domingo, 27 de abril de 2014

31 DE MARÇO DE 1964: GOLPE MILITAR NO CONTEXTO DA GUERRA FRIA



GOLPE MILITAR DE 1964E A GUERRA FRIA, por Theodiano Bastos 

Na noite do dia 31 de março de 1964, como representante do sindicato,mas já sem mandato, estava na Prefeitura de Salvador reunido com o então prefeito de Salvador, Virgildásio de Sena e muitos líderes sindicais. Havia um nervosismo muito grande e vi que o prefeito portava uma pistola na cintura. E se afastou um tempo e ao voltar, visivelmente transtornado informou a todos que a Guerra Civil havia começado, com as tropas de Juiz de Fora se dirigindo para o Rio, comandada pelo general Mourão Filho.
A reunião foi interrompida e cheguei em casa transtornado, muito tenso e com medo. Falei por alto com a esposa, evitando deixá-la preocupada, pois cuidava de duas filhas, Hosana, com menos de dois anos e Cristiane que havia nascido em 25/12/63, com apenas três meses. E estava sem emprego de carteira assinada, vivendo com os poucos recursos como diretor do Boletim Comercial da Bahia, uma publicação semanal mimeografada, apenas com a capa impressa, qual mal dava para pagar o aluguel da pequena casinha na Rua Miguel Calmon, 6, no bairro da Saúde.

Muitos anos depois, em evento político em Nanuque/MG, reencontrei o Virgildásio e ele ficou atônito quando lhe informei que estava com ele na Prefeitura de Salvador na noite do dia 31 de março de 1964.

No dia seguinte, 01/04/1963, saí caminhando pelo centro de Salvador em direção ao Sindicato dos Bancários da Bahia, na ladeira de São Bento e estava com as portas lacradas. Fui em direção à Praça da Piedade e vi a sede do Sindicato dos Petroleiros em chama. Mesmo não sendo mais bancário, pois o banco havia aberto inquérito administrativo por abandono do emprego, sempre tive todo apoio da diretoria, na época presidido por Raimundo Reis. Cheguei a ir ao Rio e conversei com o presidente do Banco do Comércio (da Rede Moreira Sales), Dr. Artur Bernardes Filho, filho do ex-presidente da república Artur Bernardes (1922 a 1926), mas não consegui que o banco me aceitasse de volta,mesmo alegando que sempre tinha sido um bom funcionário, cumpridor dos deveres e que nunca tinha faltado a um único dia de
trabalho e que estava desempregado com a carteira sem saída, impossibilitado de conseguir outro trabalho e que era casado, e tanto a esposa como filha de pouco mais de um ano dependiam de minha pessoa para sustento e que pagava aluguel etc, mas nada disso comoveu o presidente na época do Banco do Comércio SA.

Mas o bom advogado do sindicato defendeu-me com brilhantismo na Justiça do Trabalho e ganhamos a questão, conforme já disse antes.O banco pagou todos os salários até o dia 30/04/1964, mas recusou meu retorno ao trabalho.
Ao retornar tive de viver de bicos por 13 meses, pois como não tinha saída na Carteira de Trabalho, não poderia procurar novo emprego. Entrei na Justiça do Trabalho, onde ganhei a questão recebendo todos os salários dos meses após o retorno, mas não fui readmitido. Com esse dinheiro mudei-me para Feira de Santana e fiz sociedade comdo um amigo de juventude, numa pequena fábrica de estofados de fundo de quintal.

ERA KENNEDY
“Os desafios dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial colocaram o país mediante uma complexa gama de questões sociais, políticas e econômicas a serem enfrentadas. A construção de uma das maiores potências mundiais passou por obstáculos que se desenvolveram em um mundo marcado por transformações. A Guerra Fria e os direitos civis eram algumas das novas questões que alertavam o “Tio Sam”, no início dos anos de 1960.

