domingo, 24 de maio de 2020

A CHINA QUEBROU O MUNDO E A 2ª GUERRA FRIA COMEÇOU


                   por Theodiano Bastos   

TENSÃO NA ÁSIA: Os Norte-americanos acusam publicamente chineses de esconderem informações a respeito do novo coronavírus em conluio com Tedros Adhanom, diretor - geral da OMS, filiado ao Partido Comunista e A GUERRA FRIA 2.0 começou e se espera que não haja confronto bélico.


Os Estados Unidos anunciaram ter feito um exercício militar de 32 horas com quatro bombardeiros supersônicos B-1B sobre o mar do Sul da China, área que Pequim considera sua.                E   a   China   ameaça   com   medidas   de   "retaliação"   se   EUA   aplicar   sanções.
A pressão americana ocorre em meio à renovada tensão entre as duas maiores economias do mundo, em guerra comercial e tecnológica desde 2017.
Nesta semana, os países se digladiaram na OMS (Organização Mundial da Saúde). Washington acusa Pequim de ser responsável pelo espraiamento do surto do coronavírus de seu território para o resto do mundo, o que os chineses negam.
O uso dos B1-B, ocorrido nos dias 29 de abril e 1º de maio, é simbólico. Os aviões, assim como outros bombardeiros como os B-52, haviam sido retirados da base americana em Guam (Pacífico), naquilo que foi visto como um estranho recuo tático por analistas.
Os aparelhos, agora de volta à ilha com 200 aviadores, são a ponta de lança de qualquer ataque aéreo americano na região, e têm capacidade de empregar armas nucleares.
A operação foi um recado "demonstrando a credibilidade da Força Aérea americana para lidar com um ambiente de segurança diversificado e incerto", escreveu no Twitter o Comando Pacífico da Força Aérea.
Desde que a Covid-19 tornou-se uma pandemia, há um jogo entre EUA e seus rivais para demonstrar prontidão militar. Para os americanos, a questão é mais sensível porque seus dois porta-aviões baseados no Pacífico foram atingidos por surtos da doença.
Russos, chineses, norte-coreanos e até os combalidos iranianos exercitaram sua musculatura militar com testes de armas e inúmeras simulações de combate após o vírus ganhar o planeta.
Os EUA fizeram o mesmo, apesar dos seus problemas pontuais, lembrando os adversários sobre sua capacidade como maior potência bélica global, responsável por 39% do orçamento militar do mundo em 2019.
O mar do Sul da China é o ponto em que muitos observadores veem o maior risco de uma confrontação acidental entre Pequim e Washington. Os chineses militarizaram, nos últimos anos, ilhotas e atóis na região, que dizem ser sua para garantir a segurança de suas rotas marítimas - 90% do comércio mundial é feito por mar.
Os EUA e vizinhos dos chineses como as Filipinas dizem que as rotas têm de ser livres. Neste ano, segundo dados do Pentágono citados pelo jornal honconguês "South China Morning Post", os EUA quase triplicaram o número de missões aéreas na região em relação ao mesmo período de 2019, com 40 delas até aqui. No mar, já fizeram quatro exercícios navais, ante oito do ano passado todo.
O analista militar Song Zhongping, um ex-oficial do Exército chinês que hoje escreve comentários sobre defesa em jornais de Hong Kong, sustenta que Pequim não entende a reivindicação americana como mero exercício de liberdade econômica, mas sim como ameaça.
Os voos ocorrem no momento em que a China está na primeira semana de um de seus maiores exercícios navais em anos, com o uso de seus dois porta-aviões no mar Amarelo.
Houve o que Zhongping chamou de provocação desnecessária: nessa terça (19), um destróier americano foi avistado a 215 km da costa de Xangai, perto da região da simulação chinesa.
O USS Rafael Peralta se soma a outros dois navios de guerra que recentemente cruzaram o estreito de Taiwan sob a bandeira de livre trânsito. Para Pequim, é apenas um sinal de apoio à ilha que a ditadura comunista considera parte de seu território.
Nesta quarta (20), o governo chinês protestou pelo fato de o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, ter enviado congratulações à presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, que começou seu segundo mandato no cargo.
O governo Donald Trump tem dado atenção especial a Taiwan, que tem sido alvo de protestos de nacionalistas chineses em favor de uma anexação à força, hoje altamente improvável pelo alto custo e pelo risco de trazer os EUA para uma guerra que ninguém quer agora.
Os EUA também têm mantido o apoio aos manifestantes pró-democracia no território chinês autônomo de Hong Kong, que vive protestos desde meados do ano passado - a pandemia tratou de reduzir a escala deles, mas a repressão ainda segue.
Muito vai pelo flanco econômico, dentro da disputa tecnológica com a China, como a "Folha" mostrou na semana passada.
A maior fabricante de chips do mundo, a taiwanesa TSMC, aceitou a pressão americana e irá abrir uma unidade nos EUA para evitar que Washington dependa de fornecedores fora de seu território para tecnologias sensíveis.
Ainda mais importante, o governo Trump passou a exigir, na sexta (15), que fabricantes de chips estrangeiros que usem tecnologias americanas tenham uma licença especial para exportar produtos para a chinesa Huawei, líder mundial no mercado de 5G - a chamada internet das coisas, que vão de carros autônomos a drones militares.
Na prática, os EUA com isso obrigam gigantes como a TSMC a escolher se vão trabalhar com os EUA ou com a China, e tudo indica que Taiwan já fez sua escolha pelos americanos.
Com isso, a China terá de correr atrás nesse quesito. Na mesma sexta, a principal fabricante de chips do país, a Semiconductor Manufacturing International Corp., anunciou que o governo chinês lhe concedeu financiamento de US$ 2,25 bilhões (R$ 12,8 bilhões nesta quarta).
No mercado, contudo, a estimativa é de que levará anos para que sua produção chegue ao nível da TSMC ou da sul-coreana Samsung, as duas fabricantes que, com a americana Intel, fazem os chips mais avançados do mundo.
Como se vê, sob as densas nuvens da pandemia e os relâmpagos de acusações mútuas, a Guerra Fria 2.0 entre americanos e chineses continua em termos bem mais tangíveis.
Tensão na Ásia: EUA enviam novos aviões caça-submarinos ao Japão
O primeiro avião patrulha P-8 Poseidon da Marinha dos Estados Unidos chegou ao Japão, como parte de uma campanha que vai ampliar a capacidade americana de caçar submarinos e outras embarcações em águas próximas da China, num momento de tensão crescente na região.
O reforço militar americano, que já estava previsto antes da criação pela China de uma zona de defesa área que cobre ilhas controladas pelo Japão e reivindicadas por Pequim, inclui seis aeronaves que serão levadas à base aérea de Okinawa este mês. A primeira chegou no domingo, disse um porta-voz da Marinha dos EUA à Reuters. A missão nas águas a oeste do Japão será a primeira do novo avião.
O caça-submarino, construído pela Boeing sobre o avião de passageiros 737, foi idealizado para substituir o P-3 Orion, da Lockheed Martin, que está em serviço há mais de 50 anos.

