Por THEODIANO BASTOS
Trump afirmou em seu discurso que Lula é "um
cara legal" e disse que os dois
mandatários devem se encontrar na semana que vem. Os dois tiveram um breve
encontro nos bastidores da Assembleia da ONU na terça-feira.
Kenneth Rogoff em páginas amarelas de
VEJA:
“A tentativa de Donald Trump de interferir na
política e em decisões judiciais brasileiras deve ser motivo de preocupação? É
um tipo de enfrentamento, mas não acho que isso deva ser visto como representando
o sentimento do povo americano. O Brasil é muito mais capaz de julgar seus
próprios problemas e questões do que Trump. Não vejo por que deveríamos dar
tanta importância ao que ele pensa....
Se pudesse, que conselho daria a Lula para enfrentar Trump?
Com Trump, a luta deve ser direta, como dar um soco no nariz dele.
Catunista Zapppa
Se você recuar, ele vai querer mais. Ele quer usar as tarifas como instrumento
de poder pessoal. Enquanto os países permitirem isso, não vai parar. A guerra
tarifária diz menos respeito a economia e mais a controle político. Acredito
que Lula deve manter uma postura firme diante de Trump. Não há nada a ganhar ao
ceder, porque, se você faz uma concessão a um valentão, ele só vai intensificar
as pressões.
E que conselho daria a Trump em relação ao Brasil?
O ideal seria manter um diálogo saudável, com
respeito mútuo às opiniões e às diferenças. Se Trump acredita que pode
prescindir do Brasil, ele está profundamente enganado. Nada seria pior do que
afastar o Brasil e empurrá-lo para uma aliança mais próxima com a China. E,
francamente, acho que ele também não gostaria de ver o Brasil se aproximando
demais da Europa. Trump precisa parar de tratar os aliados como se fossem
inimigos.
"A reunião anual de líderes mundiais sempre
prepara o cenário para encontros inusitados e, às vezes, constrangedores",
disse o jornal americano Washington Post, o principal da capital dos EUA,
indicando que o líder americano subiu "ao pódio logo após o presidente de
esquerda do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo Trump criticou e
sancionou pela condenação do antecessor de Lula [Jair Bolsonaro], um aliado de
extrema direita de Trump".
O jornal destacou que minutos antes de Trump falar,
Lula havia se posicionado "como um contrapeso ao populismo de direita do
presidente dos EUA, celebrando a condenação de seu
antecessor, Jair Bolsonaro, por tentar anular a eleição de 2022 no país, um
destino que Trump evitou (nos EUA) depois que promotores federais retiraram as
acusações contra ele no ano passado".
O Washington Post também citou trechos do discurso
de Lula em que o presidente brasileiro "buscou falar em nome do
mundo em desenvolvimento" e "culpou o Ocidente pelo prolongado
conflito em Gaza, dizendo que ele expôs o 'mito do excepcionalismo ético do
Ocidente'".
predileção pelo estilo informal", diz o El País.
"[Caso se concretize] o encontro entre Trump e
Lula ocorreria no momento mais crítico de uma relação bilateral que já dura
mais de dois séculos", disse o jornal El País
Lula pensa que vai usar o Níquel e o Nióbio para
quebrar a mudança de opinião de Donald Trump em relação ao Brasil
SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cvgvrpr910mo
- https://veja.abril.com.br/paginas-amarelas/nao-ha-paz-com-trump-diz-kenneth-rogoff-ex-economista-chefe-do-fmi/