Por THEODIANO BASTOS
A secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès
Callamard, afirmou que "o mundo tem testemunhado um genocídio ao vivo em
suas telas", no prefácio do relatório anual da organização sobre direitos
humanos.
- Israel
transforma 30% de Gaza em
área proibida a palestinos, e ONG classifica enclave como 'vala comum'
- Autópsias
de socorristas mortos por
tropas de Israel em Gaza mostram que alguns foram baleados na cabeça
A guerra eclodiu em 7 de outubro de 2023, após um
ataque do grupo islamista Hamas em território israelense, que deixou 1.218
mortos, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados
oficiais.
Naquele dia, 251 pessoas foram sequestradas, das
quais 58 permanecem detidas em Gaza e 34 morreram, segundo o Exército
israelense.
Desde então,
as operações militares de Israel em represália deixaram 52.365 mortos em Gaza,
segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
E mais de 60%
dos prédios foram firam escombros e não se sabe quantos corpos estão
soterrados.
Como de costume, o governo israelense negou as
acusações, classificando a Anistia Internacional como uma “organização radical
anti-israelense” que “mais uma vez escolheu publicar mentiras infundadas contra
Israel”.
O relatório afirma que as ações das Forças Armadas de
Israel no enclave tiveram um “impacto catastrófico” sobre os civis palestinos e
configuram genocídio. A conclusão chega meses após uma comissão especial do
escritório de direitos humanos da ONU declarar,
em novembro passado, que os métodos de guerra empregados pelo Exército
israelense na Faixa de Gaza têm “as características
de um genocídio”. Na época, o órgão, encarregado de investigar as
práticas de Israel no território, destacou as “massivas perdas civis” e a forma
como as vidas dos palestinos eram “colocadas em perigo de forma intencional”.
- Exército
de Israel ocupa cerca de 50% de Gaza e
amplia ataques contra o território palestino
“Com seu cerco a Gaza, a obstrução de ajuda
humanitária, ataques seletivos e assassinato de civis e trabalhadores
humanitários, apesar dos reiterados apelos das Nações Unidas e desconsiderando
ordens da Corte Internacional de Justiça (CIJ) e resoluções do Conselho de
Segurança [das Nações Unidas], Israel está intencionalmente causando morte,
fome e ferimentos graves” à população de Gaza, dizia o relatório da ONU.
SAIBA MAIS EM: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2025/04/29/anistia-internacional-denuncia-um-genocidio-ao-vivo-em-gaza.htm
E https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/04/29/anistia-internacional-acusa-israel-de-cometer-um-genocidio-ao-vivo-de-palestinos-em-gaza.ghtml
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