quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

STF PATROCINA A IMPUNIDADE

Por THEODIANO BASTOS                                                    

Registro para a História: Apenas os ministros Luiz Fux, Marco Aurelio e Kássio Nunes Marques votaram contra o absurdo de anular, cinco anos depois, as condenações de Lula em Curitiba com questiúnculas processuais. A decepção ficou com os votos de Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso.                                                                                                                                                              

O ministro Nunes Marques defendeu a atribuição da Justiça Federal de Curitiba para julgar os casos de Lula. Disse não ver “qualquer motivo” para decretar a incompetência do juízo e que a competência já foi decidida “pelas 3 Instâncias anteriores”. Afirmou que existem conexões entre os processos de Lula e a investigação da Lava Jato. Nunes Marques também discordou da anulação das decisões. “Mesmo que considerássemos tal juízo territorialmente incompetente, eventual

prejuízo para a defesa não foi demonstrado”.  ...                                                                             Quando a maioria já estava formada, o presidente da corte, Luiz Fux, também votou, integrando a minoria. Ele afirmou que a incompetência não deveria ser decretada porque o fato do julgamento ter sido feito em Curitiba não trouxe prejuízos à defesa do ex-presidente.

Mas por 8 a 3, STF confirma decisão de Fachin que mantém Lula elegível para 2022

Cinco anos depois, o STF julga por 8 a 3 que Plenário da Corte julgou recurso apresentado pela Procuradoria-Geral da República para manter os processos do ex-presidente em Curitiba.                                                                                          O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e acatou a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato.

O placar para manter a incompetência de Curitiba nas condenações do ex-presidente foi de 8 votos a favor e 3 contra.

O relator, ministro Edson Fachin, votou para manter a decisão anterior de anular as condenações. Segundo o ministro, de acordo com entendimentos anteriores do STF, a 13ª Vara de Curitiba não é o “juízo universal” de fatos ligados à Lava Jato.

Para Fachin, a conduta atribuída a Lula “não era restrita à Petrobras, mas à extensa gama de órgãos públicos em que era possível o alcance dos objetivos políticos e financeiros espúrios”.

O ministro foi seguido por Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso.

O ministro Alexandre de Moraes entendeu pela incompetência de Curitiba, mas mandou os processos para SP, já que os fatos relacionados à denúncia foram no estado. “O assunto que está sendo julgado é um dos mais importantes, qual seja, o juiz natural. Todos têm o direito de ter um julgamento de acordo com o juiz natural adequado”, disse o ministro Moraes.

Entendimento Diferente

O ministro Nunes Marques abriu divergência quanto ao voto do relator por entender que o crime do qual Lula foi condenado aconteceu em detrimento da Petrobras, justificando, assim, o juízo da 13ª vara, por conexão.

Segundo o ministro, há ligação com os atos praticados por Lula com a Petrobras. “É necessário se preservar a competência de Curitiba, em prestígio à segurança jurídica à luz das asserções da acusação, tão reiterado pelo Supremo”, disse.

No caso, os ministros analisam o recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a anulação das condenações de Lula e a transferência dos casos de Curitiba para a Justiça Federal do DF.

Na prática, os ministros decidem se mantêm ou se derrubam, na íntegra ou parcialmente, todos os pontos levantados na decisão que o relator da Lava Jato no STF proferiu há cerca de um mês: a anulação das condenações de Lula no âmbito da operação; o envio dos processos – triplex do Guarujá, sítio de Atibaia, terreno do Instituto Lula e doações da Odebrecht ao mesmo instituto – à Justiça Federal do DF; e o arquivamento da suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro.

Discussão

Nesta quarta-feira (14), em uma análise de uma questão preliminar, por 9 a 2, o STF decidiu que caberá aos 11 ministros do plenário analisar se mantém cada um dos pontos da decisão do ministro Edson Fachin que anulou as condenações de Lula. Os ministros discutiram se caberia à Segunda Turma julgar o caso, como queria a defesa do ex-presidente, ou o plenário, como se posicionou Fachin.

Entenda o caso

Em março deste ano, o ministro Edson Fachin decidiu anular todas as condenações contra Lula, por entender que os casos não deveriam ter tramitado na Justiça Federal do Paraná, responsável por julgamentos da operação Lava Jato.

O que acontece agora que a anulação das condenações foi mantida?

Com a decisão proferida pelo STF, os direitos políticos de Lula ficam mantidos. Ou seja, ele pode se candidatar a cargos políticos já nas eleições de 2022.

