sexta-feira, 23 de agosto de 2019

INTERNACIONALIZAR A AMAZÔNIA É O OBJETIVO



 INTERNACIONALIZAR A AMAZÔNIA É O OBJETIVO
                                   Theodiano Bastos
                           
No livro O TRINUNFO DAS IDÉIAS, de minha autoria, denunciava: A Amazônia será ocupada de algum modo, por nós ou por outros, não tenhamos dúvidas, e não é uma fantasia ou coisa de paranóico. Existe uma preocupação recorrente da inteligência militar com a vulnerabilidade da Amazônia e a crescente presença militar americana em países que têm fronteira com o Brasil na Amazônia legal. É uma gigantesca região de 6,4 milhões de km2, que contém a metade da riqueza biológica mundial e inclui partes de oito países (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela). Nada impede que determinados setores da comunidade internacional, encabeçados pelos Estados Unidos, Inglaterra e outros países do G-7, por exemplo, comecem por sustentar que a Amazônia é um patrimônio da humanidade, para, em seguida, intervir, decretar zona de exclusão aérea e internacionalizar toda a região.
Este texto está no blog O PERISCÓPIO: theodianobastos.blogspot.com.br

Tales Faria, no Informe JB de 25/08/07 em “Solução é entregar a Amazônia a eles?” denuncia a compra de terras em vários Estados da Amazônia por estrangeiros, usando como laranjas ONGs, como a Cool Earth que desde junho está vendendo nacos da Amazônia pela internet, por meio do site http;//www.coolearth.org/;  A Comissão de Amazônia da Câmara, presidida pelo Dep. Asdrúbal Bentes apurou que que “Atualmente, 29.107 acres de áreas florestais, cerca de 110 mil km quadrados da Amazônia, já foram vendidos pela web. Esses territórios representam 65% do total de áreas amazonenses que hoje estão sendo disponibilizadas por meio do site, sendo que os demais 35% das terras à venda são oriundas de áreas do Equadror”  

O escritor e jornalista Carlos Chagas, citado pelo também jornalista Gilberto Paim, em artigo publicado no Jornal do Brasil de 20/0703, pág. A19, publica o artigo “Quem falou em conspiração?”, fala do decreto de 15/11/91 que criou a grande reserva dos índios ianomâmis, na fronteira com a Venezuela, com área de 94.000 km2 de terras contínuas, maior do que os  Estados do Rio de Janeiro, Alagoas, Espírito Santo e Sergipe, para apenas 10.000 índios que poderiam sobreviver com folga em  500.000 hectares; é muita terra para pouco índio. “Como existem ianomâmis no lado venezuelano, que vive em seu território com 8,3 milhões de hectares (a do território brasileiro tem 9,4 milhões). A junção das duas áreas fica com 17,7 milhões de hectares, território rico em cassiterita, ouro, urânio, titânio e outros minerais estratégicos. Logo criaram no exílio uma hipotética nação ianomâmi, presidido por cidadão americano do Massachusetts, continua citando Gilberto Paim, amparado num parlamento de 18 membros, sob a presidência de um alemão e que faria parte deste governo um índio brasileiro de nome Iacota e o escritório em Londres e passou   a coletar recursos na Europa para promover a causa indígena, em nome dos ianomâmis, “recém emancipados”.Até levaram o cacique Davi Ianomâmi na ONU para  defender a independência da nação a que pertence.

O medo ressurge com a criação da reserva Raposa-Serra do Sol em Roraima em áreas contínuas em região de fronteira, com 1.751.330 hectares para abrigar apenas 14.719 índios, num Estado que já tem 77% de suas terras ocupadas por 32 reservas. Só 7 milhões de hectares estão livres no Estado de Roraima. Inclusive. Até extingue o município de Uiramutã, encravado na reserva, bem como a retirada do pelotão do Exército existente na área de fronteira, importante no Projeto Calha Norte e do Plano de Defesa Nacional (PDN). Tudo isso revoltou toda a população regional e até expressiva maioria dos índios beneficiados, porquanto a área é rica em ouro, estanho, nióbio, manganês, cromo, ferro, diamante e potássio. Há um alerta das lideranças do Exército quanto a isso, inclusive a proposta que submete o Brasil à jurisdição do Tribunal Penal Internacional (TPI), que permite a punição para qualquer crime contra o patrimônio da humanidade, incluindo o meio ambiente, no caso a destruição da floresta amazônica, “pulmão do mundo”.
                           
A biopirataria na Amazônia é a terceira atividade ilegal mais lucrativa do mundo, calculam em mais de US$ 60 bilhões por anuais. Andiroba, acerola, copaíba, açaí, cupuaçu, “quebra-pedra”; plantas medicinais e segredos dos pajés e curandeiros indígenas, tudo está sendo pirateado ou foi registrado no exterior como patentes ou marcas. O Jornal do Brasil de 28/01/07 publica um caderno especial sobre a Amazônia e no trabalho assinado por seu editor Augusto Nunes, diz: ”A Amazônia brasileira é uma demasia de jazidas minerais, pedras preciosas, madeira de lei, plantas medicinais raríssimas. Ali está a maior floresta tropical do mundo Os rios do lugar compõem a maior das bacias fluviais, que concentra 20% da água doce disponível num planeta cada vez mais sedento mundo” e denuncia que  o Brasil segue encarando com desdém a hipótese de perder o controle sobre a região. “Caso os brasileiros façam da Amazônia uma ameaça ao meio ambiente nos EUA. Estaremos prontos para agir”, declara o general americano Patrick Hughes, alerta o citado trabalho do JB.

Não só George W. Bush, como também seu competidor Al  Gore, ex vice-presidente dos EUA disse: “Ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós”. A ex-Secretária de Estado do governo Bill Clinton também deu sua contribuição para o aumento da inquietação nacional quanto à perda da soberania brasileira, ao dizer que: “quando o meio ambiente está em perigo, não existem fronteiras”. E François Miterrand, quando era presidente da França: “O Brasil deve aceitar a soberania relativa sobre a Amazônia”. Até o Conselho Mundial das Igrejas declarou que a Amazônia é “um patrimônio da Humanidade”. Mikhail Gorbachev, quando liderava a União Soviética; John Major, quando primeiro-ministro britânico; Warren Cristopher, quando secretário da defesa dos Estados Unidos, também se pronunciaram considerando a Amazônia território pertencente à humanidade e propõem a sua internacionalização. A Amazônia será ocupada de algum modo, por nós ou pelos estrangeiros.

                                              


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