sábado, 1 de março de 2025

Trump e Putin se assemelham no caráter, são pessoas malignas

 


Por THEODINO BASTOS

Todos temos em algum grau traços da chamada 'tríade obscura'; agora, psicólogos querem acrescentar mais uma característica a esse grupo.

Na psicologia, existe um conceito chamado de "tríade obscura". Este trio infame é composto de traços de personalidade que definem o que costumamos chamar de "pessoa ruim".

O primeiro desses traços é o narcisismo. Pessoas narcisistas tendem a se concentrar em si mesmas, fantasiar com poder ilimitado e precisar da admiração constante dos outros.

Em seguida vem a psicopatia, isto é, falta de empatia com os demais. É a característica própria de pessoas manipuladoras, não confiáveis e que não se importam com os sentimentos ou interesses de outras pessoas.

Essa turma do mal é completada pelo "maquiavelismo". Pessoas que têm esse comportamento muito acentuado costumam ter atitudes cínicas e adotarem estratégias cujo único propósito é beneficiar seus próprios interesses.

Os três traços estão presentes nas pessoas emocionalmente frias. Alguns estudos mostraram que pessoas com altas pontuações na "tríade obscura" também possuem níveis baixos de características como simpatia, honestidade e humildade.

Recentemente, uma equipe de psicólogos da Universidade de Western Ontario, no Canadá, sugeriu em um artigo acadêmico que uma quarta característica deveria ser incluída nessa combinação do mal: o sadismo.

A 'tétrade' obscura

Os especialistas definem o sadismo como "uma tendência a se envolver em comportamentos cruéis, degradantes ou agressivos em busca de prazer ou dominação".

Na linguagem comum, ser sádico é gostar de causar sofrimento aos outros.

Várias das características do sadismo se sobrepõem às características da tríade, mas, ao mesmo tempo, dizem os pesquisadores, este tem aspectos únicos que justificariam estudar a possibilidade de somá-lo à tríade. Seria a "tétrade obscura".

Para chegar a essa conclusão, os psicólogos submeteram um questionário com nove questões a 202 universitários (54 homens e 148 mulheres), entre 17 e 26 anos.

Estas são as nove questões do teste, em que os participantes tiveram que marcar de 1 a 5 o quanto concordaram com essas afirmações:

1.  Eu aplico peças nas pessoas para que elas saibam que eu estou no controle da situação;

2.  Eu nunca me canso de pressionar as pessoas ao meu redor;

3.  Eu prejudicaria alguém se isso significasse que eu estaria no controle;

4.  Quando eu zombo de alguém, acho engraçado vê-lo com raiva;

5.  Ser mal com os outros pode ser divertido;

6.  Dá prazer ridicularizar as pessoas na frente de seus amigos;

7.  Acho divertido ver as pessoas brigarem;

8.  Eu penso em ferir as pessoas que me irritam;

9.  Eu não machucaria ninguém de propósito, mesmo que essa pessoa não goste de mim.

10.             As respostas dos estudantes levaram os pesquisadores a concluir que, apesar do sadismo compartilhar algumas das características do narcisismo, da psicopatia e do maquiavelismo, "não pode ser reduzido a (uma manifestação dos) outros três".

11.             Minna Lyons, pesquisadora da escola de psicologia da Universidade de Liverpool, não participou do estudo canadense. Ela, porém, concorda que o sadismo é uma característica em si.

12.             "O sadismo é interessante porque parece diferente da tríade obscura", disse Lyons à BBC Mundo. "Se alguém tem pontuação alta em psicopatia, ele não necessariamente gosta de causar dor a outras pessoas, então parece ser um traço de personalidade distinto."

13.             Para Lyons, é importante estudar esses comportamentos entre pessoas comuns, não apenas entre pessoas que foram diagnosticadas com um distúrbio de personalidade, para ver como essas características se entrelaçam com outros comportamentos.

