quinta-feira, 25 de setembro de 2025

LULA E TRUMP, EXPECTATIVAS PARA O ENCONTRO

 


                                       Por THEODIANO BASTOS

Trump afirmou em seu discurso que Lula é "um cara legal" e disse que os dois mandatários devem se encontrar na semana que vem. Os dois tiveram um breve encontro nos bastidores da Assembleia da ONU na terça-feira.

Kenneth Rogoff em páginas amarelas de VEJA:

“A tentativa de Donald Trump de interferir na política e em decisões judiciais brasileiras deve ser motivo de preocupação? É um tipo de enfrentamento, mas não acho que isso deva ser visto como representando o sentimento do povo americano. O Brasil é muito mais capaz de julgar seus próprios problemas e questões do que Trump. Não vejo por que deveríamos dar tanta importância ao que ele pensa....

Se pudesse, que conselho daria a Lula para enfrentar Trump?

Com Trump, a luta deve ser direta, como dar um soco no nariz dele.                

                                       Catunista Zapppa                                                                 

 Se você recuar, ele vai querer mais. Ele quer usar as tarifas como instrumento de poder pessoal. Enquanto os países permitirem isso, não vai parar. A guerra tarifária diz menos respeito a economia e mais a controle político. Acredito que Lula deve manter uma postura firme diante de Trump. Não há nada a ganhar ao ceder, porque, se você faz uma concessão a um valentão, ele só vai intensificar as pressões.

E que conselho daria a Trump em relação ao Brasil?    

O ideal seria manter um diálogo saudável, com respeito mútuo às opiniões e às diferenças. Se Trump acredita que pode prescindir do Brasil, ele está profundamente enganado. Nada seria pior do que afastar o Brasil e empurrá-lo para uma aliança mais próxima com a China. E, francamente, acho que ele também não gostaria de ver o Brasil se aproximando demais da Europa. Trump precisa parar de tratar os aliados como se fossem inimigos.

 

 

 

 

 

"A reunião anual de líderes mundiais sempre prepara o cenário para encontros inusitados e, às vezes, constrangedores", disse o jornal americano Washington Post, o principal da capital dos EUA, indicando que o líder americano subiu "ao pódio logo após o presidente de esquerda do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo Trump criticou e sancionou pela condenação do antecessor de Lula [Jair Bolsonaro], um aliado de extrema direita de Trump".

O jornal destacou que minutos antes de Trump falar, Lula havia se posicionado "como um contrapeso ao populismo de direita do presidente dos EUA, celebrando a condenação de seu antecessor, Jair Bolsonaro, por tentar anular a eleição de 2022 no país, um destino que Trump evitou (nos EUA) depois que promotores federais retiraram as acusações contra ele no ano passado".

O Washington Post também citou trechos do discurso de Lula em que o presidente brasileiro "buscou falar em nome do mundo em desenvolvimento" e "culpou o Ocidente pelo prolongado conflito em Gaza, dizendo que ele expôs o 'mito do excepcionalismo ético do Ocidente'".

predileção pelo estilo informal", diz o El País.

"[Caso se concretize] o encontro entre Trump e Lula ocorreria no momento mais crítico de uma relação bilateral que já dura mais de dois séculos", disse o jornal El País

Lula pensa que vai usar o Níquel e o Nióbio para quebrar a mudança de opinião de Donald Trump em relação ao Brasil

SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cvgvrpr910mo - https://veja.abril.com.br/paginas-amarelas/nao-ha-paz-com-trump-diz-kenneth-rogoff-ex-economista-chefe-do-fmi/

  

terça-feira, 23 de setembro de 2025

REATIVAÇÃO DA FERROVIA BAHIA MINAS (EF 340)

 

                                 Por THEODIANO BASTOS

A iniciativa já possui Licença Prévia das autoridades da Bahia e está em processo de obtenção da Licença de Instalação, com apoio do Governo de Minas GeraisIbama e Infra S.A.

