sábado, 7 de setembro de 2019

GOVERNO BOLSONARO, PEÇAS PARA MONTAR


GOVERNO BOLSONARO, PEÇAS PARA MONTAR
Por Heitor Carvalho, professor doutor do IFES de BH

Tentar montar as peças do quebra cabeças dos próximos quatro anos de governo não está sendo fácil.                                                                            Há uma enorme cortina de fumaça sobre os bastidores nacionais e internacionais. No lado nacional há a origem do presidente, suas duas décadas na Câmara dos Deputados, alguns núcleos de pressão interna e, obviamente, o enfrentamento de problemas de corrupção na política e governos. Isto se espraiou por todos os níveis da administração pública e, consequentemente, inúmeros problemas que foram “cultivados” como meio de criar oportunidades sem fim de desvios de recursos. Sem entrar nas questões externas, alguma pistas de três núcleos internos ajudam a, pelo menos, acompanhar os zigzagues deste primeiro semestre. Um é o núcleo familiar que tem tido uma grande influência em questiúnculas
absolutamente desnecessárias e prejudiciais. Outro núcleo é o ideológico com duas vertentes.                                                                

Uma é a evangélico -messiânica e a outra é a neoliberalista. O terceiro e, Talvez, mais relevante é o grupo militar que tem projeto, disciplina e recursos humanos e materiais. Estes três núcleos não são estanques e sua influência no curso dos acontecimentos flutua.

A questão do núcleo familiar também interage com a trajetória profissional militar e politica e certos modos de agir em atos de governo e em marqueting político.

Na carreira militar há estágios com datas definidas como os anos de Academia Militar de Agulhas Negras, o período como paraquedista do exército, a carreira polítca desde a vereança no Rio de Janeiro e
os vinte anos como deputado no Congresso nacional. 
Três relacionamentos matrimoniais
contemporâneos de tais estágios e de situação politica nacional são fatores importantes em inúmeras questiúnculas desnecessárias nestes primeiros meses de governo.

Outro núcleo é o ideológico com duas vertentes. Uma é a evangélico -messiânica e a outra é a neoliberalista. O terceiro e, talvez, mais relevante é o grupo militar que tem projeto, disciplina e recursos humanos e materiais. Estes três núcleos não são estanques e sua influência no curso dos acontecimentos flutua.
A questão do núcleo familiar também interage com a trajetória profissional militar e politica e certos modos de agir em atos de governo e em marqueting político.

Na carreira militar há estágios com datas definidas como os anos de Academia Militar de Agulhas Negras, o período como paraquedista do exército, a carreira política desde a vereança no Rio de Janeiro e os vinte anos como deputado no Congresso nacional. Três relacionamentos matrimoniais contemporâneos de tais estágios e de situação politica nacional são fatores importantes em inúmeras questiúnculas desnecessárias nestes primeiros meses de governo.
A primeira esposa.
Uma questão interessante é a “blindagem” a respeito dela. Tenta - se pesquisa no “Google” e não aprece nada. Não há nada sobre ela como vereadora, não parece formação profissional, quase nada além da “defesa” ao ex - marido durante a campanha. Afirma - se que o filho Flávio foi lançado contra a reeleição dela a vereadora pelo próprio pai Mas os filhos estão com mandatos legislativos e influenciando decisões de governo
A primeira esposa e respectivos filhos
Foi casado com Rogéria Nantes ‘Nunes Braga, a quem ajudou a eleger vereadora da capital fluminense em 1992 e 1996 e com que teve três filhos: Flávio (deputado estadual fluminense), Carlos (assim como o pai e mãe, vereador da cidade do Rio de Janeiro, o mais jovem do país) e Eduardo.”
“É a primeira vez na história do Brasil que uma família assume o poder de forma tão coesa quanto os
Bolsonaro. Haverá representantes do clã em três instâncias legislativas. No Senado, estará o filho mais velho, Flávio, 37 anos, eleito senador pelo Rio de Janeiro com 31% dos votos. Na Câmara Federal,
ocupará assento Eduardo, 34 anos, o deputado federal mais votado do País, com 1,8 milhão de votos.                                                                        Na Câmara do Rio de Janeiro, continuará atuando o filho do meio, Carlos, 35 anos. Em 2016, ele foi eleito vereador com número recorde de votos. Os três são filhos do primeiro casamento do presidente eleito,
com Rogéria Nantes Nunes Braga, e, cada um a sua maneira, influenciam nas decisões do pai. Não sem doses de ciúmes, rompimentos e brigas.
{....} Nesse ano, desobedecendo Bolsonaro, fez campanha para o governador eleito no Rio, Wilson Witzel, pelo PSC.