14.             Além disso, ela adverte que essas características fazem parte do comportamento diário das pessoas. E que, em certas circunstâncias, podem inclusive ser benéficas.

15.             "É normal que haja pessoas com alto índice de sadismo, o que não faz delas anormais. Inclusive o fato de ter uma pontuação alta não te torna necessariamente uma pessoa má", explica Lyons.

16.             "(Essas características) tornam-se problemáticas no momento em que começam a interferir na vida, ou a pessoa começa a perder o controle, e começa a prejudicar outras pessoas e a si mesmo", diz a psicóloga.

17.             Ela também alerta para o fato de que esse tipo de teste é apenas uma ferramenta de medição. Não é usado como diagnóstico, já que muitos outros fatores devem ser levados em consideração ao avaliar o comportamento de uma pessoa.

 

SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/geral-48047457 E https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/04/25/os-tres-tracos-de-personalidade-que-caracterizam-uma-pessoa-ma.ghtml

567.839 ATÉ 28/02/25

 

567.839 VISUALIZAÇÕES ATÉ 28/02/25

Fevereiro com 28 dias, teve quase quatro vezes mais visualizações que janeiro com 31 

A grande novidade é que finalmente fui descoberto no Brasil. Tee dia com até 33% das visualizações. 

Países que mais visualizam:  Singapura, Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Países Baixos, Áustria, Hong Cong, México, França, Rússia, Israel, Países Baixos e outros 

O sucesso no exterior se explica porque os textos podem ser lidos em 12 idiomas

TRUMP NÃO É UM HOMEM MAU, VEJO UM SER MALIGNO

 

Por THEODIANO BASTOS

A declaração de Robert De Niro famoso ator sobre Donald é perfeita.

“Passei muito tempo a estudar homens maus. Examinei as suas características, os seus maneirismos, a banalidade absoluta da sua crueldade. Mas há algo de diferente em Donald Trump.

Quando olho para ele, não vejo um homem mau. Verdadeiramente.

Vejo um ser maligno.

Ao longo dos anos, tenho conhecido gangsters aqui e ali. Este tipo tenta ser um, mas não consegue. Existe algo chamado “honra entre ladrões”.

Sim, até os criminosos têm, muitas vezes, uma noção do que é certo e errado. Se fazem a coisa certa ou não, é outra história — mas — têm um código moral, por mais distorcido que seja.

Donald Trump não. É um tipo duro sem moral ou ética. Sem sentido de certo ou errado. Sem consideração por mais ninguém para além de si próprio — nem pelas pessoas que deveria liderar e proteger, nem pelas pessoas com quem faz negócios, nem pelas pessoas que o seguem, cega e lealmente, nem mesmo pelas pessoas que se consideram seus “amigos”.

Tem desprezo por todos eles.

Nós, nova-iorquinos, já o conhecemos há anos, pois envenenou a atmosfera e encheu a nossa cidade de monumentos ao seu ego. Sabíamos, por experiência própria, que se tratava de alguém que nunca deveria ser considerado para liderança.

Tentámos alertar o mundo em 2016...

O homem que deveria proteger este país colocou-o em perigo por causa da sua imprudência e impulsividade. Era como um pai abusivo a governar a família através do medo e do comportamento violento. Essa foi a consequência do aviso de Nova Iorque ter sido ignorado. Da próxima vez, sabemos que será pior.

Não se deixe enganar: Donald Trump, que já foi acusado duas vezes e acusado quatro vezes, continua a ser um tolo...

Assim, hoje emitimos outro alerta. Deste lugar onde Abraham Lincoln falou — aqui mesmo no coração pulsante de Nova Iorque — para o resto da América:

Esta é a nossa última oportunidade.

A democracia não sobreviverá ao regresso de um aspirante a ditador.

E não vencerá o mal se estivermos divididos.

