segunda-feira, 14 de junho de 2021

SEMIPRESIDENCIALISMO, O QUE É

 

Temer defende semipresidencialismo no Brasil para diminuir instabilidade

Ex-presidente diz que sistema de governo com a chefia da administração pública partilhada entre o presidente e um primeiro-ministro reduziria discussões sobre impeachment e poderia diminuir o número de partidos políticos

O ex-presidente Michel Temer saiu em defesa da adoção do sistema semipresidencial no país, no qual o presidente da República dividiria as funções da administração pública com a figura de um primeiro-ministro escolhido pelo Congresso Nacional. Na avaliação dele, esse sistema de governo poderia equilibrar as decisões políticas, pois tanto o Executivo quanto o Legislativo teriam responsabilidade, e diminuir o nível de instabilidade entre as instituições, visto que a possibilidade de impeachment do presidente está sempre em voga no parlamento.Durante um evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), nesta segunda-feira (14/6), Temer revelou que ficou perto de apresentar um projeto de semipresidencialismo ao Congresso durante o seu mandato à frente do Palácio do Planalto, entre 2016 e 2018. A proposta, segundo ele, foi elaborada com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas não evoluiu.

Para o ex-presidente, a maior vantagem de um regime semipresidencial no país seria a possibilidade de troca de governo de maneira menos turbulenta do que um impeachment. Ele ponderou que os processos que retiraram Fernando Collor e Dilma Rousseff da chefia do Executivo deixaram traumas institucionais que precisam ser evitados.

"Nós temos 33 anos desse sistema (presidencial), desde a Constituição Federal de 1988, que é um tanto jovem ainda, e já tivemos dois impeachments. E, nesse momento, só se fala em impeachment. E não tenham dúvida que quando chegar o próximo presidente falar-se-á, novamente, em impeachment. É uma coisa que “pegou moda”. Não tem jeito. No presidencialismo, há a tal instabilidade e, a todo momento, há pedido de impedimento. Você precisa evitar traumas institucionais, e no semipresidencialismo que estamos propondo isso é evitável”, afirmou.

Temer destacou que uma eventual troca de governo no regime semipresidencial seria mais natural, pois caberia à maioria parlamentar ditar os ritmos. “Se o governo tiver maioria parlamentar, ele se mantém. Se ele perder a maioria, ele cai. Mas cai com muita naturalidade. Forma-se um novo governo com muita naturalidade e até com razoável elegância política, algo que, nos últimos tempos, não temos tido muito.”

Consistência política

De acordo com Temer, um dos ganhos para o país com a implementação de um sistema semipresidencialista seria a diminuição da quantidade de partidos políticos. Como seria formulada uma base de apoio e uma de oposição ao governo, diferentes siglas partidárias poderiam se unir em uma única legenda ao longo do tempo.

“Se você tem, na situação ou na oposição, cinco ou seis partidos que se coligam para disputar a eleição, e eles mantiverem essa ligação nessa legislatura e na próxima, a tendência natural será que estes colegiados se transformem em um partido único ou em uma força partidária única, embora integrada por várias siglas partidárias”, explicou. A divisão de responsabilidades entre o presidente e um primeiro-ministro daria mais consistência política ao país, acrescentou Temer.

“Quando o governo ou o país vai mal, aponta-se o dedo para o Executivo. Ora bem, se você tiver a execução partilhada com o parlamento, quando você apontar o dedo, você aponta para o parlamento e os parlamentares. Isso gera responsabilidade muito maior para aqueles que também governam, que estão sediados no Legislativo. Ao invés de simplesmente procurar levar verbas para o seu município, a fim de obter votos, ele (parlamentar) vai tentar governar bem, ou opor-se bem. Porque isso vai significar que, nas suas bases eleitorais, ele vai ser reconhecido.”

Crises

O ex-presidente ainda ponderou que o regime presidencialista em vigor no país já pressupõe que o presidente tenha amplo apoio dentro do Congresso para conseguir governar, caso contrário não conseguirá aprovar matérias que são de interesse do Executivo. Entretanto, Temer destacou que a construção dessa maioria é marcada por interesses, o que é propício para um clima de instabilidade.