Mas isso não significa que Lula foi inocentado e que ele não voltará a ser investigado. Na próxima semana, o Supremo avalia se os processos serão analisados pela Justiça Federal em Brasília ou em São Paulo, como sugeriu o ministro Alexandre de Moraes em seu voto.

Lula tem mais de 70 anos – e, segundo o Código de Processo Penal, a prescrição de crimes tem prazo reduzido pela metade neste caso, o que poderia fazer alguns crimes terem a punibilidade extinta.

Relembre os processos contra Lula anulados por Fachin

Triplex no Guarujá

O ex-presidente foi condenado em 2017 pelo então juiz Sergio Moro, que atuava na 13ª Vara Federal de Curitiba, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.

De acordo com a decisão da época, Lula teria recebido o imóvel como propina da construtora OAS em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras, o que o petista nega.

A decisão foi confirmada na segunda instância pela 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) e mantida pela 5ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que fixou a pena de 8 anos e 10 meses de prisão.

Foi essa condenação que levou Lula à prisão em abril de 2018. Em novembro de 2019, ele foi solto após o STF mudar o entendimento sobre a prisão em segunda instância e definir que um condenado só pode ser preso após trânsito em julgado, ou seja, ao fim de todos os recursos.

Sítio de Atibaia

Em 2019, o ex-presidente foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro por ter, supostamente, recebido propina da OAS e da Odebrecht por meio de reformas no sítio que ele frequentava com a família.

Apesar de o imóvel não estar no nome de Lula, a juíza substituta Gabriela Hardt, substituta de Moro, considerou que era “amplamente comprovado que a família do ex-presidente Lula era frequentadora assídua no imóvel, bem como que o usufruiu como se dona fosse”.

A decisão foi confirmada pelo TRF-4, que fixou a pena de 17 anos e 1 mês de prisão.

Instituto Lula

Além das condenações nos dois processos, o ex-presidente também era réu, na Justiça Federal do Paraná, em dois casos envolvendo o Instituto Lula, fundação sem fins lucrativos dedicada à manutenção do seu legado.

No primeiro deles, o petista é acusado de ter recebido um terreno de R$ 12 milhões para a construção de uma nova sede para a organização como propina da Odebrecht.

No segundo, Lula também é acusado de ter recebido R$ 4 milhões em propinas da empreiteira disfarçadas de doações à fundação. Em fevereiro, o TRF-4 manteve a suspensão dessa ação. Fontes: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/maioria-do-stf-decide-por-anular-condenacoes-de-lula-na-lava-jato/ - (https://www.poder360.com.br/justica/stf-forma-maioria-para-a

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

‘CRESCIMENTO SEM EMPREGO VEIO PARA FICAR’




 diz sociólogo italiano Domenico De Masi

Criador do conceito de 'ócio criativo' defende a redução das horas de trabalho e a renda básica universal

O crescimento econômico sem emprego — a capacidade de produzir cada vez mais bens e serviços com cada vez menos trabalho humano — é uma das tendências do mundo do trabalho evidenciadas pela pandemia que vieram para ficar, avalia o sociólogo italiano Domenico De Masi.

Criador no início dos anos 2000 do conceito de "ócio criativo" — a ideia de que o justo equilíbrio entre trabalho, estudo e descanso favorece a capacidade inventiva —, De Masi opina que a única maneira de evitar que o desemprego aumente de forma incontrolável é reduzir as horas de trabalho à medida em que a tecnologia avança.

O sociólogo também defende o Estado de bem-estar social e políticas de renda básica universal, num mundo onde o emprego é cada vez mais instável.

"É cada vez mais frequente uma experiência de trabalho composta por múltiplos empregos que se sucedem e se entrelaçam, intercalados com períodos de desemprego; empregos temporários, "gig economy" [economia dos aplicativos], contratos periódicos", enumera De Masi.

"Isso induz todos os trabalhadores a um sentimento de precariedade", diz o sociólogo.

"Uma vez que o tempo para encontrar trabalho, ou reencontrá-lo, será mais longo, nos interstícios, será necessário que todos tenham a garantia de uma sobrevivência digna, assegurada através de uma renda básica de cidadania e, posteriormente, de uma renda universal", defende.

O BRASIL ESTÁ SOZINHO CONSIGO MESMO

"Depois de ter copiado a Europa por 450 anos e os Estados Unidos por mais de 50 anos, agora que ambos os mitos-modelos estão em profunda crise, o gigante latino-americano está sozinho consigo mesmo, enfrentando seu futuro", diz De Masi, sobre o Brasil.

