quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Haddad: Crime organizado lava dinheiro nos EUA e importa armas americanas

 

                                       Por THEODIANO BASTOS

Prejuízo no setor de combustíveis alvo de megaoperação pode passar de R$ 26 bilhões. Cerca de 600 agentes estão nas ruas em cinco estados e no DF para cumprir mandados de busca e apreensão contra mais de 190 alvos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (27) que o crime organizado tem utilizado fundos de investimento para lavar dinheiro nos Estados Unidos e está importando, de forma ilegal, armamentos de origem americana.

Segundo o ministro, o assunto foi levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deve entrar nas negociações com o presidente Donald Trump

Haddad explica que os criminosos estão montando operações de evasão de divisas e lavagem de dinheiro no estado americano de Delaware, conhecido por atuar como um paraíso fiscal.

Muitas empresas, americanas ou não, têm endereço tributário registrado no estado, que oferece condições fiscais altamente vantajosas.

“São dezenas de empresas e fundos que estão sendo abertos lá, fora do Brasil. Você faz um empréstimo para esses fundos, e voltam na forma de aplicação lícita em atividades econômicas do Brasil. Mas o dinheiro que vai para lá não é lícito”, explicou Haddad.

Segundo o ministro, a partir dessas investigações, a Polícia Federal vai iniciar trabalhos de recuperação de ativos no exterior, criminalização de pessoas não residentes e, eventualmente, a mobilização da Interpol.

Sobre as armas importadas ilegalmente pelo crime organizado, Haddad explicou que esses armamentos, vindos dos Estados Unidos, estão chegando ao Brasil em contêineres junto com outros produtos regularmente declarados.

As decorações foram dadas após o MPSP (Ministério Público de São Paulo) ter realizado uma megaoperação interestadual, na manhã desta quinta-feira (27), contra o Grupo Refit, empresa do setor de combustível que teria causado um prejuízo de R$ 26 bilhões aos cofres públicos.

A Operação Poço de Lobato tem como alvo 190 empresas e pessoas ligadas à companhia, suspeitos de integrarem organização criminosa e de praticarem diversos crimes contra a ordem econômica e tributária, lavagem de dinheiro, dentre outras infrações.

O Ministério Público aponta que o Refit é um dos maiores grupos empresariais do setor de combustíveis que, além de ser o maior devedor de ICMS do Estado de São Paulo, também figura como um dos maiores devedores de impostos da União.

Os auditores da Receita também identificaram que o grupo movimentou mais de R$ 70 bilhões em apenas um ano, utilizando empresas próprias, fundos de investimento e offshores — incluindo uma exportadora fora do Brasil — para ocultar e blindar lucros.

SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/haddad-crime-organizado-lava-dinheiro-nos-eua-e-importa-armas-americanas/   E https://veja.abril.com.br/brasil/prejuizo-no-setor-de-combustiveis-alvo-de-megaoperacao-pode-passar-de-r-26-bilhoes/

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