quarta-feira, 29 de outubro de 2014

FRAUDE NAS ELEIÇÃO DE 26 DE OUTUBRO?





PSDB QUER RECONTAR VOTOS DO SEGUNDO TURNO
O PSDB protocolou no dia 30/10/14, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedido de auditoria especial para verificar o resultado da eleição presidencial no segundo turno. Aécio perdeu a disputa por 3,28 pontos percentuais. A petição está assinada pelo coordenador jurídico do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), o partido justifica que há "uma somatória de denúncias e desconfianças por parte da população brasileira". O partido pede pede ao TSE a abertura de processo de auditoria nos sistemas de votação e de totalização dos votos. 
No dia 26/10/14 assistia à mesa redonda na BAND, coordenado por Ricardo Boechat, tendo na mesa, entre outros, a jornalista Dora Kramen, o senador Alvaro Dias e um conhecido petista. Este se ausentou por duas vezes. Na primeira voltou com o semblante carregado e na segunda, pouco antes das 20h, voltou exultante, o que motivou o comentário de Boechat. 
Acontece que na sala de totalização dos votos no TSE havia 23 pessoas com as portas fechadas e todos tiveram de deixar os celulares do lado de fora. De onde saiam as informações privilegiadas para o petista presente?
  
  Sucessão de fraudes,                         por Olavo de Carvalho 

ELEIÇÃO COM CONTAGEM SECRETA DE VOTOS NÃO É ELEIÇÃO, É FRAUDE - OLAVO DE CARVALHO - PETIÇÃO

Houve fraude nas eleições presidenciais de 2014? Sem o menor temor de errar, afirmo categoricamente: houve não uma, nem duas, nem mil, mas a mais longa e assombrosa sucessão d e fraudes que já se observou na história eleitoral de qualquer país, em qualquer época.
Essa afirmação, que soará hiperbólica aos ouvidos de quem não conhece os fatos o suficiente para poder medi-la, traduz uma verdade literal e simples que qualquer um, se quiser investigar um pouco em vez de julgar sem conhecimento de causa, poderá confirmar por si próprio.


Primeira série de fraudes:


A Lei dos Partidos Políticos de 1995, Art. 28, alínea II, afirma taxativamente que será cassado o registro de qualquer partido que se comprove ser subordinado a uma organização estrangeira. O PT, segundo a propaganda do seu III Congresso, reconhece o Foro de São Paulo como "coordenação estratégica da esquerda latino-americana". Ao subscrever e colocar em prática as decisões das assembléias gerais do Foro, esse partido reconhece sua subordinação a um plano internacional que não só jamais foi discutido ou aprovado no nosso Parlamento, como advoga, sem dar disto a menor ciência ao povo brasileiro, a dissolução da soberania nacional mediante a integração do país num monstrengo internacional chamado "Pátria Grande", cuja capital é Havana e cuja língua oficial é o portunhol.


A sra. Dilma Rousseff, em especial, chegou a ser louvada pelo ditador venezuelano Hugo Chávez como "grande patriota... patriota da Pátria Grande". Será possível não entender que ninguém pode ser ao mesmo tempo um patriota da pátria brasileira e um servidor leal da organização internacional empenhada em engolir essa pátria e governá-la desde assembleias e em reuniões secretas realizadas em Havana, em Caracas ou em Santiago do Chile?


Quando digo "reuniões secretas", não é uma interpretação que faço. É o traslado direto da confissão cínica apresentada pelo sr. Lula da Silva, não numa conversa particular, mas em dois discursos oficiais transcritos na página da Presidência da República (um deles em www.olavodecarvalho.org/semana/050926dc.htm )


Se ainda vale o princípio de que de duas premissas decorre uma conclusão, esta só pode ser a seguinte: o PT é um partido ilegal, que não tem o direito de existir nem muito menos de apresentar candidatos à presidência da República, aos governos estaduais ou a qualquer câmara estadual ou municipal.


