Por THEODIANO BASTOS
O que aconteceu
A sinalização positiva para a urgência não significa
que a proposta foi aprovada. O requerimento votado ontem pelos deputados dá
velocidade ao tema, ou seja, o projeto de lei agora não precisa passar pelas
comissões da Casa e pode ir ao plenário a qualquer momento.
Alcolumbre é
contrário à anistia ampla, que inclua Jair Bolsonaro (PL). O presidente do
Senado defende um projeto de reduções de penas. Há uma proposta, baseada em um
texto do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sendo discutida nos bastidores.
Este projeto ficou conhecido como "anistia light" e é criticado por
aliados e apoiadores do ex-presidente. Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27
anos e três meses de prisão por tentativa de golpe.
Relator diz que 'anistia ampla, geral e
irrestrita não existe mais' no Congresso
Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, disse
que o deputado federal Eduardo Bolsonaro "toca fogo no parquinho" em
ações sobre o perdão a seu pai e condenados pelo 8/1.
Nas duas últimas semanas, enquanto ocorria o
julgamento de Bolsonaro, a gestão Lula acelerou a distribuição de emendas
parlamentares (recursos que deputados e senadores podem destinar para
investimentos em suas bases eleitoras).
O valor
liberado no período superou R$ 3 bilhões, gerando acusações da oposição.
"O
governo corrupto e perverso está lançando mão das emendas parlamentares para
tentar comprar votos contra a anistia. Cobre seu deputado, cobre seu senador e
descubra se ele tem preço ou valor", disse a deputada Bia Kicis (PL-DF) em
um post na plataforma X, no sábado (13/7).
Em evento no mesmo dia, a ministra das Relações
Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que o governo não pode "piscar para
questão da anistia". A fala foi noticiada pelo jornal Folha de S.Paulo.
"Não podemos de maneira nenhuma olhar ou piscar
para a questão da anistia. Vamos ser firmes, vamos ter que enfrentar o
Congresso nesta pauta", afirmou a ministra, destacando ainda o perdão a
Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe seria "um presentinho
para Donald Trump".
Na ocasião, porém, ela voltou a se mostrar aberta à
discussão sobre redução de penas relacionadas ao 8 de janeiro.
"Se
querem discutir redução de pena, é outra coisa. Cabe a dosimetria ao Supremo
Tribunal Federal ou até o Congresso avaliar e ter um projeto, mas aí é redução
de pena, não tem a ver com anistia, não tem a ver com perdão", disse.
A situação de Bolsonaro na Justiça tem motivado
retaliações do governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump.
Saiba mais em: https://g1.globo.com/politica/blog/julia-duailibi/post/2025/09https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/09/18/anistia-foi-aprovada-entenda-o-passo-a-passo-no-congresso.htm - /18/relator-anistia-ampla-nao-existe-mais.ghtml
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