A chegada do primeiro P-8 aconteceu um dia antes da visita a Tóquio do vice-presidente americano, Joe Biden, numa viagem que está sendo ofuscada pela disputa territorial entre Japão e China no mar do Leste da China.
https://www.otempo.com.br/mundo/bombardeiros-dos-eua-pressionam-pequim-no-mar-do-sul-da-china-1.2339682

Novo coronavírus leva EUA e China à beira de uma nova Guerra Fria
Relações entre os países têm piorado em razão da troca de acusações e ameaças ligadas à pandemia. Washington atribui a disseminação do Sars-CoV-2 a Pequim. Chineses alegam que governo americano está infectado por "um vírus político", com o intuito de difamá-los

Enquanto o mundo contabiliza 5,3 milhões de casos de covid-19 e mais de 343 mil mortos, China Estados Unidos intensificam as trocas de acusações e ameaças ligadas à pandemia. O governo americano voltou a acusar Pequim de esconder a gravidade da doença quando surgiram os primeiros casos, em dezembro, e ressaltou que essa postura terá repercussões históricas. Em um discurso também voltado para as implicações a longo prazo da situação política e sanitária, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse que a insistência dos americanos em culparem os chineses pela disseminação do coronavírus está deteriorando as relações entre os países, os levando a uma nova “GUERRA FRIA”. https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2020/05/25/interna_mundo,857948/novo-coronavirus-leva-eua-e-china-a-beira-de-uma-nova-guerra-fria.shtml


quinta-feira, 21 de maio de 2020

CLOROQUINA, O BENEFÍCIO DA DÚVIDA


 Por Theodiano Bastos

Com a mente aberta e sem preconceito, assisti na íntegra, e não editada, toda a coletiva de imprensa no Palácio do Planalto sobre a Covid-19 de 20/05/20 e me posiciono pedido a todos o benefício da dúvida na decisão do Ministério da Saúde de usar no início dos sintomas da Covid-19 a Cloroquina e a Hidroxicloroquina.