Segunda série de fraudes:


Tão óbvia e gritante é essa conclusão, que para impedir que o cérebro nacional a percebesse foi preciso ocultar da opinião pública, durante dezesseis anos seguidos, a mera existência do Foro de São Paulo, para que pudesse crescer em segredo e só se tornar conhecido quando fosse tarde demais para deter a realização dos seus planos macabros.


Nesse empreendimento aliaram-se todos os órgãos da "grande mídia", reduzindo o jornalismo brasileiro a uma vasta e abjeta operação de desinformação e forçando o povo brasileiro, em sucessivas eleições, a votar em candidatos cujo programa de ação desconhecia por completo e, se o conhecesse, jamais aprovaria.


Terceira série de fraudes:


O Foro de São Paulo é a mais vasta, mais poderosa e mais rica organização política que já existiu no continente. Seu funcionamento – assembléias, grupos de trabalho, publicações, viagens e hospedagens constantes para milhares de agentes – é inviável sem muito dinheiro que até hoje ninguém sabe de onde vem e cuja origem é feio perguntar.


É praticamente impossível que verbas do governo brasileiro não tenham sido desviadas em segredo para essa entidade. É mais impossível ainda que grossas contribuições não tenham vindo de organizações de narcotraficantes e sequestradores como as Farc e o MIR chileno, que ali são aceitas como membros legítimos e tranquilamente discutem, nas assembleias, grupos de trabalho e encontros reservados, a articulação dos seus interesses criminosos com o de partidos políticos como o PT e o PC do B.


Quarta série de fraudes:


A sra. Dilma Rousseff, servidora dessa geringonça imperialista, jamais poderia ser candidata a qualquer cargo eletivo no Brasil. Urnas que votam sozinhas ou que já chegam à seção eleitoral carregadas de quatrocentos votos para a candidata petista, como tantos eleitores vêm denunciando, são apenas subfraudes, ou pedaços de fraudes, em comparação com a fraude magna que é a presença, na lista de candidatos presidenciais, da agente notória e comprovada de um esquema estrangeiro empenhado em fagocitar e dissolver a soberania nacional.


Quinta série de fraudes:


Eleição com contagem de votos secreta não é eleição, é fraude. O sistema de ocultações montado para isso, sob a direção de um advogadinho chinfrim sem mestrado, sem obra notável publicada e sem qualquer currículo exceto serviços prestados a um dos partidos concorrentes, viola um dos princípios mais elementares da democracia, que é a transparência do processo eleitoral. Como observou uma advogada que tentou denunciar em vão a anomalia imposta ao eleitor brasileiro, "é o crime perfeito: o acusado se investiga a si próprio".


Que mais será preciso para concluir que, sob todos os aspectos, a eleição presidencial de 2014 foi em si uma fraude completa e majestosa, coroamento da longa sucessão de fraudes em série em que se transformou a política brasileira desde o ingresso do PT no cenário eleitoral?

Olavo de Carvalho é jornalista, ensaísta e prof. de Filosofia


Fonte: http://www.dcomercio.com.br/sucessao-de-fraudes



ANEXOS: Petição para Corte Criminal Internacional contra o PThttp://www.citizengo.org/pt-pt/signit/12825/view   


Provas abundantes de fraude nas urnas, manipulação proposital com conivência do TSE. http://conspiratio3.blogspot.com.br/search/label/URNAS%20ELETR%C3%95NICAS
 Fonte: Libertário <oiratrebil@gmail.com>

 

NÃO HÁ O QUE SE LAMENTAR,



Há muita tarefa para fazer e ficar nas "lamentações" vai
só aumentar os problemas,
  
      
        

 por Heitor Carvalho

JK, UM POLÍTICO QUE FEZ MUITAS PROMESSAS...
E CUMPRIU TODAS!!!!!!

Quando se deve fazer propaganda de sorvete? No verão... se fizer no inverno ninguém vai prestar a mínima atenção...Quando se deve malhar? No ferro quente... no ferro frio não adianta!

O QUE FAZER NESTE MOMENTO?  Malhar, malhar, malhar....Construir uma frente de 20 milhões de votos Ganhar onde PERDEU e confirmar onde ganhou!!!

PRÓXIMAS ELEIÇÕES: municipais daqui a dois anos! Onde trabalhar? Como trabalhar? Quem será candidato? O grande erro de Marina foi "ficar emburradinha" por que "não gostaram de mim" durante quatro anos. Não fez OPOSIÇÃO e pouco ajustou para aproveitar seus vinte milhões de votos.. Deixou para "penúltima hora" montar sua
"solidariedade"... Fez uma jogada de mestre ao se unir ao Eduardo Campos.... abriu larga vantagem e..... perdeu-a! Porque perdeu? Ficou adiando decisões... não tinha
estrutura partidária que lhe desse "'capilaridade" onde precisava de votos... Durante 12 anos tanta gente "ouviu calada".. tanta gente "deixou correr os panfletinhos gratuitos
divulgados pelos sindicatos com uma "cantilena de slogans"..... Na undécima hora quiseram colocar "na mesa" as VERDADES mas não houve tempo do eleitor "meditar" que se algúém EXIGE PROVAS DAQUILO QUE POR DEVER DE OFICIO DEVERIA SABER  é porque está  "enrolado até o pescoço"

1)Analisar os resultados detalhadamente. Quando a "Arena" dos militares ganhava eleições de deputados e senadores ("indiretas para a Presidência, senadores "biônicos"...) ERA O INÍCIO DO FIM... da "distenção gradual e segura", isto é, que não conseguiam mais SEGURAR!

2- Qual a lista dos "apoios" que deram votos a um lado e ao outro? Está na hora da "conversão" na ressaca... NÃO GASTOU UMA SEMANA e as "bandeiras" que deram voto.... estão sendo RASGADAS!!! Você conhece algum petista arrependido? No PSOL, no PSB, nos "intelectuais em silêncio", na sua roda de amigos, na sua famĺia? Porque se arrependeram? São todos IGNORANTES, SÃO TODOS ILUDIDOS, SÃO TODOS INTELECTUALMENTE DESONESTOS, SÃO TODOS RICOS, SÃO TODOS POBRES, DESEMPREGADOS???


Todos viajaram de avião e a aeromoça antes de descer recebeu ordens do piloto para buscar a chave com o titio do Aécio? Não foi o sistema de satélite que determinou se poderia descer e/ou arremeter? Lembra-se que certo governo prometeu 800 aeroportos
regionais, depois baixou para 250 antes da Copa e construiu quantos? onde?

3-No seu município quem está INDIGNADO O SUFICIENTE para se candidatar a vereador/prefeito? Vão ser apoiados os da OPOSIÇÃO LEAL DE SUA MAJESTADE
O Governo Federal? 4-Você pode perguntar a uma dona de casa se ela acha que a INFLAÇÃO ESTÁ SOB CONTROLE DO MANTEGA quando ela faz compra no supermercado?

5-Você pode perguntar os "números"... e fazer umas continhas bem básicas.... Quantos anos de promessas de "estradas asfaltadas, duplicadas, de hospitais FUNCIONANDO, de assistência médica EFETIVA... É fácil dizer que o único dos grandes países que tem "cobertura universal" do SUS.... mas quantos meses para uma consulta...O IMPORTANTE É FAZER AS PESSOAS ACREDITAREM MAIS NA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA DIRETA  vacinando-as contra a "ancoragem" da propaganda....

6) Além da lista dos ex-lulistas (incluindo a bancada da Papuda que "não são pessoas da confiança do molusco) thá a listinha dos "novos amigos" que inclui o Collor, Sarney, etc,, etc,, etc,
A Eleição em Minas foi ganha, isto é, o diferencial de votos está configurado no eleito ABRAÇADO COM NEWTON CARDOSO.Apesar de TER FEITO ISTO entrou na "justiça" para impedir esta divulgação durante o período eleitoral...Mas pode esperar que "secretarias e órgãos" serão entregues a "indicados pelo PMDB" ou seja, laranjal do Newtão, Newtinho, e Cia...

E os empresários SONEGADORES DE IMPOSTOS  que receberam 90% de anistia para um Novo REFIS... quantos meses vão pagar antes de novamente "deixarem de pagar este absurdo que está quebrando a empresa" e esperar a nova anistia daqui a dois anos na próxima véspera de eleição?

7-O pequeno número de "desempregados" ou seja PESSOAS PROCURANDO SERVIÇO  não teria umas "ajudinhas" dos que RECEBEM BOLSA FAMÍLIA. E se mantém no mercado informal PARA NÃO PERDER O BENEFÍCIO? ou já desistiram de procurar por achar inútil e se tornam "empreendedores" coletando
latinhas de alumínio, "intimando os motoristas como guardadores das vagas para o carro"?

TRABALHEM PARA  Aumentar o número dos Desiludidos a cada promessa quebrada, a cada "não foi bem o que eu disse antes"... Já saiu o Mantega? Baixou o preço da gasolina? O etanol já é competitivo? Cada um arre
pendido será um ex-eleitor
do lulismo/dilmismo para "nunca mais"....

EVITEM IRRITAR O ELEITOR QUE VOTOU NA MESMA LINHA QUE VOCÊ.. E TAMBÉM O QUE VOTOU CONTRA... É PRECISO informar-se e entender porque votou a favor e porque votou contra... isto é necessário para confirmar as esperanças, promessas e vigilância dos que mereceram tantos votos e também  para saber como desconstruir a propaganda enganosa e as promessas vazias, as ilusões de números e outras coisas....



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

QUEM PERDEU A ELEIÇÃO



Quem perdeu a eleição,
por Rubens Ricupero
Escrevendo dois dias antes da eleição, não sei quem ganhou, mas sei quem perdeu. Da campanha mais sórdida em 70 anos, a democracia sai degradada pela manipulação dos marqueteiros. O Brasil já perdera crescimento, estabilidade da moeda, responsabilidade fiscal, saldo das exportações, dinamismo da indústria, admiração do mundo. Está agora ameaçado de perder a unidade e a concórdia civil.
Lula, Dilma e seu partido escolheram o confronto e a violência verbal como tática para ganhar. Se vencer, a presidente não poderá repetir o que disse Obama em sua posse: "estamos juntos porque escolhemos a esperança em vez do medo, a unidade de propósitos em lugar do conflito e da discórdia".
A democracia deve encarar a alternância no governo como o único antídoto contra a inevitável corrupção do poder perpétuo. Não se trata de esperar, por absurdo, que o governo cometa suicídio em nome da alternância. O que se tem o direito de exigir é que nenhum partido, muito menos o que goza da vantagem da situação, se comporte como aquele coronel do interior para o qual só havia em política um crime imperdoável: perder eleição.
Justificar a sordidez dos meios pelo desejo de manter os inegáveis avanços sociais em favor dos pobres equivale à definição que Sartre deu dos estalinistas: "homens injustos que lutam pela justiça".
Não cabe colocar no mesmo plano a mentira oficializada como método de campanha com a divulgação de depoimentos do mais espantoso escândalo de corrupção de que se tem memória na Petrobras e no país. Os juízes terão de decidir se o governo teve responsabilidade criminal. O que não padece dúvida é a responsabilidade política pelo descalabro de presidentes e governos que nomearam e mantiveram nos cargos os diretores indicados por partidos que mais se parecem a famílias mafiosas.
Deixou-se que os problemas brasileiros adquirissem dimensões quase sobre-humanas. Do lado econômico, inflação em alta, estagnação do crescimento, déficits assustadores no orçamento e nas contas externas, risco de perder o grau de investimento numa conjuntura internacional adversa. Do lado político, um congresso ainda mais fragmentado em partidos fisiológicos combinado com instituições públicas desmoralizadas por escândalos.
A última coisa de que precisávamos era de uma sociedade rachada ao meio, polarizada e radicalizada. Como tivemos nos dois anos e meio de paralisia antes do golpe militar.
A fim de enfrentar os desafios que o esperam, o governo precisará de um mínimo de unidade e consenso, inclusive das oposições. Os que põem fogo em paixões sectárias para ganhar a eleição vão logo descobrir que vitórias geradoras de ressentimento e rancor inviabilizam tais condições.
Para quem age dessa forma irresponsável, a política não passa de um moinho que deve ser usado para triturar vidas exemplares como a de Marina. Ou para reduzir a pó as ilusões dos que sonharam com uma vida pública renovada e mais pura.
O sábio Cartola já nos antecipou o destino que os aguarda: herdarão somente o cinismo e resvalarão no abismo que cavaram com seus pés.
Fonte: Folha de São Paulo (27/10/2014)  

Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da Faap, foi secretário-geral da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), ministro da Amazônia e do Meio Ambiente, ministro da Fazenda (governo Itamar), embaixador em Genebra, Washington e Roma. Escreve quinzenalmente.
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DE DILMA PARA DILMA: UMA HERANÇA MALDITA



De Dilma para Dilma: uma herança que pode se tornar uma bomba

Inflação alta, crescimento baixo e fragilidade fiscal são apenas algumas das distorções que a presidente provocou na economia e que agora terá que corrigir
Reeleita, com 51,64% da preferência do eleitorado, a presidente Dilma Rousseff (PT) terá que encarar, diante do espelho, uma autoimagem nada alentadora: a da deterioração econômica resultante de quatro anos de políticas equivocadas. Terá uma chance de mais quatro anos para transformar sua herança, marcada por atividade fraca, inflação alta e artimanhas fiscais, numa agenda de retomada do crescimento. Os desafios são muitos, e vão desde o reestabelecimento de um equilíbrio das contas públicas, passando pela inversão do déficit nas transações correntes até chegar no alinhamento entre política monetária e fiscal. A estagnação dos indicadores de desigualdade social torna ainda mais urgente a correção dos deslizes.

O problema é que a presidente, até agora, não sinalizou que mudará sua conduta e, mais uma vez vitoriosa, pode entender que teve a chancela do povo brasileiro para seguir adiante com sua estratégia de priorizar a demanda, ou seja, o consumo, em detrimento da oferta. Ainda que ela defenda a bandeira do "governo novo, ideias novas", não há solução mágica: trocar o comando do Ministério da Fazenda não a absolve dos erros cometidos anteriormente, tampouco implica em mudanças automáticas. "Dilma não acredita que a economia parou de crescer em razão de suas políticas mal concebidas, do discurso intervencionista, da visão que de que o Estado é quem deve ser o principal condutor do crescimento. A presidente também não acha que temos um problema fiscal em gestação com o uso desgovernado do crédito público", diz a economista Mônica de Bolle, sócia-diretora da Galanto Consultoria.

O Brasil de 2015 será um país bem diferente do que Dilma recebeu em 2011 – mais fragilizado economicamente e rachado no campo político. Com Dilma, o Brasil deve crescer, em média, menos de 2%, metade do que avançou no período Lula. "A economia cresce perto de zero neste início de 2014, em um cenário de recessão técnica (dois resultados negativos trimestrais de PIB). Em termos comparativos, a média de avanço do governo Dilma representa um terço da taxa de crescimento de seus pares emergentes", destaca Felipe Salto, economista da Tendências Consultoria. Além do mais, desta vez, pode não haver crise hídrica ou externa para atribuir a culpa da desaceleração da atividade. Na verdade, quem dita o atraso é a estratégia até o momento mal-ajambrada da presidente. Como reflexo do baixo nível da atividade, Dilma deixa de presente grande parte das obras prioritárias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) atrasadas, como a transposição do rio São Francisco e a refinaria de Abreu e Lima - esta última, inclusive, investigada como objeto de superfaturamento, conforme aponta o Tribunal de Contas da União (TCU).

Diante deste cenário nada animador, não resta dúvida de que 2015 será um período de ajustes. O que está em aberto é seu grau e velocidade. "Fazer ajustes fiscais vai ajudar o Brasil a crescer, e não o contrário. É por meio desse processo que o próximo governante vai desfazer distorções provocadas por políticas equivocadas, a fim de retomar o caminho do equilíbrio econômico", diz Zeina Latif, sócia da Gibraltar Consulting. Para afastar o fantasma do rebaixamento, imposto pelas agências de classificação de risco, a economista ainda sugere uma avaliação minuciosa de todas as benesses fiscais concedidas durante o governo, como desonerações de impostos apenas para alguns setores. "Questiono-me se o avanço da agenda de desonerações foi positivo e melhor do que se adotássemos medidas horizontais e cautelosas", diz Zeina. Tal ajuste terá  de passar por uma maior contenção de gastos de custeio, como despesas e terceirizações. "O mais triste é que esse tipo de medida afeta, diretamente, a parcela mais pobre da população", lembra Evaldo Alves, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Na pauta do próximo governo, também está a liberação de preços administrados, como gasolina, transporte e energia, que foram segurados este ano para não arranhar ainda mais a já tão debilitada credibilidade da presidente. Economistas consultados pelo site de VEJA não descartam a possibilidade de que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPCA), que já ultrapassa o teto da meta do Banco Central (BC), de 6,5%, encoste na casa dos 7%, mesmo que isso venha acompanhado de uma queda do preços de commodities no mercado externo. Também será tarefa do próximo governante solucionar a crise energética que impôs novamente à população o risco de racionamento, com reservatórios em níveis mínimos, distribuidoras desabastecidas e térmicas a pleno vapor. A lista não para por aí. O site de VEJA preparou uma relação de alguns dos principais pontos do legado que Dilma deixou para ninguém mais do que si mesma. 
 Fonte: http://veja.abril.com.br (27/10/14)



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Dilma segundo o The Economist

A comparação de Dilma com o bujão de gás vestido tornou-se viral, e muita gente se sentiu ofendida, chamando a comparação de machista, que aquela roupa estava adequada a uma senhora obesa. A essa reação vi muito comentário tipo "nada a ver": qualquer coisa que ela vestisse tinha que ser criticada, dado o estado em que ela deixou nosso País no seu primeiro mandato.

Da minha parte eu acredito que existem formas melhores de se fazer uma caricatura da Dilma, da mandatária Dilma, não da senhora Dilma; e nisso o The Economist é um craque:

O título da reportagem que traz a reboque esta verdadeira obra de arte é: "Os erros cometidos por Dilma Rousseff durante o primeiro mandato significam que o segundo será turbulento". A lista assustadora de coisas a fazer inclui:
  • Refazer os laços com os Estados Unidos, afetados pela revelação de que em 2013 espiões americanos grampearam suas chamadas telefônicas,
  • Controlar o desmatamento da Amazônia, que voltou a crescer após uma década de declínio,
  • Enfrentar a ameaça de racionamento de energia e de água no sudeste industrial,
  • Preparar a cidade do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016, com o risco de reprisar o acontecido com a copa do mundo de futebol em 2014, quando os cronogramas foram ignorados,
  • Administrar o imbróglio em que se meteu o seu partido, o PT, e seus aliados, no escândalo de corrupção que envolveu a Petrobrás.
Mas é na Economia que as ondas estão mais agitadas e as nuvens mais negras. O ciclo de valorização das commodities acabou, e isso significou a queda dos preços dos maiores itens de exportação do Brasil: soja, minério de ferro e mais recentemente petróleo. As políticas adotadas por Dilma durante o primeiro mandato se mostraram desastrosas: a combinação de falta de rigor macroeconômico com intervenção na microeconomia, visando o crescimento, minou de forma irreversível as finanças públicas e comprometeu sua credibilidade. O PIB cresceu meros 6,7% durante o primeiro mandato. Seu dócil presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e seu ministro da Fazenda, Guido Mântega, cortaram as taxas de juros e fizeram disparar o consumo, mesmo com a disparada da inflação e a queda na receita. Se ela quiser ter algum êxito no seu segundo mandato, terá que desfazer quase tudo o que foi feito no primeiro nesta área. 

O começo foi alvissareiro. Ela convocou Joaquim Levy, um banqueiro radical, para substituir Mântega, e Nelson Barbosa, um respeitado economista, para o ministério do Planejamento. Tombini permanecerá no Banco Central, mas com a orientação clara de trazer a inflação para o centro da meta de 4,5%. A taxa de juro, desde a vitória de Dilma, subiu de 11% para 11,75%. Os ministros da Agricultura e da Indústria e Comércio, com laços estreitos com agricultores e industriais, sinalizam uma trégua com o setor privado. O novo ministro das Relações Exteriores também parece mais inclinado a um melhor papel nas relações com os países que realmente importam.

Joaquim Levy em particular tem muito trabalho pela frente. Ele prometeu um superávit primário de 1,2% do PIB para 2015 e 2% para 2016, visando evitar que o País perca seu grau de investimento. Mas com Mântega os subsídios ineficazes à energia, ao transporte e ao crédito não deram em nada e tornaram essa meta difícil. E metade de todo o gasto público se move em sintonia com o salário mínimo, o qual deve subir cerca de 2,5% acima da inflação em 2015, respeitando um fórmula que o liga ao PIB anterior. Isso implica em que Joaquim Levy vai ter que conseguir um ganho no PIB de 2,1%, quando economistas acreditam que ele não vai passar de 0,8%. 

Isso deve ter levado Nelson Barbosa, em seu discurso de posse, a dizer que iria encaminhar um projeto de lei que alterasse o critério de atualização do salário mínimo. É opinião geral entre os economistas que esse critério tem que ser revisto, e Nelson Barbosa não fez mais do que pôr esse importante item na sua pauta. Foi o suficiente para a máscara cair. Dilma exigiu dele uma retratação sobre o dito, o que o tornou um mero executor das políticas a serem ditadas pela chefona. 

Uma atitude digna de sua parte teria sido se demitir imediatamente e deixar o circo pegar fogo. Ele, ao contrário de Joaquim Levy, tem hoje uma função bem independente de qualquer interferência do governo: é professor titular da FGV, em São Paulo, professor adjunto da UFRJ, e pesquisador do IBRE/FGV. Já Joaquim Levy deixou o cargo de diretor superintendente do Bradesco Asset Management, o que significa que a sua presença no governo tem um grande banco privado envolvido, e torna mais difícil uma decisão pessoal. Além disso existe uma diferença de calibre entre os dois; algo como um ser convidado e o outro ser convocado, ou quase que se convidar. 

Isso é o que penso. Acredito que Nelson Barbosa daria uma enorme contribuição ao futuro desse País se virasse a mesa. Nossos filhos e netos talvez nem viessem a se lembrar dessa atitude, mas certamente seriam os maiores beneficiários dela. Por outro lado Dilma, ao aumentar a estatura do seu ministério, vai ter que aprender que quem não é poste tem opinião.

Tomemos o caso de Kátia Abreu. Estamos falando de uma senadora com voz ativa no meio agrícola. Ela deitou falação e Dilma ficou calada. Preferiu escalar o Patrus Ananias para tocar fogo na relação Agronegócio x Movimentos Sociais. Ele acaba de dizer que o direito de propriedade não pode ser inquestionável, mas também destacou como prioridade a implantação da Anater, a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural. Mas no dia anterior Kátia também destacou o papel da Anater como fundamental para desenvolver o conhecimento no campo.

A quem vai caber comandar a Anater? Aí tem...

Luiz Fontenelle)