Por THEODIANO BASTOS
Estando
no poder, Bolsonaro pediu que
o advogado Frederick
Wassef apresentasse em nome do presidente Jair Bolsonaro uma petição
na qual pede que seja revista a decisão da Justiça de não autorizar a quebra
dos sigilos telefônicos dos advogados de Adélio
Bispo, autor da facada contra o então candidato em setembro de 2018.
Na ação judicial,
Wassef lista elementos que na sua avaliação colocam suspeição sobre os
advogados, como:
- “(1) um renomado escritório de
advocacia é contratado para defender investigado de baixa renda;
- (2) a contratação do escritório não
ocorre a título pro bono;
- (3) a contratação do escritório
ocorre sem conhecimento do investigado;
- (4) a contratação do escritório não
ocorre por solicitação do investigado; e
- (5) a contratação do escritório não
ocorre por solicitação de familiares ou amigos do investigado.”
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De acordo com ele, há no curso da
investigação elementos que mostram “circunstâncias atípicas” em relação a
Adélio.
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“Ao longo da apuração envidada
nos IPLs n° 0475/2018 e n° 0503/2018, a Autoridade Policial Federal colheu uma
série de documentos e depoimentos que permitem deduzir circunstâncias atípicas
a respeito (A) das finanças do Sr. Adélio Bispo de Oliveira e (B) do processo
de contratação da prestigiada banca de advogados que patrocina a sua defesa
técnica” ra.
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PF fez buscas contra advogados de Adélio Bispo em investigação de
possível ligação com PCC
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Ação foi realizada em 14 de março, mas não houve divulgação porque foi
embutida dentro de outra operação no mesmo dia
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A Polícia Federal (PF) cumpriu seis mandados de busca e apreensão
em escritórios e casas de ex-advogados de Adélio Bispo, autor da facada em Jair Bolsonaro (PL), então candidato à Presidência, em
2018. Os mandados contra os advogados foram cumpridos por integrantes da
Diretoria de Inteligência da PF em Belo
Horizonte e Juiz
de Fora (MG), autorizados pelo juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Criminal
de Juiz de Fora.
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A decisão do magistrado foi
publicada em 11 de novembro do ano passado, ainda durante a gestão de Jair
Bolsonaro (PL), e desde então a PF preparava uma operação para cumprir os
mandados, dentro desse inquérito presidido pelo delegado Martin Bottaro Purper.
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A ação, inclusive, recebeu o nome de “Fênix” no ano passado. Mas a CNN apurou
que, agora, com a nova gestão, a nova Direção da PF não quis dar publicidade ao
caso.
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Suposta ligação com o PCC
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A PF investiga possível ligação
do Primeiro Comando da Capital (PCC) com advogados de Adélio Bispo. A
hipótese, aliás, nunca foi descartada, desde 2018, conforme fontes da
corporação contaram à reportagem.
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Na época do crime, uma equipe de
Brasília foi à cidade mineira para auxiliar nas investigações. Lá, a equipe
elaborou uma minuta e apresentou ao delegado responsável pelo caso, Rodrigo
Morais Fernandes, atual diretor de Inteligência da PF em Brasília.
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Na minuta, os investigadores
afirmaram que, com os meios disponíveis, não havia como avançar no caso, mas
com meios mais tecnológicos, inteligência e quebra de sigilos telefônicos, por
exemplo, “seria possível ampliar a apuração e chegar a um possível mandante”.
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Mas o inquérito nunca teve desfecho no
governo Lula.
SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/bolsonaro-pede-acesso-a-celular-de-advogados-de-adelio/
E https://www.cnnbrasil.com.br/politica/pf-fez-buscas-contra-advogados-de-adelio-bispo-em-investigacao-de-possivel-ligacao-com-pcc/
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