Logo após o mandato do general Dwight Eisenhower, os norte-americanos viveram momentos de estagnação econômica e depararam com conflitos políticos internacionais. A ameaça comunista tinha embalado o governo de Eisenhower em gastos exorbitantes na corrida espacial contra a União Soviética. Ao mesmo tempo, as tensões do mundo bipolar ocasionaram grande insegurança à pretensa hegemonia estadunidense no mundo.

Essa preocupação com problemas externos acabou deixando de lado um vasto conjunto de questões internas a serem resolvidas nos Estados Unidos. A emergência dos problemas nacionais fez com que um jovem e “moderno” político democrata vencesse as eleições de 1960. John Kennedy chegou ao poder interessado em oferecer uma “nova fronteira” para os cidadãos norte-americanos. Suas propostas envolviam a busca por igualdade e justiça social.
Comparado aos mandatos dos antecessores, Kennedy marcou sua administração pela adoção de leis que ampliavam direitos sociais e promoviam a integração racial. O caráter transformador de suas medidas provocou reações extremadas por parte dos setores mais conservadores do país. Ao combater objetivamente a questão racial dos Estados Unidos, Kennedy remexeu em uma questão polêmica não só da política, mas da cultura norte-americana.

Na política externa, o tom modernizante de Kennedy não era o mesmo dedicado à sua nação. No Vietnã, as liberdades democráticas foram tolhidas por uma intervenção militar que resultou em uma das mais longas guerras travadas pelos Estados Unidos. Com relação a Cuba, o incidente da Baía dos Porcos foi resultado de uma tentativa do governo Kennedy em tomar o governo cubano por meio do treinamento de exilados cubanos que deveriam derrubar o presidente Fidel Castro.

ALIANÇA PARA O PROGRESSO
Para contornar os primeiros fracassos de sua política externa, firmou a chamada Aliança para o Progresso, onde enfatizava a ajuda financeira aos países mais pobres da América Latina. Além disso, Kennedy lançou o desafio da ida do homem à Lua, dando continuidade à corrida espacial iniciada durante a Guerra Fria. Em 1962, na Crise dos Mísseis, Kennedy denunciou a existência de ogivas nucleares soviéticas em Cuba. 
Tal episódio abriu portas para um possível conflito mundial.
As incertezas trazidas pelas tensões militares da ordem bipolar e as ações que lutavam contra o problema racial nos Estados Unidos fizeram com que Kennedy tornasse nome fácil na boca de muitos simpatizantes e opositores.
Nos tempos da guerra fria, Fidel Castro transformou Cuba em um “submarino russo”, com foguetes russos a cem quilômetros dos EUA. O bloqueio decretado por Kennedy evitou a guerra nuclear mas com o compromisso de deixar Fidel em paz! Os EUA aceitariam uma Cuba com armamento atômico? Claro que não! John Fitzgerald Kennedy foi um político estadunidense que serviu
como 35° presidente dos Estados Unidos (1961–1963) e é considerado uma das grandes personalidades do século XX. Ele era conhecido como John F. Kennedy ou Jack Kennedy por seus amigos, e popularmente como JFK.
Durante a Segunda Guerra Mundial, conhecido por sua liderança como o comandante do barco PT-109 na área do Pacífico Sul, ao realizar um reconhecimento, o seu barco foi atingido por um destróier japonês, que partiu o barco em dois e causou uma explosão. A tripulação responsável conseguiu nadar até uma ilha e sobreviver até serem resgatados.

Eleito em 1960, Kennedy se tornou o segundo mais jovem presidente de seu país, depois de Theodore Roosevelt. Ele foi Presidente de 1961 até seu assassinato em 1963. Durante seu governo houve a Invasão da Baía dos Porcos, a Crise dos mísseis de Cuba, a construção do Muro de Berlim, o início da Corrida espacial, a consolidação do Movimento dos Direitos Civis.