Então o que fazemos em relação a isso? Eu sei que estou aqui a pregar para convertidos. O que estamos a fazer hoje é valioso, mas temos de levar o hoje para o amanhã – levá-lo para fora destas paredes.

Temos de estender a mão à metade do nosso país que ignorou os perigos de Trump e, por qualquer razão, apoia o seu regresso à Casa Branca. Não são estúpidos e não devemos condená-los por fazerem uma escolha estúpida. O nosso futuro não depende apenas de nós. Depende deles.

Vamos estender a mão aos seguidores de Trump com respeito.

Não vamos falar de “democracia”. “Democracia” pode ser o nosso Santo Graal, mas para outros é apenas uma palavra, um conceito, e ao abraçarem Trump, já lhe viraram as costas.

Vamos falar sobre o certo e o errado. Vamos falar de humanidade.

Vamos falar de bondade. Segurança para o nosso mundo. Segurança para as nossas famílias. Decência.

Vamos recebê-los de volta.

Não os conseguiremos todos, mas podemos conseguir o suficiente para acabar com o pesadelo de Trump e cumprir a missão desta

“Cimeira para Parar Trump”.

SAIBA MAIS EM: https://www.facebook.com/100000457940457/posts/28930385229893357/?mibextid=rS40aB7S9Ucbxw6v E                                                    https://www.theguardian.com/film/2023/oct/13/robert-de-niro-trump-is-evil-and-a-wannabe-tough-guy-

with-no-morals-or-ethics  

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Trump humilha Zelensky em reunião tensa na Casa Branca

 

Por THEODIANO BASTOS

Um desastre absoluto que deixa o futuro da Ucrânia em dúvida. O encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca terminou catastroficamente, depois que Trump repreendeu Zelensky - publicamente, diante de todas as câmeras e em um movimento sem precedentes - no início da reunião no Salão Oval para assinar um acordo para explorar minerais raros na Ucrânia.

Após discussão de Trump e Zelensky, países não assinam acordo de minerais

Presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia protagonizaram um bate-boca durante entrevista coletiva na Casa Branca

Após um bate-boca ocorrido nesta sexta-feira (28/2) entre os presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos Estados Unidos, Donald Trump, os dois países não assinaram um acordo que previa a exploração norte-americana de minerais em solo ucraniano. A informação sobre a não-assinatura do acordo foi dada por fontes da Casa Branca à agência Reuters.

Discussão acalorada

Durante a reunião ocorrida hoje, Zelensky criticou governos dos EUA por não terem agido para impedir as ações do presidente russo, Vladimir Putin, de anexação de territórios entre 2014 e 2022.

Irritado, Trump disse que o ucraniano estava apostando em milhões de vidas e na terceira guerra mundial – e repetiu que Zelensky não tem cartas para negociação. O vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, afirmou que Zelensky deveria ser grato ao governo americano e perguntou: “quantas vezes você disse ‘obrigado’ nessa reunião?”.

Embaixadora afunda cabeça nas mãos durante discussão entre Trump e Zelensky

Minutos depois da discussão, os presidentes seguiram para uma reunião interna –e logo a imprensa foi avisada de que a coletiva de imprensa tinha sido cancelada. Trump publicou um comunicado nas redes sociais dizendo que Zelensky deve voltar quando quiser paz.

Mais de uma vez, Trump foi questionado a respeito de sua relação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Em resposta a um jornalista, o republicano afirmou não estar alinhado com Putin, apenas com “os EUA e o bem do mundo”.

