sábado, 30 de março de 2019

55 ANOS DO GOLPE MILITAR DE 64, REMEMORAÇÕES


55 ANOS DO GOLPE MILITAR DE 64,                                REMEMORAÇÕES 

                  por Theodiano Bastos 

Na noite do dia 31 de março de 1964, como representante do Sindicato dos bancários e Securitários, mas já sem mandato, estava na Prefeitura de Salvador reunido com o então prefeito de Salvador, Virgildásio de Sena e muitos líderes sindicais. Havia um nervosismo muito grande e vi que o prefeito portava uma pistola na cintura. E se afastou um tempo e ao voltar, visivelmente transtornado informou a todos que a Guerra Civil havia começado, com as tropas de Juiz de Fora se dirigindo para o Rio, comandada pelo general Mourão Filho quando foi deposto o então presidente João Goulart e deu início ao Regime Militar no Brasil. Foi um contragolpe, pois Goulart pretendia implantar um regime de esquerda com a República Sindical, que o PT também tentou implantas nos 13 anos em que esteve no poder. 


Era o auge na Guerra Fria, tendo os Estados Unidos e o Mundo Ocidental de um lado e a Rússia - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas do outro lado e os golpes militares se alastravam pela América Latina depois da implantação do Comunismo em Cuba com a liderança de Fidel Castro. 

A ditadura no Brasil foi bem menos letal, em 21 anos foram 434 mortos e desaparecidos. 
 

A reunião foi interrompida e cheguei em casa transtornado, muito tenso e com medo. Falei por alto com a esposa, evitando deixá-la preocupada, pois cuidava de duas filhas, Hosana, com menos de dois anos e Cristiane que havia nascido em 25/12/63 e estava com apenas três meses. E estava sem emprego de carteira assinada, vivendo com os poucos recursos como diretor do Boletim Comercial da Bahia, uma publicação semanal mimeografada, apenas com a capa impressa, qual mal dava para pagar o aluguel da pequena casinha na Rua Miguel Calmon, 6, no bairro da Saúde. 

Muitos anos depois, em evento político em Nanuque/MG, reencontrei o Virgildásio e ele ficou atônito quando lhe informei que estava com ele na Prefeitura de Salvador na noite do dia 31 de março de 1964.
No dia seguinte, 01/04/1964, saí caminhando pelo centro de Salvador em direção ao Sindicato dos Bancários da Bahia, na ladeira de São Bento e estava com as portas lacradas. Fui em direção à Praça da Piedade e vi a sede do Sindicato dos Petroleiros em chama. Mesmo não sendo mais bancário, pois o banco havia aberto inquérito administrativo por abandono do emprego, sempre tive todo apoio da diretoria, na época presidido por Raimundo Reis. 

Humberto de Alencar Castelo Branco, o primeiro presidente tinha como vice José Maria Alkmim e era um general muito preparado e pretendia devolver o poder aos civis, indicando o mineiro Bilac Pinto, mas teve uma morte em acidente aéreo no Ceará muito misterioso. 

O General Arthur da Costa e Silva teve como Vice-presidente‎: ‎Pedro Aleixo, da Arena. Este governo durou de 1967 a 1969, se caracterizou pelo avanço do processo de institucionalização da ditadura com o AI- 5. O que era um regime militar difuso transformou-se numa ditadura que eliminou o que restava das liberdades públicas e democráticas. Costa e Silva assumiu a Presidência da República e imediatamente foi intensificando a repressão policial-militar contra todos os movimentos, grupos e focos de oposição política. Ao longo de seu mandato, o general acenou com a possibilidade de retorno à normalidade institucional, ou seja, da volta da democracia. Mas o presidente justificou a permanência dos militares no poder e a gradual radicalização. Foi substituído por uma Junta Militar e indicado

O General Emílio Garrastazu Médici, tendo como vice o Almirante Augusto Rademaker, foi o período mais tenebroso da ditadura de 64, mas quando ocorreu o “milagre econômico” com crescimento do PIB em até 11% ao ano, mas com o aumento da dívida externo.  