Essa façanha lhe deu popularidade e começou assim sua carreira política. Kennedy representou o Estado de Massachusetts como um membro da Câmara dos Deputados a partir de 1947 até 1953 e depois como Senador de 1953 até que se tornou presidente em 1961. Com 43 anos de idade, foi o candidato presidencial do Partido Democrata nas eleições de 1960, derrotando o Republicano Richard Nixon em uma das eleições mais apertadas da história presidencial do país. Kennedy foi aúltima pessoa a ser eleita Presidente enquanto ainda exercia um mandato como Senador, até a eleição de Barack Obama em 2008. Também foi o único católico a ser eleito presidente dos Estados Unidos. Até a data, era o único nascido durante a Primeira Guerra Mundial e também o primeiro nascido no século XX.

O presidente Kennedy morreu assassinado em 22 de novembro de 1963 em Dallas, Texas. O ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald foi preso e acusado do assassinato, mas foi morto dois dias depois, por Jack Ruby e por isso não foi julgado. A Comissão Warren concluiu que Oswald agiu sozinho no assassinato. No entanto, o Comitê da Câmara sobre Assassinatos descobriu em 1979 que talvez tenha havido uma conspiração em torno do acontecido. Este tópico foi debatido e há muitas teorias sobre o assassinato, visto que o crime foi um momento importante na história dos Estados Unidos devido ao seu impacto traumático na psique da nação.
Muitos viram em Kennedy um ícone das esperanças e aspirações americanas, e em algumas pesquisas no país ele ainda é valorizado como um dos melhores presidentes da história da nação.
Mediante a tamanha comoção nacional, a morte do presidente chacoalhou os Estados Unidos, apontando para a inviabilidade de determinadas posições conservadoras. Durante o restante da década de 1960, os direitos civis, a questão racial e a guerra do Vietnã foram assuntos de grande recorrência nos noticiários internacionais e entre os próprios cidadãos estadunidenses”. Fonte: http://www.brasilescola.com/historia-
-da-america/era-kennedy.htm

Lincoln Gordon, embaixador no Brasil em 1964
Em 1960, Gordon ajudou a desenvolver a Aliança para o Progresso, um programa do governo estadunidense de assistência à América Latina, feito com o propósito de evitar que os países da região aderissem a revoluções e ao socialismo como alternativa para o progresso sócio-econômico, como havia ocorrido em Cuba. Em 1961, a revista Time noticiou que Gordon havia se tornado “o maior especialista de Kennedy em economia latino-americana. Gordon preparou a agenda dos EUA para a reunião econômica interamericana de julho aprovada na semana passada pela Organização dos Estados Americanos”.
De 1961 a 1966, Gordon serviu como embaixador dos Estados Unidos no Brasil, exercendo papel importante no apoio às articulações da oposição ao presidente João Goulart, que resultariam no golpe militar de 1964. No dia 30 de julho de 1962, no Salão Oval, Kennedy e Lincoln Gordon discutiram o gasto de US$ 8 milhões para interferir nas eleições e preparar o terreno para um golpe militar contra Goulart para expulsá-lo, se necessário disse Gordon ao presidente. A conversa foi gravada no sistema de gravação que Kennedy mandara instalar no fim de semana.

Mais tarde, de acordo com o historiador brasilianista James Green, Gordon “deu a luz verde para que os militares dessem o golpe de 1964. Ele deixou claro que (...) os Estados Unidos iam reconhecer imediatamente os militares no poder”. Em 27 de março de 1964, ele escreveu um telegrama ultra-secreto para o governo dos Estados Unidos pedindo apoio ao golpe do general Humberto de Alencar Castello Branco através do “envio clandestino de armas” e remessas de gás e combustível, a serem posteriormente complementadas por operações secretas da CIA. Gordon acreditava que Goulart, “buscando poderes ditatoriais”, estava conspirando
com o Partido Comunista Brasileiro.

