Por THEODIANO BASTOS
Todos os institutos de pesquisas indicavam disputa
voto a voto, com os candidatos em empate técnico, todavia o que se viu foi uma
vitória avassaladora de Donald Trump. Ganhou folgado no Colégio Eleitoral, fez
maioria na Câmara e no Senado e governará com amplos poderes.
Vejam os resultados:
TRUMP: 296 delegados, 72.762.434 50,8% dos votos
KAMALA: 226 delegados, 68.090.654 47,5% dos votos
Mas não será Trump cumprir suas promessas.
'Brasil não é prioridade para EUA e relação não deve
mudar com Trump', diz analista
A eleição do
republicano Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos representa
um novo ordenamento internacional – e resta saber como o Brasil vai se inserir
nesse contexto.
No entanto, não deve trazer grandes mudanças para as
relações bilaterais especificamente, segundo o especialista em relações Brasil-EUA Carlos
Gustavo Poggio, professor de Relações Internacionais da universidade Berea
College, no Estado americano do Kentucky.
Em entrevista à BBC News Brasil, Poggio afirma que
o desempenho
de Trump, que venceu a democrata Kamala Harris na disputa pela Casa Branca
na eleição de terça-feira (5/11), mostra "o fortalecimento de um certo
modo de se fazer política, de uma certa corrente ideológica".
Há expectativa de que o desempenho do republicano
energize movimentos de direita ao redor do mundo.
5 fatores que explicam o retorno de Trump à
Casa Branca
Quando Donald Trump deixou a Casa Branca em
janeiro de 2021, muitos analistas pensaram que a sua carreira política tinha
acabado.
Durante o seu governo, o líder republicano teve uma
popularidade média de 41%, a mais baixa que qualquer presidente dos EUA teve
desde o final da Segunda Guerra Mundial, segundo a empresa de sondagens Gallup.
Mas ao deixar a presidência a sua popularidade foi
ainda pior: 34%, a mais baixa registrada durante todo o seu mandato.
A recusa de Trump em reconhecer a sua derrota em 2020
e o ataque ao Capitólio levado a cabo pelos seus seguidores em 6 de janeiro de
2021 reduziram ainda mais o seu apoio.
Se somarmos a isso os processos criminais abertos
contra ele após o fim de seu governo, é compreensível que muitos não apostassem
mais no futuro político do magnata imobiliário.
3 fatores que explicam derrota de Kamala
Harris
Há quase um mês, Kamala Harris apareceu
no programa The View, da rede americana ABC, no que se esperava ser uma
entrevista amistosa com o objetivo de se apresentar aos americanos que queriam
saber mais sobre ela.
Mas a conversa foi rapidamente ofuscada por sua
resposta a uma pergunta sobre o que ela teria feito de diferente do presidente
em exercício, Joe
Biden: "Não me vem nada à mente".
A resposta de Kamala — que virou munição para ataques
republicanos em loop — ressaltou os ventos políticos
desfavoráveis que sua campanha inicial não conseguiu contornar em sua derrota decisiva para Donald Trump na
terça-feira (5/11).
Publicamente, ela admitiu a derrota na tarde de
quarta-feira (6/11), dizendo aos seus apoiadores: "Não se
desesperem".
SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/coluna/o-som-e-a-furia/por-que-o-apoio-de-taylor-swift-e-beyonce-nao-ajudou-kamala-harris
- https://oglobo.globo.com/mundo/eleicoes-eua/noticia/2024/11/07/vitoria-triunfal-da-a-trump-carta-branca-para-transformar-os-estados-unidos.ghtml
E https://www.bbc.com/portuguese/topics/c30gn378n6kt
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