Como todos sabem o presidente dos Estados Unidos em tomar preventivamente a hidroxicloroquina associada ao zinco. E pergunto: por quê o brasileiro não pode usar essa medicação com as cautelas recomendadas pelo próprio Ministério da Saúde?
Tenho conhecimento de que um médico e outros dois pacientes aqui em Vitória se salvaram tomando a Hidroxicloroquina associadas a outros medicamentos e em Feira de Santana, a avó materna de um sobrinho, com 89 anos, depois de ter ficado muitos dias na UTI do hospital da Unimed, foi salva e está em casa após tomar esse a hidroxicloroquina, anticoagulante e antibióticos.     

Também tenho um amigo que serviu como oficial do Exército na Amazônia e um outro que atuou na construção da Transamazônica que usaram a Cloroquina sem terem sentido nenhum efeito colateral. Usaram como prevenção da Malária.  


APENAS TRÊS ESTADOS NÃO RECOMENDAM CLOROQUINA
 Diário do Poder 20/05/2020

Acre, Goiás e Roraima são os únicos estados brasileiros onde não há protocolo ou recomendação de uso de cloroquina/hidroxicloroquina no tratamento ao coronavírus. 
                                                                     A briga sobre usar ou não os medicamentos fica apenas na mídia, com governadores tentando se colocar como os verdadeiros opositores do presidente Jair Bolsonaro, mas a maioria, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, os usam em pacientes graves. Inclusive a Bahia e Piauí governados pelo PT.  
  
Por isso peço a todos que deixem de olhar politica ou ideologicamente e esperem os resultados, concedendo o benefício da dúvida. 

O Antagonista: O experimento médico bolsonarista
“Além de pregar contra as instituições e afugentar investidores, Jair Bolsonaro agora expõe os brasileiros a um experimento médico absurdo ao tentar enfiar-lhes goela abaixo a cloroquina e outros medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento do coronavírus”, diz Fernando Canzian.
“Com as drogas agora recomendadas pelo próprio Ministério da Saúde (tocado por um militar do mesmo Exército que as produz e faz sua distribuição), será difícil para os médicos convencer os pacientes a caírem fora do experimento idealizado pelo presidente (…).
O risco para os médicos é uma enxurrada de pacientes com efeitos colaterais graves provocados pela medicação, em especial arritmias cardíacas.”



Gazeta do Povo: Cloroquina. Horas após o Brasil registrar, na terça (19), recorde de mortes por Covid-19 em 24 horas, o Ministério da Saúde divulgou um novo protocolo para cloroquina com doses para não internados. Confira na reportagem de Fernanda Trisotto. Nesta quarta (20), a pasta informou novo recorde de novos casos (19.951), 888 óbitos e 116.683 recuperados, veja mais dados no Brasil e no Paraná. E entenda por que a OMS argumenta que hidroxicloroquina ou cloroquina não se mostraram eficazes. https://www.gazetadopovo.com.br/republica/cloroquina-novo-protocolo-ministerio-saude-bolsonaro/?utm_source=salesforce&utm_medium=emkt&utm_campaign=newsletter-politica-nacional&utm_content=politica-nacional

terça-feira, 19 de maio de 2020

ISOLAMENTO DEIXARÁ GRAVES SEQUELAS


Por Theodiano Bastos

É devastador o impacto da covid-19 na saúde mental, com mais pessoas em crise, com ansiedade, insônia, pânico e suicídios e psiquiatras alertam para o 'tsunami' de problemas de saúde mental em meio à pandemia. Leiam o que segue:

“Os psiquiatras alertam para um "tsunami" de problemas de saúde mental devido à pandemia de coronavírus.