Ele pontuou que a atual forma de apoio parlamentar ao presidente é provisória. Temer citou o exemplo do presidente Jair Bolsonaro, que foi eleito pelo PSL mas depois se desfiliou da sigla. “É uma provisoriedade e uma improvisação extraordinária, o que tira, naturalmente, o que é mais desejável pelo povo, e particularmente pelo texto constitucional, que é a estabilidade das relações sociais, que deriva da estabilidade das relações políticas. A instabilidade política nós temos em uma grandiosidade extraordinária”, frisou.

“O presidencialismo é curioso. O presidente é eleito e só depois é que ele busca obter uma maioria parlamentar. Ele não é governo porque tem maioria parlamentar, mas só é governo porque foi buscar sua maioria depois da sua eleição. E nos dias atuais, mais do que nunca, essa maioria é extremamente instável, é sempre provisória, fruto do número infundado de partidos políticos”, acrescentou. https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/06/4931060-temer-defende-semipresidencialismo-no-brasil-para-diminuir-instabilidade.html

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domingo, 13 de junho de 2021

ELEIÇÕES DE 22: DEVOTOS DE LULA E BOLSONARO NÃO DECIDEM

POR THEODIANO BASTOS

Muita água ainda vai passa por baixo da ponte até a eleição em 07/10/22.

Tanto Lula como Bolsonaro têm um piso de 15 a 20% de adeptos, verdadeiros devotos, mas não serão eles a decidirem a eleição presidencial. “Estudos mostram que esse contingente não passa de 20%, seja de lulistas ou bolsonaristas. São os ativistas. Eles andam hoje nas vias digitais. E dão o tom da democracia polarizada.”  

“A maioria, de fato, não age. Quem o faz é a minoria que tem o gosto muito particular da política”

O jeito é esperar outubro de 2022

sábado, 12 de junho de 2021

HÁ UM LOUCO NA PRESIDÊNCIA

Até o dia 11/06/21 o Brasil tinha 17,3 milhões de casos, com 474 mil mortes e dentro de alguns dias chegará a 500 mil mortes.

15 milhões de infectados foram recuperadas mas muitos ficaram com sequelas terríveis Até o dia 11/06/21 o Brasil tinha 17,3 milhões de casos, com 474 mil mortes e dentro de alguns dias chegará a 500 mil mortes.

                                                              

Natalia Pasternak diz na CPI que 'Presidente tem usado esse cargo de forma irresponsável e perigosa' e que '3/4 das vidas perdidas no Brasil poderiam ter sido salvas com medidas mais efetivas' Fonte: https://g1.globo.com/globonews/

Natalia Pasternak Taschner é formada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), PhD com pós-doutorado em Microbiologia, na área de Genética Molecular de Bactérias pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Foi diretora no Brasil do festival internacional de divulgação científica Pint of Science - Um Brinde à Ciência, coordenando palestras em 85 cidades. É colunista do jornal O Globo, da revista The Skeptic UK, do portal Medscape, da revista Saúde, e autora do livro Ciência no Cotidiano, da editora Contexto. Atua como pesquisadora visitante do ICB-USP, no Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas (LDV) e como professora convidada na Fundação Getulio Vargas, na escola de Administração Pública. Atualmente é publisher da Revista Questão de Ciência e diretora-presidente do Instituto Questão de Ciência (www.iqc.org.br), o primeiro Instituto brasileiro para promoção de pensamento crítico e racional, e políticas públicas baseadas em evidências científicas. Em 2020, tornou-se membro do Committee for Skeptical Inquiry (CSI) e foi agraciada com o prêmio internacional de promoção do ceticismo "The Ockham Award" (Navalha de Ockham). A convite da ONU, integra a Equipe Halo, um time de cientistas que promove esclarecimentos sobre vacinas no TikTok

 

 

quarta-feira, 9 de junho de 2021

COVID-19, TEODIANO BASTOS FILHO CRIA DISPOSITIVO ELETRÔNICO PARA DIAGNOSTICAR

 



COVID -19 Dispositivo eletrônico ajuda no diagnóstico  II

já com pedido de patente registrada no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial e pedido de registro na ANVISA o Assistente Médico Portátil Integrado (AMPI),  que desenvolveu na UFES  é um dispositivo multissensorial desenvolvido para o diagnóstico da COVID-19, o qual fornece informações importantes para auxiliar no diagnóstico da COVID-19 por meio de dados coletados de cinco sinais biomédicos (tosse, frequência cardíaca, pressão sanguínea, temperatura corporal e nível de saturação de oxigênio), aplicando também conceitos de Telemedicina e Internet das Coisas (IoT).

