terça-feira, 23 de julho de 2019

BOLSONARismO: 20 ANOS NO PODER IDEOLOGIA E SECTARISMO


BOLSONARismO: 20 ANOS NO PODER
IDEOLOGIA E SECTARISMO
por Theodiano Bastos

A eleição presidencial de 2018, foi decidida pela ideologia e o sectarismo, pois os candidatos moderados foram fragorosamente derrotados no primeiro turno pelas seitas de Bolsonaro e de Lula; os fanáticos de Bolsonaro e os fanáticos de Lula e venceu Jair Messias Bolsonaro.

O esquema que está sendo montado com a prevalência dos militares, vai durar pelo menos 20 anos; quem viver, verá.  

O sectarismo, seja religioso ou político, é um dos piores males da humanidade: por denotar zelo ou apego exagerado a um ponto de vista; visão estreita, intolerante ou intransigente, que obscurece a razão e impede a autocrítica

“Odeio ideologia, sobretudo quando faz com que uma pessoa tente forçar a realidade a caber em sua visão” Karl Ove Knausgard

Este texto está no blog O PERISCÓPIO: theodianobastos.blogspot.com/ 

“Pensar sectariamente é fácil, pois reproduz exatamente o não pensar, o não reflexivo, a segurança imperfeita das redomas. Na política, o agir e o pensar sectário acabam fomentando o ódio, a xenofobia e a não política. É um problema vivenciado em todos os campos que acaba contribuindo para a desconstrução dos espaços de diálogo democrático.
É exatamente por isto que o pensar sectário não transforma o mundo, não permite uma real evolução social. Ao contrário, isola até mesmo potenciais teorias críticas ao abrir espaço para a reprodução de práticas e hábitos conservadores. As barreiras que são levantadas afastam o mais perigoso de todos os adversários do sectário, que o direito de pensar. Em universos dominados por leituras sectárias, aceitar a crítica ou a contribuição externa acaba derrubando hierarquias, modelos, formatos, falso inimigos, destitui poderes, rompe-se com o paraíso dominado pelos modelos de pensamentos preguiçosos.
Se no mundo concreto os maiores exemplos, mas não os únicos, de modos sectários de pensamento e organização são derivados do campo conservador, quando levamos este problema para o universo intelectual, a maior vítima sempre é a teoria crítica. Vejamos o nefasto impacto da escola soviética sobre o marxismo. Durante muito tempo foi impossível analisar o mundo com óculos diferentes dos utilizados brilhantemente por Karl Marx no século XIX. As formas de alienação do trabalho se modificaram ao longo dos anos, mas muitos pensadores ainda continuaram classificando apenas o operário fabril como proletário, isto em pleno século XXI.
Para alguns sectários, até os avanços construídos pela Escola de Frankfurt ou por Foucault eram vistos como perigosos. O feminismo, por exemplo, apesar da sua relevância e contribuição para uma efetiva mudança social, ainda é visto por muitos teóricos formados em paradigmas do passado, como um tema de segundo plano. Afinal de contas, dizem eles, o mais importante é a ruptura com o domínio do capital, pouco importando a discriminação de gênero diariamente executada contra as mulheres. O que dizer, então, das questões ambientais, do racismo, da homofobia e de outros tantos problemas sociais transversais? Até mesmo a tolerância religiosa volta ao plano quando confrontamos dogmas sociais do pensar sectário.
Portanto, se queremos realmente ver a sociedade evoluir, precisamos lutar contra o dogmatismo sectário, caso contrário, viveremos eternamente em uma sociedade que anda em círculos. https://sustentabilidadeedemocracia.wordpress.com/2017/07/08
O lulopetismo e bolsonarismo são na verdade seitas e não de partidos políticos, por isso seus seguidores são tão sectários, intolerantes, intransigentes, partidários ferrenhos, prosélitos, dotados de estreito espírito de seita.  

A cegueira é tamanha que um líder tosco, que faz a apologia da ignorância “Não precisei estudar mais que o quarto ano primário para ser presidente”,
seja reverenciado até pelas elites das universidades públicas, mesmo preso por . E que até hoje não contestou a grave acusação de Romeu Tuna Jr, em livro, que o acusa de ter sido informante da ditadura através do DOPS de São Paulo, com o codinome de “Barba”, entre outras graves acusações.

