quarta-feira, 30 de outubro de 2019

TEMPESTADE PERFEITA À VISTA


Como se não bastasse o vídeo em que aparece um leão atacado por hienas citando o STF, o TSL, o próprio partido do presidente, a OAB a Globo e outros, em 39/10/19 vem a bomba:

JN: antes da morte de Marielle, suspeito foi ao condomínio de Bolsonaro, diz porteiro
Em 14 de março de 2018, dia da morte de Marielle Franco, um dos suspeitos de participar do assassinato esteve no condomínio de Jair Bolsonaro no Rio, segundo depoimento do porteiro que estava na guarita, revelou o Jornal Nacional.
Deputado federal à época, Bolsonaro estava em Brasília, segundo registros da Câmara.
O caderno de visitas da portaria do Vivendas da Barra registrou que Élcio Queiroz, que dirigia o carro de onde teriam partido os tiros que mataram Marielle, iria à casa de número 58, que pertence a Bolsonaro.
Em dois depoimentos, o porteiro disse que ligou para a casa 58 para perguntar se Élcio tinha autorização para entrar. Ele identificou a voz de quem atendeu como a de “seu Jair”.
O carro de Élcio, porém, se dirigiu para outra casa, a 66, de Ronnie Lessa, acusado de atirar em Marielle horas depois, naquele mesmo dia.
O porteiro contou que ligou novamente para a casa 58 e que o homem identificado por ele como “seu Jair” disse que sabia para onde ia Élcio Queiroz.
Os registros da Câmara mostram que Jair Bolsonaro registrou presença em votações no plenário às 14h e às 20h35 do dia 14 de março do ano passado — ele também postou vídeos do lado de fora e de dentro de seu gabinete.
Naquela noite, Élcio Queiroz deixou o condomínio no carro de Ronnie Lessa — ambos teriam depois usado outro carro para matar Marielle e Anderson Gomes.
Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, disse ao JN que o depoimento do porteiro é “uma mentira, uma fraude, uma farsa para atacar a imagem e a reputação do presidente da República”.
“É o caso de uma investigação por esse falso testemunho, em que qualquer pessoa tenha afirmado que essa pessoa foi procurar Jair Bolsonaro. Talvez esse indivíduo tenha ido na casa de outra pessoa e alguém, com o intuito de incriminar o presidente da República, conseguiu depoimento falso onde essa pessoa afirma que falou com Jair Bolsonaro. O presidente não conhece a pessoa de Élcio e essa pessoa não conhece o presidente”, disse.
Segundo o JN, representantes do MP questionaram Dias Toffoli no último dia 17 se poderiam continuar as investigações. O ministro ainda não respondeu.
Deputado federal à época, Bolsonaro estava em Brasília, segundo registros da Câmara.
Fontes: Jornal O Globo, Estadão, O Antagonista e o Jornal do Brasil
Revista VEJA:

JORNAL DO BRASIL:

Marielle: Nome de Bolsonaro é citado em investigação, e caso pode parar no STF             O "Jornal Nacional" divulgou, hoje, uma história complicada que envolve o nome do presidente da República no inquérito que investiga o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco. Um dos milicianos envolvidos no caso, já preso, teria ido ao condomínio onde o presidente tem casa, no Rio, se apresentando ao porteiro como visitante da casa de Bolsonaro. O funcionário da portaria, em depoimento à polícia, disse que o próprio "seu Jair" autorizou a entrada do carro, pelo interfone.



Mas o jornal apurou que no mesmo dia o deputado Bolsonaro estava na Câmara, em Brasília, tendo inclusive registrado presença em uma comissão. 
O porteiro também disse que ao entrar no condomínio o carro do visitante se dirigiu à casa de outro miliciano envolvido no caso, o Ronie Lessa, também já preso, acusado de ter atirado na vereadora.
O advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, declarou à TV Globo que é "mentira", que estão querendo "atacar a imagem do presidente".
A polícia quer a gravação da conversa do porteiro com o "seu Jair", quando este teria autorizado a entrada do carro, mas perguntou ao STF como agir neste caso, já que o presidente tem foro privilegiado. O condomínio arquiva todas as conversas e é possível ouvi-las.    

Jornal O DIA, Rio de Janeiro: 
Witzel rebate Bolsonaro sobre vazar detalhes do caso Marielle: 'Manifestação intempestiva'
Presidente acusou o governador de querer 'destruir' a sua família para 'chegar à Presidência da República'
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - O governador Wilson Witzel (PSC) negou, na madrugada desta quarta-feira, que tenha interferido nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) ou vazado detalhes do inquérito à imprensa. Em comunicado publicado no Twitter, em resposta ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), Witzel afirmou que em seu governo, "as instituições funcionam plenamente e o respeito à lei rege todas as nossas ações". Witzel disse que a manifestação de Bolsonaro, em live, mais cedo, foi "intempestiva".

No vídeo, o presidente acusa o governador de querer "destruir" a sua família para "chegar à Presidência da República". "Por que essa sede pelo poder, senhor governador Witzel?", questionou Bolsonaro. Segundo o presidente, Witzel estaria por trás do vazamento do inquérito ao Jornal Nacional, da TV Globo.
"Defenderei equilíbrio e bom senso nas relações pessoais e institucionais", declarou o governador.

Leia abaixo o comunicado na íntegra:

"Lamento profundamente a manifestação intempestiva do presidente Jair Bolsonaro. Ressalto que jamais houve qualquer tipo de interferência política nas investigações conduzidas pelo Ministério Público e a cargo da Polícia Civil. Em meu governo as instituições funcionam plenamente e o respeito à lei rege todas as nossas ações. Não transitamos no terreno da ilegalidade, não compactuo com vazamentos à imprensa. Não farei como fizeram comigo, prejulgar e condenar sem provas. Hoje, fui atacado injustamente. Ainda assim, defenderei, como fiz durante os anos em que exerci a Magistratura, o equilíbrio e o bom senso nas relações pessoais e institucionais. Fui eleito sob a bandeira da ética, da moralidade e do combate à corrupção. E deste caminho jamais me afastarei".



Nenhum comentário:

Postar um comentário