 O embaixador escreveu que “tanto eu quanto meus assessores acreditamos que nosso apoio deve ser dado” aos golpistas para “ajudar a advertir um desastre grande aqui – que pode transformar o Brasil na China na década de 1960”.

Em uma palestra sobre a política externa estadunidense na Universidade de Harvard em 19 de março de 1985, Noam Chomsky disse o seguinte sobre o papel de Gordon no golpe de 1964: “Em um caso, o do Brasil, o país mais importante da América Latina, houve o que foi chamado de “milagre econômico” nas últimas duas décadas, mesmo que tenhamos destruído a democracia brasileira através do apoio a um golpe militar em 1964. O apoio ao golpe foi iniciado por Kennedy, mas finalmente finalizado por Johnson. O golpe foi pedido pelo embaixador de Kennedy, Lincoln Gordon, “a única vitória mais decisiva para a liberdade na metade do século XX”. Nós instalamos o primeiro verdadeiro grande estado de segurança nacional, estado semi nazista da América Latina, com tortura de alta-tecnologia e assim por diante. Gordon o chamava de “totalmente democrático”, “o melhor governo que o Brasil já teve”. Bem, houve um aumento no milagre econômico e houve um aumento no PIB. Mas houve também um aumento no sofrimento para grande parte da população.”.

Para Green, “Gordon ajudou os militares pessoalmente porque tinha uma visão de mundo moldada pela Guerra Fria, era anticomunista e realmente achava que o Brasil estava à beira de uma revolução comunista”.
Apesar de todos os indícios comprovando sua atuação no golpe, Gordon morreu negando que havia conspirado com os militares. Em entrevista dada ao Fantástico em 2006, ele afirmou que a “participação ativa (dos Estados Unidos no golpe) foi praticamente zero”. Na mesma ocasião, ele confirmou que a CIA havia ajudado financeiramente os candidatos da União Democrática Nacional nas eleições de 1962, mas disse que havia sido “um erro da nossa parte”. De acordo com o então presidente estadunidense, Lyndon B. Johnson, o serviço de Gordon                                                                      
no Brasil foi “uma rara combinação de experiência e sabedoria, idealismo e julgamento prático”. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lincoln_Gordon

Em 18/12/1962, ao ir ao consulado dos EUA em Salvador para pegar o visto, fui atendido por Mr.Wade H.B.Matthews, vice Cônsul.
Ele olhou nos meus olhos e perguntou:
— Você é filiado ao Partido Comunista do Brasil? Ao responder que não, ele perguntou:
— Mas você já foi filiado ao PCB, Partido Comunista do Brasil, e voltei a negar e ele então deu o visto no passaporte válido até dia 18/03/1963.
Era chefe de cadastro da sucursal do Banco do Comércio S/A, da rede Moreira Sales e como tinha mandato sindical, era Diretor Cultural do então Sindicato dos Bancários e Securitários do Estado da Bahia, com sede em Salvador. Tinha estabilidade no emprego, mas a presidência do Banco do Comércio S/A, com sede no Rio de Janeiro, negou a licença de 75 dias, sem remuneração e, ao me afastar, consideraram meu afastamento como abandono do emprego e desta forma viajei muito preocupado, pois era casado e tinha um filhinha de pouco mais de um ano.
Deixara a esposa e uma filhinha de pouco mais de um ano em Nanuque/MG e tudo isso me causou grande preocupação e viajei com apenas 58,500kg em 1,80m de altura; parecia Dom Quixote de tão magro.
Fazia parte da bolsa o compromisso de não pedir residência nos Estados Unidos por dois anos.
Recebíamos de bolsa US 15,00 por dia, pago semanalmente, e com esse dinheiro pagávamos o hotel, todos de luxo, alimentação e gastos extras e até sobrava alguma coisa.