Com previsão de entrada em operação em 2029, as iniciativas representam um marco de integração para o Norte de Minas Gerais, Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia, regiões historicamente carentes de infraestrutura 

Parece que a execução do projeto vai começar. Já encomendaram 350 vagões e 30 locomotivas. Projeto de 14 bilhões

A ferrovia com bitola larga, tem como principal objetivo o transporte do Lítio da reserva do Jequitinhonha refere-se a uma região no nordeste de Minas Gerais, especialmente nas cidades de Itinga e Araçuaí, onde se concentram as maiores reservas de lítio do Brasil, um mineral crucial para a produção de baterias de carros elétricos e para a transição

A ferrovia terá ramais para Teixeira de Freitas e Itabatã, Mucuri para a Suzano indústria de Celulose e porto seco em Teófilo Otoni   

A revitalização do Porto de Caravelas, no Sul da Bahia, e a reativação da Estrada de Ferro EF340 (Bahia-Minas) prometem transformar a infraestrutura logística da região, impulsionando a economia local e regional. O projeto, liderado pela Multi Modal Caravelas MTC SA, prevê um investimento em diversas frentes, incluindo a operação do Aeroporto de Caravelas, a integração ferroviária e a criação de um centro logístico. 

O projeto do Porto de Caravelas   

Inicialmente o Porto de Caravelas, contempla a construção de um terminal de apoio administrativo, infraestrutura de suporte às empresas turísticas náuticas e a criação de uma marina. Haverá ainda a implementação de estaleiros para manutenção de embarcações e rebocadores, além de pátios de manobra e galpões de armazenamento com 155 mil metros quadrados.  

O terminal contará com um cais de atracação de 1.200 metros e calado natural de 12 metros, cuja manutenção será garantida por dragagens periódicas. Cargas como celulose, madeira, pedras ornamentais, granitos e fertilizantes devem movimentar o porto, contribuindo para a economia local e regional. 

SAIBA MAIS EM: https://infranews.com.br/requalificacao-do-porto-de-caravelas-e-a-integracao-logistica-no-sul-da-bahia/

GERAÇÃO ALFA, O QUE ELES ESTÃO DIZENDO?

 

        CÓDIGO SECRETO - A turma de 15 anos ou menos: linguagem própria, hermética e desafiadora  

                     Por THEODIANO BASTOS

CÓDIGO SECRETO - A turma de 15 anos ou menos: linguagem própria, hermética e desafiadora 

 

As palavras foram sempre ferramentas de silêncio entre gerações — não é de hoje, claro, que os mais jovens criam expressões de modo a esconder algo, ou tudo, dos adultos. É movimento natural, porque a língua é viva. Assim caminha a humanidade, agora com um dado que bagunça o coreto: a eclosão da inteligência artificial (IA), filha mais nova da era das redes sociais e da internet, que acelera os passos. Se já era difícil traduzir os humores da juventude, agora o quebra-cabeça ganhou novas peças.

Nem os modelos de Inteligência Artificial IA — GPT-4, Claude, Gemini e Llama 3 — conseguiram decifrar...

A diferença de entendimento das expressões entre o grupo de 11 a 14 anos e os demais foi abissal. Entre os voluntários da geração alfa, 98% entenderam o significado dos termos e 96% perceberam o entenderam o significado dos termos e 96% perceberam o contexto em que foram usados. Os modelos de IA, contudo, só reconheceram o uso prejudicial em cerca de quatro em cada dez casos —  variando de 32,5% para Llama 3 a 42,3% para Claude. Os adultos também foram mal, identificando apenas um terço do vocabulário.

Há, enfim, um submundo de invencionices que escapam a seres humanos adultos e máquinas, em repertório parcialmente iluminado pela série Adolescência, da Netflix.

SAIBA MAIS EM:  https://veja.abril.com.br/comportamento/o-que-eles-estao-dizendo-ia-tambem-nao-consegue-acompanhar-a-linguagem-dos-adolescentes/

 

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'Os EUA estão passando por um processo de putinização', diz Garry Kasparov

 


                                           Por THEDIANO BASTOS

Expatriado e considerado uma das principais vozes dissidentes de Moscou, gênio enxadrista vê ameaça existencial à democracia americana e defende vitória da Ucrânia como única forma de conter líder russo

Nascido na ex-União Soviética, o ex-campeão mundial de xadrez e ativista político Garry Kasparov, de 62 anos, vive há dez anos em Nova York, onde se tornou uma influente voz dissidente contra Moscou. Chegou a se candidatar à Presidência da Rússia, em 2008, mas, seis anos depois, deixou o país alegando perseguição pelo governo de Vladimir Putin. Defensor das democracias liberais, Kasparov é também um feroz crítico do presidente americano, Donald Trump, que considera uma ameaça existencial à democracia.

