terça-feira, 8 de abril de 2025

LULA E BOLSONARO, POPULISTAS SEM PROJETOS QUE SÓ VISAM O PODER

 

Por THEODIANO BASTOS

Brasil vive disputa de poder entre dois populistas sem projeto, diz Lamounier sobre Lula e Bolsonaro

Ato com Bolsonaro na Paulista a favor da anistia em 6/4, reúne cerca de 44,9 mil manifestantes, segundo metodologia da USP

Método usado pelo Monitor do Debate Político do Cebrap e pela ONG More In Common utiliza imagens da multidão capturadas por drones. Entenda como foi feita a contagem.

Mas outras fontes calculam em 50 mil, quase 3 vezes mais que em Copacabana.

Há 3 semanas, uma outra manifestação, no Rio de Janeiro, também convocada por Bolsonaro e aliados, reuniu cerca de 18,3 mil pessoas, segundo a mesma metodologia da USP

Para o sócio-diretor da Augurium Consultoria, o Judiciário está corroído pelo corporativismo, e os supersalários só não são tratados como corrupção porque seus beneficiários os legalizaram.

Os governadores que foram ao ato pró-anistia de domingo (6) buscavam o espólio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Estavam presentes:

  • Wilson Lima (União), do Amazonas;
  • Jorginho Melo (PL), de Santa Catarina;
  • Mauro Mendes (União), de Mato Grosso;
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo;
  • Ratinho Junior (PSD); do Paraná;
  • Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais;
  • e Ronaldo Caiado (União), de Goiás.

Desses sete, três (Melo, Mendes e Tarcísio) estão em primeiro mandato e podem, portanto, disputar a reeleição em 2026.

E quatro são potenciais candidatos à presidência em 2026: Ratinho, Zema e Caiado têm tentado se viabilizar como alternativas a Bolsonaro, que está inelegível. Além deles, há Tarcísio, cuja pressão por parte do Centrão para sair candidato tem aumentado, apesar das negativas do governador.

Para todos, a bênção de Bolsonaro é fundamental para a disputa de 2026.

"Caso dê algo ruim para o Jair Bolsonaro, eles estão sugando sua popularidade. Isso é cristalino", diz um aliado do ex-presidente que esteve no ato.

Isso foi o que os levou à Avenida Paulista no domingo, mais do que respaldo à anistia dos responsáveis pelos atentados de 8 de janeiro, uma pauta rejeitada por 56% dos brasileiros (mesmo entre os eleitores de Bolsonaro, 32% são contra, segundo a Quaest), e que levou para a rua bem menos gente que há um ano. 

Defender a anistia é um pedágio: nenhum dos governadores tem força suficiente ou energia para se dedicar a essa pauta.

Aqui, importa a foto: se mostrarem ao lado de Bolsonaro na imagem e no discurso. Assim, na hora da escolha do candidato, não haverá questionamentos de que houve traição ao ex-presidente, que todos querem como cabo eleitoral de quem querem herdar o espólio, cientes que Bolsonaro é carta fora do baralho em 2026, diz o jornal O GLOBO

SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/governadores-se-encontram-com-bolsonaro-antes-de-ato-na-paulista/ E https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2025/04/07/governadores-vao-a-ato-de-anistia-de-olho-no-espolio-de-bolsonaro.ghtml

 

 

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