Os médicos estão particularmente preocupados com o fato de crianças e idosos não receberem o apoio de que precisam devido ao fechamento de escolas, ao isolamento social e ao medo de hospitais. Fatores como a solidão, o medo da covid-19 e incertezas quanto ao futuro agravam doenças mentais pré-existentes e criam novos problemas para pessoas até então saudáveis.

Em uma pesquisa feita no Reino Unido, os psiquiatras relataram aumento no número de atendimentos de emergência relacionados à doenças mentais e uma queda nas consultas de rotina.
Eles afirmam que muitas pessoas deixaram de procurar ajuda mesmo com os serviços de saúde mental ainda abertos, e por isso acabaram chegando ao ponto em que atendimentos de emergência foram mais necessários.

'Os pacientes evaporaram'
"Já estamos vendo o impacto devastador da covid-19 na saúde mental, com mais pessoas em crise", diz a professora Wendy Burn, presidente do Royal College of Psychiatrists (Colégio Real de Psiquiatras), no Reino Unido. Philippa Roxby Repórter de Saúde da BBC News 17/05/20 em meio à pandemia. https://www.bbc.com/portuguese/geral-52701611

TRUMP TOMA A HIDROXICOROQUINA E ZINCO

Sem informar a dosagem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revela que está tomando hidroxicloroquina, um remédio que foi politizado no Brasil e confunde a cabeça das pessoas.

“Trump revela que está tomando hidroxicloroquina ''preventivamente''

Destacando que testou negativo para a COVID-19 e que não tem sintomas da doença, Trump disse que está tomando o remédio ''há cerca de uma semana e meia''
AF Agência France-Presse, 18/05/20
O presidente americano, Donald Trump, fez uma revelação surpreendente nesta segunda-feira (18), ao afirmar que está tomando hidroxicloroquina, um medicamento antimalária que divide os especialistas médicos sobre sua eficácia no combate à infecção pelo novo coronavírus.

Destacando que testou negativo para a COVID-19 e que não tem sintomas da doença, Trump disse que está tomando o remédio "há cerca de uma semana e meia".
"Eu tomo o comprimido todos os dias", afirmou, acrescentando que também toma zinco preventivamente.

Consultado sobre o porquê, ele disse, "porque eu acho que é bom. Ouvi um monte de boas histórias". https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/geral/trump-revela-que-est%C3%A1-tomando-hidroxicloroquina-1.424079

domingo, 17 de maio de 2020

O MUNDO APÓS PANDEMIA


Leandro Karnal prevê um "período de grande alegria e felicidade" para a humanidade logo após a pandemia do novo coronavírus.
Em entrevista às jornalistas da CNN Daniela Lima, Mari Palma, Thaís Herédia e Gabriela Prioli, o filósofo e historiador analisou como será a vida depois que o surto da COVID-19 for controlado.
"Na tradição histórica, depois de um período de recolhimento e morte, há uma grande explosão de vida. É o caso do Renascimento após a Peste Negra. Depois da Revolução Francesa, a moda em Paris se tornou muito extravagante e internacionalmente famosa. Haverá uma tendência a uma explosão de sociabilidade em um primeiro momento."  
Segundo o filósofo, três fatores aceleram a história: guerra, revolução e epidemia. "O primeiro fator de uma epidemia, guerra ou revolução é acelerar processos que já estavam em curso. Essa é uma mudança irreversível. Nós estamos vendo a história mudar tão rapidamente que, há três meses, se alguém visse como vi hoje tantas pessoas entrarem de máscara no prédio, seriam detidas por tentativa de assalto. Hoje, quem não está de máscara é visto como infrator", disse.
Ele lembra que a COVID-19 não escolhe vítima. "O vírus é um dado objetivo da natureza: gente otimista, pessimista, de esquerda e de direita contraem vírus. A tentativa de dar sentido ao vírus é inteiramente nossa. O vírus vai contaminar quem ele tentar atingir e estiver com a resistência baixa."
As mudanças acontecem em alta velocidade, observa Karnal. "Há um ano reclamávamos que tínhamos pouco tempo para ficar em casa. Eis que todo mundo foi jogado dentro da família dia e noite".
A violência dentro de casa também é motivo de atenção neste período de isolamento social. "A família é uma estufa de amor, mas é onde uma erva daninha pode florescer. É preciso denunciar um agressor, ele nunca agride uma única vez. O agressor é um perturbado que precisa de tratamento e às vezes encarceramento."
Educação
Um dos setores da sociedade impactados é o educacional, afirma. "A tendência à escola perder o fetiche da presença já estava marcada. Mas ela continua precisando de bons professores, que preparem bons materiais e desenvolvam uma habilidade a que não foram treinados, como virarem youtubers."