O funcionamento do AMPI é automático e, após um processo de desinfecção interna, é realizado um protocolo seguindo uma rotina pré-programada, que é repetida duas vezes, em sequência, para o mesmo usuário.

Inicialmente, com a porta do AMPI fechada, duas lâmpadas UV-C são acesas por 2 min para garantir a desinfecção interna. Após este período de 2 min, um display de texto e áudio indicam ao usuário para abrir a porta frontal do dispositivo. A seguir, o usuário é orientado a inserir o braço esquerdo dentro do esfigmomanômetro do sensor de pressão arterial. Há também um microfone instalado na porta frontal do dispositivo. Após o braço esquerdo posicionado corretamente dentro do esfigmomanômetro, o usuário também insere o dedo em um oxímetro. Um termômetro infravermelho está localizado no lado direito do braço do usuário. Assim, uma vez com o braço do usuário posicionado corretamente, o AMPI começa a realizar as medidas (tosse, frequência cardíaca, pressão sanguínea, temperatura corporal e nível de saturação de oxigênio), as quais são processadas por algoritmos de inteligência artificial que realizam a inferência de contaminação por COVID-19 por parte do usuário.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

COVID-19: Dispositivo eletrônico ajuda diagnóstico

 



TEODIANO BSSTOS FILHO 

COVID -19 Dispositivo eletrônico ajuda  diagnóstico  

O Assistente Médico Portátil Integrado (AMPI) é um dispositivo multissensorial desenvolvido para o diagnóstico da COVID-19, o qual fornece informações importantes para auxiliar no diagnóstico da COVID-19 por meio de dados coletados de cinco sinais biomédicos (tosse, frequência cardíaca, pressão sanguínea, temperatura corporal e nível de saturação de oxigênio), aplicando também conceitos de Telemedicina e Internet das Coisas (IoT).

O funcionamento do AMPI é automático e, após um processo de desinfecção interna, é realizado um protocolo seguindo uma rotina pré-programada, que é repetida duas vezes, em sequência, para o mesmo usuário. Inicialmente, com a porta do AMPI fechada, duas lâmpadas UV-C são acesas por 2 min para garantir a desinfecção interna. Após este período de 2 min, um display de texto e áudio indicam ao usuário para abrir a porta frontal do dispositivo. A seguir, o usuário é orientado a inserir o braço esquerdo dentro do esfigmomanômetro do sensor de pressão arterial. Há também um microfone instalado na porta frontal do dispositivo. Após o braço esquerdo posicionado corretamente dentro do esfigmomanômetro, o usuário também insere o dedo em um oxímetro. Um termômetro infravermelho está localizado no lado direito do braço do usuário. Assim, uma vez com o braço do usuário posicionado corretamente, o AMPI começa a realizar as medidas (tosse, frequência cardíaca, pressão sanguínea, temperatura corporal e nível de saturação de oxigênio), as quais são processadas por algoritmos de inteligência artificial que realizam a inferência de contaminação por COVID-19 por parte do usuário.

já com pedido de patente registrada no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial, dá um curso sobre a construção do mesmo que desenvolveu na UFES.

O curso será na Universidad Politécnica Salesiana em Quito no Equador

(Em 1887, o governo do Equador assinou um acordo com Dom Bosco para que os Salesianos assumissem a responsabilidade do 'Protetorado Católico das Artes e Ofícios' de Quito. O Equador foi um dos primeiros países não europeus a receber os filhos do santo educador de Turim; o primeiro foi a Argentina em 1877. https://www.ups.edu.ec/

BRASIL, CHAVISMO DE DIREITA, DEMOCRACIA CORRE PERIGO

Por THEODIANO BASTOS

Com a capitulação do Exército, é necessário começar desde já a organizar a resistência, diz Fernando Gabeira

"Decisão do Exército é habeas corpus para a anarquia", diz ex-ministro Aldo Rebelo

DO VERDE AO AMARELO

Por Fernando Gabeira

A decisão do Exército de não punir o general Eduardo Pazuello é dessas notícias que anunciam uma época.