Éramos bolsistas da USAID – Agency for International Development, órgão do Departamento de Estado dos EUA.
Muito do que diremos sobre essa estada nos Estados Unidos foi fruto de observações feitas por nós mesmos, de centenas de perguntas aos mais diversos tipos humanos, desde o irrequieto nova-iorquino, até gente pacata e agradável de Alton, pequena comunidade (pouco mais de 35 mil habitantes) do estado de Ilinois. Fiz contato com o homem de rua, com a dona de casa, com o grevista dando piquete, com o negro, com o porto-riquenho etc. Embora os Estados Unidos na época (1963) tivesse, inegavelmente, o padrão de vida mais elevado do mundo, nem por isso poderia ser apresentado como um paraíso, pois lá também havia problemas e dificuldades. Era verdade também que, comparado com os nossos problemas, já naquela época, pareciam poucos e provenientes de uma economia altamente desenvolvida, enquanto os problemas do Brasil, também naquela época, eram provenientes do rápido desenvolvimento e não de uma economia parada, como poderia parecer a um estrangeiro desavisado. Apesar dos pesares, ninguém poderia negar que o povo brasileiro estava elevando seu padrão de vida.
Quando estava em Washington fomos informados para o grupo

escolher quem deveria ser entrevistado pela rádio “A Voz da América”. Embora considerasse o José Gevaerd mais experiente, até porque ele era economista e professor universitário, para minha surpresa fui o escolhido.
Mas aí, na hora de ir para a entrevista fui informado de que ela havia sido cancelada. Todos estranharam isso.
Em março de 1964, o clima era muito tenso no Sindicato e senti que alguma de muito grave estava por acontecer. A maioria esmagadora da diretoria do Sindicato dos Bancários era de funcionários do Banco Brasil,  filiados ao PCB – Partido Comunista Brasileiro, mas eram moderados.
Mas havia um grupo muito atuante que pregava abertamente um golpe preventivo.

Fonte: “Pegadas da Caminhada”, autoria de Theodiano Bastos, ainda no prelo, a ser publicado como e-book na AMAZON.


quarta-feira, 23 de abril de 2014

TERRORISMO: ÕNIBUS QUEIMADOS E ESTRADAS BLOQUEADAS




CLIMA DE MEDO: Em Osasco um jovem é morto e o irmão de 19 anos, junto com comparsas, para se vingar, entra na garagem de uma empresa, queima 35 ônibus, prejuízo de R$ 10 milhões e deixa mais de 20 mil pessoas sem transportes.  Quem faz isso? São jovens da periferia que não estudam, não trabalham, não têm nenhuma perspectivas de vida e de famílias desestruturadas. Nada têm a perder...
E desta forma, as populações das grandes cidades continuam sofrendo as consequências de estradas e principais avenidas interditadas e enfrentam o medo de vândalos queimando os ônibus.
  
Até abril, São Paulo tem mesmo número de ônibus queimados que em todo 2013: 126 ônibus incendiados. Em todo o Estado já são 397 ônibus queimado.
Último caso registrado foi de um veículo incendiado na Brasilândia, zona norte de São Paulo
O último caso registrado foi de um ônibus incendiado por volta das 22h30 desta terça-feira, 22, na Brasilândia, na zona norte. Segundo a Polícia Militar, um grupo obrigou passageiros, motorista e cobrador a descerem do ônibus e atearam fogo no veículo. Não houve feridos nem detidos e o caso foi registrado no 72°DP (Vila Penteado).
No fim da noite de segunda-feira, 21, outros dois veículos foram incendiados em Ermelino Matarazzo, na zona leste. A polícia suspeita que os ataques aconteceram em represália à morte de um suspeito, na madrugada anterior, que com outros três comparsas que fugiram, teria tentado assaltar um policial federal, no Itaim Paulista, também na zona leste.
Linhas intermunicipais. Segundo um levantamento da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), 17 ônibus intermunicipais foram incendiados nas cidades da Grande São Paulo - quatro deles foram atacados dentro da capital. Apenas na cidade de Guarulhos, foram quatro ataques. O número já ultrapassa os registros da empresa do ano passado: 15 veículos.
De acordo com a EMTU, a última ocorrência foi em Osasco, na avenida João Ventura dos Santos. Por volta das 23h desta segunda, um grupo formado por 20 suspeitos obrigou o motorista a parar, invadiu o ônibus e ateou fogo. A linha que ligas as cidades de Osasco e Barueri não tinha passageiros. Após o grupo fugir, o motorista voltou para ônibus e conseguiu pegar o extintor para apagar as chamas.