"Esta é uma situação inquietante, que pode se dissolver em confusão ou pode gerar o modelo sem precedentes que o mundo precisa. Acredito firmemente nessa segunda hipótese."

Confira os principais trechos da entrevista concedida por Domenico De Masi à BBC News Brasil.

O sociólogo participou em novembro do evento Seminários Cultura e Democracia, organizado pelo Instituto Cultura e Democracia, Fundação Friedrich Ebert Brasil e Fundação Perseu Abramo. A tradução do italiano é de Marcella Ferr.

BBC News Brasil - Quais são, na sua avaliação, as mudanças mais importantes no mercado de trabalho causadas pela pandemia?

Domenico De Masi - Após a pandemia, e por causa dela, o mercado de trabalho sofrerá mudanças significativas. O lockdown prolongado tornou necessário fechar muitos negócios e, portanto, tem causado uma redução acentuada em suas atividades e a falência das empresas mais frágeis, com a consequente demissão de toda ou parte de sua força de trabalho.

Enquanto isso, as empresas que tinham capital para investir adotaram novas tecnologias, substituindo o trabalho humano. Por fim, a disseminação do trabalho remoto, permitindo que milhões de pessoas trabalhassem em casa, possibilitou reduzir o uso de veículos, combustíveis e refeitórios de empresa etc., causando desemprego nesses setores.

Enquanto isso, a grande transformação do trabalho que começou há 200 anos continuou.

Os operários, que no início do século 20 representavam a grande maioria da população ativa em todo o mundo industrializado, agora, substituídos por máquinas eletromecânicas e robôs, foram reduzidos a apenas um terço; outro terço é composto por funcionários, por sua vez, substituídos por computadores; outro terço, por fim, é representado por trabalhadores criativos: executivos, gerentes, dirigentes, empresários, profissionais, cientistas, artistas.

O que está claro para nós também hoje é que a pandemia ama bilionários.

Em 2020, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg, a fortuna total dos 500 mais ricos do mundo cresceu 31% em relação ao ano anterior.

Os operários, que no início do século 20 representavam grande parcela da população ativa no mundo industrializado, foram substituídos por máquinas eletromecânicas e robôs, observa De Masi

BBC News Brasil - Quais dessas mudanças devem se tornar permanentes?

De Masi - Nos últimos anos, a oferta de mão de obra cresceu porque a população mundial aumentou, mas a demanda diminuiu devido ao progresso tecnológico.

O trabalho que as máquinas nunca poderão tirar do homem é o de natureza cognitiva e criativa.

É fácil prever que, para os responsáveis pelas tarefas executivas, sejam eles trabalhadores manuais ou administrativos, as horas de trabalho semanais serão progressivamente reduzidas, enquanto seu tempo livre aumentará.

Graças ao trabalho remoto, o trabalho vai se desconstruindo cada vez mais no tempo e no espaço; para os trabalhadores criativos, o limite entre o trabalho e o não trabalho será cada vez mais tênue, dando vida àquela ociosidade criativa em que estudo, trabalho e lazer coincidem.

O trabalho remoto representa um primeiro passo na revolução histórica que está mudando nossa vida profissional e familiar: uma revolução que continuará mesmo após a pandemia e que ninguém poderá impedir.

Em dezenas de organizações, a experiência do trabalho remoto realizada forçosamente nos últimos meses tem sido acompanhada por pesquisas sociológicas para monitorar seus efeitos.

A maioria dos chefes entrevistados diz que a produtividade geral de seus funcionários aumentou, e a maioria dos trabalhadores diz estar disposta a continuar trabalhando remotamente mesmo após a pandemia.

Quanto ao comércio eletrônico, durante a pandemia, ele cresceu exponencialmente.

Antes do início da pandemia, a Amazon valia US$ 916,2 bilhões; após um ano, valia US$ 1,6 trilhão. Em 2020, Jeff Bezos, dono da Amazon e o homem mais rico do mundo, faturou US$ 8,99 bilhões por mês. Sua fortuna pessoal passou de US$ 115 bilhões em 2019 para US$ 196 bilhões em 2020.

Se distribuísse apenas uma parte desse valor, dando um bônus de US$ 10 mil para cada um de seus 840 mil funcionários no mundo, talvez ele nem percebesse.

