sexta-feira, 14 de agosto de 2009

ATENAS, LONDRES E LISBOA

ATENAS, LONDRES E LISBOA
Theodiano Bastos
Finalmente conheci com a esposa, Londres, Atenas e Lisboa. Somente os dois, sem grupo, com a cobertura de uma agência de viagem que providenciou as passagens, traslados e reservas dos hotéis, enfrentamos o desafio. Foram 12 dias para se conhecer tanta coisa; uma aventura inesquecível para um casal com 70 e 68 anos. Mas viagem é assim mesmo, a gente só fica conhecendo um pouco de cada lugar porque o tempo é sempre insuficiente. Mas o que se vê fica registrado na memória para o resto da vida.
LONDRES, o Hyde Park, Trafalgar Square, o London Eye, o cruzeiro pelo Rio Tamisa e suas oito belas pontes, o Parlamento, o Big Ben tocando na nossa frente, a Torre de Londres, Abadia de Westminster, Waterloo e Tower Bridge, a bela coreografia da troca de guarda do palácio de Buckingham, as duas bandas marciais, os cavaleiros paramentados nos belos cavalos, a entrada do subterrâneo que leva ao gabinete de guerra usado por Churchill na Segunda Guerra Mundial, Notting Hill, a catedral de St. Paul´s, a arquitetura clássica inglesa, com os tijolinhos vermelhos, seus imensos e fantásticos parques, o viajar nos conhecidos ônibus vermelhos de dois pavimentos e no nos trens do Subway londrino e nos clássico táxis londrino, enfim a emoção de estar conhecendo a capital do império britânico “onde o sol nunca se punha”, impressiona o grande número de mulheres mulçumanas circulando pelas ruas de Londres. Umas usam apenas o hijab, o véu islâmico que cobre o alto da cabeça e o pescoço, mais usado pelas jovens, o shayla, que cobre o alto da cabeça e também os ombros, alguns muito bonitos, o chador, uma capa preta que cobre todo o corpo, deixando apenas o rosto exposto, e o niqab, que deixa apenas os olhos visíveis e até vi uma única mulher com a burca, veste negra que envolve todo o corpo da mulher, inclusive a cabeça tendo, na altura dos olhos, dispositivo que permite que a mulher veja sem que seja vista, típico do Afeganistão. Muitas mulheres indianas e paquistanesas usando vistosos sáris e muitos motoristas de ônibus e táxis barbudos e de turbantes, indianos e paquistaneses. Como sempre faço aonde for, pego um coletivo qualquer e vou até o fim da linha para conhecer as periferias e foi assim que fomos parar em Canden, onde conhecemos um mercado popular com comidas de diversos países e comemos no quiosque do Marrocos, trabalhos artesanais, um verdadeiro mercado persa, imperdível, tinha de tudo. E o povo inglês com a mesma empáfia: sempre com o queixo levantado. Heathrow, em Londres, é o aeroporto mais movimentado do mundo. São 67 milhões de passageiros por ano e a cada 45 segundos um avião pousa ou decola em suas quatro pistas.
ATENAS, a capital da Grécia e sua história gloriosa de mais de 5.000 anos. Como o povo grego é caloroso, hospitaleiro e como adoram os brasileiros. Rivaldo é adorado por lá. A emoção de ver as ruínas históricas de Acrópolis, que se via à noite toda iluminada do terraço do hotel Dorian, o Templo de Zeus (Júpiter) , o deus dos deuses, Hera (Juno), Poseidon (Netuno), Hades, Hermes (Mercúrio), Apolo, Artemisa (Diana) , Pan, Asklepios (Esculápio) Dionísio (Baco), Atenea (Minerva), Afrodita (Vênus), Hefesto, o Portal de Adriano, do Partenon, teatro de Dionísio, as pequenas e belas igrejas ortodoxas gregas, tanto em Atenas como nas ilhas visitadas. A Grécia sempre teve para mim um fascínio muito grande, porquanto ainda em criança, passei a ter conhecimento sobre sua cultura e acima de tudo de sua mitologia, do Olimpo, morada dos deuses, Tebas, Esparta, Éfeso, Ágora, onde os antigos gregos se reuniam para tomar decisões — mas com o advento da internet, o Ágora é agora, < Mileto, das civilizações Minóica e Micênicas, Macedônia, que a partir de 200 Antes de Cristo, se confunde com os Romanos, Bizâncio, 324 depois de J.C. dominação turca por quatro séculos, e a independência em 182, nomes familiares porque sempre lembrados por meu pai Ostiano Bastos, médico de muita cultura e pouca sorte. “Devo ter sido muito prepotente em outra vida e por isso vim para esse mundo como um médico humilde, humilde, para purgar meus pecados”. Dizem os gregos que “O destino conduz aquele que consente e arrasta o que lhe resiste”. Cresci ouvindo os nomes de Sócrates, Aristóteles, Platão, Sófocles, Homero, Péricles e sobre a mitologia grega. Isso marcou minha infância, porquanto somos fruto da civilização greco-romana, os filmes “Zorba o Grego” e “Casamento Grego”.
