quarta-feira, 9 de abril de 2025

“BRINCANDO DE DEUS”, CIENTISTAS RECRIAM LOBO ESTINTO HÁ MAIS DE 10 MIL ANOS

 

Por THEODIANO BASTOS

O retorno do lobo-terrível: como a ciência trouxe de volta uma espécie extinta há 10 mil anos e já nasceram uivando.


Conhecido graças à série Game of Thrones, o animal foi recriado geneticamente pela empresa Colossal  Biosciences Os lobos-terríveis (“dire wolves”, do termo em inglês) foram perigosos predadores que viveram nas Américas. Seus fósseis foram encontrados na Venezuela, nos Estados Unidos e no Canadá, e cientistas acreditam que embora não fossem grandes em comparação com o lobo-cinzento, era animais formidáveis, de cerca de 80 quilos. Entre suas presas estavam bisões-antigos e mastodontes.

Para conseguir tal façanha, a Colossal analisou o DNA preservado em fósseis (dentes datados de 13 mil anos e um crânio bem mais antigo, de 72 mil anos). Ao decodificar o genoma dos animais, reescreveu...

Embora seja um avanço importante na ciência, alguns especialistas levantam questões éticas sobre a ideia de modificar ou recriar espécies já extintas e das eventuais consequências de soltar esses animais no ecossistema.

Durante milhares de anos, os lobos-terríveis dominaram vastas regiões do continente americano. Estudos sugerem que eram predadores fortes e de mandíbulas largas, capazes de atacar até animais maiores.

Agora, a startup Colossal Biosciences conseguiu um feito inédito: trazer esse animal de volta. Três novos espécimes, Remus e Romulus (uma menção a Rômulo e Remo, os irmãos ligados à fundação de Roma.

Ao decodificar o genoma dos animais, reescreveu o código genético do lobo cinzento usando ferramentas de edição genética, como o CRISPR Cas-9, e usou cães domésticos como mães de aluguel.

SAIBA MAIS EM: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/04/08/empresa-nos-eua-anuncia-ter-criado-em-laboratorio-lobos-semelhantes-a-uma-especie-extinta-ha-10-mil-anos.ghtml  E https://veja.abril.com.br/ciencia/o-retorno-do-lobo-terrivel-como-a-ciencia-trouxe-de-volta-uma-especie-extinta-ha-10-mil-anos/

  


terça-feira, 8 de abril de 2025

LULA E BOLSONARO, POPULISTAS SEM PROJETOS QUE SÓ VISAM O PODER

 

Por THEODIANO BASTOS

Brasil vive disputa de poder entre dois populistas sem projeto, diz Lamounier sobre Lula e Bolsonaro

Ato com Bolsonaro na Paulista a favor da anistia em 6/4, reúne cerca de 44,9 mil manifestantes, segundo metodologia da USP

Método usado pelo Monitor do Debate Político do Cebrap e pela ONG More In Common utiliza imagens da multidão capturadas por drones. Entenda como foi feita a contagem.

Mas outras fontes calculam em 50 mil, quase 3 vezes mais que em Copacabana.

Há 3 semanas, uma outra manifestação, no Rio de Janeiro, também convocada por Bolsonaro e aliados, reuniu cerca de 18,3 mil pessoas, segundo a mesma metodologia da USP

Para o sócio-diretor da Augurium Consultoria, o Judiciário está corroído pelo corporativismo, e os supersalários só não são tratados como corrupção porque seus beneficiários os legalizaram.

Os governadores que foram ao ato pró-anistia de domingo (6) buscavam o espólio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Estavam presentes:

  • Wilson Lima (União), do Amazonas;
  • Jorginho Melo (PL), de Santa Catarina;
  • Mauro Mendes (União), de Mato Grosso;
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo;
  • Ratinho Junior (PSD); do Paraná;
  • Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais;
  • e Ronaldo Caiado (União), de Goiás.

Desses sete, três (Melo, Mendes e Tarcísio) estão em primeiro mandato e podem, portanto, disputar a reeleição em 2026.

E quatro são potenciais candidatos à presidência em 2026: Ratinho, Zema e Caiado têm tentado se viabilizar como alternativas a Bolsonaro, que está inelegível. Além deles, há Tarcísio, cuja pressão por parte do Centrão para sair candidato tem aumentado, apesar das negativas do governador.