AFPJeff Bezos, dono da Amazon e homem mais rico do mundo, viu sua fortuna pessoal passar de US$ 115 bilhões em 2019 para US$ 196 bilhões em 2020, com o avanço do comércio eletrônico na pandemia

BBC News Brasil - Qual será o papel da renda básica universal neste novo mundo?

De Masi - Durante dois séculos, a sociedade industrial se concentrou na segurança: o jovem de 18 anos que entrava numa empresa sabia que permaneceria lá até a aposentadoria e sabia de antemão os anos de aumento do seu salário e a progressão de sua carreira.

Com o triunfo da economia neoliberal, a partir dos anos 1980, sob [o presidente americano Ronald] Reagan e [a primeira-ministra britânica Margareth] Thatcher, o fenômeno da precarização se acentuou e os riscos aumentaram.

Para quem trabalha, aumentou a insegurança, a duração e intensidade do trabalho, a flexibilidade, a multiatividade, a informalidade e a descontinuidade. Para quem não trabalha, aumentou a precariedade e a miséria, a desorientação e a depressão.

Costuma-se dizer que, para erradicar a pobreza, é necessário crescimento econômico.

Primeiro Reagan e depois Bush pai [o presidente americano George H. W. Bush] implementaram as ideias neoliberais dos economistas [Simon] Kuznets e [Arthur] Laffer de que os impostos dos ricos deveriam ser reduzidos para incentivá-los a investir e, ao mesmo tempo, desencorajá-los de sonegar impostos. Dessa forma, essa riqueza crescente beneficiaria os pobres, aliviando sua condição.

Em vez disso, a história mostra que o número de pobres aumenta, mesmo quando a riqueza cresce, porque sabemos como produzir riqueza, mas não sabemos, ou não queremos, distribuí-la.

Portanto, se queremos evitar que a pobreza se traduza em conflito e que o conflito transborde para a violência, devemos recorrer ao Estado de bem-estar social.

BRASIL COMO EXEMPLO PARA O MUNDO

BBC News Brasil - Em 2013, em seu livro O Futuro Chegou, o senhor citava o Brasil como um exemplo para o resto do mundo. Agora, o Brasil é considerado um contraexemplo, por suas ações durante a pandemia e na questão ambiental. Onde as coisas deram errado?

De Masi - Como disse Tom Jobim: "O Brasil não é para amadores". Apenas amadores podem pensar que o regime de Bolsonaro será duradouro e que o modelo cultural brasileiro pode ser alterado em quatro anos.

Esse modelo, como observei no livro O Futuro Chegou, e como explicaram os grandes antropólogos brasileiros, é feito de mestiçagem, sincretismo, alegria, sensualidade, simpatia, hospitalidade, solidariedade, esperança e beleza.

É, portanto, um modelo de humanismo corporal, precioso para toda a humanidade.

É um imenso patrimônio de livros, pesquisas, reportagens, monumentos, pinturas, filmes, fotografias, além de lugares e objetos, que cobrem o período de muitos séculos densos de obras, descobertas e invenções.

O brasileiro é informal, trabalha em mangas de camisa e sabe atuar em grupos, é fluido em seus processos de tomada de decisão, não tem preconceitos ideológicos, aprende fazendo, tende a combinar trabalho com diversão, presta serviços de forma atenciosa, afável, afetuosa.

BBC News Brasil - É possível para o Brasil "reinventar seu futuro"?

De Masi - Não só é possível, é certo! Pessoalmente, acredito que, assim que esse infeliz parêntese do governo Bolsonaro acabar, o modelo de vida e sociedade historicamente elaborado pelo Brasil retomará toda sua vitalidade.

Seu sucesso no mundo, é claro, dependerá da capacidade dos brasileiros de se mobilizar, organizar, agir com mais racionalidade sem perder a simpatia, modernizar sem comprometer a sustentabilidade, de ser, talvez, menos improvisadores, sem perder a criatividade.

Depois de ter copiado a Europa por 450 anos e os Estados Unidos por mais de 50 anos, agora que ambos os mitos-modelos estão em profunda crise, o gigante latino-americano está sozinho consigo mesmo, enfrentando seu futuro.

Esta é uma situação inquietante, que pode se dissolver em confusão ou pode gerar o modelo sem precedentes que o mundo precisa.

Acredito firmemente que essa segunda hipótese se realizará e que o Brasil retomará sua jornada de grande democracia, alimentada pelo humanismo e pela criatividade.

