Por THEODIANO BASTOS
“Não há paz
com Trump”, diz Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do FMI
Segundo o
professor de Harvard, ceder não é a melhor estratégia diante das tarifas e
interferências políticas do presidente americano
Defensor da liberdade de expressão na
campanha, Trump agora usa todas as ferramentas para controlar a mídia
“Se um governante quiser sobreviver no tabuleiro de
uma ordem global bagunçada pelos lances erráticos de um jogador muito mais
forte, pode ser uma boa ideia pedir conselhos a Kenneth Rogoff, de 72 anos”...
Cancelamento do programa de Jimmy Kimmel,
ligado a comentários sobre Charlie Kirk, foi mais um episódio da ofensiva do
republicano contra vozes divergentes nos EUA
Tirar a autonomia das universidades e do Banco
Centra.
Trump é ‘o
maior líder fascista do século XXI’, diz presidente do PT. Edinho Silva também
afirmou que 'o fascismo está em ascensão no Brasil'
“Foi um erro tratar Donald
Trump como uma sucessão de ausências. Em geral, ele era criticado por carecer
de algum pré-requisito que se julga necessário para exercer um alto cargo: boa
educação, ou gramática correta, ou diplomacia, ou perspicácia nos negócios, ou
amor pelo país”, escreve o historiador Timothy Snyder em um
ensaio publicado na edição deste mês da piauí. “Mas essa falha é
mais nossa do que dele. Trump sempre foi uma presença, não uma ausência: a
presença do fascismo.”
Para o autor de Sobre a tirania, o
fascismo atual está aninhado entre a oligarquia digital (Elon Musk) e a
oligarquia dos hidrocarbonetos (Vladimir Putin). Donald Trump se comprometeu
com os oligarcas do petróleo e gás do seu próprio país, assim como com Musk.
“Os oligarcas trazem para o fascismo de hoje sua porta de entrada libertária:
segundo eles, o governo é a fonte de todo mal. Enquanto vamos cedendo a essa
lógica, os oligarcas dos hidrocarbonetos vão perfurando a terra, e os oligarcas
digitais vão perfurando a nossa mente”, observa o historiador.
“O fascismo está agora nos algoritmos, nas vias
neurais, nas interações sociais. Como não enxergamos tudo isso? Em parte, por
acreditarmos que a história acabou, e os grandes rivais das ideias
progressistas já estavam mortos, ou exaustos. Em parte, pelo excepcionalismo
americano: ‘Isso não pode acontecer aqui.’”, continua Snyder. “Mas a maior
parte foi simples autoabsorção: queríamos enxergar Trump em suas ausências,
para que a nossa maneira de ver o mundo não fosse questionada. Assim, deixamos
de ver sua presença fascista. Ao ignorar o fascismo, não conseguimos elaborar
as previsões – fáceis – do que Trump faria a seguir. Ou, pior ainda, aprendemos
a vibrar e nos excitar com nossos próprios erros, porque ele sempre fazia
alguma coisa mais chocante do que esperávamos.”
Fascismo: entenda o conceito e suas principais
características
Confira como ele ocorreu no mundo e quais as
dificuldades em relação à sua definição
Houve um debate acadêmico e político significativo
sobre se Donald Trump, o 45º e 47º presidente dos Estados Unidos, pode ser
considerado um fascista , especialmente durante sua campanha presidencial de
2024 e segundo mandato como presidente.
A proposta deste ensaio é apresentar reflexões sobre
a atuação política de Trump, inspiradas pelas discussões sobre a psicologia e a
propaganda fascista na teoria crítica. Embora pareça impossível tomar Trump por
um líder fascista clássico, principalmente em razão de contextos históricos
muito diferentes, também é impossível desconsiderar o nexo entre suas
estratégias políticas e o modus operandi de agitadores fascistas no século XX.
Além disso, é inegável que
sua política mobiliza elementos sociopsicológicos que remontam às análises da
emergência do fascismo histórico, como a identificação com uma figura
idealizada e transcendente, a submissão a uma autoridade ou causa superior e a
agressividade direcionada às ameaças do out-group.
Fascismo: o que é e suas
características
O Fascismo foi um sistema político
nacionalista, antiliberal e antissocialista surgido na Itália, em 1919, no fim
da Primeira Guerra Mundial. Esse modelo político apresenta influências e
desdobramentos até os dias presentes. Liderado por Benito Mussolini, o fascismo
influenciou regimes políticos em vários países da Europa, como a Alemanha e a
Espanha no período entre guerras (1919-1938).
O fascismo também inspirou movimentos políticos de
direita no Brasil, como o Integralismo,
durante a Era Vargas.
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/trump-e-o-maior-lider-fascista-do-seculo-xxi-diz-presidente-do-pt/
- https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/10/historiador-referencia-em-estudos-sobre-fascismo-muda-de-opiniao-e-se-diz-alarmado-com-trump.shtml
E https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/09/19/defensor-da-liberdade-de-expressao-na-campanha-trump-agora-usa-todas-as-ferramentas-para-controlar-a-midia.ghtml
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