Mas as últimas pesquisas do Datafolha e do IBOPE informam que caiu de 30% para 7 ou 9% os brasileiros que ainda se declaram seguidores do PT e do lulopetismo, mostrando a decomposição da República Sindical, que será confirmada nas próximas eleições de 2016 e 2018.
O que é ideologia?
“Ideologia é um termo que possui diferentes significados. No senso comum significa ideal, e contém um conjunto de idéias, pensamentos, doutrinas ou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas.
Diversos autores utilizam o termo sob uma concepção crítica, considerando que ideologia pode ser considerado um instrumento de dominação que age por meio de convencimento; persuasão, e não da força física, alienando a consciência humana.
O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy e o conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.
No século XX, varias ideologias se destacaram: ideologia fascista implantada na Itália e Alemanha, principalmente, nas décadas de 1930 e 1940; a ideologia comunista implantada na Rússia e outros países, e visava a implantação de um sistema de igualdade social, ideologia democrática, surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e têm como ideal a participação dos cidadãos na vida política; ideologia capitalista surgiu na Europa e era ligada ao desenvolvimento da burguesia, visava o lucro e o acumulo de riqueza; ideologia conservadora que são idéias ligadas à manutenção dos valores morais e sociais da sociedade; ideologia anarquista, que defende a liberdade e a eliminação do estado e das formas de controle de poder e ideologia nacionalista, que exalta e valorização da cultura do próprio país.
Ideologia na Filosofia
Hegel abordou a ideologia como uma separação da consciência em relação a si própria. Marx utilizou essa concepção hegeliana para diferenciar dois usos diferentes do conceito de ideologia: um que expressa a ideologia como causadora da alienação do homem através da separação da consciência; e outra que contempla a ideologia como uma superestrutura composta por diversas representações que compõem a consciência.
Para Karl Marx, a ideologia mascara a realidade. Os pensadores adeptos dessa escola consideram a ideologia como uma idéia, discurso ou ação que mascara um objeto, mostrando apenas sua aparência e escondendo suas demais qualidades.
Ideologia na Sociologia
A sociologia descreve uma ideologia como uma associação de representações e idéias que um determinado grupo social produz a respeito do seu meio envolvente e da sua função nesse meio.
Existem ideologias políticas, religiosas, econômicas e jurídicas. Uma ideologia se distingue de uma ciência porque não tem como fundamento uma metodologia exata que seja capaz de comprovar essas idéias.
O grupo que defende uma ideologia frequentemente tenta convencer outras pessoas seguirem essa mesma ideologia. Assim, existem confrontos ideológicos e consequentemente ideologias dominantes (hegemônicas) e dominadas (subordinadas)”. Fonte: http://www.significados.com.br/
O que é o sectarismo ou fanatismo?
Segundo o dicionário Aurélio, fanático é aquele que segue cegamente uma doutrina ou partido, o termo não está ligado unicamente a doutrinas políticas ou religiosas, pois tudo aquilo que leva o indivíduo ao exagero é considerado como forma de fanatismo.
Uma pessoa pode ser fanática por amar exageradamente uma pessoa, objeto, time de futebol, etc., o erro mais comum das pessoas é o de designar fanatismo como sendo algo exclusivamente religioso e político. Muitas polêmicas surgem acerca desse tema, tendo em vista que pode gerar situações incômodas. Na maioria vezes o fanatismo pode fazer com que uma pessoa cometa atos insanos em nome de um ideal, de um amor, ou algo do gênero.
O fanático sofre discriminação por apresentar um exagerado interesse em algo que para muitos é insignificante, ou tem um significado mais comedido. As pessoas devem manter-se alertas, pois o fanatismo não se restringe à classe social, cor ou credulidade, todo mundo está sujeito a esse sentimento, é importante ter consciência de que tudo deve ser moderado, tudo em excesso não faz bem.