Para todos, a bênção de Bolsonaro é fundamental para a disputa de 2026.

"Caso dê algo ruim para o Jair Bolsonaro, eles estão sugando sua popularidade. Isso é cristalino", diz um aliado do ex-presidente que esteve no ato.

Isso foi o que os levou à Avenida Paulista no domingo, mais do que respaldo à anistia dos responsáveis pelos atentados de 8 de janeiro, uma pauta rejeitada por 56% dos brasileiros (mesmo entre os eleitores de Bolsonaro, 32% são contra, segundo a Quaest), e que levou para a rua bem menos gente que há um ano. 

Defender a anistia é um pedágio: nenhum dos governadores tem força suficiente ou energia para se dedicar a essa pauta.

Aqui, importa a foto: se mostrarem ao lado de Bolsonaro na imagem e no discurso. Assim, na hora da escolha do candidato, não haverá questionamentos de que houve traição ao ex-presidente, que todos querem como cabo eleitoral de quem querem herdar o espólio, cientes que Bolsonaro é carta fora do baralho em 2026, diz o jornal O GLOBO

SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/governadores-se-encontram-com-bolsonaro-antes-de-ato-na-paulista/ E https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2025/04/07/governadores-vao-a-ato-de-anistia-de-olho-no-espolio-de-bolsonaro.ghtml

 

 

PRÓXIMO A JANJA, OEI SOMA 710 MILHÕES EM CONTRATOS

 

FONTE: https://www.estadao.com.br/tv/politica/proxima-a-janja-oei-soma-r-710-milhoes-em-contratos-com-19-orgaos-e-estatais-no-governo-lula/?srsltid=AfmBOop8vKUTIvNDgqffwC2D9JQyEgCQXwfIUuBOO3dvHTZ4UYEzSRq_

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Tarifaço de Trump faz mercado dos EUA perder US$ 7,4 trilhões em dois dias

 



Por THEODIANO BASTOS

Desde o anúncio de tarifas na quarta-feira, os índices Dow Jones, Nasdaq e S&P caíram 9%, 11% e 15%, respectivamente

As bolsas americanas perderam 6,2 trilhões de dólares desde o dia 02 de abril, quando o presidente Donald Trump assinou a ordem executiva que impôs tarifas recíprocas de, pelo menos, 10% sobre as importações dos demais países – incluindo o Brasil, cujas mercadorias foram taxadas em 10%.

As bolsas de valores dos Estados Unidos perderam, somadas, o equivalente a 7,4 trilhões de dólares apenas nos últimos dois dias, desde o “Dia da Libertação” de Donald Trump: o nome dado pelo presidente para o anúncio do seu aguardado pacote global de tarifas que fez na quarta-feira 2. Desde a posse de Trump, em 20 de janeiro, as ações norte-americanas viram sumir 9,8 trilhões de seu valor de mercado...

Ricaços perdem meio trilhão de dólares com “sangria” nas bolsas – um escapa: Buffett

Escalada de guerra comercial dos EUA desencadeia queda global e prejuízos históricos a megainvestidores, principalmente aos mais ligados a Trump

Segundo o Bloomberg Billionaires Index, os 500 indivíduos mais ricos do mundo perderam um total de US$ 536 bilhões apenas nos dois primeiros dias após o anúncio — a maior perda em dois dias já registrada pelo índice, ainda antes das perdas acelerarem nesta segunda-feira (7/4).

'Tarifaço' de Trump causa risco de recessão mundial, alerta professor Lucas Ferraz, professor da FGV, em comentário realizado na edição de estreia do Mercado Aberto desta segunda-feira (7), no Canal UOL

O grande risco que todos acabam correndo é de termos uma recessão mundial. E isso vai depender muito da reação dos outros países. A China já anunciou uma retaliação, 'tête-à-tête' de 34%, que foi o imposto anunciado dos Estados Unidos contra as exportações chinesas, somando-se aos 20% que já havia sido colocado.