— Os EUA estão passando por um processo de ‘putinização’ — afirma.

Aposentado dos tabuleiros, mas considerado um dos maiores gênios da história do xadrez, Kasparov virá a São Paulo nesta semana para a cerimônia de abertura de um campeonato da modalidade, o Grand Chess Tour, e falou com exclusividade ao GLOBO sobre política, tecnologia e a evolução do esporte.

Em seu livro “Winter is Coming” (“O inverno está chegando”), publicado há dez anos, o senhor escreveu sobre a ameaça que Putin representava à democracia na Rússia. Como vê a Presidência de Trump? Esse inverno está chegando aos EUA?

É isso que tenho defendido. Estou terminando a trilogia de uma série de artigos para a revista The Atlantic em que meu argumento é que os EUA estão passando por um processo de “putinização”. Essa é uma ameaça existencial e um teste. As eleições de meio de mandato testarão se a democracia americana sobreviverá a um ataque direto de Donald Trump. Acredito que ele representa uma ameaça real aos valores e tradições da democracia liberal americana.

A popularidade de Putin segue alta na Rússia mesmo após três anos de guerra com a Ucrânia. Como explicar isso?

Tenho dúvidas sobre a popularidade de Putin. A popularidade é medida por eleições ou por pesquisas de opinião, que só funcionam quando as pessoas não têm medo de falar. A Rússia agora é uma ditadura de um homem só. Quase ninguém responderia à pergunta sabendo das consequências. Quanto a sua permanência no poder, até agora ele está lá... Mas ele chegou a um ponto em que a guerra se tornou o principal motor de sua estabilidade no poder. Ele não pode parar a guerra porque teria de lidar com as consequências disso. Uma delas é como absorver mais de um milhão de “assassinos em potencial” (soldados e mercenários que voltariam do front). Mesmo com apenas alguns milhares deles retornando da guerra, temos histórias sobre estragos causados por eles. Algumas dezenas de milhares de veteranos que voltaram do Afeganistão criaram uma cultura criminosa e uma atmosfera de extorsão na Rússia na década de 1990. Agora, os números são dez vezes maiores, se não vinte vezes.

Enquanto Putin permanecer no poder, a guerra continuará. A maneira de desafiá-lo é basicamente a Ucrânia vencer a guerra. Essa vitória não significa colocar tanques ucranianos em Moscou. Mas é preciso derrotar as tropas russas no campo de batalha e também destruir a infraestrutura de guerra de Putin. A propósito, a Ucrânia está indo bem, considerando as circunstâncias. Eles provavelmente destruíram cerca de 20% dos sistemas de refinaria russos e estão atacando-os com força. A tão alardeada ofensiva de verão de Putin fracassou completamente. Agora vemos uma guerra de atrito que, na verdade, não funciona bem para Putin.

FONTE: https://oglobo.globo.com/mundo/post/2025/09/os-eua-estao-passando-por-um-processo-de-putinizacao-diz-garry-kasparov-enxadrista-russo-e-ativista-politico.ghtml

 

 

domingo, 21 de setembro de 2025

TRUMP CONDUZ OS ESTADOS UNIDOS PARA UMA DITADURA, DIZ SENADOR

 

                           Por THEODIANO BASTOS

O principal senador democrata dos Estados Unidos alertou neste domingo (21) que o pedido do presidente Donald Trump ao Departamento de Justiça para agir contra seus adversários conduz o país rumo a uma ditadura.

Transformar o departamento “em um instrumento que persegue seus inimigos, sejam culpados ou não… é o caminho para uma ditadura”, declarou o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, à CNN.

“É isso que fazem as ditaduras”, insistiu.

Trump havia instado publicamente no sábado o Departamento de Justiça a tomar medidas contra seus supostos inimigos, a última de uma série de ações que, segundo críticos, prejudicaram a tradicional independência da pasta.

Em uma publicação em rede social dirigida a “Pam”, aparentemente a procuradora-geral Pam Bondi, Trump expressou frustração pela falta de ações legais contra o senador da Califórnia Adam Schiff e a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, ambos democratas.

Schiff e James são acusados por um aliado próximo de Trump, o diretor da Agência Federal de Financiamento de Habitação, Bill Pulte, de falsificar documentos em solicitações de hipoteca.

“Não podemos mais demorar, está prejudicando nossa reputação e credibilidade”, declarou Trump.

