer seus crimes, não é mesmo? ACORDEM! Ontem mesmo vocês estavam noticiando que o Brasil era o país que mais matava gays no mundo. E quem estava no poder há mais de uma década?
Contra posturas discriminatórias, se quisermos, podemos ter voz. Contra o assalto massivo e reiterado aos cofres públicos, não. Estamos há anos assistindo calados, como cordeiros, nosso dinheiro ser levado embora nas esbórnias desses políticos nojentos. E o que fizemos? Nada. A lava jato prendeu alguns dos canalhas? Sim. Mas e a quase infinita verba desviada, está de volta aos cofres públicos? Pois é.
Vejam bem: os problemas - assim como tudo na vida - podem (e devem) ser categorizados, sim, em ordem de grandeza e prioridade. É isso mesmo. Vou repetir: o Brasil tem problemas demais. E não há um herói perfeito para salvar-nos de todas essas mazelas. Então, sim, temos que eleger prioridades.
Sabe o que eu chamo de prioridade? Fazer esse país funcionar de verdade, com o mínimo de assistencialismo possível. Capacitando pessoas. Dando a elas o que lhes é de direito.
O Brasil foi espancado. Estuprado. Mexeram com a cabeça dos Brasileiros. 41,8% de nós, ainda sofre da Síndrome de Estocolmo.
Precisamos nos reerguer agora. Precisamos olhar para a maioria do povo brasileiro.
O PT usurpou muito mais do que nosso suado dinheiro de impostos. Flagelou a dignidade do nosso país - física e moralmente falando.
Precisamos honrar a nossa bandeira: ordem e progresso. Acho que é um bom começo né? Então, pra ordenar essa baderna, a primeira coisa que somos OBRIGADOS a fazer é nos negarmos a devolver o Brasil aos nossos maiores algozes.
Nada é mais importante do que isso, nesse momento."                              O texto foi repassado
(*) Luiz Cláudio Sobreira é advogado no Espírito Santo

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