sábado, 19 de abril de 2014

PARA ONDE VAMOS? CAOS NA BAHIA



CAOS NA BAHIA: PM EM GREVE  PROVOCA O CAOS
Brasil :ruptura social  GRAVE
PARA ONDE VAMOS? Não há mais nenhuma dúvida de que no Brasil há sinais alarmantes de que o país pode estar vivendo um processo de ruptura social muito grave.
Isso já é o prenúncio do que vem por aí durante a copa do mundo?
Só em São Paulo 57 ônibus já foram queimados.           Neste momento mais nove veículos foram queimados em Niterói/RJ, sendo três ônibus e por aí vai.
Diz Josias de Souza em sua coluna http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br):
“Chamar de greve o que a Polícia Militar realiza na Bahia é uma licenciosidade poética. No despacho em que decretou a prisão de Marco Prisco Caldas Machado (no vídeo), líder do movimento, o juiz Antonio Oswaldo Scarpa, da 17ª Vara Federal de Salvador, anotou: “A Constituição Federal veda expressamente a greve de policiais militares. E não poderia ser diferente, pois a hierarquia e a disciplina são as bases que sustentam as organizações militares. Quando ocorrem fissuras nesses pilares, o que se vê é a desordem, o caos”.
Portanto, o que sucede na Bahia é uma afronta à lei e à ordem, praticada por uma tropa amotinada à margem da Constituição. Marco Prisco, o líder preso, é vereador pelo PSDB de Aécio Neves. Substituiu-o no papel de piromaníaco de tropa o Capitão Tadeu, deputado estadual pelo PSB de Eduardo Campos. A PM baiana promovera fuzarca semelhante em 2012. A tropa reincide no descalabro porque foi premiada com uma lei de anistia aprovada em votação simbólica no Congresso e sancionada por Dilma Rousseff, do PT, em 2 de agosto de 2013.
Quer dizer: por omissão ou por ação os partidos dos três principais candidatos à Presidência da República são cúmplices do caos baiano. O motim de 2012 durou 12 dias. Nesse período, foram assassinadas 130 pessoas no Estado. A encrenca atual se arrasta há quatro dias. Só em Salvador, desceram à cova, por ora, 52 homicídios cadáveres.
Deveria ser suficiente para que Aécio e Campos desautorizassem seus correligionários de quartel. Quanto a Dilma, como não pode cuspir na anistia que sancionou, talvez devesse considerar a hipótese de pronunciar alguma coisa parecida com um pedido de desculpas. Um beliscão nas orelhas do governador petista Jaques Wagner também não seria má ideia.
Deve-se ao Ministério Público Federal o pedido que resultou no envio de Marco Prisco à penitenciária brasiliense da Papuda (enfim, um tucano dividindo o mesmo teto com o petista José Dirceu!). A petição da Procuradoria foi à mesa juiz na última segunda-feira (14). O doutor mandou encarcerar Prisco no dia seguinte, horas antes da assembleia que aprovou o motim. Só neste sábado (18) a Polícia Federal foi a campo para executar a ordem.
O magistrado Antonio Scarpa fixou a cana do amotinado Prisco em 90 dias. Considerou-o uma ameaça. Recordou que Prisco responde na sua jurisdição por “crimes contra a segurança nacional e a paz social.” Coisas do motim de 2012. Munido de um “relatório de inteligência” da Secretaria de Segurança da Bahia, o juiz concluiu que 2014 poderia repetir 2012.
O doutor fez questão de recordar o que se passou dois anos atrás: “…invasão e ocupação de quartéis e do prédio da Assembléia Legislativa da Bahia, depredação e incêndio de veículos, interdição de rodovias federais que passam pelo Estado, bem como de ruas e avenidas da capital. Motoristas de ônibus foram obrigados por encapuzados armados, supostamente policiais, a atravessarem os veículos em avenidas para obstruir o tráfego, o que causou pânico e imensos congestionamentos.”
Mais: “em razão da paralisação dos serviços policiais, houve arrastões, saques, depredações e considerável incremento de homicídios. [...] Foi necessária a mobilização das Forças Armadas e Força de Segurança Nacional para garantir a paz pública e prevenir maiores atentados ao regime democrático.” Sobre o tucano Prisco, o juiz foi específico: “foi flagrado em escutas telefônicas incentivando condutas criminosas...”
Feira de Santana, a segunda cidade da Bahia depois de Salvador, por exemplo, ficou dois dias com tudo parado: comércio, bancos, escolas, população aterrorizada dentro das casas, registrou 46 mortes durante os dois dias de greve da Polícia Militar no estado, segundo informações da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin). A segunda maior cidade da Bahia teve 40 homicídios, um latrocínio e cinco autos de resistência. Segundo o delegado Ricardo Brito, responsável pela 1ª Coorpin, os casos ainda estão sendo contabilizados pela Polícia Civil.
A situação deixou o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira lotado - os corpos de algumas vítimas ficaram no Hospital Clériston de Andrade aguardando uma vaga para serem encaminhados ao DPT. "Quero chamar a atenção da sociedade, pois a demora em uma situação como essa é normal. Não temos. como liberar todos os corpos no mesmo momento, pois serão periciados, já que foram vítimas de arma de fogo", disse na manhã desta quinta ao Acorda Cidade o coordenador do DPT, Renato Lacerda.


Segundo informações da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana ontem, a média normal é e 1 homicídio por dia na cidade - a Coorpin informa uma média de 3 a 5 homicídios diários na região. Nesta quinta-feira, a delegada Ana Cristina Santos de Carvalho, titular da DH, não quis falar sobre os homicídios registrados em Feira de Santana no período de greve.
Lacerda informou que todas as equipes do DPT estavam trabalhando e caso a greve da PM continuasse seria necessário ter reforço de regionais vizinhas.                                              Ele chegou a pedir a compreensão de familiares de vítimas para que não fossem muitas pessoas ao DPT. "Não precisa vir a família toda para o DPT. Pedimos que venha apenas um parente para adiantar as questões funerárias".
Por conta da greve, Feira não teve aulas em escolas públicas e particulares na quarta e na quinta. A Uefs também suspendeu as aulas no período. A Micareta de Feira chegou a ser ameaçada, mas com o fim da greve da PM a prefeitura anunciou que está mantida para os dias 24 a 27 de abril.
Mortes
Entre as mortes registradas pela polícia no período está a do policial militar Thiago Maciel Silva, 35 anos. O soldado foi sequestrado por cinco homens e encontrado já baleado na estrada da Formiga. Ele estava, com uma PM e um grupo de pessoas, em uma localidade perto de São José quando os criminosos chegaram e saquearam o grupo. Thiago não estava fardado, mas pela arma dele os bandidos perceberam se tratar de um PM.