Formado em Ciências Aeronáuticas, Carlos, o 02, é vereador desde
Formado em Ciências Aeronáuticas, Carlos, o 02, é vereador desde 2000, quando assumiu o cargo ainda com 17 anos. Seu desempenho na Câmara municipal carioca é pouco expressivo, mas dentro da
campanha do pai teve papel decisivo. Ele foi o articulador da estratégia digital responsável, em boa parte, pela vitória de Bolsonaro. Mas o tom mais agressivo que adotou foi muitas vezes criticado pelos irmãos.
No entanto, no período eleitoral, ficou bem próximo de Bolsonaro, tornando-se conselheiro frequente do futuro presidente. (...)
É difícil saber como se dará a atuação de cada um deles no governo do pai e quanto barulho causarão.

Mas o fato é que os três exercerão impacto nas decisões de Bolsonaro
Fonte: https://istoe.com.br/politica-em-familia/
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De seu segundo casamento, com Ana Cristina Valle, teve Renan.’Ana Cristina Siqueira Valle estava na Quadra 103, na Asa Norte, em Brasília, quando viu o deputado Jair Messias Bolsonaro pela primeira vez.
Ele discursava com um microfone na mão, equilibrado sobre um caminhão de som, durante um movimento de mulheres de militares que pediam aumento nos salários da caserna. Era o fim dos anos 90.
Estudante do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá, Ana trabalhava como assessora no gabinete do então deputado federal Jonival Lucas, do Partido Progressista Brasileiro (PPB) da Bahia, o mesmo partido ao qual Bolsonaro era filiado à época. (...) Redação Pragmatismo Editor(a) Eleições 2018 COMENTÁRIOS

Ex-mulher prometeu contar coisas "picantes" de Jair Bolsonaro Ana Cristina, a ex de Bolsonaro, prometeu contar “coisas picantes” se ele não a ajudasse financeiramente na campanha eleitoral Ana Cristina Siqueira Valle (reprodução) Ana Cristina Siqueira Valle estava na Quadra 103, na Asa Norte, em Brasília, quando viu o deputado Jair Messias Bolsonaro pela primeira vez. Ele discursava com um microfone na mão,
equilibrado sobre um caminhão de som, durante um movimento de mulheres de militares que pediam aumento nos salários da caserna. Era o fim dos anos 90.

Estudante do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá, Ana trabalhava como assessora no gabinete
do então deputado federal Jonival Lucas, do Partido Progressista Brasileiro (PPB) da Bahia, o mesmo
partido ao qual Bolsonaro era filiado à época.
Convidada pelo capitão da reserva para integrar sua equipe, migrou de gabinete. Ambos ainda eram
casados — ela com um coronel da reserva do Exército, ele com a mãe de seus três filhos mais velhos,
Rogéria Nantes Nunes Braga — quando se apaixonaram. “Foi um pouquinho antes de ele se separar e eu me separar de meu marido”, contou Ana. (...)

Aos 51 anos, advogada, avó de um neto e mãe de dois filhos — um deles com o candidato do PSL à Presidência —, ela tem uma longa trajetória por órgãos públicos. (...)
Ana nunca foi casada com Bolsonaro. Do namoro ao término de uma união estável, contudo, foram 16 anos juntos. Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo trouxe à tona uma rusga do passado do casal.
Em 2009, já separada de Bolsonaro, a advogada mudou-se para a Noruega, levando a tiracolo o filho Jair Renan, então com 10 anos, sem a autorização do pai. Bolsonaro pediu ajuda ao Itamaraty para localizar o
menino. (...)
“O Jair não faz nada sem visar à política”, disse a advogada. “Diria que é um viciado em trabalho.                                                                  Deixa um pouco a desejar para a gente que é mulher, ele se comprometer mais com a família, porque a cabeça dele é focada em ler jornal, ver matéria, dar entrevista. Isso em minha época, imagina como está agora.”
Em 2008, veio a separação. Ana preferiu não se alongar no tema. “É uma coisa doída para mim”, disse.
“Por mim, estaria casada com ele até hoje. Dos meus três casamentos, ele foi algo que mexeu realmente comigo.” Com o fim do relacionamento, Ana quis levar o filho para a Noruega, onde passou cinco anos
como dagamama, como chamam no país quem trabalha cuidando de bebês. “O Jair não permitiu”, disse
ela. Fonte https://www.pragmatismopolitico.com.br/2018/09/ex-mulher-prometeu-picantes-bolsonaro.html
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Michelle, 36, acompanha o presidenciável em eventos evangélicos e é
descrita por ele como sua âncora.
Com as mãos unidas em formato de coração, ela deu um leve sorriso ao chegar ao centro do palco e parar ao lado de Jair Bolsonaro. Ao lado e um passo atrás. “Em grande parte, é ela a minha âncora”, disse o pré-candidato a presidente, virando para a mulher, Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro. Ela devolveu com um olhar profundo. (...)
A mulher que divide com Bolsonaro o teto de uma casa em um condomínio na orla da praia tem 36 anos e está com ele, de 63, desde 2007.
É tida na vizinhança e nos locais que frequenta como reservada, simpática e religiosa. E uma parceira que não se mete na carreira do marido. Michelle é fiel da Igreja Batista Atitude, cuja sede fica a cerca de 25 minutos de carro de sua casa.
Às vezes, Bolsonaro, que se declara católico, acompanha a mulher nas idas ao templo, onde o salão principal comporta 4.500 pessoas sentadas. “Orai sem cessar”, recomenda um aviso na entrada do local, reproduzindo trecho bíblico. (,,)