Ernesto Geisel  apontado pelo presidente Médici como candidato à sua sucessão em 18 de junho de 1973, tendo o General Adalberto Pereira dos Santos como companheiro de chapa. Em 15 de janeiro de 1974 os candidatos arenistas venceram a chapa do MDB formada por Ulysses Guimarães e Barbosa Lima Sobrinho por um placar de 400 votos a 76 na primeira eleição realizada por um Colégio Eleitoral. O novo presidente foi empossado em sessão solene do Congresso Nacional presidida pelo senador Paulo Torres (ARENA-RJ).
João Baptista de Oliveira Figueiredo. Foi o 30º Presidente do Brasil, de 1979 a 1985, e o último presidente do período da ditadura militar.
Nascido na Rua Sá Freire no bairro Imperial de São Cristóvão no Rio de Janeiro era filho do General Euclides Figueiredo, comandante da Revolução Constitucionalista de 1932.[2] Figueiredo estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, na Escola Militar de Realengo, na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e na Escola Superior de Guerra. Ingressou na carreira política ao ser nomeado Secretário Geral do Conselho de Segurança Nacional do governo do Presidente Jânio Quadros e, em 1964, foi integrante do movimento que culminou com o Golpe militar de 1964, Comandou e chefiou várias companhias militares durante os primórdios da Ditadura Militar, como a agência do Serviço Nacional de Informações (SNI) no Rio de Janeiro de 1964 a 1966, exerceu o comando da Força Pública de São Paulo de 1966 a 1967, do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas de 1967 a 1969 e foi Chefe do Estado-Maior do III Exército em 1969. 

Indicado por seu antecessor Ernesto Geisel, concorreu para presidente na eleição de 1978 pelo Aliança Renovadora Nacional (ARENA), na chapa com Aureliano Chaves para vice-presidente. Os adversários de Figueiredo eram o General Euler Bentes Monteiro para presidente, com Paulo Brossard para vice-presidente, ambos do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Com 355 votos (61,1%) contra 226 dados a Monteiro (38,9%), foi eleito pelo Colégio eleitoral. Em sua posse, pronunciou a famosa frase em que dizia que faria "deste país uma democracia".
O mandato foi marcado pela continuação da abertura política iniciada no governo Geisel. Pouco tempo depois de assumir o cargo, houve uma concessão de anistia "ampla, geral e irrestrita" aos políticos cassados com base em atos institucionais. Em 1980, extinguiu-se o bipartidarismo instaurado. 
A partir deste fato, foi criado o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) como sucessor do MDB, e o Partido Democrático Social (PDS) como sucessor do ARENA, além de outros novos partidos. Figueiredo, assim, virou filiado ao PDS. A 22 de Setembro de 1981 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada de Portugal. Em 1982, engendrou-se uma reforma eleitoral para assegurar à situação maioria nas eleições de 1982, nas quais se defrontariam os governistas do PDS e quatro legendas de oposição. Contudo, durante o seu governo ocorreram vários atentados terroristas, atribuídos a setores da direita e militares da linha dura. A gestão ficou marcada pela grave crise econômica que assolou o mundo, com as altas taxas de juros internacionais, pelo segundo choque do petróleo em 1979, a disparada da inflação, que passou de 45% ao ano para 230% ao longo de seis anos, e com a dívida externa crescente no Brasil, que, pela primeira vez, rompeu a marca dos 100 bilhões de dólares, o que levou o governo a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em 1982. Neste ano, houve a criação do Estado de Rondônia. No ano seguinte, iniciaram-se as campanhas das Diretas Já, que acabaram rejeitadas no Congresso Nacional. Entretanto, o governo Figueiredo permitiu a eleição presidencial indireta, que decretaria o fim do Regime Militar.
Os seis anos do seu mandato registraram crescimento de 13,93% do PIB (média de 2,34%), porém com redução de 0,17% da renda per capita. Figueiredo assumiu com a inflação em 40,81% e entregou a 215,27%. Foi sucedido pelo Governo Sarney (1985 -1990) que entregou a inflação a 1972,91%. Fonte: https://pt.wikipedia.org/

2 comentários:

  1. Arnóbio Paganotto

    Boa explanação histórica

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  2. Athena Mastt

    Estou pelejando para organizar para viajar para os EUA para ver minha família. Provavelmente será pela ultima vez, porque as vezes chegando là, não possa voltar ou não queira. Se voltar ao Brasil, creio que a idade não permitirá voltar là. Sei là, só Deus que sabe.

    Falando a respeito da dominação militar, eu cheguei no Brasil no 25 de maio de 1966, com 20 anos de idade, e fui feliz até que Lula foi eleito. Americano não gosta de comunista, e a maior parte das pessoas sabe porque. Em primeiro lugar, porque sempre teve o forte e o fraco, Cacique de tribo, Rei e Rainha, posteriormente, presidentes, governadores, feios e bonitos, retardados e intelligentes!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Nem todo mundo é igual e nunca será. Pelo amor de Deus, parece que Brasileiro é retardado mental porque lógico e evidente socialismo, e comunismo NUNCA deram certo em lugar algum no mundo!! Gente, vamos deixar or homens embolsar 10 % como antigamente, em vez de 80% !

    AMO O BRASIL, MAS DESSE JEITO NINGUÉM PODE....

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