Fanatismo, Fagner (cantor)

“Minh' alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
pois que tu és já toda minha vida
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história, tantas vezes lida!
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
De uma boca divina, fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,                                       Que tu és como um deus: princípio e fim!...                                      Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é pouco,
diante do que sinto.”





sábado, 20 de julho de 2019

BOLSONARO FALA SEM PENSAR


BOLSONARO FALA SEM PENSAR            Theodiano Bastos 

A franqueza não consiste em dizer tudo o que se pensa, mas em pensar em tudo o que se diz.” Victor Hugo

Compulsivo, Jair Bolsonaro esquece que é o presidente da República e o que fala tem consequências. Boquirroto, fala excessivamente o que lhe vem na cabeça sem medir as consequências.     

BOLSONARO NEGA OFENSA AOS NORDESTINOS:

“Eu fiz uma crítica aos governadores do Maranhão [Flávio Dino] e da Paraíba [João Azevêdo], que vivem esculhambando obras federais que não são deles, são do povo. A crítica que eu fiz foi aos governadores, nada mais. Em três segundos, vocês, da mídia, fazem uma festa”, disse.
Perguntado por uma jornalista sobre o que quis dizer ontem, Bolsonaro respondeu:
“Se eu chamar você de feia agora, todas as mulheres do Brasil estarão contra mim. Eles acham que o Nordeste é uma massa de manobra. Na verdade, a imprensa brasileira está com saudade do PT e do Lula”.                                       Bolsonaro e o general “melancia”                                                                                                                    Na sequência de mensagens publicadas em seu perfil no Twitter neste domingo, além de voltar a negar que tenha ofendido os nordestinos, Jair Bolsonaro ironizou o general da reserva Luiz Rocha Paiva, que classificou os comentários do presidente como “antipatrióticos”.

“O melhor de tudo foi ver um único general, Luiz Rocha Paiva, se aliar ao PCdoB de Flávio Dino para me chamar de antipatriótico”, tuitou o presidente.
Bolsonaro disse mais:  “Sem querer, descobrimos um ‘melancia’, defensor da Guerrilha do Araguaia, em pleno século XXI.” https://www.oantagonista.com 21/07/19

Presidente dispara contra tudo e todos em menos de 24 horas” dia Noblat em Veja.                                                                                                                                           Ao mesmo tempo cria a polêmica em indicar seu filho para Embaixador nos Estados Unidos, distorce e ataca violentamente Miriam Leitão, distorcendo os fatos, o que leva a Rede Globo a se pronunciar no Jornal, ataca um filme de Débora Seco falando o nome o filme pornô o que o promover´, ataca os governadores do Nordeste, “desses governadores de ‘paraíba’, o pior é do Maranhão”, O Antagonista 20/07/19, que ninguém passa fome no Brasil e por aí vai, tudo ao mesmo tempo...

GENERAL CRITICA BOLSONARO
O Estadão "O general da reserva, Luiz Rocha Paiva, criticou as polêmicas declarações do presidente sobre governadores do Nordeste, neste sábado, 20. Segundo o integrante da Comissão da Anistia, o comentário “menosprezou” nordestinos, e é “antipatriótico” e “incoerente”.
Antes de iniciar café da manhã com jornalistas, nesta sexta, 19, o presidente cochichou com Onyx Lorenzoni (Casa Civil). Um microfone captou o áudio: criticou o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e orientou o ministro a “não dar nada” a ele.
“Tem que ter calma, mas mostrar pra ele o quanto perdeu com essa grosseria com que menosprezou uma região do Brasil e seus habitantes. Um comentário antipatriótico e incoerente para quem diz ‘Brasil acima de tudo’”, disse o general à Coluna.
Em seguida, ele completa que não trata de uma defesa dos governadores da região (em sua maioria, são de oposição), mas sim dos seus “irmãos nordestinos”. “O Nordeste é o berço de Brasil. Sabia disto presidente?”, completou.
 

Frota nas páginas amarelas da Veja: “O Jair fala demais”

“Quando Jair ainda era o candidato-comédia, quem o carregava para todo lugar em São Paulo era eu”, disse ainda o deputado

O deputado federal, Alexandre Frota (PSL-SP) é o entrevistado das páginas amarelas da edição da Veja que chega às bancas nesta sexta-feira (19). Entre as inúmeras críticas que ele dispara, Frota afirma que quando o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ficou três dias sem falar por ter arrancado um dente, “a gente ficou três dias sem problema”.
Sobre a sua relação com o presidente, disse que já foi melhor. “Um dia desses ele até me mandou calar a boca. Eu também acho que Jair fala muito. Você vê, ele arrancou um dente agora, ficou três dias sem dizer nada, e a gente ficou três dias sem problema”.
Sobre a campanha presidencial, Frota lembrou: “quando Jair ainda era o candidato-comédia, quem o carregava para todo lugar em São Paulo era eu. Quando ele ia dar palestra e tinha medo de que a CUT ou o MTST atrapalhassem, quem chamava dez, quinze amigos da academia para fazer a segurança, buscar no aeroporto, levar para almoçar era eu. Parece que ele se esqueceu de tudo isso no dia em que chegou ao Planalto”.