Do movimentado porto de Pireo, partiu o cruzeiro marítimo no Anna Maru para se conhecer as lindas ilhas de Hydra, Poros e Egina, todas de origem vulcânica, (a Grécia tem 166 ilhas habitadas e 1.259 não habitadas, nos mares Egeo e Jônico), nos salões do navio, os casais em trajes típicos apresentavam as danças gregas, principalmente a de Zorba. Ao tocarem uma música com ritmo parecido com bolero, entusiasmado e como somos festeiros, habituados a enfrentar os salões vazios para iniciar os bailes, subimos ao palco com minha esposa Maria do Carmo e dançamos, esperando que outros casais fizessem o mesmo. “BRAASIIIL”, bradou a apresentadora ao microfone. mas acabamos sozinhos no palco. Uma argentina pegou o microfone e com bela voz passou a cantar um bolero e com os passos que usamos com freqüência, nos saímos bem. Muitos flashs pipocavam das câmaras e fomos surpreendidos com calorosas palmas ao final.
LISBOA é uma linda cidade. O Mosteiro dos Jerônimos, e ao lado o Museu Naval, com réplica das caravelas (os navegadores não deixaram projetos de construção das caravelas e fez as réplicas baseado-se nas descrições dos padres que seguiam nas viagens) e onde está o hidroavião utilizado por Gago Coutinho e Sacadura Cabral para fazerem a travessia Lisboa/Rio. Senti grande emoção ao ver a Torre de Belém na foz do Rio Tejo, porquanto de lá partiam as caravelas para as longas viagens, e seus grandes navegadores, como Vasco da Gama, Fernão de Magalhães, Pedro Álvares Cabral e muitos outros, epopéia que levaram os portugueses a ter colônias em quase todos os continentes, como na Índia, China, África, e o Brasil (“se queres aprender a rezar, caias do mar”), o Padrão dos Descobrimentos, o bairro medieval de Alfama, do Rossio, o Baixa Chiado, onde um idoso, em rua quase deserta, tocando violão e com linda voz cantava fados e a meu pedido cantou “Lisboa, velha cidade, de encanto e beleza”..., e de vez em quando passava um bondinho quase vazio dando um toque de nostalgia. A Praça do Mercado com a imponência de seu arco, ponto de partida dos elétricos (bondes), tanto dos pequenos modelos antigos como os modernos articulados a bonita Praça de Touros em Campo Pequeno, Museu dos Coches, Santuário de Fátima Óbidos e Nazaré, Alcobaça, Batalha, o bairro da Expo 98 com seus monumentais edifícios em forma de caravelas, com o belo Parque das Nações, na confluência da nova Ponte Vasco da Gama, uma das maiores do mundo.e seus diversos atrativos, como o lindo e imenso aquário com grande número de peixes, pingüins, aves marinhas e crustáceos, Com apenas 6 milhões de habitantes, Portugal foi uma importante potência marítima e militar no século 16 e escritores famosos como Camões (Lusíadas), Fernando Pessoa e o Nobel José Saramago, dentre outros. Só vimos uma única mulher empurrando um carrinho com bebê, prova do baixo índice de natalidade comum a todos os países da Europa.
Deu tudo certo, foi uma viagem de sonho. O retorno foi uma jornada e tanto. Passamos despertos por 24 horas de Atenhas/Frankfurt/Porto/Rio/Vitória, (onde ficamos sete horas no Galeão por conta do Apagão Aéreo).
O relato está na internet: theodiano.blog.terra.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário