domingo, 25 de novembro de 2018

PT, GOLPE DE MISERICÓRDIA SERÁ EM 2020


PT, GOLPE DE MISERICÓRDIA EM 2020
Theodiano Bastos

3º maior partido em número de prefeitos em 2012, o PT caiu para a 10º colocação em 2016. O PMDB e o PSDB dominam o ranking, seguidos por PSD, PP, PSB, PDT, PR, DEM e PTB. Entre as capitais, o PT conquistou apenas uma, Rio Branco (AC), e foi para o segundo turno em outra: Recife (PE) e perdeu. 

Araraquara (SP) foi a maior cidade do Brasil em que o PT ganhou com Edinho Silva, hoje réu da Lava - Jato.

Em 4 anos, PT perde 60% das prefeituras
Com 256 eleitos, legenda conquistou apenas uma capital. Desempenho no Nordeste, em particular na Bahia, também foi decepcionante 

O PT elegeu 256 prefeitos em 2016, 60% a menos do que em 2012
Como era esperado, o PT perdeu o comando de grande número de municípios nas eleições de 2016. Ao eleger 256 prefeitos no primeiro turno, o partido comandará no máximo 263 cidades a partir de 2017, caso vença nos sete municípios em que ainda participa da disputa, feito improvável na atual conjuntura.  

É uma queda de 60% em comparação a 2012, quando o Partido dos Trabalhadores foi bem-sucedido em 638 candidaturas. Os despojos dividiram-se por uma miríade de siglas, sobretudo do campo conservador. Entre os principais partidos, o PSDB, o PSD, o PDT e o PCdoB tiveram um resultado superior ao das eleições passadas 

A diminuição no número de eleitos foi amplificada por derrotas que simbolizaram o isolamento político e a dificuldade de articulação do partido, com destaque para a frustrada campanha de Fernando Haddad em São Paulo, onde João Dória, do PSDB, acabou eleito com 53% dos votos no primeiro turno.

Marcus Alexandre, único petista eleito no primeiro turno nas capitais, foi escolhido para mais um mandato em Rio Branco, no Acre, e recebeu 54% dos votos. No Recife, João Paulo segue na disputa com o atual prefeito Geraldo Julio, do PSB, que por pouco não foi eleito já neste domingo.

Em 2012, o PT havia eleito quatro prefeitos nas capitais: além da capital paulista, a legenda conquistou os municípios de Rio Branco, Goiânia e João Pessoa.
No Nordeste, o PT também perdeu espaço. Em 2012, a legenda conquistou 187 prefeituras na região. Neste ano, foram 116 até o momento. Na Bahia, governada pelo partido desde 2007 e um de seus redutos eleitorais mais relevantes, o PT caiu de 92 para 40 prefeituras.

Enfraquecido pela debandada de candidatos e de prefeitos eleitos e pelo queda na participação em coligações, a diminuição no controle dos municípios era esperada antes mesmo da abertura das urnas. Um em cada cinco prefeitos eleitos pelo partido em 2012 pediu desfiliação ou foi expulso e quase um quarto dos candidatos do partido concorreu sem apoio de outros partidos.                                                                 
A queda no número de eleitos foi amplificada por derrotas simbólicas, como a de Haddad em São Paulo
Na Região Sul, o partido elegeu 69 prefeitos. Raul Pont despontava com chances de ir ao segundo turno em Porto Alegre, mas acabou ficando em terceiro lugar, com 16% dos votos.


Assim como no Rio de Janeiro e São Paulo, o voto do campo progressista na capital gaúcha dividiu-se entre a candidatura do petista e a de Luciana Genro, do PSOL, que terminou em quinto lugar com 12%. Nas três capitais, o único candidato de esquerda ainda vivo na disputa é Marcelo Freixo, do PSOL.


Os resultados nos municípios paulistas também foram negativos. A legenda elegeu apenas oito prefeitos. No máximo chegará a 10: disputa o segundo turno em Mauá, representada por Donisete Braga, e em Santo André, com Carlos Grana. 


Em São Bernardo do Campo, berço político do partido e do ex-presidente Lula, o petista Tarciso Secoli, candidato à sucessão de Luis Marinho, ficou em terceiro lugar, com 22,5% dos votos. Disputarão o segundo turno Orlando Morando, do PSDB, e Alex Manente, do PPS. Antes das eleições, quase metade dos prefeitos eleitos no estado de São Paulo havia deixado o partido.


De acordo com o cientista político Cláudio Couto, professor da FGV-SP, o PT precisa passar por um processo profundo de autocrítica, o que não fez nos anos recentes. "Tem gente no partido, como o ex-governador Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, que puxa essa discussão, mas a legenda está nas mãos de um conjunto de lideranças muito resistente a isso", afirma. "Alguém consegue imaginar o Rui Falcão liderando um processo de autocrítica do PT?".


Couto observa que o segundo mandato do governo Dilma terminou de forma dramática, não apenas pelo desfecho do impeachment, mas também pelo fracasso na condução da política econômica e pela perda de base no Congresso. O maior problema para a imagem do PT, no entanto, diz respeito aos desvios éticos de integrantes do partido, que nunca foram objeto de sincero reconhecimento. 

"Sabemos que as instituições de investigação não são tão equânimes, mas o fato de não se investigar os outros não significa que não havia problemas também no caso do PT".



sexta-feira, 23 de novembro de 2018

MINISTRO DA EDUCAÇÃO É BRASILEIRO NATURALIZADO


Ricardo Vélez Rodríguez será o novo ministro da Educação.

Ele nasceu na Colômbia, mas é brasileiro naturalizado desde 1997. É um filósofo colombiano, professor emérito da Escola de Alto Comando do Exército. É um dos setores que mais emprega funcionários no Executivo e um dos mais aparelhados na última década. É fatal que a orientação geral vai mudar drasticamente na direção enfatizada na campanha eleitoral. Será um teste chave para os próximos meses!

"Velez é Professor de Filosofia, Mestre em Pensamento Brasileiro pela Pontifícia Universidade Católica do RJ, Doutor em Pensamento Luso-Brasileiro pela Universidade Gama Filho, Pós-Doutor pelo Centro de Pesquisas Políticas Raymond Aron, Paris, com ampla experiência docente e gestora".
Membro do Conselho Acadêmico
Naturalidade e nacionalidade.- Nascido em Bogotá (Colômbia) em 15/11/1943. Naturalizado brasileiro em 1997.
Estudos realizados.- Licenciado em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana de Bogotá (1963).Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1974). Doutor em Filosofia pela Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro (1982). Pesquisa de Pós-Doutorado realizada no Centre de Recherches Politiques Raymond Aron, Paris (1994-1996).
Cargos atuais: Professor Associado da Universidade Federal de Juiz de Fora (Departamento de Filosofia), a partir de fevereiro de 1985. Coordenador do Centro de Pesquisas Estratégicas da UFJF. Coordenador do Núcleo de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos da UFJF. Professor Visitante do Programa de Mestrado e Doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, a partir de 2001. Professor Emérito da ECEME, a partir de outubro de 2003.
Livros publicados.-
El hispanismo o liberalismo conservador legado por los krausistas españoles (Medellín: Instituto de Integración Cultural, 1977).
Liberalismo y conservatismo en América Latina (Bogotá: Tercer Mundo, 1978).
Castilhismo: uma filosofia da República (1a. edição, Porto Alegre: EST,  1980. 2a. edição, Brasília: Senado Federal, 2000).
A Propaganda Republicana (1a. edição, Brasília: UnB, 1982. 2a. edição, Rio de Janeiro: UGF, 1994).
A ditadura republicana segundo o Apostolado Positivista (1a. edição, Brasília: UnB, 1982. 2a. edição, Rio de Janeiro: UGF, 1994).
O Castilhismo (1a. edição, Brasília, UnB, 1982. 2a. edição, Rio de Janeiro: UGF, 1994).
O trabalhismo após 30 (1a. edição, Brasília: UnB, 1982. 2a. edição, Rio de Janeiro: UGF, 1994).
Tópicos especiais de filosofia moderna (Juiz de Fora: UFJF; Londrina: UEL, 1995).
Oliveira Vianna e o papel modernizador do Estado brasileiro(Londrina: UEL, 1997).
Socialismo moral e socialismo doutrinário (Rio de Janeiro: UGF; Londrina: Instituto de Humanidades; Brasília: Instituto Teotônio Vilela, 1997).
Avanços teóricos da social-democracia (Rio de Janeiro: UGF; Londrina: Instituto de Humanidades; Brasília: Instituto Teotônio Vilela, 1997).
A democracia liberal segundo Alexis de Tocqueville (São Paulo: Mandarim, 1998).
Keynes: doutrina e crítica (São Paulo: Massao Ohno/Instituto Tancredo Neves, 1999).
Estado, cultura y sociedad en la América Latina (Bogotá: Universidad Central, 2000).
Tópicos especiais de Filosofia contemporânea (Londrina: UEL, 2001).
Ética empresarial: conceitos básicos (Londrina: Editora Humanidades, 2003).
Patrimonialismo e a realidade latino-americana (Rio de Janeiro: Documenta Histórica, 2006).
Luz nas trevas – Ensaios sobre o Iluminismo. (Guarapari: Ex-Libris, 2007).
O Liberalismo Francês - A tradição doutrinária e a sua influência no Brasil (Rio de Janeiro: Faculdade da Cidade/Instituto Liberal, no prelo).
Violência, narcotráfico e terrorismo na América Latina (São Paulo: Editora Peixoto Neto, no prelo).
Distinções e Associações Acadêmicas: Membro do Instituto Brasileiro de Filosofia (1983), Colaborador Emérito do Exército (1986), Membro Fundador da Sociedade Tocqueville (1987), Membro Fundador da Academia Brasileira de Filosofia (1989), Membro do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio (1993), Membro da The Planetary Society (1998), Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1999), Membro do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira (2000), Sócio Honorário do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (2001), Medalha Franklin Dória da Biblioteca do Exército (2003), Professor Emérito da ECEME (2003), Medalha do Pacificador (2005).
Trabalhos de Consultoria.- Fundação Getúlio Vargas / Escola de Governo do Pará (Belém, 2006). Braskem (Grupo Odebrecht, Bahia, 2005). Universidade Estácio de Sá - Programa de Pós-Graduação em Auditoria Médico-Hospitalar (Juiz de Fora, 2002). Furnas, Rio de Janeiro, (1999 e 2000). Petrobrás, Rio de Janeiro (1989 a 1993), Grupo Brasmotor, Águas de Lindoia SP (1996), Centro de Estudos de Pessoal do Exército, Rio de Janeiro (1984 a 2007), Institut de Philosophie – Unesco, Paris (1994), Conselho Nacional de Desportos, Brasília (1987), Docas do Rio de Janeiro (1992), Escola Superior de Guerra, Rio de Janeiro (1987 a 2005), Escola de Comando e Estado Maior do Exército, Rio de Janeiro (1989 a 2006), Escola de Altos Estudos de Política e Estratégia, Rio de Janeiro (1995-2006), Instituto de Integración Cultural, Medellín (1975-1978; 1993), Conselho de Reitores das Universidades Colombianas, Medellín (1993), Instituto Colombiano para o Fomento da Educação Superior - ICFES, Bogotá (1975-1978), Fundação Konrad Adenauer, Arequipa-Perú (1972), Centro Interuniversitario de Desarrollo Andino - CINDA, Santiago de Chile (1978), Fundação Tricordiana de Educação, Três Corações - MG (2002-2005), Centro de Pós-Graduação da Univ. Estácio de Sá, Juiz de Fora (2002-2005), Sistema Fecomércio, Rio de Janeiro (2002-2005).


terça-feira, 20 de novembro de 2018

A LULODEPENDÊNCIA E O DECLÍNIO DO PT



Em 2010 o PT tinha 88 deputados; em 2014 caiu para 70 e em 2018 ficou com apenas 56 deputados. 

Já no Senado, em 2010 tinha 14 senadores, 2014 caiu para 12 senadores e em 2018 tem apenas 6 senadores.

A campanha eleitoral de 2018 impôs ao PT o desafio de superar sua lulodependência. O partido deveria guindar Lula à condição de totem e iniciar sessões de fisioterapia política para aprender a andar sem a muleta presidiária. Entretanto, num instante em que uma ala do petismo cobrava internamente a abertura de novos caminhos a abertura de novos caminhos, Jair Bolsonaro trancou os arquirrivais na velha fábula da perseguição política. Fez isso ao tornar Sergio Moro ministro da Justiça.  https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br


Declínio do PT: partido perde poder em 374 cidades
Diário do Poder 05/10/16:
A alegação de “golpe”, adotada pelo PT, foi desmoralizada pela própria realização de eleições livres no País, e pela vontade das urnas: a votação de candidatos do PT representou apenas cerca de 10% dos mais de 67 milhões de brasileiros que votaram em candidatos “golpistas”, claramente favoráveis ao impeachment de Dilma. O PT teve 6,8 milhões de votos, um terço do seu desempenho eleitoral de 2012.
Partidos que os petistas acusam de “golpistas”, PSDB e PMDB elegeram juntos 1.821 prefeitos, contra apenas 256 do PT.
O PT perdeu mais de 400 prefeituras, dois terços do que havia conquistado há 4 anos, incluindo seus maiores redutos em São Paulo.
O PT perdeu 11,4 milhões de votos em relação a 2012, quando foi o mais votado. Ficou atrás do PSB e até do PSD, em 2016.
por Bernardo Mello / Gabriel Cariello O GLOBO, 03/10/16
“— A contagem dos votos no primeiro turno das eleições municipais de 2016 deixou ainda muitas questões a serem respondidas: das 92 cidades com mais de 200 mil eleitores, em 55 haverá segundo turno. Uma certeza, porém, já foi dada pelas urnas: o Partido dos Trabalhadores (PT) sofreu sua maior derrota desde que assumiu o comando do país, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.
O resultado de domingo mostra que o PT é, até agora, apenas o décimo partido em quantidade de prefeituras, com 256, subtraindo seu poder em 374 cidades.
Há quatro anos, o partido terminou a disputa municipal em terceiro, com 630. O desempenho foi ainda pior nas grandes cidades do país. Mesmo disputando as eleições em 54 municípios com mais de 200 mil eleitores, a legenda venceu em apenas um — Rio Branco, no Acre, com Marcus Alexandre — e levou sete candidatos ao 2º turno.
Os resultados deste ano deixam o PT com 241 mil eleitores governados nos municípios mais populosos, podendo chegar a 3,3 milhões caso seja bem sucedido em todas as disputas que terá no fim do mês. Em 2012, na primeira eleição após a chegada de Lula ao poder, o eleitorado sob sua influência ultrapassava 15 milhões de pessoas.
O PT perdeu terreno até no chamado cinturão vermelho, na Grande São Paulo: de sete municípios perdeu cinco.
O espólio do PT pelo país foi dividido entre sete partidos. PSDB, PSD, PP, PDT, PR, DEM e PTB ampliaram as prefeituras que vão administrar nos próximos quatro anos. O PSDB teve a maior ascensão: venceu as eleições em 793 municípios, 107 a mais que em 2012.



SONHO DO PT ACABOU

‘Ex-vermelhinho do Leblon’ diz que sonho do PT acabou

Por Diego Amorim
O psiquiatra e psicanalista José Nazar, de 73 anos, que ajudou a fundar o PT no Rio de Janeiro, diz que “o sonho do partido acabou”.
Chamado de “vermelhinho do Leblon” na década de 1980 — não era (e não é) o único –, o médico votará em Jair Bolsonaro no próximo domingo — assim como fez no primeiro turno — porque “não quer mais o PT”.
“Eu não quero mais o PT, ninguém mais quer o PT. Os brasileiros não estão votando no Jair, estão votando contra o PT. O Jair vai ter que dar as provas dele, vai fazer ou não seu próprio nome. O movimento anti-PT é a despeito do Jair, é para além do Jair. O certo é que, talvez sem saber, ele provocou uma rachadura na cristalização da velhaca política brasileira.”
Nazar foi filado ao PT durante mais de um década, período em que contribuiu mensalmente com praticamente 10% do seu salário. Já apanhou mais de uma vez na rua defendendo as bandeiras do partido.
“Não era por ideologia. Não existe essa história de ideologia no Brasil. Existe oportunismo. De minha parte, era um processo culposo, eu tinha era culpa.
Lula foi fruto de uma elite culposa que o colocou no poder para poder sugar o país. Só fui entender isso depois.”
Hoje, com as carteirinhas do partido queimadas, o psicanalista com escritórios na capital fluminense e em Vitória (ES) chama de “hipócritas” os petistas que atacam Bolsonaro.
“As instituições psicanalistas divulgaram, em conjunto, um manifesto, sem citar nomes, dando a entender que são contrárias ao Jair. Essa bandeira em favor da democracia é uma falsidade. Eu não vou ajudar a eleger o partido mais corrupto da história, comandado por um presidiário.”
Nazar acrescenta que Lula, o presidiário, “se alimenta da posição de vítima”.
“Não precisa ser especialista para entender que ele ama a vitimização, que ele vive para ser reconhecido e amado na condição de vítima.”
Sobre Dilma Rousseff, um dos ex-vermelhinhos do Leblon a define como “o erro em pessoa” e afirma que “ela não é uma pessoa saudável”.
“Eu teria de atendê-la no consultório para chegar a um diagnóstico, mas ela não é uma pessoa saudável. É só ver os vídeos dos atos falhos dela, das loucuras dela. Alguns passaram a achar engraçado, mas aquilo é uma comprovação de que ela não é saudável.”
“Lula vive para ser reconhecido e amado na condição de vítima” https://www.oantagonista.com 22/1018