Sobre a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos, Frota afirmou que o filho do presidente, além de não ter qualificação para o cargo, é “um garoto mimado”:

“Postei a foto de um hambúrguer com a frase ‘Para ser embaixador precisa ter qualificação’. Não foi um comentário ofensivo. Só uma crítica bem-humorada. Fritar hambúrguer, como ele diz que fez na juventude, não tem nada a ver com um currículo de diplomata. O Edu é um garoto mimado, com quem já tive experiências boas e ruins. Recentemente, levantamos uma bandeira branca em nome das decisões do PSL em São Paulo. Aliás, desejo que ele tenha sorte e, se puder, leve alguns desses seguidores de Olavo de Carvalho com ele”, disse.

Ainda sobre o guru de Bolsonaro, Frota afirmou que ele é “o Velhinho Maluquinho. Tinha de botar uma panela na cabeça dele para ficar igual. É um charlatão que consegue fazer com que os Bolsonaro ouçam mais ele do que os amigos que correram com o Jair desde o começo”.
Já com relação a outro filho de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), ele afirma que o bloqueou das suas redes sociais. “Carlos não escreve nada que me interesse. Ele é vereador no Rio de Janeiro. Não sei o que tanto faz em Brasília”.
Sobre a vitória do governo na reforma da Previdência, Frota afirma que Bolsonaro tem poucos méritos. “Se o Rodrigo solta a mão da Previdência, já era”.
'Bolsonaro é minha maior decepção', critica a metralhadora Frota
Deputado fala sobre reforma da Previdência, Eduardo Bolsonaro, PSL e integrantes do governo
19/07/2019 - 09:28 / Atualizado em 19/07/2019 - 12:02

Frota: nojo dos "aluninhos amestrados do Jim Jones da Virginia"
Seis meses depois de assumir um gabinete na Câmara, Alexandre Frota está desiludido. O deputado do PSL, partido de Jair Bolsonaro, afirmou que sente “nojo” do bolsonarismo “xiita”, disse não ver qualquer articulação política do governo e defende João Doria no Palácio do Planalto em 2023: “Doria-ACM vai ser uma grande chapa presidencial”.
Em entrevista à coluna, Frota contou como foram seus dias como “bombeiro” entre os temperamentais Rodrigo Maia e Paulo Guedes, durante a reforma da Previdência, e interrompeu a conversa para mostrar um áudio enviado naquele momento por Guedes revelando que uma sugestão de Frota mudou a propaganda da reforma. 

“Um dia após o outro ele cria uma crise, fala uma bobagem”, dispara senador O Antagonista: 19.07.19 Parte inferior do formulário

As recentes declarações de Jair Bolsonaro, principalmente de que “passar fome no Brasil é uma grande mentira” — fala que o presidente já teve que explicar — provocaram reações no mundo político.

O deputado Arthur Lira, líder do bloco PP, MDB e PTB na Câmara, disse ao Globo:
“Eu não acredito que tenha sido pejorativo. Mas a distância de Brasília com os rincões do Brasil é o que talvez permita a distância do raciocínio. Em Alagoas, agora, temos mais de 30 municípios em estado de calamidade por causa da seca. O melhor é reavaliar essa declaração.”
Otto Alencar, líder do PSD no Senado, afirmou ao jornal:
“Ele não sabe o que se passa no interior do Brasil. Será que ele não entende a miséria da periferia do Rio de Janeiro? Não sabe que tem 15 milhões de brasileiros abaixo da linha de pobreza? Um dia após o outro ele cria uma crise, fala uma bobagem. Lamento muito, é mais um disparate, um lapso verbal entre tantos outros que ele diz.”