Leia mais em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-59528264

 

A ARTE DE ESCREVER

Por THEODIANO BASTOS

Como os leitores podem constatar, não sou um cristão novo na arte de escrever. Em 1963, em Salvador, era diretor do semanário BOLETIM COMERCIAL DA BAHIA e tinha a carteira da ABI - Associação Bahiana de Imprensa.  

                                      Ainda em 1963, em Salvador, tive quatro textos publicados no jornal A TARDE, o mais tradicional jornal da capital baiana, sobre minha experiência como bolsista da USAID- Agência Internacional de Desenvolvimento, órgão do Departamento de Estado dos Estados Unidos no governo do saudoso John F. Kennedy, programa Aliança para o Progresso. Os textos tinham o título O QUE VI NOS ESTADOS UNIDOS.

E aí não parei mais, continuei escrevendo em jornais de Feira de Santana, Nanuque/MG, onde morei 27 anos, escrevia para os semanários PONTO DE VISTA e FOLHA DE NANUQUE e em Vitória/ES onde escrevia como colaborador nos jornais A GAZETA e A TRIBUNA.    

E autor dos livros: “A PROCURA DO DESTINO”,O TRIUNFO DAS IDEIAS”, BRASIL – O LULOPETISMO NO PODER”, “LIDERANÇA, CHEFIA E COMANDO”, “PEGADAS DA CAMINHADA” e “O ENIGMA DE JOTAPÊ” publicados como livro impresso e como e-book na AMAZON, Coordenador e introdutor das antologias publicadas pela UFES/CEPA: “Resgate da Família: alternativa para enfrentar sua dissolução, a violência e as drogas”, “Corrupção, Impunidade e Violência: O que fazer?”, “Globalização é Neocolonialismo? Põe a Ciência e a Tecnologia a Serviço do Social e da Vida” e “Um Novo Mundo é 



domingo, 12 de dezembro de 2021

CIÊNCIA COMO MISSÃO DE VIDA > Prof.TEODIANO FREIRE BASTOS FILHO

 


O Prof. TEODIANO FREIRE BASTOS FILHO (https://teodianobastoslab.net/index.php/9-geral/26-pesquisar-e-pesquisadores) se dedica à ciência como missão de vida, com foco em inventos que objetivam mitigar o sofrimento humano, principalmente dos que têm deficiência física. Vejam sua dedicação:

O NTA (Núcleo de Tecnologia Assistiva) é coordenado pelo Prof. Teodiano Freire Bastos Filho, que orienta alunos de Mestrado e Doutorado dos seguintes Programas de Pós-Graduação da UFES: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE), Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) e Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO). As linhas de pesquisa do NTA são as seguintes:

  • Interfaces Cérebro-Computador (ICC, ou BCI - Brain Computer Interfaces) baseadas em sinais EEG (eletroencefalografia)
  • Interfaces Homem-Máquina baseadas em VOG (videoeletrooculografia)
  • Interação entre robô e criança com Transtorno do Espectro Autista
  • Interação entre pessoas com deficiência e ambiente
  • Prótese de Membro Superior baseada em sinais sEMG (eletromiografia de superfície)
  • Sistema de detecção de emoções baseado em expressões faciais e imagem térmica
  • Sistema de detecção de emoções baseado em sinais fisiológicos (EEG, batimentos cardíacos, sudorese da pele, respiração e temperatura)
  • Ambientes de realidade virtual
  • Telepresença robótica
  • Cadeira de rodas robotizada
  • Dispositivos de Telemedicina
  • Tecnologias Assistivas em geral
  • Robótica de reabilitação
  • Exoesqueletos robóticos
  • Andadores robóticos
  • Jogos sérios para reabilitação de crianças com síndrome de Down e Transtorno do Espectro Autista
  • Neuro-Reabilitação Baseada em ICC/BCI, Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua, Realidade Virtual e Monociclo Robótico

 

O Prof. Teodiano Freire Bastos Filho também orienta outras pesquisas, tais como:

  • Sequenciamento do Genoma do Novo Coronavírus Utilizando Técnicas de Bioinformática
  • Desenvolvimento de Assistente Médico Portátil Integrado para Medição de Múltiplos Sinais Fisiológicos para Auxílio ao Diagnóstico da COVID-19
  • Aplicação de Técnicas de Inteligência Artificial em Dados Biomédicos para Inferir Casos Sintomáticos e Assintomáticos de COVID-19
  • Estudo de Respostas Visualmente Evocadas do Campo Cego de Pacientes Hemianópicos
  • Sistema Ciber-Físico de Baixo Custo para Monitoramento e Sensoriamento de Áreas Rurais Usando Sensores, Microcontroladores e Rede LoRa: Agricultura 4.0
  • Fonte: https://teodianobastoslab.net/index.php/9-geral/26-pesquisar-e-pesquisadores

 

 

  

 

O BRASIL PRECISA DE PAZ E RECONCILIAÇÃO

 

Por THEODIANO BASTOS

O BRASIL PRECISA RECONCILIAR-SE CONSIGO MESMO e isso não será possível com Lula ou Bolsonaro.