A União Europeia também anunciou a retaliação. É possível que tenhamos desvios de comércio. Então isso tudo vai depender da escalada dessa guerra- 

SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/economia/bolsas-de-wall-street-perdem-us-6-trilhoes-em-dois-dias-apos-tarifaco/ https://economia.uol.com.br/ E https://oglobo.globo.com/economia/financas/noticia/2025/04/04/tarifaco-de-trump-faz-mercados-dos-eua-perder-us-74-trilhoes-em-dois-dias.ghtml

 


domingo, 6 de abril de 2025

O sistema que impede Veneza de afundar há mais de 1.600 anos

 
Engenheiros antigos geniais criaram um sistema que mantém Veneza em pé há mais de 1,6 mil anos, usando madeira

Anna Bressanin:

Todos os moradores locais sabem que Veneza, na Itália, é uma floresta de cabeça para baixo.

A cidade completou 1.604 anos no dia 25 de março. Ela foi construída sobre as fundações de milhões de estacas curtas de madeira, socadas contra o solo com a ponta para baixo.

As árvores são lariços, carvalhos, amieiros, pinheiros, abetos e elmos, com altura que varia de 3,5 metros até menos de 1 metro. Elas sustentam os palácios de pedra e altos campanários há séculos, formando uma verdadeira maravilha da engenharia, que equilibra as forças da física e da natureza.

Na maioria das estruturas modernas, concreto reforçado e aço fazem o mesmo trabalho que esta floresta invertida mantém há séculos. Mas, apesar da sua força, poucas fundações atuais poderão durar tanto quanto as de Veneza.

"Estacas de concreto ou aço são projetadas hoje em dia [com garantia para durar] 50 anos", afirma o professor de geomecânica e engenharia de geossistemas Alexander Puzrin, do Instituto Federal de Tecnologia (ETH) de Zurique, na Suíça.

Os edifícios de Veneza sustentam-se sobre estacas de madeira cravadas no solo por meio de um processo chamado fundação por fricção. Esse método consiste em fixar as estacas no solo por atrito, sem atingir o leito rochoso. 

Para tentar conter as inundações, foi criado um projeto chamado Mose. Trata-se de um conjunto de mais de 70 barreiras instaladas no fundo do mar e que circundam a cidade, cada uma pesando 200 toneladas.

  FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c62jddelw0ko  https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=lDvP7OHUJRo  

FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c62jddelw0ko E https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=lDvP7OHUJRo - https://www.google.com/search?q=veneza+como+os+predios+se+sustentam+sobre+estacas&oq=veneza+como+os+predios+se+sustentam+sobre+estacas&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIHCAEQIRigAdIBCTIwODE0ajBqN6gCALACAA&sourceid=chrome&ie=UTF-8 

sábado, 5 de abril de 2025

ADOLESCENTE, O PERIGO NVISIVEL DAS REDES SOCIAIS

 



Por THEODIANO BASTOS

Um estudo da Universidade de Oxford, publicado em 2024, revelou que adolescentes que passam mais de três horas por dia nas redes têm 60% mais chances de desenvolver depressão

Como acompanhar o que os filhos fazem nas redes sociais? Especialistas dão dicas

Minissérie 'Adolescência' acentuou preocupação dos pais com o conteúdo que os menores consomem online

Nos últimos anos, as redes sociais — a face mais onipresente e insidiosa da tecnologia no cotidiano dos jovens — passaram de entretenimento inofensivo a influenciadoras silenciosas do comportamento adolescente. A série “Adolescência”, da Netflix, acende um alerta importante sobre esse impacto: a cultura digital está reconfigurando a formação emocional e psicológica de uma geração inteira. E escancara um problema que governos e big techs preferem ignorar: o ambiente online, sem mediação ou regulação, pode ser profundamente nocivo para crianças e adolescentes.

Como mãe de dois adolescentes, assisti à série com um nó na garganta. A trama, que envolve um garoto de 13 anos acusado de um assassinato brutal — potencialmente influenciado por ideologias misóginas encontradas na internet —, reflete o pesadelo moderno que muitas famílias enfrentam. O acesso irrestrito a conteúdos tóxicos, a normalização da violência e a construção de comunidades extremistas nos cantos escuros da internet não são mais possibilidades distópicas. São realidades cotidianas.

A adolescência hackeada

A adolescência já é, por natureza, uma fase de intensa transformação: física, emocional e social. O cérebro ainda está em formação, a identidade busca se afirmar e o pertencimento a grupos se torna vital. Justamente nesse momento de extrema maleabilidade, operam algoritmos desenhados para capturar atenção e manipular comportamento — muitas vezes sem qualquer critério de segurança.

