Por THEODIANO BASTOS
O CV mostrou sua organização e força na operação no
Rio. Tão logo foi atacada por 2.500 policiais, imediatamente fez bloqueis em 64
pontos no Rio, provocando um caos em toda a cidade e drones jogavam explosivos nos
policiais. Resultando em 122 mortes, entre elas dois policiais militares e dois
da Polícia Civil e mais de 93 fuzis foram apreendidos.
Com 10 mandamentos e hierarquia rígida,
"exército" do CV cresce 1150% - conheça. Com a estrutura de uma
máquina de poder paralelo, a facção criminosa
Comando Vermelho conseguiu, de 2014 a 2020, elevar o número de integrantes em
1150%, chegando a 10 mil batizados e atua em quase todos os estados do
Brasil.
Facções criminosas
"ultracapitalizadas" explicam "caos" no Rio, diz Dino.
Papel do governo federal na segurança
pública é inexistente, diz Jungmann
Ex-ministro da Defesa e Segurança Pública, Raul
Jungmann, durante o WW, defende que atual estrutura constitucional impede
atuação federal efetiva no combate ao crime organizado que ultrapassa
fronteiras estaduais
Raul Jungmann, ex-ministro da Defesa e da Segurança
Pública, aponta que a atual estrutura constitucional brasileira limita
severamente a capacidade do governo federal de atuar na área de segurança
pública, criando um vácuo significativo no combate ao crime organizado. A
análise foi feita durante sua participação no WW.
Durante sua fala, Jungmann destaca que, enquanto
organizações criminosas como o Comando Vermelho e o PCC operam em dezenas de estados e
expandem sua influência até mesmo no sistema financeiro, as polícias estaduais
permanecem legalmente restritas aos seus territórios de origem,
impossibilitando uma resposta eficaz à criminalidade interestadual.
Limitações constitucionais
O ex-ministro ressalta que, ao longo das sete
constituições brasileiras, negligenciou-se a necessidade de conferir ao governo federal maior protagonismo na segurança
pública. Diferentemente da maioria dos países, o Brasil carece de
"musculatura" e respaldo constitucional para uma atuação federal mais
robusta nessa área.
Jungmann enfatiza que essa fragmentação da segurança pública, onde cada estado opera de forma isolada,
cria vulnerabilidades significativas no sistema. "O governo federal não
tem capacidade, nem comando constitucional para investir de fato e somar
esforços com estados e municípios", explica.
A situação
atual, segundo sua análise, demanda uma revisão do papel do governo federal na
segurança pública, considerando especialmente o caráter transnacional e
interestadual das organizações criminosas modernas. A falta de uma coordenação
central efetiva dificulta o enfrentamento de desafios que ultrapassam as
fronteiras estaduais.
SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/faccoes-criminosas-ultracapitalizadas-explicam-caos-no-rio-diz-dino/
- https://www.cnnbrasil.com.br/politica/papel-do-governo-federal-na-seguranca-publica-e-inexistente-diz-jungmann/