Com certeza Lula não vencerá no primeiro turno mas estará do segundo. Ele nunca venceu no primeiro turno nem quando estava na presidência. 

Bolsonaro foi eleito por votos ultradireitista, antisistema e antipetista, mas acima de tudo pelo atentado que sofreu. “tiro e facada, quando não mata elege” diz com sabedoria Fernando Gabeira.  

“A ultradireita, núcleo duro do Bolsonarismo, tem de 12% ou 15% e não garante o segundo lugar. Nunca um presidente correu o risco de ficar de fora do segundo turno” diz Ricardo Rangel (Veja de 15/12/21 pág. 39).

Isso abre caminho para um candidato da terceira via, seja ele quem for. Por enquanto Sérgio Moro ocupa esse lugar, mas muita coisa vai acontecer até agosto, quando as candidaturas serão registradas no TSE.  

  

 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

A CAMPANHA DE 22 SERÁ A MAIS DURA E MAIS SÓRDIDA DA HISTÓRIA

 

Por THEODIANO BASTOS

Estamos vivenciando a mais longa campanha política da história do Brasil, pois Bolsonaro a iniciou nos primeiros dias de governo visando a reeleição. 

Lula e Bolsonaro são dois populistas, extremistas. “Em um país sem uma liderança consciente e responsável, os populistas se ressaltam”.

“O retorno ao passado ou ficar refém desse presente desastrado, desastroso, não são alternativas” diz Marina Silva, três vezes candidata a presidente.                                              

Concordo com os que dizem que a eleição de 22 será a mais dura e mais suja da história. Ou Você está preparado para enfrentar as adversidades, as narrativas mentirosas, a agressividade, as intimidações, ou você já começa a campanha como um perdedor, esperar de extremistas uma campanha elevada é acreditar em Papai Noel. Nem Bolsonaro nem Lula farão campanhas altivas. Serão campanhas sujas, duras e intimidadoras, diz João Dória em entrevista publicada na Revista Veja de 08/12/21.

Rubens Pontes, mineiro, experiente analista político diz: Vejo também mais ou menos assim, mas a balança do Dória depende de um político do seu partido chamado Aécio Neves. Que não morre de amores por ele e domina ponderáveis setores do PSDB.

Existe uma chance real de união entre candidaturas da terceira via ?, pergunta a revista VEJA 

“João Dória responde: Se esse centro democrático liberal-social não tiver a capacidade de construir uma candidatura forte para o primeiro turno, a eleição será decidida entre Lula e Bolsonaro. Aí será o pesadelo. Mas acredito na união e na força do diálogo”, conclui

 Lula e Bolsonaro: cada um tem características capazes de aprofundar o nosso abismo como nação.

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/blog/jorge-pontes/a-terceira-via-vira-forte-em-2022/

NÃO SUBESTIMEM O JOÃO

Por THEODINO BASTOS

Na disputa pela presidência em outubro de 22, tem muita água para passar por baixo da ponte até lá.

Até abril teremos uma depuração no número de candidatos e em agosto teremos o quadro final com os registros das candidaturas.

Até agora as pesquisas indicam Lula e Bolsonaro na frente e Moro em terceiro, mas 51% dos consultados ainda não se definiram.   

Mas não se pode subestimar o João Dória, governador de São Paulo que venceu as prévias do PSDB e já é candidato a presidente por esse partido. Ele faz um bom governo em todas as áreas e o peso eleitoral de São Paulo é enorme. E ele nunca perdeu uma eleição. É um político experiente, articulado e habilidoso. 

Ele e Sérgio Moro, pré-candidato a presidente pelo Podemos, fizeram um pacto de não agressão nas campanhas e a depender das pesquisas, quem estiver na frente apresentará o outro como vice e aposto que Moro acabará como vice de Dória. Vamos dar tempo ao tempo.