Desigualdades
No caso do Brasil, as famílias encaram de maneira diferente a pandemia, de acordo com o poder aquisitivo. "Não existe uma elite brasileira, existem várias elites. Aqui, o que a epidemia trouxe à tona, de forma cristalina, é uma desigualdade tão brutal, evidente, que até para a morte somos distintos. As classes média e alta envolvem um debate sobre como lidar com o tédio e com as crianças em casa. A classe mais baixa pensa em sobreviver e o risco de perder o emprego. Somos um país que já estava imerso na informalidade, e ela foi atingida como um raio pela epidemia", diz o historiador.
Futuro
Por fim, Karnal aconselha. "Seja feliz, não espere o futuro, não dá para acreditar que a felicidade será sempre adiada para um próximo momento." https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2020/04/19/mundo-pos-pandemia-vivera-periodo-de-grande-alegria-e-felicidade-diz-karnal
Na teoria do caos, o efeito borboleta busca descrever como pequenas mudanças em uma determinada dimensão podem reverberar de maneira intensa em outro domínio. Tudo está conectado e dessa crença surge seu principal jargão: o bater de asas de uma borboleta pode causar um tornado do outro lado do mundo.  Se aplicarmos a mesma lógica ao momento atual, qual será a potência das transformações trazidas pela pandemia de coronavírus? Um fenômeno em escala global, que transformou a dinâmica de praticamente todos os países e que tem sido descrito por muitos especialistas como o principal evento desde a Segunda Guerra Mundial vai muito além do que o simples bater de asas de uma borboleta, cer... - Veja mais em https://govtech.blogosfera.uol.com.br/2020/04/25/5-tendencias-trazidas-pela-pandemia-do-coronavirus-para-o-mundo-govtech/?cmpid=copiaecola

sábado, 16 de maio de 2020

O BRASIL ALIMENTA O MUNDO


                           Por Theodiano Bastos   
Murilo de Aragão, em seu artigo BOAS-NOVAS NO COMÉRCIO EXTERIOR publicado na revista Veja de 13/05/20, diz: “EM MEIO ÀS TREVAS DA PANDEMIA, brilham pontos de luz sobre a economia brasileira.

“O Brasil já se transformou em celeiro do mundo e somos, juntamente com os Estados Unidos, uma verdadeira superpotência agroexportadora.

“A Organização Mundial do Comércio prevê que o comércio internacional cairá entre 13% a 32%. O Brasil, contudo, surpreendeu no período apresentando a menor variação do fluxo. O país foi o único do G20, grupo das vinte maiores economias do mundo, a expandir seu volume exportado num cenário bastante adverso. O Brasil exportou ainda mais para a Ásia nos primeiros meses deste ano. E para a China e Japão as duas maiores economias da Ásia o aumento foi espetacular, por sermos os maiores exportadores de proteínas do mundo, nos ajudará a minimizar os efeitos de uma recessão.

A China tem 1,4 bilhões de habitantes para alimentar. No período examinado já batemos recordes históricos de venda de carne suína e bovina para este para este país e a demanda por minério de ferro também não recuou.

Já somos o maior exportador de soja em grão, suco de laranja, carne bovina, carne de frango, café e açúcar. Estamos entre os maiores na exportação de minério de ferro, carne suína, farelo de soja e milho. ...tanto durante a pandemia quanto na saída da crise dela o mundo vai continuar a precisar dos alimentos brasileiros, o que se caracterizar como uma situação estratégica favorável ara nós”, conclui Murilo de Aragão em sua análise.                            https://veja.abril.com.br/blog/murillo-de-aragao/boas-novas-no-comercio-exterior/
      


sexta-feira, 15 de maio de 2020

QUEM PAGOU OS ADVOGADOS DE ADÉLIO?



Quatro horas após Adélio tentar matar Bolsonaro, pousa em Juiz de Fora um jatinho trazendo advogados do caro escritório de advocacia de Belo Horizonte capitaneado por Zanone Júnior.