Na sexta-feira, o presidente demitiu o procurador federal Erik Siebert, que supervisionava a investigação sobre James, depois que ele, segundo relatos, insistiu que não havia provas suficientes para acusá-la de fraude hipotecária.

“Eu o demiti, e há um GRANDE CASO, e muitos advogados e especialistas legais o confirmam”, declarou Trump no sábado, aparentemente referindo-se à investigação sobre James.

Schiff e James já haviam confrontado Trump em anos anteriores, liderando investigações que o presidente republicano classificou como caça às bruxas política.

Principal senador democrata alerta que Trump conduz EUA a uma ‘ditadura’

SAIBA MAIS EM: https://istoe.com.br/principal-senador-democrata-alerta-que-trump-conduz-eua-a-uma-ditadura

TRUMP QUER IMPLANTAR O FASCISMO NO ESTADOS UNIDOS

 

                                         Por THEODIANO BASTOS

“Não há paz com Trump”, diz Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do FMI

Segundo o professor de Harvard, ceder não é a melhor estratégia diante das tarifas e interferências políticas do presidente americano

Defensor da liberdade de expressão na campanha, Trump agora usa todas as ferramentas para controlar a mídia

“Se um governante quiser sobreviver no tabuleiro de uma ordem global bagunçada pelos lances erráticos de um jogador muito mais forte, pode ser uma boa ideia pedir conselhos a Kenneth Rogoff, de 72 anos”...

Cancelamento do programa de Jimmy Kimmel, ligado a comentários sobre Charlie Kirk, foi mais um episódio da ofensiva do republicano contra vozes divergentes nos EUA

'É simplesmente melhor': Trump quer mudar receita da Coca ... O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que a Coca-Cola trocará xarope de milho por açúcar de cana na receita da versão ...

Tirar a autonomia das universidades e do Banco Centra.

Trump é ‘o maior líder fascista do século XXI’, diz presidente do PT. Edinho Silva também afirmou que 'o fascismo está em ascensão no Brasil'

“Foi um erro tratar Donald Trump como uma sucessão de ausências. Em geral, ele era criticado por carecer de algum pré-requisito que se julga necessário para exercer um alto cargo: boa educação, ou gramática correta, ou diplomacia, ou perspicácia nos negócios, ou amor pelo país”, escreve o historiador Timothy Snyder em um ensaio publicado na edição deste mês da piauí. “Mas essa falha é mais nossa do que dele. Trump sempre foi uma presença, não uma ausência: a presença do fascismo.”

Para o autor de Sobre a tirania, o fascismo atual está aninhado entre a oligarquia digital (Elon Musk) e a oligarquia dos hidrocarbonetos (Vladimir Putin). Donald Trump se comprometeu com os oligarcas do petróleo e gás do seu próprio país, assim como com Musk. “Os oligarcas trazem para o fascismo de hoje sua porta de entrada libertária: segundo eles, o governo é a fonte de todo mal. Enquanto vamos cedendo a essa lógica, os oligarcas dos hidrocarbonetos vão perfurando a terra, e os oligarcas digitais vão perfurando a nossa mente”, observa o historiador.

“O fascismo está agora nos algoritmos, nas vias neurais, nas interações sociais. Como não enxergamos tudo isso? Em parte, por acreditarmos que a história acabou, e os grandes rivais das ideias progressistas já estavam mortos, ou exaustos. Em parte, pelo excepcionalismo americano: ‘Isso não pode acontecer aqui.’”, continua Snyder. “Mas a maior parte foi simples autoabsorção: queríamos enxergar Trump em suas ausências, para que a nossa maneira de ver o mundo não fosse questionada. Assim, deixamos de ver sua presença fascista. Ao ignorar o fascismo, não conseguimos elaborar as previsões – fáceis – do que Trump faria a seguir. Ou, pior ainda, aprendemos a vibrar e nos excitar com nossos próprios erros, porque ele sempre fazia alguma coisa mais chocante do que esperávamos.”

Fascismo: entenda o conceito e suas principais características

Confira como ele ocorreu no mundo e quais as dificuldades em relação à sua definição

Houve um debate acadêmico e político significativo sobre se Donald Trump, o 45º e 47º presidente dos Estados Unidos, pode ser considerado um fascista , especialmente durante sua campanha presidencial de 2024 e segundo mandato como presidente.

A proposta deste ensaio é apresentar reflexões sobre a atuação política de Trump, inspiradas pelas discussões sobre a psicologia e a propaganda fascista na teoria crítica. Embora pareça impossível tomar Trump por um líder fascista clássico, principalmente em razão de contextos históricos muito diferentes, também é impossível desconsiderar o nexo entre suas estratégias políticas e o modus operandi de agitadores fascistas no século XX. Além disso, é inegável que sua política mobiliza elementos sociopsicológicos que remontam às análises da emergência do fascismo histórico, como a identificação com uma figura idealizada e transcendente, a submissão a uma autoridade ou causa superior e a agressividade direcionada às ameaças do out-group.

Fascismo: o que é e suas características

O Fascismo foi um sistema político nacionalista, antiliberal e antissocialista surgido na Itália, em 1919, no fim da Primeira Guerra Mundial. Esse modelo político apresenta influências e desdobramentos até os dias presentes. Liderado por Benito Mussolini, o fascismo influenciou regimes políticos em vários países da Europa, como a Alemanha e a Espanha no período entre guerras (1919-1938).

O fascismo também inspirou movimentos políticos de direita no Brasil, como o Integralismo, durante a Era Vargas.

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/trump-e-o-maior-lider-fascista-do-seculo-xxi-diz-presidente-do-pt/ - https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/10/historiador-referencia-em-estudos-sobre-fascismo-muda-de-opiniao-e-se-diz-alarmado-com-trump.shtml E https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/09/19/defensor-da-liberdade-de-expressao-na-campanha-trump-agora-usa-todas-as-ferramentas-para-controlar-a-midia.ghtml

 

 

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

GOVERNO FOI DERROTADO, Câmara aprova urgência para projeto de anistia


                                        Por THEODIANO BASTOS 

O que aconteceu

A sinalização positiva para a urgência não significa que a proposta foi aprovada. O requerimento votado ontem pelos deputados dá velocidade ao tema, ou seja, o projeto de lei agora não precisa passar pelas comissões da Casa e pode ir ao plenário a qualquer momento.

Alcolumbre é contrário à anistia ampla, que inclua Jair Bolsonaro (PL). O presidente do Senado defende um projeto de reduções de penas. Há uma proposta, baseada em um texto do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sendo discutida nos bastidores. Este projeto ficou conhecido como "anistia light" e é criticado por aliados e apoiadores do ex-presidente. Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe.

Relator diz que 'anistia ampla, geral e irrestrita não existe mais' no Congresso

Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, disse que o deputado federal Eduardo Bolsonaro "toca fogo no parquinho" em ações sobre o perdão a seu pai e condenados pelo 8/1.

Nas duas últimas semanas, enquanto ocorria o julgamento de Bolsonaro, a gestão Lula acelerou a distribuição de emendas parlamentares (recursos que deputados e senadores podem destinar para investimentos em suas bases eleitoras).

O valor liberado no período superou R$ 3 bilhões, gerando acusações da oposição.

"O governo corrupto e perverso está lançando mão das emendas parlamentares para tentar comprar votos contra a anistia. Cobre seu deputado, cobre seu senador e descubra se ele tem preço ou valor", disse a deputada Bia Kicis (PL-DF) em um post na plataforma X, no sábado (13/7).

Em evento no mesmo dia, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que o governo não pode "piscar para questão da anistia". A fala foi noticiada pelo jornal Folha de S.Paulo.

"Não podemos de maneira nenhuma olhar ou piscar para a questão da anistia. Vamos ser firmes, vamos ter que enfrentar o Congresso nesta pauta", afirmou a ministra, destacando ainda o perdão a Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe seria "um presentinho para Donald Trump".

Na ocasião, porém, ela voltou a se mostrar aberta à discussão sobre redução de penas relacionadas ao 8 de janeiro.

"Se querem discutir redução de pena, é outra coisa. Cabe a dosimetria ao Supremo Tribunal Federal ou até o Congresso avaliar e ter um projeto, mas aí é redução de pena, não tem a ver com anistia, não tem a ver com perdão", disse.

A situação de Bolsonaro na Justiça tem motivado retaliações do governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump.

Saiba mais em: https://g1.globo.com/politica/blog/julia-duailibi/post/2025/09https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/09/18/anistia-foi-aprovada-entenda-o-passo-a-passo-no-congresso.htm  /18/relator-anistia-ampla-nao-existe-mais.ghtml