quinta-feira, 29 de novembro de 2012

MAR DE LAMA AFOGA O LULOPETISMO



SAI O MENSALÃO. ENTRA O ROSEGATE

Ricardo Noblat, articulista de O GLOBO (29.11.2012):

“Curioso. Líderes do PT dizem não ser "adequado" ligar Lula a Rosemary Nóvoa de Noronha, indiciada na semana passada pela Polícia Federal por crime de corrupção ativa, e ameaçada de ser presa a qualquer momento.
Ora, pois. Por que não seria adequado?
Foi Lula que escolheu a moça para ser sua secretária depois de ela ter secretariado durante 12 anos o ex-ministro José Dirceu. Rosemary era reconhecidamente uma moça prendada.
Foi Lula que mais tarde nomeou a moça para a chefia do gabinete da presidência da República, em São Paulo. Ali quem desejava vê-lo tinha de passar antes pelo crivo de Rosemary, a dona da maçaneta da porta presidencial.

Foi Lula, apesar de dispor de gente habilitada para isso em Brasília, quem incumbiu Rosemary de acompanhá-lo em viagens a 24 países entre 2008 e 2009 - em média uma por mês.
Foi Lula que forçou o Senado a desrespeitar o seu próprio regimento interno para que Paulo Vieira, indicado por Rosemary, ganhasse uma das diretorias da Agência Nacional de Águas (ANA).
Foi Lula, mais uma vez acionado por Rosemary, que também empregou Rubens, irmão de Paulo, como diretor da Agência Nacional de Avião Civil.
Paulo está preso desde a semana passada, apontado pela Polícia Federal como chefe de uma quadrilha que fraudava pareceres técnicos de agências reguladoras e de órgãos federais.
Rubens também está preso por fazer parte da quadrilha, assim como outro irmão dele, o empresário Marcelo Rodrigues. 
Foi Lula que interferiu junto a Dilma para que Rosemary permanecesse como chefe do gabinete da presidência, em São Paulo.

A Polícia Federal gravou 122 telefonemas trocados entre Lula e Rosemary de março do ano passado a outubro deste ano. Uma média de cinco ligações por dia. Fora e-mails passados por Rosemary com referências a Lula.

Sabe como Rosemary chamava Lula? De presidente? Não. José Dirceu chamava Lula de presidente. Antonio Palocci chamava Lula de presidente. Gilberto Carvalho, idem. Rosemary chamava Lula de "Luiz Inácio". E ainda chama.

Quem reclamava da sua falta de cerimônia no tratamento conferido ao presidente da República, ouvia dela muitas vezes: "Tenho intimidade com ele. Trato como quero. E daí?".

Não exagerava. Com frequência, sempre que viajava ao exterior acompanhando Lula, Rosemary se hospedava em apartamento próximo ao dele. Assim poderia atendê-lo com a presteza necessária.
Como, portanto, não seria adequado ligar Lula a Rosemary?
Não separe o que o destino uniu!

Lula deu uma de fraco, de cínico e de dissimulado ao comentar a propósito da enrascada em que Rosemary se meteu: "Eu me sinto apunhalado pelas costas".
Que falta de originalidade!
Quando estourou o escândalo do mensalão e Lula falou em cadeia nacional de rádio e de televisão para pedir desculpas aos brasileiros, ele disse que fora traído. E acrescentou:
- Fui apunhalado pelas costas.
Sob a ótica religiosa, Lula é o São Sebastião da política nacional, flechado por todos os lados. Sob a ótica pagã, é o Tufão, personagem da novela "Avenida Brasil", enganado pelas mulheres.
Rosemary leva vida modesta. Empregou o marido e uma filha no governo, mas não tem dinheiro para fazer face a uma eventual emergência médica, por exemplo.

Na condição de interlocutora privilegiada de Lula, recebia mimos aqui e acolá. Eram retribuições de favores que ela fazia. Nada de grande valor. E, no entanto, em pedindo tudo lhe seria dado. Quem duvida?
Ela pediu para Paulo Vieira o emprego na ANA. Mas quem pediu a Rosemary para que pedisse a Lula o emprego almejado por Paulo?
Carlos Minc, na época ministro do Meio Ambiente, sugerira a Lula o nome de uma técnica para a vaga que acabaria ocupada por Paulo. Lula desprezou a sugestão de Minc. Que no último fim de semana fez uma espantosa confissão:
- Naquela época, o nome desse cara (Paulo Vieira) já não cheirava bem.
Por que Minc não procurou Lula naquela época para adverti-lo de que o nome de Paulo cheirava mal? Por que Minc não conta agora o que sabia a respeito dele?
Por que Lula não explica seu esforço para emplacar Paulo na ANA?
Ao chegar no Senado o nome de Paulo, líderes do PMDB procuraram líderes do DEM e do PSDB e propuseram:
- Vamos derrubar a indicação?

"Eu topei porque meu negócio como líder do DEM era derrotar o governo sempre que pudesse", relembra José Agripino Maia (RN), hoje presidente do partido. Pelo mesmo motivo, topou o líder do PSDB, Arthur Virgílio.
Na votação em plenário deu empate. No mesmo dia, ao se repetir a votação, a indicação foi derrotada pela diferença de um voto. Não poderia haver uma terceira votação, segundo a Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Dali a quatro meses houve, sim, por insistência de Lula. O DEM e o PSDB foram pegos de surpresa. O PMDB havia sido apaziguado por ação direta dos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL).
A sombra de José Dirceu pesa sobre a história investigada pela Polícia Federal desde o ano passado, revela a procuradora federal Suzana Fairbanks.

Em 2003, primeiro ano do primeiro governo Lula, Paulo Vieira filiou-se ao PT. No ano seguinte, teve 55 votos e não se elegeu vereador em Gavião Peixoto, cidade de menos de cinco mil habitantes a 310 quilômetros da capital paulista.
Paulo tirou a sorte grande em 2005: foi nomeado pelo então ministro chefe da Casa Civil José Dirceu para o cargo de assessor especial de controle interno do Ministério da Educação.
Rosemary sempre recorria a Dirceu para atender interesses da quadrilha comandada por Paulo, assegura a procuradora Fairbanks. Costumava citá-lo como "JD".

Paulo usou o nome de Dirceu para tentar obter a ajuda de Cyonil da Cunha Borges, auditor do Tribunal da Contas da União e, ao fim e ao cabo, delator do esquema desmontado pela Polícia Federal.
Cyonil chegou a receber R$ 100 mil dos R$ 300 mil que Paulo lhe prometera em troca de um parecer favorável à Tecondi, empresa que opera no Porto de Santos. Dirceu prestava consultoria à empresa, de acordo com Paulo.
Como os R$ 200 mil restantes não lhe foram pagos, Cyonil bateu às portas da Polícia Federal, devolveu os R$ 100 que embolsara e entregou todo mundo.
Dirceu nega tudo.
Lula nada diz.
Rosemary jura inocência e ameaça falar caso seja presa.
Sai de cena o Escândalo do Mensalão.
Entra o Rosegate. Alguma sugestão melhor de nome?”
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

E Cláudio Humberto em sua coluna: http://www.claudiohumberto.com.br/principal/
“O ex-presidente Lula precisa explicar por que “Rose”, sua influente e insinuante ex-chefe de gabinete, ganhou passaporte diplomático e o acompanhou em trinta viagens internacionais a 23 países”.
Clandestina - Nas viagens com Lula ao exterior, Rosemary Noronha nunca constava da lista oficial, até para não ser notada. Os comandantes do Air Force 51 ficavam perplexos e preocupados: e se o avião caísse?”

E em 29/11/2012, informa CH:
 
Lula autorizava a ‘carona’ de Rose nas viagens
Nas quase trinta viagens nacionais e internacionais na comitiva do ex-presidente, a ex-chefe de gabinete e amiga íntima de Lula, Rosemary Nóvoa de Noronha, raramente constava do “manifesto” – a lista oficial de passageiros em aviões militares, no caso, o Air Force 51 da Força Aérea Brasileira. 

Obrigatória na aviação comercial, a lista era “furada” por Lula, que tinha a palavra final sobre o assunto, não o comandante.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

BRASIL: RISCO DE COLVULSÃO SOCIAL





GUERRA CIVIL URBANA:
RISCO DE CONVULSÃO SOCIAL

        
                        THEODIANO BASTOS

A ameaça vem das periferias
O teólogo Leonardo Boff já advertia em 2006, conforme disse em seu artigo “A Verdadeiro Guerra das Civilizações” e em seu livro "Planeta Favela"(2006), no qual apresenta uma pesquisa minuciosa sobre a favelização que está ocorrendo aceleradamente por todas as partes, para afirmar que a guerra de civilizações se dará entre a cidade organizada e a multidão de favelas do mundo”.
Isso é assustador. Na periferia das grandes cidades brasileiras têm  milhões e milhões de adolescentes entre 13 a 16 anos, que não estudam nem trabalham, de famílias desestruturadas e sem nenhuma expectativa de vida, prontos para serem mobilizados para a prática de todo tipo de crime, como incendiar ônibus, matar policiais e principalmente traficar drogas. 

RISCO DE CONVULSÃO SOCIAL  
O presidente do Senado, José Sarney, disse nesta segunda (19/11/12) que o crime de homicídio está banalizado. Para ele, é preciso alterar a atual legislação penal para que os criminosos parem de responder a este tipo de delito em liberdade. “No Brasil está acontecendo uma coisa terrível, que é realmente a banalização do crime de homicídio. A vida desapareceu como bem maior do ser humano”, disse Sarney. Ele defendeu o aumento de rigor na coibição de crimes de homicídio em suas várias formas e pediu aos colegas a aprovação do Projeto de Lei que traz essa mudança. “Temos a pior do mundo estatística, enquanto ocupamos o primeiro lugar com a terceira população do mundo e temos 12% de todos os homicídios. Isso já significa nossa posição”, justificou.

Um dos interlocutores mais próximos da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho disse nesta terça-feira que a onda de violência na Grande São Paulo mata mais gente que o conflito na Palestina.
"Ontem (segunda-feira) a gente estava alarmado com os mortos na Palestina e as estatísticas mostram que só na Grande São Paulo você tem mais gente perdida, assassinada, do que num ataque nesses. A gente tem de ter consciência disso", disse o ministro a jornalistas, após participar de cerimônia de instalação da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, no Palácio do Planalto

 Mônica Bergano,  Folha de São Paulo(21/11/12), diz:
“A cada 9 minutos e 48 segundos uma pessoa é assassinada no Brasil. É o "cronômetro" mais acelerado entre os dez países de maior PIB do mundo. Nos EUA é registrada uma morte a cada 34 minutos; no Japão, uma a cada 813 minutos e no Canadá, uma a cada 861 minutos.
ESCALADA O ranking foi feito pelo IAB (Instituto Avante Brasil), dirigido pelo jurista Luiz Flávio Gomes, com base em dados do Ministério da Saúde e da ONU. O Brasil, que ocupa a 20ª posição no ranking mundial da violência, deve fechar o ano com 53,8 mil homicídios, de acordo com projeção do instituto. Ou 27 por grupo de 100 mil habitantes.
ESCALADA 2 Nos números das dez maiores economias do mundo projetados e compilados pelo IAB, a Rússia, que aparece na 67ª posição mundial de violência, registra 11 homicídios por grupo de 100 mil habitantes.
AINDA PIOR E a cada 11 minutos e 21 segundos uma morte é registrada no trânsito brasileiro. 

Já Luiz O. Coimbra, O Globo (28/11/12), diz: “A onda de homicídios em São Paulo, os desaparecimentos forçados de pessoas em Goiás, as mortes violentas no Peru, a explosão dos assassinatos na América Central e a matança cotidiana dos cartéis mexicanos são parte de um mesmo fenômeno: o crime organizado.
Nosso continente está infestado por quadrilhas armadas, narcotraficantes, milícias, sequestradores, assassinos por encomenda e exploradores do tráfico de pessoas.
Mas o reconhecimento deste quadro, que poderia facilitar uma resposta coordenada dos Estados, carece de confirmação oficial. Como medir a ação do crime organizado?
O governo do México informou que 150.000 pessoas morrem todos os anos, nas Américas, vítimas da violência mafiosa. O Relatório de Segurança Cidadã nas Américas 2012, publicado pelo Observatório de Segurança Hemisférica da OEA, faz coro com documentos da ONU e do Banco Mundial, responsabilizando a delinquência organizada pela escalada de violência nas Américas.
Os indicadores de homicídios no Brasil apresentam altas taxas de assassinatos de homens, jovens, com a utilização de armas de fogo: quadro típico dos perfis de mortalidade do crime organizado.
Já os dados do Ministério da Justiça indicam uma queda na taxa de homicídios por 100.000 habitantes entre 2000 (26,5) e 2010 (21). O Ministério da Saúde apresenta dados divergentes.
O Anuário de Segurança Pública 2011, editado com o apoio oficial, afirma que a comparação das fontes estatísticas de segurança pública e saúde é a principal forma de controlar a confiabilidade. O Anuário recomenda cautela na análise, pois “as polícias estaduais nem sempre oferecem dados completos”.
É importante notar que o debate sobre dados sobre violência dos setores de saúde e Justiça é antigo. Para calcular as mortes violentas, o Ministério da Saúde faz a coleta das declarações de óbito nos hospitais e institutos de medicina legal. Nestes casos, cabe ao médico decidir sobre a causa básica da morte e atribuir a ela o código correspondente da Classificação Internacional das Doenças (CID-10).
Este sistema vem sendo aprimorado, mas ainda enfrenta problemas de cobertura e qualidade dos dados. Os registros de morte sem causas definidas e os cemitérios clandestinos, onde as vítimas são enterradas sem registro, são problemas para a medição”.

Renato Onofre, O Globo, (27/11/12) diz:
Que a cidade de Salvador que registrou 25 homicídios em apenas 72 horas no último fim de semana, de acordo com levantamento feito pelo GLOBO, Salvador vive há mais de dez anos uma explosão nos números de violência. Segundo o Mapa da Violência, do Instituto Sangari, em 2000, a capital baiana estava entre as três capitais com menores taxas de homicídios do país. Naquele ano, Salvador registrou 12,9 homicídios por cem mil habitantes.
Em 2010, Salvador registrava 69 homicídios por cem mil habitantes, um aumento de cinco vezes, pulando para a quarta colocação no ranking das capitais mais violentas, atrás apenas de Maceió, João Pessoa e Vitória. Hoje, Salvador tem a taxa de homicídios de 61 por cem mil habitantes, cinco vezes mais do que estabelece as Organizações das Nações Unidas (ONU) como suportável para grandes cidades: de 12 por 100 mil.
Para o professor Eduardo Paes Machado, especialista em Sociologia do Crime, Vitimização, Violência Relacionada ao Trabalho e Segurança Pública da Universidade Federal da Bahia, a perda da autoridade do estado no setor de segurança pública é uma das causas do aumento da violência.
O crescimento da criminalidade se deve à ineficácia do sistema de contenção da violência. O modelo de combate está falido. Tem que haver uma nova engenharia jurídico-policial para acabar com essa espiral de violência. A política de retaliação não funciona mais. Antes, o aumento de contingente policial nas ruas bastava para reduzir a onda de violência. Hoje, não. O que vemos é o estado se igualando aos bandidos, partindo para a retaliação.

Em 31/10/12 o taxista que nos levou ao aeroporto, que se disse policial, em conversa sobre o aumento da violência em Salvador,  ao ser informado que Em Vitória adolescentes, a mando dos bandidos, tatuam no corpo a figura de um palhaço que “simboliza matador de policial”, disse: “aqui na Bahia  quem matar um policial morre” 

Luis Nassif, diz em (19/06/2012):  
... ”Mas são exatamente estes efeitos colaterais sentidos na sociedade que mais importam, porque, mesmo com a recuperação recente das economias destes países, o déficit social foi tão grande durante todo este período que se enraizou em suas sociedades as formas mais diversas de problemas sociais: além do desemprego que continua sendo um grande problema, outras formas mascaradas de desemprego, subemprego ou ocupações vulneráveis se tornaram insolucionáveis nestes países, além da criminalidade, da pobreza e da miséria que alimentam outros tantos vícios sociais.
A questão é que nos países latino-americanos, secularmente compelidos a conviver com estas questões, o tecido social não se dilacerou por conta de conflitos e guerras civis. Não se pode dizer o mesmo das sociedades européias. Lembrando as palavras de Robert Castel: a questão não é saber se estas sociedades vão ou não mergulhar numa profunda convulsão social, com conflitos desagregadores, mas o limite a partir do qual elas começarão a mergulhar em tais conflitos.
A desintegração social nalguns países da Europa manifesta-se pelo caos criado pelos jovens e não jovens, de vez em quando, tal como as pragas que se manifestam virulentamente e de repente desaparecem sem deixar vestígios.
A sociedade europeia CE não está preparada para viver em convulsão social, como acontece nalguns países deste mundo. Assim quando sofre impactos sociais como o da Noruega e o do Reino Unido, fica perplexa e com as populações indígenas sem perceberem o contexto.
Se vivessem no Iraque, no Paquistão, na África do Sul, na Nigéria, estes ingleses percebiam melhor estas ondas oportunistas, de destruição e roubo.
Esta situação de guerrilha urbana em Londres e arredores, só nos mostra que a entropia social é o estado para o qual a sociedade tende naturalmente, se não existirem valores bem definidos e comuns em toda a população de uma nação.
O gozo e o poder que se sente quando se destrui os bens dos outros é catártico e psicanaliticamente dominante.

O QUE FAZER?
A situação é de emergência e exige medidas urgentes para conter a desintegração social do Brasil.
Daí a necessidade de se acionar o Ministério da Justiça, o Poder Judiciário, a Câmara e o Senado e o Ministério Público, para que seja enviado ao Congresso Nacional um Conjunto de leis emergenciais, com validade de 10 anos, a serem votadas em caráter de urgência visando a segurança pública, como sejam:
1 - Drástica revisão no ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, com a redução da idade penal para 16 pois não é aceitável que um pivetão de 17 anos e 11 meses possa matar, estuprar e pouco tempo depois estará livre com a ficha limpa
2 - Construção de Colônias agrícolas, que atualmente não podem ser construídas porque os presos têm de ficar perto de sua família.
3 - Unificação das polícias Civil e Militar.
4 - Dado a gravidade do quadro da situação, não se deve ter constrangimento em enquadrar na LSN – Lei de Segurança Nacional quem queimar ônibus, sabotar instalações de comunicação, energia e transporte.
5 - Quem matar um policial será punido com 30 anos de prisão, sem direito a progressão da pena ou outros direitos.  

Nota: Este texto foi encaminhado para a Presidenta Dilma Rousselff e está no    theodianobastos.blogspot.com

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

VALÉRIO PAGOU ADVOGADO DO CASO CELSO DANIEL



CASO CELSO DANIEL

Valério pagou advogado do PT no caso Santo André

     
   Segundo a Agência Estado do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, 
“foi o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza quem pagou os honorários dos advogados de defesa que atuaram pelo PT no episódio do assassinato do prefeito Celso Daniel, em janeiro de 2002. O presidente do diretório do partido em São Paulo, Paulo Frateschi, contratou para atuar no caso o escritório Junqueira Alvarenga e Fonseca Advogados S/C. A banca tem o ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira como sócio majoritário.
  
   A informação consta da lista fornecida pela diretora-financeira da SMPB Comunicações Ltda., Simone Vasconcelos. Ela confirmou o pagamento de R$ R$ 545 mil ao escritório de advocacia. A quantia foi paga em quatro prestações, mas o PT ainda ficou devendo R$ 50 mil.
  
   Os advogados do escritório se disseram surpreendidos com o fato de a fonte pagadora ter sido a agência de publicidade de Marcos Valério. ´Era o boy quem recebia os pagamentos, cujo o valor foi acertado em contrato entre o escritório e o Diretório Regional do PT´, disse um deles. ´Nós imaginávamos que o dinheiro era oriundo do PT´, informou outro sócio.
  
   Na proposta de honorários, apresentada no dia 3 de setembro de 2002, o escritório e o PT acertaram os termos de um acordo de consultoria jurídica. Em um dos pontos, a proposta diz que o escritório representará o PT ´especialmente para atuar em medidas judiciais e extrajudiciais necessárias para proteger a boa imagem do partido, em face das ações do Ministério Público do Estado de São Paulo, quer no âmbito penal, quer no âmbito cível (ações de improbidade administrativa), relativamente à comarca paulista de Santo André´. Daniel era prefeito da cidade quando foi seqüestrado em 18 de janeiro de 2002 e encontrado morto em 20 de janeiro de 2002.
  
   Além disso, o PT acertou que o escritório de advocacia teria também de ´tomar conhecimento das ações judiciais já existentes e dos procedimentos administrativos instaurados no âmbito do Ministério Público, sugerindo medidas judiciais e extrajudiciais.´ Na mesma proposta, ficou firmado que caberia ao advogado Aristides Junqueira tratar pessoalmente da defesa do PT.
  
   Mas o PT não pagou nada. A fonte pagadora foi mesmo o empresário Marcos Valério. Ainda assim, o PT acrescentou informalmente ao mesmo contrato as defesas do ex-tesoureiro Delúbio Soares, do ex-presidente do PT José Genoino, do ex-ministro Olívio Dutra, da senadora Emília Fernandes e do deputado João Alfredo (PT-CE), todos petistas ilustres que tiveram questões judiciais e foram representados pelo escritório do ex-procurador Aristides Junqueira.
  
   Há pouco mais de um mês o escritório do ex-procurador abandonou a defesa de Delúbio Soares e de toda a cúpula do PT envolvida no esquema do mensalão. Na ocasião, Junqueira disse estar deixando a defesa porque um dos seus sócios, José Roberto Santoro, que além de advogado é subprocurador licenciado, teria demonstrado seu desconforto com o fato.
  
   Foi ele quem denunciou o caso Waldomiro Diniz e acabou sendo acusado de perseguir o PT e o ex-ministro José Dirceu por questões políticas. Ontem, descobriu-se que o ex-procurador tinha ainda outras razões: Marcos Valério como pagador das contas do PT”.