Presidente sempre sustentou a hipótese de que o mandante da facada estaria por trás do pagamento dos honorários do advogado

Adelio Bispo de Oliveira, criminoso que atacou e tentou assassinar Jair Bolsonaro
Adélio Bispo de Oliveira, o autor da facada contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha eleitoral no ano passado, foi considerado inimputável por sofrer de transtorno delirante persistente, conforme laudos médicos da defesa do agressor e de peritos escolhidos pela acusação.
Por conta disso, o juiz federal Bruno Souza Savino, da 3ª Vara Federal em Juiz de Fora, absolveu  Adélio e ele ficará internado por tempo indeterminado.
Se não fosse considerado inimputável, a pena do agressor do agora presidente poderia chegar a até 20 anos. A doença mental de Adélio já havia sido atestada por médicos e peritos no último dia 27 de maio.

E Bolsonaro não gostou da absolvição. O presidente sugeriu que a  "jogadinha de maluco" do autor da facada que quase o matou é uma estratégia para que, no futuro, ele não possa fazer delação premiada. 

No mesmo dia que deu essa declaração, Bolsonaro questionou a defesa de Adélio. "Ele foi filiado ao PSOL em 2014. Mais ainda tem uma banca de advogados caros que trabalha para ele até hoje. Dinheiro da onde? Tem muita coisa nebulosa. Se deus quiser, a Polícia Federal nossa vai descobrir essa grande rede que tentou interferir nas eleições do ano passado, tentando me assassinar", finalizou.
AGU entra em campo para descobrir quem banca a defesa de Adélio
A Advocacia Geral da União pediu hoje à Justiça a retomada da investigação que busca descobrir quem financia a defesa de Adélio Bispo de Oliveira.
Num memorial entregue ao TRF-1, André Mendonça pediu a revogação de uma decisão de março, do desembargador Néviton Guedes, que impediu a análise do material apreendido em dezembro no escritório de Zanone Manuel de Oliveira Júnior.
A investigação foi travada a pedido da OAB, sob a alegação de sigilo da relação entre cliente e advogado.
A AGU afirma que a investigação, que havia sido autorizada pelo juiz federal Bruno Savino a pedido da PF, não viola direitos de Zanone. Argumenta que ele não é o alvo, mas sim quem estaria interessado em proteger Adélio, bancando sua defesa.
“Não há investigação da atuação do advogado, repise-se, mas sim a busca por possível terceiro que potencialmente poderia estar envolvido no atentado contra a vida de candidato ao mais alto cargo do país, conforme já asseverado pela autoridade policial. Ora, se na investigação chegou-se a um elo consistente entre o autor confesso do ato, preso em flagrante, e um possível partícipe, há de se investigar essa possível ligação”, diz a AGU no memorial.
“No caso, esse elo é a contratação de advogado por terceiro que, sem motivo declarado, se propõe a custear defesa técnica do acusado”, completa o órgão.
O julgamento do pedido está pautado para a próxima quarta-feira (18) na 2ª Seção do tribunal, formada por Néviton Guedes, Saulo Bahia, Mônica Sifuentes, Ney Bello, Cândido Ribeiro e Hilton Queiroz.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

LIMITES E RESPONSABILIDADE



por Antônio Hamilton Martins Mourão,                          VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Nenhum país do mundo vem causando tanto mal a si mesmo como o Brasil. Um estrago institucional, que agora atingiu as raias da insensatez, está levando o País ao caos. Há tempo para reverter o desastre. Basta que se respeitem os limites e as responsabilidades das autoridades constituídas.
A esta altura, está claro que a pandemia de covid-19 não é só uma questão de saúde: por seu alcance, sempre foi social; pelos seus efeitos, já se tornou econômica; e por suas consequências pode vir a ser de segurança. A crise que ela causou nunca foi, nem poderia ser, questão afeta exclusivamente a um ministério, a um Poder, a um nível de administração ou a uma classe profissional. É política na medida em que afeta toda a sociedade e esta, enquanto politicamente organizada, só pode enfrentá-la pela ação do Estado.

Para esse mal nenhum país do mundo tem solução imediata, cada qual procura enfrentá-lo de acordo com a sua realidade. Mas nenhum vem causando tanto mal a si mesmo como o Brasil. Um estrago institucional que já vinha ocorrendo, mas agora atingiu as raias da insensatez, está levando o País ao caos e pode ser resumido em quatro pontos.