A discrição é o traço mais notório da aspirante a primeira-dama, segundo relatos ouvidos pela Folha na Barra da Tijuca, região do Rio onde Michelle vive com o político, a filha dos dois, de sete anos, e outra adolescente, de um relacionamento anterior dela.
A mulher que divide com Bolsonaro o teto de uma casa em um condomínio na orla da praia tem 36 anos e está com ele, de 63, desde 2007.
(,,)o papel dela na campanha será o de coadjuvante. “Ele não pretende usá-la”, diz o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF). “Mas ela deve acompanhá-lo em alguns compromissos. Acredito que ele queira preservá-la”, afirma. (...) Michelle é fiel da Igreja Batista Atitude, cuja sede fica a cerca de 25 minutos de

carro de sua casa.
Às vezes, Bolsonaro, que se declara católico, acompanha a mulher nas idas ao templo, onde o salão principal comporta 4.500 pessoas sentadas. “Orai sem cessar”, recomenda um aviso na entrada do local, reproduzindo trecho bíblico.
(...) Nesse dia ela usava óculos escuros e os cabelos presos num coque. Seu estilo de se vestir é básico, inclui blusinha, calça jeans e sapatilha.
No início de abril, depois que o UOL — empresa do Grupo Folha, que edita a Folha— publicou uma longa reportagem sobre ela, apagou seu perfil no Facebook. Há poucos rastros seus na rede.

Nascida em Ceilândia, no Distrito Federal, a noiva era secretária parlamentar na Câmara quando conheeu o futuro marido. Meses depois, foi trabalhar no gabinete dele, durante um ano. (,,,)
O deputado tem aludido ao DNA da esposa para se defender da acusação de ser racista. Tenta dissipar a polêmica repetindo que seu sogro, por causa da cor da pele, é conhecido em Ceilândia como Paulo Negão. (,,,)
Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro — Atual mulher, tem uma menina de 7 anos com ele e uma filha de um relacionamento anterior. Estão juntos desde
2007. Fonte: https://www.acre.com.br/conheca-quem-e-a-esposa-de-jair-bolsonaro/ ...
Embora discreta a atual esposa do presidente tem enorme influência e está ligada ao núcleo ideológico –
evangélico que é um fator com influência no governo. Indicações em cargos do primeiro e segundo escalão como, por exemplo, a primeira ministra da Educação certamente tiveram sua influência.

Conclusão provisória:
As influências do núcleo familiar no governo tem sido notórias nestes primeiros meses e muitas vezes tendendo mais a atrapalhar do que ajudar. Há cortina de fumaça que impede maior acesso aos conflitos
entre os membros do clã e e relação aos grupos que gravitam em torno destes personagens. Os que tem maior exposição pública por exercerem mandato tem sido alvos frequentes da imprensa como no caso do
ex- assessor Queiroz vinculando -o com o Senador. Há autênticos cabos-de-guerra entre eles mas não há transparência e exposição de fatos e posições.
Com o passar do tempo talvez se venha a revelar mais sobre estas guerras de bastidores e seus efeitos concretos nas decisões e ações neste Governo federal.

2 comentários:


  1. Rubens Silva Pontes

    O lado camuflado da vida de-repente se abre como uma cortina que ensombrava o sol...

    Ha sempre alguém portando registros numa espécie de livro de cabeceira que não

    se esconde para sempre debaixo do travesseiro.

    E então dá no que dá...

    Coincidência (certamente não) hoje estamos comemorando a Independência do Brasil.

    Será apenas lembrança histórica?

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  2. Ateliê Kleber Galvêas

    Theodiano. Parabéns pela análise da conjuntura que cerca a presidência nesta hora. Abraço, Kleber
    Segue um texto que espalhei hoje.

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