Já tinha escrito que saberíamos por ela se há luz no fim do túnel ou se nos espera uma longa escuridão. Infelizmente, o Exército brasileiro amarelou diante da pressão de Bolsonaro. No futuro, saberemos se amarelou por covardia ou se aderiu conscientemente a um projeto autoritário. VEJA MAIS: https://blogs.oglobo.globo.com/opiniao/post/do-verde-ao-amarelo.html  

 

Ao analisar a decisão do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, de não punir o subordinado Eduardo Pazuello, Aldo acredita que foi dada uma sinalização desastrada e perigosa para os escalões inferiores dos quartéis das três Forças

 Defesa no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016, Aldo Rebelo não acredita que Jair Bolsonaro terá capacidade ou coragem para promover uma ruptura democrática que o favoreça. Isso porque não acha que as Forças Armadas vão acompanhá-lo numa aventura dessa natureza, embora enxergue a não punição do general Eduardo Pazuello — que participou de um ato político promovido pelo presidente da República, no Rio de Janeiro — como algo gravíssimo.

Para Aldo, a decisão do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, não representa o conjunto da instituição, mas acha que foi aberta uma espécie de caixa de pandora que permitirá ao subalterno se insurgir contra o comandante. Mas, lembra que, nas três Forças, não há militares simpáticos apenas ao bolsonarismo — têm aqueles que também se identificam com as pautas da esquerda, algo que poderia agravar a anarquia na caserna.


O que a decisão de não punir o general Eduardo Pazuello mostra sobre o Exército e a relação da instituição com o presidente Jair Bolsonaro?
É preciso separar o Exército como instituição dos seus eventuais dirigentes. Não confundir a história das Forças Armadas com o pessoal que toma decisões equivocadas. A decisão em relação a Pazuello tem o sentido de estimular a indisciplina, a anarquia nas corporações militares. Essas decisões sobre infrações disciplinares têm um duplo sentido: alcança o infrator, mas tem, também, o alcance educativo para toda a tropa, de sinalizar o que é errado e o que é certo. A decisão em relação ao general é a sinalização de que a indisciplina está liberada. Foi dada uma espécie de habeas corpus para a anarquia dentro da tropa. Um habeas corpus preventivo — essa é a gravidade da decisão. E vai estimular um infrator contumaz, o presidente da República, que sempre praticou a indisciplina, que foi expulso do Exército como indisciplinado. Basta analisar a biografia de Bolsonaro sempre que tinha um gesto de indisciplina nas Forças Armadas. É isso que ele sempre fez: levar carro de som para as portas dos quartéis, para residência de militares para fazer agitação. E, agora, na Presidência da República, ele acha que tem carta branca para fazer o que quiser, para recrutar para sua atividade política cabo, sargento, coronel, general — o que aparecer pela frente. Isso está errado, a Constituição Federal veda. A Constituição estabelece que essas organizações militares são regidas pelos princípios da hierarquia e da disciplina, e a esses dois princípios estão subordinados os militares e o presidente da República. Daqui a pouco vão aparecer os militares do PT, do PSol, do PSL, assembleia de bolsonaristas, antibolsonaristas e a baderna pode ser completa. Acha que vai ter militar só bolsonarista?

Os militares erraram ao embarcar de cabeça no governo?
Eles não embarcaram de cabeça no governo. Militares da reserva é que ocupam cargos (no governo). Os da ativa foram exceção.

O que o senhor acredita ter levado o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante do Exército, a não punir Pazuello?
O general Paulo Sérgio deve essa explicação. Eu o conheci, serviu no ministério (da Defesa) quando eu era ministro e tínhamos todos a melhor impressão dele. Mas a atitude em relação ao Pazuello não se justifica. Essa explicação ele deve, em primeiro lugar, para a própria instituição. Uma atitude que não tem nenhuma relação com a tradição do Exército. A disciplina nas Forças Armadas não admite relativismo: ou seja, que um pode ser indisciplinado e o outro, não. A disciplina vale para todos ou vale para ninguém. Se não vale para o general, como é que vai valer para o cabo, para o soldado, para o sargento? Se o general pode subir num carro de som e fazer uma arenga política em favor de um político, como é o caso do presidente da República, o que é que pode impedir que o sargento também suba num carro de som para fazer a mesma coisa?
https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/06/4929385-decisao-do-exercito-e-habeas-corpus-para-a-anarquia-diz-ex-ministro-aldo-rebelo.html