O primeiro é a polarização que tomou conta de nossa sociedade, outra praga destes dias que tem muitos lados, pois se radicaliza por tudo, a começar pela opinião, que no Brasil corre o risco de ser judicializada, sempre pelo mesmo viés. Tornamo-nos assim incapazes do essencial para enfrentar qualquer problema: sentar à mesa, conversar e debater. A imprensa, a grande instituição da opinião, precisa rever seus procedimentos nesta calamidade que vivemos. Opiniões distintas, contrárias e favoráveis ao governo, tanto sobre o isolamento como a retomada da economia, enfim, sobre o enfrentamento da crise, devem ter o mesmo espaço nos principais veículos de comunicação. Sem isso teremos descrédito e reação, deteriorando-se o ambiente de convivência e tolerância que deve vigorar numa democracia.
O segundo ponto é a degradação do conhecimento político por quem deveria usá-lo de maneira responsável, governadores, magistrados e legisladores que esquecem que o Brasil não é uma confederação, mas uma federação, a forma de organização política criada pelos EUA em que o governo central não é um agente dos Estados que a constituem, é parte de um sistema federal que se estende por toda a União.

Em O Federalista – a famosa coletânea de artigos que ajudou a convencer quase todos os delegados da convenção federal a assinarem a Constituição norte-americana em 17 de setembro de 1787 –, John Jay, um de seus autores, mostrou como a “administração, os conselhos políticos e as decisões judiciais do governo nacional serão mais sensatos, sistemáticos e judiciosos do que os Estados isoladamente”, simplesmente por que esse sistema permite somar esforços e concentrar os talentos de forma a solucionar os problemas de forma mais eficaz.

O terceiro ponto é a usurpação das prerrogativas do Poder Executivo. A esse respeito, no mesmo Federalista outro de seus autores, James Madison, estabeleceu “como fundamentos básicos que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário devem ser separados e distintos, de tal modo que ninguém possa exercer os poderes de mais de um deles ao mesmo tempo”, uma regra estilhaçada no Brasil de hoje pela profusão de decisões de presidentes de outros Poderes, de juízes de todas as instâncias e de procuradores, que, sem deterem mandatos de autoridade executiva, intentam exercê-la.

Na obra brasileira que pode ser considerada equivalente ao Federalista, Amaro Cavalcanti (Regime Federativo e a República Brasileira, 1899), que foi ministro de Interior e ministro do Supremo Tribunal Federal, afirmou, apenas dez anos depois da Proclamação da República, que “muitos Estados da Federação, ou não compreenderam bem o seu papel neste regime político, ou, então, têm procedido sem bastante boa fé”, algo que vem custando caro ao País.
O quarto ponto é o prejuízo à imagem do Brasil no exterior decorrente das manifestações de personalidades que, tendo exercido funções de relevância em administrações anteriores, por se sentirem desprestigiados ou simplesmente inconformados com o governo democraticamente eleito em outubro de 2018, usam seu prestígio para fazer apressadas ilações e apontar o País “como ameaça a si mesmo e aos demais na destruição da Amazônia e no agravamento do aquecimento global”, uma acusação leviana que, neste momento crítico, prejudica ainda mais o esforço do governo para enfrentar o desafio que se coloca ao Brasil naquela imensa região, que desconhecem e pela qual jamais fizeram algo de palpável.

Esses pontos resumem uma situação grave, mas não insuperável, desde que haja um mínimo de sensibilidade das mais altas autoridades do País.

Pela maneira desordenada como foram decretadas as medidas de isolamento social, a economia do País está paralisada, a ameaça de desorganização do sistema produtivo é real e as maiores quedas nas exportações brasileiras de janeiro a abril deste ano foram as da indústria de transformação, automobilística e aeronáutica, as que mais geram riqueza. Sem falar na catástrofe do desemprego que está no horizonte.

Enquanto os países mais importantes do mundo se organizam para enfrentar a pandemia em todas as frentes, de saúde a produção e consumo, aqui, no Brasil, continuamos entregues a estatísticas seletivas, discórdia, corrupção e oportunismo.
Há tempo para reverter o desastre. Basta que se respeitem os limites e as responsabilidades das autoridades legalmente constituídas.                                             https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-aberto,limites-e-responsabilidades,70003302275