Thiago foi levado pelos criminosos, a bordo de um veículo Fiat/Uno, cor preta, segundo a Polícia Militar. Ele  foi encontrado com diversas perfurações de arma de fogo e chegou a ser socorrido por uma guarnição da PM para o hospital Emec, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.
Quatro homens acusados pelo homicídio do PM foram mortos em confronto a Polícia Militar no final da tarde no final da tarde de ontem. Eles estavam em um Fiat Uno preto similar ao envolvido na morte do PM, que era da Base da Cavalaria da corporação. Ao serem abordados, eles reagiram atirando e tentaram fugir. Houve troca de tiros. Os suspeitos, baleados, ainda foram levados ao hospital Emec, mas morreram. Ainda não há identificação dos quatro.
Outra vítima de homicídio foi Israel Barbosa dos Santos, assassinado dentro de um carro na avenida José Falcão. Ele fazia transporte irregular de passageiros em um Celta quando foi baleado. Ainda não se sabe quem atirou no rapaz. http://www.correio24horas.com.br/

Salvador registra 59 homicídios e 159 carros roubados durante greve da PM

Segundo SSP, nº de mortos está relacionado com a falta de segurança.
Paralisação dos policiais começou na terça-feira e foi encerrada na quinta.

Danutta Rodrigues e Cássia Bandeira Do G1 BA
Exército está nas ruas da capital para reforçar 
segurança (Foto: Patrícia Casais/Arquivo Pessoal)
Foram registrados 59 homicídios e 159 roubos de veículos durante a paralisação da Polícia Militar da Bahia, que começou na terça-feira (15) e foi encerrada às 14h30 desta quinta-feira (17).
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do estado, a quantidade de assassinatos contabilizada nesse período é relacionada à falta de policiamento nas ruas de Salvador e região metropolitana.
De acordo com a SSP, o número foi divulgado nesta sexta-feira (18) pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No mesmo período da semana anterior, houve nove homicídios. Somente na quarta-feira, 37 mortes foram registradas em 24 horas.
A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Salvador registrou o roubo de 159 carros entre quarta-feira e quinta-feira.
Segundo o delegado titular da unidade, Marcos César Silva, o número é três vezes maior do que o registrado em um dia comum. "Isso aqui está um inferno na terra. O movimento triplicou", disse.

PMs são presos sob suspeita de motim durante greve na Bahia

Seis soldados da Polícia Militar foram presos na noite de segunda-feira (13), em Ilhéus, região sul da Bahia sob suspeita de participarem de motim durante a greve da categoria. De acordo com o coronel Antônio Reis, comandante da PM no sul do estado, todos os os policiais presos eram lotados na Rondesp de Ilhéus.
Segundo informações da assessoria de comunicação da PM, os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça Militar com base no artigo 149 [motim], do código penal militar. A assessoria informou ainda que esses mandados não fazem parte dos 12 expedidos pela Justiça no período da paralisação dos policiais militares e que, durante o movimento, foi criada uma Força Tarefa, composta por integrantes do Ministério Público Estadual, Justiça, Polícias Militar e Civil, com o objetivo de apurar o envolvimento de militares e civis em crimes durante a paralisação. Até esta terça-feira, nove PMs foram presos sob a suspeita de liderança e motim durante a greve da PM.
De acordo com o advogado dos seis soldados presos em Ilhéus, Valdimiro Eutimio, os policiais participaram do movimento fazendo aquartelamento (cumpriam expediente sem sair da companhia). “Eles [os soldados] não participaram de nenhum motim, cumpriram expediente normal na companhia, sem sair de lá. Vou pedir revogação amanhã [quarta-feira]“, afirmou.
Manhã de segunda-feira movimentada em Vitória da Conquista. Após exatamente uma semana que a cidade parou por conta da onda de insegurança, tudo já volta à normalidade.
As aulas retornam na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), faculdades particulares e nas escolas. O transporte coletivo também volta a circular com 100% da frota.
O Fórum João Mangabeira, que estava funcionando até às 17h, também retorna ao seu horário normal, que finaliza às 18h.
Uesb também retorna as atividades na segunda-feira
Aulas na rede Estadual retornam na segunda-feira
Coletiva de Imprensa esclarece reforços na segurança de Vitória da Conquista
Homens do Exército chegam em Vitória da Conquista
 http://www.tribunadaconquista.com.br Fonte:  http://www.acordacidade.com.br (site de Feira de Santana)