quinta-feira, 18 de setembro de 2025

GOVERNO FOI DERROTADO, Câmara aprova urgência para projeto de anistia


                                        Por THEODIANO BASTOS 

O que aconteceu

A sinalização positiva para a urgência não significa que a proposta foi aprovada. O requerimento votado ontem pelos deputados dá velocidade ao tema, ou seja, o projeto de lei agora não precisa passar pelas comissões da Casa e pode ir ao plenário a qualquer momento.

Alcolumbre é contrário à anistia ampla, que inclua Jair Bolsonaro (PL). O presidente do Senado defende um projeto de reduções de penas. Há uma proposta, baseada em um texto do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sendo discutida nos bastidores. Este projeto ficou conhecido como "anistia light" e é criticado por aliados e apoiadores do ex-presidente. Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe.

Relator diz que 'anistia ampla, geral e irrestrita não existe mais' no Congresso

Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, disse que o deputado federal Eduardo Bolsonaro "toca fogo no parquinho" em ações sobre o perdão a seu pai e condenados pelo 8/1.

Nas duas últimas semanas, enquanto ocorria o julgamento de Bolsonaro, a gestão Lula acelerou a distribuição de emendas parlamentares (recursos que deputados e senadores podem destinar para investimentos em suas bases eleitoras).

O valor liberado no período superou R$ 3 bilhões, gerando acusações da oposição.

"O governo corrupto e perverso está lançando mão das emendas parlamentares para tentar comprar votos contra a anistia. Cobre seu deputado, cobre seu senador e descubra se ele tem preço ou valor", disse a deputada Bia Kicis (PL-DF) em um post na plataforma X, no sábado (13/7).

Em evento no mesmo dia, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que o governo não pode "piscar para questão da anistia". A fala foi noticiada pelo jornal Folha de S.Paulo.

"Não podemos de maneira nenhuma olhar ou piscar para a questão da anistia. Vamos ser firmes, vamos ter que enfrentar o Congresso nesta pauta", afirmou a ministra, destacando ainda o perdão a Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe seria "um presentinho para Donald Trump".

Na ocasião, porém, ela voltou a se mostrar aberta à discussão sobre redução de penas relacionadas ao 8 de janeiro.

"Se querem discutir redução de pena, é outra coisa. Cabe a dosimetria ao Supremo Tribunal Federal ou até o Congresso avaliar e ter um projeto, mas aí é redução de pena, não tem a ver com anistia, não tem a ver com perdão", disse.

A situação de Bolsonaro na Justiça tem motivado retaliações do governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump.

Saiba mais em: https://g1.globo.com/politica/blog/julia-duailibi/post/2025/09https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/09/18/anistia-foi-aprovada-entenda-o-passo-a-passo-no-congresso.htm  /18/relator-anistia-ampla-nao-existe-mais.ghtml

 

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