quinta-feira, 26 de junho de 2025

CRIME ORGANIZADO, PCC ATUA EM 28 PAÍSES

 


                            Por THEODIANO BASTOS

É preciso asfixiar o sistema, diz Gonet sobre combate ao crime organizado

Gaeco Nacional contra crime organizado

“É onde entra a importância do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras]. Ele recebe comunicações, emite relatórios de inteligência financeira, que são encaminhados ao MP. Esses documentos são essenciais para tomada de decisões imediatas, como bloqueio de contas e abertura de processos investigativos”, explicou.

Segundo o estudo “Lavagem de dinheiro e enfrentamento ao crime organizado no Brasil: reflexões sobre o Coaf em perspectiva comparada”, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto Esfera, o número de operações suspeitas comunicadas ao Coaf aumentou 766,6% em nove anos. Em 2015, foram registrados 296.183 alertas. Em 2024, esse número já passava de 2.566.713

As Comunicações de Operações em Espécie também tiveram crescimento exponencial, de 353,6%. Passou de 1.085.986 em 2015 para 4.926.013 em 2024.A mesma proporção se vê no número de RIFs (Relatórios de Inteligência Financeira): subiu de 4.304 em 2015 para 18.762 em 2024.

Procurador-Geral da República diz que travar o capital acaba com a multiplicação de dinheiro que serve para retroalimentar o crime

O procurador-Geral da República, Paulo Gonet, afirmou nesta quarta-feira (25) que o MPF (Ministério Público Federal) tem como meta asfixiar o crime organizado por meio de medidas que afetem o poder econômico desses grupos.

“Isso [o combate ao crime] será eficaz se asfixiar o sistema. Essas organizações objetivam apenas o lucro maléfico”, durante seminário da Esfera Brasil promovido para discutir o crime organizado no país.

Para Gonet, travar o capital acaba com a multiplicação de dinheiro que serve para retroalimentar o crime.

PGR defende nova estratégia e lança Gaeco Nacional contra crime organizado

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, defendeu uma nova estratégia, mais moderna de combate ao crime organizado, ao participar da abertura do seminário Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro: Novos Mecanismos da Cooperação Internacional, na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília. Promovido em parceria com a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) e com o apoio do Programa El Paccto, da União Europeia, o evento marca o início dos trabalhos do Grupo Nacional de Apoio ao Enfrentamento do Crime Organizado do Ministério Público Federal (MPF), o Gaeco Nacional.

"O combate à criminalidade, hoje, não pode usar os métodos que eram empregados para combater o crime de esquina das ruas brasileiras de alguns anos atrás", frisou Gonet. Ele destacou a urgência de fortalecer a atuação conjunta entre países para enfrentar as organizações criminosas transnacionais. Também presente à mesa de abertura, o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, idealizador da medida, destacou a criação do Gaeco Nacional como uma das principais iniciativas do MPF para enfrentar o crime organizado com mais eficácia e alcance. "A atuação de procuradores da República limitada territorialmente tornou-se obsoleta diante da estrutura atual das organizações criminosas, que operam para além das fronteiras nacionais, utilizando redes sofisticadas, criptoativos, comunicação criptografada e corrupção institucional", afirmou.

Delegação ao CNJ Três desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios

SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/direito-e-justica/2025/06/7183298-pgr-defende-nova-estrategia-e-lanca-gaeco-nacional-contra-crime-organizado.html E https://www.cnnbrasil.com.br/politica/e-preciso-asfixiar-o-sistema-diz-gonet-sobre-combate-ao-crime-organizado/

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