A velocidade com que novas redes sociais, jogos e aplicativos surgem torna árdua para os responsáveis a tarefa de monitorar o que os adolescentes estão vendo e escrevendo quando estão com o celular em mãos. E há de se admitir: na maioria das vezes, os pequenos têm muito mais domínio das ferramentas digitais, criando uma certa barreira entre os adultos. Os perigos das telas vão desde cyberbullyi...

SAIBA MAIS EM: https://forbes.com.br/forbes-tech/2025/04/adolescencia-o-perigo-invisivel-das-redes-sociais-para-os-jovens/ E https://veja.abril.com.br/comportamento/como-acompanhar-o-que-os-filhos-fazem-nas-redes-sociais-especialistas-dao-dicas/

quinta-feira, 3 de abril de 2025

TARIFAÇO DE TRUMP NÃO TEM METODOLOGIA E IMPÕE TARIFAS A ILHAS HABITADAS POR PINGUINS

 

Por THEODIANO BASTOS

“DIA DA RUÍNA”: Tarifas irracionais de Trunp causarão estragos na economia global, publica o Estadão.                        Ucrânia 10% e Rússia 0. Pode uma barbaridade dessa?

Ridicularizada por impor tarifas comerciais a ilhas congeladas habitadas em grande parte por pinguins, a fórmula de Donald Trump para calcular essas taxas tem um lado sério: ela também está atingindo mais duramente algumas das nações mais pobres do mundo.

A matemática é simples: pegue o déficit comercial de mercadorias dos EUA com um país, divida-o pelas exportações desse país para os EUA e transforme-o em um valor percentual; em seguida, corte esse valor pela metade para produzir a tarifa “recíproca” dos EUA, com um piso de 10%.

Foi assim que o território vulcânico australiano da Ilha Heard e as Ilhas McDonald, na Antártida, acabaram com uma tarifa de 10%. E ainda pode-se dizer que os pinguins se deram bem.

Mas Madagascar — uma das nações mais pobres do mundo, com um Produto Interno Bruto (PIB) per capita de pouco mais de US$ 500 –, por outro lado, enfrenta uma tarifa de 47% sobre os modestos US$ 733 milhões de exportações de baunilha, metais e vestuário que fez com os EUA no ano passado.

Saint Pierre e Miquelon, Lesoto 50%, Camboja 49% e por aí vai

“Presumivelmente, ninguém está comprando Teslas lá”, disse John Denton, chefe da Câmara de Comércio Internacional (ICC), à Reuters, em uma referência irônica à improbabilidade de Madagascar conseguir aplacar Trump comprando produtos norte-americanos sofisticados.

Madagascar não está sozinho. A rispidez da fórmula aplicada a economias que não podem se dar ao luxo de importar muito dos EUA inevitavelmente leva a uma alta taxa recíproca: 50% para Lesoto, no sul da África, 49% para o Camboja, no sudeste da Ásia.

“Os maiores perdedores são a África e o Sudeste Asiático”, disse Denton, acrescentando que a medida “corre o risco de prejudicar ainda mais as perspectivas de desenvolvimento de países que já enfrentam uma piora nos termos de comércio”.

Economistas de todo o mundo, no entanto, apressaram-se em apontar que os termos se cancelavam de tal forma que poderiam ser reduzidos a um simples quociente entre o déficit do comércio de mercadorias e as exportações do comércio de mercadorias.

“Não há realmente nenhuma metodologia”, disse Mary Lovely, membro sênior do Peterson Institute. “É como descobrir que você tem câncer e descobrir que a medicação é baseada no seu peso dividido pela sua idade. A palavra ‘recíproco’ é profundamente enganosa.”

Robert Kahn, diretor administrativo de macroeconomia global da consultoria Eurasia Group, concordou que o anúncio produziu “muitos desses números sem sentido que não são relevantes”.

“Isso envia um sinal (…) de que estamos nos afastando de nossos relacionamentos e alianças com eles e é uma ducha de água fria para muitos de nossos aliados tradicionais”, disse ele à Reuters.
SAIBA MAIS EM:
https://istoe.com.br/tarifaco-de-trump-nao-tem-metodologia-e-pune-mais-paises-pobres/ - https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/tarifaco-veja-a-lista-de-paises-taxados-por-trump/ E https://www.estadao.com.br/economia/the-economist-dia-da-ruina-tarifas-irracionais-trump/