SAIBA MAIS EM: https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/02/28/apos-discussaotrump-diz-que-zelensky-podera-voltar-quando-estiver-pronto-para-a-paz-acordo-de-minerais-nao-foi-assinado.ghtml - https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/apos-discussao-de-trump-e-zelensky-paises-nao-assinam-acordo-de-minerais/ E https://elpais.com/internacional/2025-02-28/trump-humilla-a-zelenski-en-una-tensa-reunion-en-la-casa-blanca-esta-jugando-con-la-tercera-guerra-mundial.html

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

LEMBRANÇAS DE INFÃNCIA, QUANDO TINHA APENAS UM ANO


 Por THEODIANO BASTOS

Tomei um susto ao ler, uns 30 anos atrás, CEM ANOS DE SOLIDÃO de  Gabriel Garcia Marques, prêmio Nobel de literatura, onde Úrsula, a mãe do coronel Aureliano Buendia, dizia que ele chorou na sua barriga e lembrei o que minha mãe Theodora dizia para as amigas, sobre mim:

“Theodiano, Theodiano, chorou na minha barriga”

Minha mãe Theodora, falecida com apenas 39 anos, de Mal de Chagas, deixando 7 filhos na orfandade. Seis meninos e uma menina

Sim, bebês podem praticar o choro na barriga da mãe, mas sem emitir som. Esses movimentos faciais são parte do desenvolvimento motor e respiratório do bebê. 

Por que os bebês praticam o choro na barriga da mãe? Bebês podem chorar no útero?

O desenvolvimento do bebê dentro do útero sempre desperta muita curiosidade dos pais. Especialistas comentam sobre o que pode ou não pode acontecer no ambiente uterino. 

Eu era o mais velho e tinha apenas 11 amos, o o mais novo, Orígenes Horácio, tinha apenas 8 messes.

Lembro sendo tirado do berço agredindo minha irmã Therezinha, esperneando no colo de tia Tintinha. No quarto tinha um candeeiro na parede.

Lembro estar no colo da babá Carminha, levando uma sombrinha para ver as mulheres lavando roupa no rio Pojuca. Que morava numa casa que tinha o pé de sapoti no quintal e uma feira na frente da casa. Com mais de 30 anos fui rever Pojuca e tinha mesmo o rio passando pelos fundos da casa, mas na verdade não era um rio, mas um córrego.

A maioria das pessoas não se lembra de eventos que aconteceram antes dos 2 ou 3 anos de idade. No entanto, é possível que algumas pessoas se lembrem de acontecimentos a partir dos 2 anos. 

Os bebês conseguem formar memórias. Apesar do fato de que as pessoas não conseguem se lembrar muito do que aconteceu com elas antes dos 2 ou 3 anos de idade, pesquisas sugerem que os bebês são capazes de formar memórias — mas não os tipos de memórias que você conta sobre si mesmo.

Por que não conseguimos nos lembrar de nossos primeiros anos de vida?

Faça um esforço e pense: qual é a primeira lembrança que você tem? E quantos anos tinha nesta época?

É bem provável que as recordações sejam de quando você tinha 3 ou 4 anos de idade no máximo. Por que não costumamos nos lembrar do que aconteceu no início de nossas vidas?

O fenômeno tem um nome: amnésia infantil. "Nenhum de nós se lembra de algo anterior aos 2 ou 3 anos de idade. A maioria não se recorda de nada que ocorreu antes dos 4 ou 5", diz Catherine Loveday, da Universidade de Westminster, no Reino Unido.

A idade média de nossas primeiras recordações é 3 anos e 4 meses, mas, como Loveday destaca, há quem possa se lembrar de eventos anteriores. Afinal, uma criança de 2 anos de idade pode reconhecer pessoas e lugares - e isso requer memória.

Mas, neste caso, estamos falando da memória episódica, relacionada a acontecimentos autobiográficos - momentos, locais, emoções e outros dados de contexto - que podem ser evocados explicitamente.

Curva de esquecimento

Para explorar como nos recordamos, pode ser uma boa ideia começar pela forma como esquecemos. No final do século 19, o alemão Herman Ebbinghaus, pioneiro no estudo da memória, inventou um experimentos para testá-la.

Primeiro, aprendeu centenas de listas de palavras sem sentido. Depois, mediu quanto tempo levava para voltar a aprender as listas após períodos de tempo que iam de 20 minutos a um mês.

SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/geral-39477636#:~:text=%22Nenhum%20de%20n%C3%B3s%20se%20lembra,de%20Westminster%2C%20no%20Reino%20Unido.&text=%22A%20idade%20da%20primeira%20lembran%C3%A7a,como%20cair%20de%20bicicleta... - https://revistacrescer.globo.com/gravidez/desenvolvimento-do-bebe/noticia/2023/04/bebes-podem-chorar-no-utero.ghtml  E https://www.google.com/search?q=UMA+CRIAN%C3%87A+PODE+CHORAR+NA+BARRIGA+DA+M%C3%83E%3F&oq=UMA+CRIAN%C3%87A+PODE+CHORAR+NA+BARRIGA+DA+M%C3%83E%3F&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIICAEQABgWGB4yCAgCEAAYFhge0gEJMTMyMDlqMGo3qAIIsAIB8QXHk4XT0-3Xr_EFx5OF09Pt168&sourceid=chrome&ie=UTF-8

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

RENASCIMENTO EM VIDA

 

Por THEODIANO BASTOS

“AH, DO SOLO EM BROTEI! 

                                                                                                             E SAUDEI A TERRA COM TAL GRITO QUE NINGUÉM

CONHECE, EXCETO QUEM ESTAVA MORTO E

RESSUCITA”,                                                                                                            Edna Millaay no poema O Renascimento

A Fênix é uma ave mitológica que simboliza a imortalidade, o renascimento, a esperança e a transformação. É conhecida por renascer das próprias cinzas. 

A fênix surgiu no Egito antigo, milhares de anos antes de Cristo. Acredita-se que a fênix tenha origem na ave egípcia benu, que criou a si mesma e tinha relação com o Sol e com a cidade de Heliópolis. A primeira menção à fênix na mitologia grega é atribuída ao poeta Hesíodo. 

O que não nos mata nos torna mais fortes diz Friedrich Nietzsche 

Da escola de guerra da vida: o que não me mata, torna-me mais forte.                                                    Friedrich Nietzsche 

Tudo o que não me mata torna-me mais forte”, — disse Nietzsche, antes de morrer.
É uma frase bonita, mas não é verdade. Tudo o que não me mata na hora, vai-me matando aos bocados e devagar.
Mentiras, traições, faltas de respeito, de amor ou atitudes que comprometem o nosso bem estar — matam aos bocadinhos. Levamos tempo e vivemos auto reconstruções, para que essa ferida feche. E vamo-nos lembrando dela pela marca e pela pele, — que fica muito mais dura e forte a volta do lugar.
Vai se matando a bondade, a confiança, a honestidade e um saco cheio de coisas que nos fazem bem.
Quando nos magoam demasiado — cobrimo-nos igualmente de pele mais dura e mais forte, para que nada nos possa afetar.
Dá para se aliviar: fiquei mais forte - sim, verdade.
Mas lá no fundo, alguma coisa partiu e não é fácil de a consertar.
E, até, podes saber como e quando defender-te, se for preciso e, como também, fazer aprender. Já não te admiras nem te surpreendes pela negativa. Mas continuas a perder alguma coisa demasiado importante, cada vez que alguém te comprova que não devias confiar.
Perdes e vincas o sentimento de não poderes recuperá-lo. Algo teu, que começa e acaba na fé e na bondade.
Tornas-te mais forte, sim, mas graças às tuas outras qualidades, não graças às pessoas, nem atitudes, que contribuíram para a tua pequena revolução.
Porque tudo o que não te mata, só não te mata logo, mas, eventualmente, pode acabar por matar.
Então mais vale limitar logo as coisas e as pessoas que te vão matando aos lentos bocados, em vez de os ir deixando continuar.                 

Crepúsculo dos Ídolos. São Paulo: Cia das Letras, 2006.